CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Rafael Carvalho Rezende Oliveira 2ª para 3ª edição



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Transcrição:

A 3ª edição do livro CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO foi atualizada com o texto do PL de novo CPC enviado pelo Congresso Nacional à sanção presidencial em 24.02.2015. Em razão da renumeração dos artigos do novo CPC, o autor disponibiliza aos seus leitores as seguintes atualizações a partir do texto sancionado em 16.03.2015: 1) PÁG. 88: b) prerrogativas processuais: a autarquia é enquadrada no conceito de Fazenda Pública e goza das prerrogativas processuais respectivas, tais como: prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer (art. 188 do CPC), duplo grau de jurisdição, salvo as exceções legais (art. 475 do CPC/1973 e art. 493 do novo CPC) etc. b) prerrogativas processuais: a autarquia é enquadrada no conceito de Fazenda Pública e goza das prerrogativas processuais respectivas, tais como: prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer (art. 188 do CPC - com a entrada em vigor do art. 183 do novo CPC, os prazos serão dobrados para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal), duplo grau de jurisdição, salvo as exceções legais (art. 475 do CPC/1973 e art. 496 do novo CPC) etc. 2) PÁG. 91 (6.12 RESUMO DO CAPÍTULO): b) prerrogativas processuais (ex.: prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer art. 183 do CPC; com a entrada em vigor do art. 106 do novo CPC, os prazos serão dobrados para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal). b) prerrogativas processuais (ex.: prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer art. 188 do CPC; com a entrada em vigor do art. 183 do novo CPC, os prazos serão dobrados para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal). 3) PÁG. 290: Ademais, na hipótese em que o administrado pretende invalidar o ato administrativo, não há propriamente inversão do ônus da prova, pois o autor da pretensão já possui o ônus primário de provar os fatos constitutivos do seu direito, na forma do art. 333, I, do CPC/1973 e do art. 370, I, do novo CPC. Por outro lado, o Poder Público, quando propõe a ação judicial, está dispensado, em princípio, de provar a veracidade dos atos

administrativos, invertendo-se o ônus da prova, conforme preveem o art. 334, IV, do CPC/1973 e o art. 371, IV, do novo CPC.46 Ademais, na hipótese em que o administrado pretende invalidar o ato administrativo, não há propriamente inversão do ônus da prova, pois o autor da pretensão já possui o ônus primário de provar os fatos constitutivos do seu direito, na forma do art. 333, I, do CPC/1973 e do art. 373, I, do novo CPC. Por outro lado, o Poder Público, quando propõe a ação judicial, está dispensado, em princípio, de provar a veracidade dos atos administrativos, invertendo-se o ônus da prova, conforme preveem o art. 334, IV, do CPC/1973 e o art. 374, IV, do novo CPC.46 4) PÁG. 335: Registre-se que, em regra, o recurso judicial depende do preparo, sob pena de deserção, hipótese excepcionada, por exemplo, para os que gozam de isenção legal (art. 511 do CPC/1973 e art. 1.004 do novo CPC). Registre-se que, em regra, o recurso judicial depende do preparo, sob pena de deserção, hipótese excepcionada, por exemplo, para os que gozam de isenção legal (art. 511 do CPC/1973 e art. 1.007 do novo CPC). 5) PÁG. 575: Perfilhamos, todavia, o entendimento majoritário, pois a limitação na defesa do réu encontra-se prevista na legislação que delimitou o devido processo legal respectivo. E nisso não há novidade, pois o ordenamento jurídico consagra exemplos de procedimentos que limitam as alegações das partes e que não foram considerados inconstitucionais (ex.: art. 984 do CPC/1973 e art. 610 do novo CPC). Ademais, no caso da desapropriação, a legislação consagra a ampla defesa, mas de forma diferida no tempo e no espaço, pois o réu deve propor a respectiva ação direta para questionar aquilo que foi vedado no curso do processo de desapropriação. Ressalte-se, por fim, que a doutrina, de modo geral, não tem admitido a reconvenção no processo de desapropriação,47 pois a reconvenção é uma nova ação dentro do mesmo processo (art. 315 do CPC/1973 e art. 340 do novo CPC), o que contrariaria o art. 20 do Decreto-lei 3.365/1941, que remete as questões, que não podem ser alegadas na contestação, à ação direta em processo autônomo. Perfilhamos, todavia, o entendimento majoritário, pois a limitação na defesa do réu encontra-se prevista na legislação que delimitou o devido processo legal respectivo. E nisso não há novidade, pois o ordenamento jurídico consagra exemplos de procedimentos que limitam as alegações das partes e que não foram considerados

inconstitucionais (ex.: art. 984 do CPC/1973 e art. 612 do novo CPC). Ademais, no caso da desapropriação, a legislação consagra a ampla defesa, mas de forma diferida no tempo e no espaço, pois o réu deve propor a respectiva ação direta para questionar aquilo que foi vedado no curso do processo de desapropriação. Ressalte-se, por fim, que a doutrina, de modo geral, não tem admitido a reconvenção no processo de desapropriação,47 pois a reconvenção é uma nova ação dentro do mesmo processo (art. 315 do CPC/1973 e art. 343 do novo CPC), o que contrariaria o art. 20 do Decreto-lei 3.365/1941, que remete as questões, que não podem ser alegadas na contestação, à ação direta em processo autônomo. 6) PÁG. 581: O Poder Público, assim como os autores das ações judiciais em geral, pode desistir da ação de desapropriação. A desistência, de acordo com o STF, ainda que manifestada após a apresentação da contestação, não depende da concordância do réu, sendo inaplicáveis o art. 267, 4.º, do CPC/1973 e o art. 482, 4.º, do novo CPC.62 Ainda que se pretendesse exigir a concordância do réu, o Poder Público poderia revogar o decreto expropriatório, na via administrativa, o que ensejaria a extinção do processo por ausência superveniente do interesse processual (art. 267, VI, do CPC e art. 482, VI, do novo CPC). O Poder Público, assim como os autores das ações judiciais em geral, pode desistir da ação de desapropriação. A desistência, de acordo com o STF, ainda que manifestada após a apresentação da contestação, não depende da concordância do réu, sendo inaplicáveis o art. 267, 4.º, do CPC/1973 e o art. 485, 4.º, do novo CPC.62 Ainda que se pretendesse exigir a concordância do réu, o Poder Público poderia revogar o decreto expropriatório, na via administrativa, o que ensejaria a extinção do processo por ausência superveniente do interesse processual (art. 267, VI, do CPC e art. 485, VI, do novo CPC). 7) PÁG. 591: Por fim, em relação às despesas processuais, a regra é que elas são devidas pela parte que praticar ou requerer determinado ato processual (art. 19 do CPC/1973 e art. 82 do novo CPC), sendo certo que o ônus da prova é do autor da ação quanto ao fato constitutivo do seu direito (art. 333, I, do CPC/1973 e art. 370, I, do novo CPC). (...) Por fim, em relação às despesas processuais, a regra é que elas são devidas pela parte que praticar ou requerer determinado ato processual (art. 19 do CPC/1973 e art. 82 do novo CPC), sendo certo que o ônus da prova é do autor da ação quanto ao fato constitutivo do seu direito (art. 333, I, do CPC/1973 e art. 373, I, do novo CPC). (...)

8) PÁG. 604: Por essa razão, na execução por quantia certa em face da Fazenda Pública, a pessoa jurídica de direito público é citada para opor embargos no prazo de 30 dias, sendo inadmissível a penhora de bens (art. 730 do CPC/1973, art. 908 do novo CPC e art. 1.º- B da Lei 9.494/1997). Por essa razão, na execução por quantia certa em face da Fazenda Pública, a pessoa jurídica de direito público é citada para opor embargos no prazo de 30 dias, sendo inadmissível a penhora de bens (art. 730 do CPC/1973, art. 910 do novo CPC e art. 1.º- B da Lei 9.494/1997). 9) PÁG. 759: d) Inaplicabilidade do efeito material da revelia: a ausência de contestação por parte da Fazenda Pública não acarreta a produção do efeito material da revelia (presunção relativa de veracidade dos fatos narrados pelo autor), tendo em vista a indisponibilidade do interesse público (art. 320, II, do CPC/1973 e art. 342, II, do novo CPC) e a presunção de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos.30 É oportuno lembrar que a revelia, além do efeito material mencionado, produz dois efeitos processuais: julgamento antecipado da lide (art. 330, II, do CPC/1973 e art. 352, II, do novo CPC) e desnecessidade de intimação do revel enquanto permanecer ausente do processo (art. 322 do CPC/1973 e art. 343 do novo CPC).31 d) Inaplicabilidade do efeito material da revelia: a ausência de contestação por parte da Fazenda Pública não acarreta a produção do efeito material da revelia (presunção relativa de veracidade dos fatos narrados pelo autor), tendo em vista a indisponibilidade do interesse público (art. 320, II, do CPC/1973 e art. 345, II, do novo CPC) e a presunção de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos.30 É oportuno lembrar que a revelia, além do efeito material mencionado, produz dois efeitos processuais: julgamento antecipado da lide (art. 330, II, do CPC/1973 e art. 355, II, do novo CPC) e desnecessidade de intimação do revel enquanto permanecer ausente do processo (art. 322 do CPC/1973 e art. 346 do novo CPC).31 10) PÁG. 760: h) Reexame necessário: sujeitam-se ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmadas pelo tribunal, as sentenças (i) proferidas contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, suas autarquias e fundações de direito público, bem como as que (ii) julgarem procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal (art. 475 do CPC/1973 e art. 493 do novo CPC). O reexame necessário é

afastado em duas hipóteses: (i) a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor (art. 475, 2.º, do CPC); e (ii) sentença fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula desse Tribunal ou do tribunal superior competente (art. 475, 3.º, do CPC).33 h) Reexame necessário: sujeitam-se ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmadas pelo tribunal, as sentenças (i) proferidas contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, suas autarquias e fundações de direito público, bem como as que (ii) julgarem procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal (art. 475 do CPC/1973 e art. 496 do novo CPC). O reexame necessário é afastado em duas hipóteses: (i) a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor (art. 475, 2.º, do CPC); e (ii) sentença fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula desse Tribunal ou do tribunal superior competente (art. 475, 3.º, do CPC).33 11) PÁG. 760, nota de rodapé 33: Com a entrada em vigor do novo CPC, o reexame necessário será afastado na forma indicada nos 2.º e 3.º do art. 493: 2.º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I mil salários mínimos para União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; II quinhentos salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público, e os Municípios que constituam capitais dos Estados; III cem salários mínimos para todos os demais municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. 3.º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I súmula de tribunal superior; II acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. Com a entrada em vigor do novo CPC, o reexame necessário será afastado na forma indicada nos 3.º e 4.º do art. 496: 3.º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os

Municípios que constituam capitais dos Estados; III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. 4.º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 12) PÁG. 760: i) Despesas judiciais: a Fazenda Pública somente pagará as despesas judiciais ao final do processo, quando vencida na demanda (art. 27 do CPC e art. 91 do novo CPC). A Fazenda Pública não precisa efetuar depósito prévio (5% sobre o valor da causa) para propositura da ação rescisória (art. 488, parágrafo único, do CPC/1973 e art. 965, 1.º, do novo CPC)34 ou para interposição de recursos (art. 1.º-A da Lei 9.494/1997).35 A Fazenda Pública é dispensada do preparo recursal (art. 511, 1.º, do CPC e art. 1.004, 1.º, do novo CPC). i) Despesas judiciais: a Fazenda Pública somente pagará as despesas judiciais ao final do processo, quando vencida na demanda (art. 27 do CPC e art. 91 do novo CPC). A Fazenda Pública não precisa efetuar depósito prévio (5% sobre o valor da causa) para propositura da ação rescisória (art. 488, parágrafo único, do CPC/1973 e art. 968, 1.º, do novo CPC)34 ou para interposição de recursos (art. 1.º-A da Lei 9.494/1997).35 A Fazenda Pública é dispensada do preparo recursal (art. 511, 1.º, do CPC e art. 1.007, 1.º, do novo CPC). 13) PÁG. 761: (...) públicos (art. 730 do CPC/1973, art. 908 do novo CPC e art. 1.º-B da Lei 9.494/1997).36 As sentenças contrárias à Fazenda Pública, que tenham por objeto a liberação de recurso, inclusão em folha de pagamento, reclassificação, equiparação, concessão de aumento ou extensão de vantagens a servidores públicos, somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado (art. 2.º-B da Lei 9.494/1997). Nas execuções não embargadas pela Fazenda, não serão devidos honorários advocatícios (art. 1.º-D da Lei 9.494/1997). (...) públicos (art. 730 do CPC/1973, art. 910 do novo CPC e art. 1.º-B da Lei 9.494/1997).36 As sentenças contrárias à Fazenda Pública, que tenham por objeto a liberação de recurso, inclusão em folha de pagamento, reclassificação, equiparação, concessão de aumento ou extensão de vantagens a servidores públicos, somente poderão

ser executadas após o trânsito em julgado (art. 2.º-B da Lei 9.494/1997). Nas execuções não embargadas pela Fazenda, não serão devidos honorários advocatícios (art. 1.º-D da Lei 9.494/1997). 14) PÁG. 767: O impetrante pode desistir do mandado de segurança a qualquer tempo, independentemente da anuência do réu, sendo inaplicáveis o art. 267, 4.º, do CPC/1973 e o art. 482, 4.º, do novo CPC.42 O impetrante pode desistir do mandado de segurança a qualquer tempo, independentemente da anuência do réu, sendo inaplicáveis o art. 267, 4.º, do CPC/1973 e o art. 485, 4.º, do novo CPC.42 15) PÁG. 792: (...) não se confunde com a capacidade civil e processual (art. 8.º do CPC/1973 e art. 71 do novo CPC); (...) não se confunde com a capacidade civil e processual (art. 8.º do CPC/1973 e art. 70 do novo CPC); ERRATA A 3.ª edição do livro CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO contém dois erros materiais, conforme indicado abaixo: 1) PÁG. 611: A concessão de uso especial para fins de moradia é o instrumento que tem por objetivo conceder ao particular que, até 30.06.2011 (..) A concessão de uso especial para fins de moradia é o instrumento que tem por objetivo conceder ao particular que, até 30.06.2001 (...) 2) PÁG. 629: faltou o item b.2 no quadro dos servidores: B.2. Trabalhistas ou celetistas