POLÍTICA DE PREVENÇÃO DO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO VICTORIA SEGUROS, S.A.

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Transcrição:

POLÍTICA DE PREVENÇÃO DO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO VICTORIA SEGUROS, S.A.

INDICE CONTROLO DE VERSÕES... 2 Histórico de Versões... 2 1. ÂMBITO E ENQUADRAMENTO LEGAL... 3 2. OBJETIVO... 3 3. INTERVENIENTES... 4 4. MODELO DE GOVERNO... 6 CONTROLO DE VERSÕES Histórico de Versões Versão Data Descrição 1.0 22 Maio 2015 Primeira versão da Politica de Prevenção de Branqueamento de Capitais 2.0 15 Dezembro 2015 Segunda versão Politica de Prevenção de Branqueamento de Capitais 3.0 12 Maio 2016 Terceira versão Politica de Prevenção de Branqueamento de Capitais 4.0 11 Outubro 2017 Atualização das Responsabilidade de 1.ª e 2ª linhas no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo

1. ÂMBITO E ENQUADRAMENTO LEGAL O presente documento é aplicável à VICTORIA - Seguros, S.A. doravante designada por VICTORIA. A presente política de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo foi elaborada tendo em consideração as obrigações legais estabelecidas pela Lei nº 83/2017, de 18 de Agosto que aprova os princípios orientadores que devem presidir à celebração de negócios de natureza financeira, quanto aos deveres de conhecer os clientes, diligência, exame, formação e comunicação, bem como quanto aos restantes deveres gerais preventivos aí identificados, e a Lei nº 147/2015, de 9 de setembro, que transpôs para o ordenamento jurídico português a Diretiva 2009/138/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, de 25 de novembro, também denominada Diretiva Solvência II. 2. OBJETIVO A Política deve permitir o controlo dos riscos do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, associados à subscrição e gestão de sinistros de contratos de seguro de ramos não vida. Na prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo a VICTORIA e os seus colaboradores estão obrigados a um conjunto de deveres gerais preventivos, nomeadamente: (a) Dever de exame; (b) Dever de exigir a identificação dos clientes; (c) Dever de recusar a celebração de contratos quando o cliente não forneça a sua identificação ou a identificação dos beneficiários do contrato; (d) Dever de conservação de documentos comprovativos dessa identificação; (e) Dever de examinar todas as operações que se revelem suscetíveis de consubstanciar o crime de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo; (f) Dever de comunicar interna e externamente, por escrito, a suspeita ou o conhecimento dos factos que indiciem a prática de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo;

(g) Dever de colaboração com as autoridades judiciárias competentes, fornecendo a informação solicitada; (h) Dever de segredo, não podendo revelar ao cliente ou a terceiros o facto de terem transmitido informação às autoridades ou que se encontra em curso uma investigação criminal; (i) Dever de controlo e criação de procedimentos de controlo interno; (j) Dever de formação dos colaboradores que permita a identificação das operações que possam estar relacionadas com branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, bem como o cumprimento dos restantes deveres, de forma a prevenir a realização deste tipo de operações. 3. INTERVENIENTES Distribuição Compete aos Departamentos e responsáveis Comerciais cumprir com o disposto nos manuais de procedimentos sobre prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, nomeadamente nos níveis de aceitação, na recolha de informação estipulada e no reporte de incidentes. Departamento de Operações e Departamento Financeiro Compete ao Departamento de Operações e Financeiro cumprir com o disposto nos manuais de procedimentos sobre prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e reportar incidências. Departamento Técnico Pessoais e Departamento Técnico Reais Compete aos Departamentos Técnico Pessoais e Técnico Reais as seguintes atividades: (a) Criar e atualizar os procedimentos e controlos internos na área de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, em articulação com a área do Jurídico e Verificação do Cumprimento integrada no Departamento de Gestão de Riscos e Planeamento;

(b) Programar e implementar ações de formação na área de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e esclarecer quaisquer dúvidas dos colaboradores; (c) Reportar situações suspeitas. Departamento de Gestão de Riscos e Planeamento - Área do Jurídico e Verificação do Cumprimento Compete à área do Jurídico e Verificação do Cumprimento, as seguintes atividades: (a) Manter atualizada a politica e os procedimentos referentes à prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento de Terrorismo; (b) Atualização permanente da lista de países cooperantes e não cooperantes e listas de sanções, bem como todas as outras informações relevantes que, fruto da atividade regular de consulta às páginas institucionais, cheguem ao seu conhecimento ou resultem da análise do impacto da legislação; (c) Garantir, a Implementação em colaboração com os Departamentos, Técnico Pessoais e Técnico Reais, Operações e Financeiro de procedimentos de controlo interno de 2ª linha. (d) Analisar os registos de incidências e gerir os processos até ao seu desfecho; (e) Decidir sobre a eventual comunicação de incidentes às autoridades externas e informar o Conselho Executivo (CE) da VICTORIA. Auditoria Interna Compete à área de Auditoria Interna a responsabilidade sobre as seguintes atividades: (a) Testar e avaliar o sistema de controlo interno; (b) Emitir uma opinião sobre o ambiente de controlo percecionado e a forma como os riscos são geridos; (c) Propor ações de mitigação e controlos para uma correta gestão dos riscos. Comité de Risco Operacional Compete ao Comité as seguintes atividades: Acompanhar trimestralmente a evolução das ocorrências e das medidas que visam a melhoria e controlo de situações de prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo;

Propor e garantir a implementação de oportunidades de melhoria e um sistema de controlo adequado e eficaz que permita melhorar e mitigar o risco de incumprimento; Propor ao Conselho de Administração, no mínimo com uma periodicidade anual, a aprovação da Politica de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo. 4. MODELO DE GOVERNO A garantia da adequação de todas as atividades inerentes ao desenvolvimento da presente Política será assegurada pelos Departamentos Técnico Pessoais, Técnico Reais e de Gestão de Riscos e Planeamento. Os Departamentos Técnico Pessoais, Técnico Reais, Operações, Financeiro e Comerciais são responsáveis por garantir um controlo eficaz de 1ª linha (operacional) sobre a prevenção de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo. Por sua vez a Função de Anti-Fraude e Prevenção de Branqueamento de Capitais e Financiamento de Terrorismo desempenhada no Departamento de Gestão de Riscos e Planeamento é responsável, ao nível de uma 2ª linha, por gerir os incidentes reportados, através da solução efront (solução usada pela VICTORIA para registo de incidentes no âmbito do risco operacional), acompanhar e garantir que os controlos definidos no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo estão devidamente implementados. 1ª Linha de Controlo Comercial, Operações, Financeiro e Técnico de Pessoais e Reais 2ª Linha de Controlo Gestão de Riscos e Planeamento Anti-fraude e PBC; Jurídico e Verificação de Cumprimento 3ª Linha de Controlo Auditoria Interna

Sempre que for detetado um incidente relacionado com Branqueamento de Capitais ou Financiamento do Terrorismo, este deverá ser registado através da solução de Registo de Incidentes efront, para a Organização e Controlo, área responsável de 2ª linha pelos processos Anti-Fraude e de Prevenção do Branqueamento de Capitais, para que o incidente seja analisado e definidas as ações subsequentes para o respetivo encerramento e mitigação do risco futuro. Numa 3ª linha de controlo temos a área de Auditoria Interna à qual cabe avaliar e testar de forma independente a eficiência do sistema de controlo interno implementado, emitindo uma opinião sobre o ambiente de controlo percecionado e a forma como os riscos são geridos. A presente política deverá ser revista com uma periodicidade mínima anual pela área do Jurídico e Verificação do Cumprimento, integrada no Departamento de Gestão de Riscos e Planeamento. Em caso de ocorrerem alterações a área deverá apresentar ao comité de Risco Operacional as alterações à Politica com vista a que a mesma, depois de validada pelo Comité de Gestão de Riscos, seja submetida para a aprovação do Conselho de Administração. Periodicamente, a área do Jurídico e Verificação do Cumprimento, integrada no Departamento de Gestão de Riscos e Planeamento elabora um relatório de acompanhamento da atividade de Anti-Fraude e de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, sendo o mesmo disponibilizado às restantes áreas.