Validação. Um processo através do qual estudos de laboratório são utilizados para garantir que o método em questão atenda às exigências desejadas

Documentos relacionados
VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS

Seleção de um Método Analítico. Validação e protocolos em análises químicas. Validação de Métodos Analíticos

5 Parte experimental Validação analítica

Validação: o que é? MOTIVOS PARA VALIDAR O MÉTODO: MOTIVOS PARA VALIDAR O MÉTODO: PROGRAMA DE SEGURANÇA DE QUALIDADE ANALÍTICA

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte 2

QUI 072 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 - Estatística

Validação de Metodologia Analítica. João Cristiano Ulrich

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte 2

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução a Química Analítica Instrumental Parte 2

MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO

VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO: DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO EM ÁGUAS MÉTODO TITULOMÉTRICO DO EDTA COMPLEXOMETRIA

26/03/2015 VALIDAÇÃO CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE RDC 899/2003. Por que validar? OBJETIVO DA VALIDAÇÃO:

5. Resultados e Discussão

Conselho Regional de Química IV Região (SP)

QUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

VALIDAÇÃO DE MÉTODO DE ANÁLISE PARA DETERMINAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM AMOSTRAS AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

Efeito Matriz Comparando-se Inclinação das Curvas

ERRO E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS

QUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

ERROS E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Marcelo R. Alexandre

Implementação e Validação de Métodos Analíticos

Aulas 2 e 3. Estatística Aplicada à Química Analítica

Validação de Métodos Analíticos

MÓDULO 2. Estatística Aplicada à Química Analítica. Introdução

Coordenação Geral de Acreditação ORIENTAÇÃO SOBRE VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS. Documento de caráter orientativo DOQ-CGCRE-008

4 ABORDAGENS METROLÓGICAS

Química Analítica V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

ANALÍTICA AVANÇADA 2S Profa. Lilian L. R. Silva Prof. Rafael Sousa

Química Analítica V 1S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

Análise Instrumental. Prof. Elias da Costa

Erros e tratamento de dados experimentais. Fundamentos de Química Experimental

4 Resultados e Discussão:

3 Controlo interno da qualidade dos ensaios

DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM ÁGUAS DOCE, SALINA E SALOBRA UTILIZANDO UM MÉTODO ALINHADO COM OS PRINCIPIOS DA QUIMICA VERDE

4 Resultados e discussão Validação do método

DOQ-CGCRE-008. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial ORIENTAÇÕES SOBRE VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE ENSAIOS QUÍMICOS

Química Analítica V 1S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

Validação de Metodologia Analítica e Estimativa de Incerteza de Medição para a Análise de Chumbo e Manganês em Ar.

Validação de processos em farmácia oncológica Marcos Coelho Soares

Química Analítica V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1)

6/3/2012. Definição de estatística. Química Analítica V 1S Química Analítica V 1S História (aspectos experimentais) Prof.

4 Especificidade do método

INCERTEZAS DE CURVAS DE CALIBRAÇÃO AJUSTADAS SEGUNDO OS MODELOS LINEAR E QUADRÁTICO

QUI 072/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Introdução A Disciplina

14/3/2012. S = Σ (x i x ) 2 QUÍMICA ANALÍTICA V 1S Prof. Rafael Sousa. Para casa. Dispersão de uma medida em relação à média

TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS EXPERIMENTAIS

Procedimento Complementar para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos usando Análise de Regressão Linear

Laboratório de Análise Instrumental

Erros e tratamento de dados experimentais

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1)

3 Resultado e discussão

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1)

Comparação Interlaboratorial da Concentração de Sódio em Álcool Etílico Combustível pelo método da Fotometria de Chama

VALIDAÇÃO DE MÉTODO INDICATIVO DA ESTABILIDADE POR HPLC PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE TADALAFILA E SILDENAFILA

Eletroquímica 2015/3. Professores: Renato Camargo Matos Gustavo Fernandes S. Andrade.

09 a 11 de dezembro de 2015 Auditório da Universidade UNIT Aracaju - SE

6 Estudos de incerteza

Jalusa A. de Léo Palandi

Etapa Analítica Tarefa

Definição. RDC 17: 16 de abril de Validação de metodologia analítica

Educação. Quim. Nova, Vol. 32, No. 9, , 2009

Aula S03: Validação em Análises Ambientais

Este será o primeiro Ensaio Interlaboratorial em Etanol Combustível a usar a Norma ABNT NBR ISO 4259:2008.

6 Exemplos de Aplicação

DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DO MÉTODO TITULOMÉTRICO DE DUREZA TOTAL EM MATRIZ ÁGUA

8. FASE 2 DA PESQUISA: VALIDAÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO PROPOSTO PARA DETERMINAÇÃO DO AGENTE DOPANTE CAFEÍNA

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1)

I Identificação do estudo

Aplicação da Norma ABNT NBR ISO 4259:2008 em Programas Interlaboratoriais de Análises de Biocombustíveis. José Godoy Consul-LAB

6 Validação dos métodos

Título Código Rev. MÉTODOS DE ENSAIO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS MQ-CQMA

USO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO NA AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE DE MEDICAMENTOS. Noh Ah Jeong

Aulas 2 e 3. Estatística Aplicada à Química Analítica

Workshop de Validação de Metodologia Analítica

Laboratório de Análise Instrumental

ALTERNATIVA PARA O DOSEAMENTO DE METILDOPA COMPRIMIDO: DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-Vis

VALIDAÇÃO DO MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE ALCALINIDADE TOTAL EM ÁGUA

Lista de Exercício 1ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2017) Entregar antes do início da 1ª TVC Terça-feira as 8:00 hs.

Bolsista CNPq: Graduação Química Bacharelado, UNICAMP, Campinas-SP,

ANÁLISE VOLUMÉTRICA. Profa. Denise Lowinsohn.

Determinação de Ácido Ascórbico em Amostras de Mel Utilizando Titulação Iodométrica

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 02 de junho de 2003 [Página 56-59]

Erros Experimentais e Tratamento de Dados Analíticos

REVISITANDO O ESTADO DA ARTE DA CAPACITAÇÃO METROLÓGICA PARA À QUALIDADE LABORATORIAL: ASPECTOS TÉCNICOS

Estimativa da Incerteza de Medições Por Laboratórios de Calibração e Especificação da Calibração e Capacidade de Medição em Tabelas de Acreditação

Determinação de permanganato em água

Biofarmacotécnica. Planejamento de Estudos de Biodisponibilidade Relativa e Bioequivalência de Medicamentos

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública n 129, de 12 de fevereiro de 2016 D.O.

6 Validação parcial das metodologias: Parâmetros analíticos de mérito e avaliação de interferências mútuas 6.1 Curvas de calibração

5 Avaliação de desempenho do divisor

Revisão. Quim. Nova, Vol. 27, No. 0, 1-x, 2004 VALIDAÇÃO EM MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS E ELETROFORÉTICOS

Determinação de Cobre em amostras de cachaça por Espectrometria de Absorção Atômica por Chama (FAAS)

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA ESPECTROFOTOMÉTRICA PARA DOSEAMENTO DE MEBENDAZOL MATÉRIA-PRIMA E SUSPENSÃO ORAL

I Identificação do estudo

Química Analítica I. Expressão química e numérica dos resultados em análises químicas. Profª Simone Noremberg Kunz

Lista de Exercício 1ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2018) Entregar antes do início da 1ª TVC Terça-feira as 8:00 hs.

Como detectar OGMs? Critérios para métodos para detectar OGMs. Como detectar OGMs? Bioensaios. Western blot 5/10/2011

Transcrição:

Validação

Conteúdo 1- Planejamento de validação 2- Como proceder para determinar as características de desempenho de métodos 2.1- Aplicabilidade 2.2- Faixa de trabalho 2.3- Linearidade 2.4- Faixa linear de trabalho 2.5- Sensibilidade 2.6- Homocedasticidade/heterocedasticidade 2.7- Limite de detecção 2.8- Limite de determinação/quantificação 2.9- Exatidão/recuperação 2.10- Precisão 2.10.1- Repetitividade 2.10.2- Precisão intermediária 2.10.3- Reprodutibilidade 2.11- Seletividade 2.12- Robustez

Validação Um processo através do qual estudos de laboratório são utilizados para garantir que o método em questão atenda às exigências desejadas

Tipo de método FDA. International Conference on Validation of Analytical Procedures: Definitions and Terminology; Availability. Federal Register. V. 60 (40) p. 11260-11262, March, 1995. Procedimento Teste de Impureza analítico Identificação Quantitativo Ensaio-limite Doseamento Exatidão Não Sim Não Sim Precisão Repetitividade Precisão Intermediária Não Não Sim Sim Não Não Sim Sim Especificidade Sim Sim Sim Sim LD Não Não Sim Não LQ Não Sim Não Não Linearidade Não Sim Não Sim Faixa Não Sim Não Sim

Parâmetros de desempenho analítico a serem avaliados Aplicabilidade Faixa de trabalho Linearidade Homocedasticidade/heterocedasticidade Faixa linear de trabalho Sensibilidade Limite de detecção Limite de determinação/quantificação Precisão (repetitividade, precisão intermediária e reprodutibilidade) Exatidão/Taxa de recuperação Seletividade Robustez

Aplicabilidade Determinar qual ou quais matrizes e analito ou analitos para que o método analítico serviria, Identidade do analito, incluindo especificação onde apropriado (p. ex: arsênio total), Faixa de concentração coberta pela validação (p. ex: 0 50 mg/kg), Uma especificação da faixa de matrizes do material teste coberta pela validação (p. ex: frutos do mar), Descrever o equipamento, reagentes, procedimento (incluir variação permissível p. ex: aquecer 100±5ºC por 30±5min), procedimento de calibração e qualidade e, precaução de segurança especial necessária, A aplicação pretendida e sua incerteza crítica (p. ex: análise de alimento para monitoramento). A incerteza padrão u(c) do resultado c deveria ser < 0,1 x c. THOMPSON, M., ELLION, S. R., WOOD, R. Pure and Applied Chemistry. V. 74, p. 835-855, 2002.

Faixa de trabalho A faixa de trabalho (FT) pode ser definida entre um décimo a dobro do limite de restrição (LR) 0,1. LR FT 2. LR FRAUNHOFER INSTITUT FÜR LEBENSMITTELTECHNOLOGIE UND VERPACKUNG Guide for testing of analytical method for the determination of monomers in foods simulants and polymers. München. 3p. M&T Project Development of methods of analysis. Printed papers.

Linearidade É a habilidade das respostas analíticas serem diretamente proporcionais às concentrações das substâncias em estudo. Será verificada analisando em triplicata soluções padrão com 6 ou mais concentrações diferentes, dispostas em um intervalo estabelecido pela faixa de trabalho. Os valores encontrados para confecção da curva analítica têm que estar livres de valores aberrantes e os mesmos devem apresentar homocedasticidade.

Cálculo do ponto duvidoso na curva analítica Pode-se verificar se algum ponto de concentração desvia da linearidade da curva por meio do cálculo dos resíduos entre os valores medidos e os valores calculados a partir da equação da curva. Calcular um ponto duvidoso de uma curva analítica pelo valor de t. t calculado = resíduo s r / n Onde: resíduo = x medido - x calculado s r =desvio padrão dos resíduos s r = Σ(x medido x calculado ) 2 n = número de pontos da curva n - 1

Procedimento para determinação da linearidade Como o limite de restrição estabelecido pela Resolução 105 de 19-05-1999 da ANVISA/MS é de 0,25% m/m de estireno na massa plástica, a faixa de trabalho é de 0,025 a 0,50% m/m 0,025 FT 0,50% m/m

Procedimento para determinação da linearidade Considerando a massa tomada da amostra de 300mg, a faixa de concentração na alíquota analisada seria de 7,5 a 150mg/L. Por praticidade, fez-se a faixa de 10 a 150mg/L

Preparo da solução mãe Pesou-se 0,1066g de estireno com 99% de pureza. Diluiu-se esta massa em balão volumétrico de 100mL com n-heptano. Considerando a pureza do estireno 99%, o procedimento resultou em solução com concentração de 1,055mg/mL

" Soluções de trabalho Preparo da soluções de trabalho Com pipetas volumétricas, tomou-se alíquotas da solução mãe para preparo das soluções de trabalho. Todas as alíquotas foram avolumadas a 100mL com n-heptano

Volumes tomados da solução mãe e concentração das soluções de trabalho Volume Tomado (ml) 0 1 2 5 10 Concentração (mg/l) 0,00 10,55 21,10 52,75 105,5

Preparo da curva analítica " Os pontos de concentração das soluções de trabalho foram analisados no cromatógrafo. As áreas dos picos correspondentes ao tempo de retenção do estireno em relação aos pontos de concentração foram medidos e, uma curva analítica foi construída a partir das áreas com seus correspondentes pontos de concentração das soluções de trabalho

Determinação da estabilidade da solução mãe De semana em semana retiramos uma alíquota de 5mL da solução mãe de estireno em heptano e avolumamos com heptano para 100mL em balão volumétrico. Tomamos uma alíquota desta solução e injetamos em cromatógrafo a gás. Observamos se o resultado da concentração obtida é semelhante ao obtido inicialmente na confecção da curva analítica

Homocedasticidade/heterocedasticidade É a independência ou dependência da variância das respostas com as concentrações do analito

Determinação da homocedasticidade Variância Analisou-se em triplicata todos os pontos da curva analítica (10,55 105,5 mg/l), calculando em seguida as variâncias das respostas de cada ponto de concentração. Dividiu-se a maior variância (S 2 ) pelo somatório das variâncias ( S 2 ). O valor obtido é comparado com o valor tabelado S 2 = 1/n-1 Σ [x i X(médio)] 2

Homocedasticidade Se o valor calculado for menor que o tabelado de Cochran, o método é homocedástico. Portanto, a curva analítica pode ser construída pelo método dos mínimos quadrados normais C cal = S 2 maior/ S 2

Determinação da faixa de trabalho Faixa de trabalho é a faixa de concentração do analito na amostra que apresenta resposta linear com a concentração A faixa de trabalho(conc. na alíquota de análise 10,55-105,5 mg/l) possibilitou detectar o estireno dentro dos limites de interesse e a resposta do detector do cromatógrafo conservou-se linear, que foi de 0,035 a 0,35 % m/m concentração na amostra

Sensibilidade Descreve quanto a resposta varia com a variação da concentração do analito. Pode ser expressa como a inclinação da curva analítica (coeficiente angular), expresso pala equação S=dx/dc, onde: dx=variação da resposta, dc=variação da concentração É medida ao mesmo tempo que testa a linearidade Depende da natureza do analito e da técnica de detecção BRUCE, P., MINKKINEN, P., RIEKKOLA, M. L. Practical Method Validation: Validation sufficient for an Analysis Method. Mikrochimica ACTA. V. 128, p. 93-106, 1998.

Limite de detecção LD É a mais baixa concentração da substância em exame que pode ser detectada com um certo limite de confiabilidade utilizando um determinado procedimento experimental

Determinação do limite de detecção O limite de detecção foi determinado analisando 6 vezes a menor concentração da curva analítica, e o desvio padrão foi multiplicado por 3, este limite é referente a alíquota de análise. Tem que se considerar o procedimento do método para se determinar o limite de detecção do método. Desvio padrão: é igual a raiz quadrada positiva da variância e tem a mesma dimensao da média aritmética S = 1/(n-1)Σ[x i X(médio)] 2 THOMPSON, M., ELLION, S. R., WOOD, R. Pure and Applied Chemistry. V. 74, p. 835-855, 2002.

Limite de determinação/quantificação LQ É a mais baixa concentração da substância em exame que pode ser quantificada com certo limite de confiabilidade utilizando um determinado procedimento experimental

Limite de quantificação LQ Geralmente é o mais baixo ponto da curva analítica não deve ser determinado por extrapolação UKAS PUBLICATION ref: LAB 27, United Kingdom Accreditation Service. www.ukas.com

Precisão Repetitividade Precisão intermediária Reprodutibilidade

Repetitividade É o grau de concordância entre resultados de análises individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente à múltiplas análises de uma mesma amostra homogênea, em idênticas condições de teste.

Determinação da repetividade Um mínimo de 9 determinações cobrindo a faixa específica para o procedimento (p. ex: 3 concentrações/3 replicatas cada, menor, intermediária e maior); ou Um mínimo de 6 determinações a 100 % de concentração teste Calcular o desvio padrão, o desvio padrão relativo ou coeficiente de variação ou a variância. GUIDANCE FOR INDUSTRY Q2B. Validation of Analytical Procedures: Methodology U.S. Department of Health and Human Services, Food and Drug Administration, Center for Drug Evaluation and Research, Center for Biologics evaluation and Research, November 1996 ICH.

Precisão intermediária Expressa as variações dentro de um laboratório, como: dias diferentes, analistas diferentes, métodos diferentes, ou equipamentos diferentes, sobre uma mesma amostra ou padrão, definindo exatamente quais as condições a variar (uma ou mais)

Determinação da precisão intermediária Os resultados dos dados obtidos em dias alternados, por um mesmo analista, usando um mesmo equipamento, mesmas concentrações e mesma metodologia, deverão ser o mesmo: pode ser comprovado por teste t, onde a hipótese a ser afirmada é que o resultado obtido em diferentes dias são significativamente iguais. Hipótese a ser testada: H o : µ 1 = µ 2 Teste t T=(µ - x med )/s.( n) -1 onde: µ=valor de referência, x med =média dos valores dos resultados de análise, n=número de resultados de análise e s=desvio padrão O valor crítico (tabelado) varia em função do grau de liberdade (ν) e do nível de confiança, sendo que. ν = n 1 Se: t tab > t calc H o é aceita t tab < t calc H o é rejeitada

Reprodutibilidade É o grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo mesurando, efetuadas sob condições variadas de medição(vim). A reprodutibilidade não é um componente de validação de método executado por um único laboratório, é obtido em relação aos dados de validação obtidos através de comparação interlaboratorial (INMETRO, 2002). INMETRO. Orientações sobre validação de métodos de ensaio químicos. DOQ-CGCRE-008, revisão:00-outubro 2002. VIM Vocabulário Internacional de termos Fundamentais e Gerais de Metrologia, 1995.

Exatidão É a concordância dos valores experimentais com o valor verdadeiro X

Taxa de Recuperação É a relação entre o resultado experimental obtido depois da análise de uma amostra, fortificada com uma quantidade conhecida do analito, e o valor teórico desta quantidade fortificada

Determinação da taxa de recuperação A taxa de recuperação será calculada pela divisão entre o resultado da concentração média experimental e a concentração teórica multiplicada por 100. Taxa recuperação=[conc. Exp./conc. Teor] x 100.

Seletividade É a interferência por outra substância, que não seja o analito de interesse, na medição pelo detector

Determinação da seletividade Analisa-se três vezes a solução de estireno em heptano na concentração de (10,55mg/L) e depois analisa-se três vezes uma amostra que apresente na alíquota de análise uma concentração próxima a concentração de (10,55mg/L) e depois calcula-se o teste de igualdade de duas médias de amostras independentes (t)

Determinação da seletividade O cálculo do valor de t quando se comparam médias de duas amostras diferentes é dado pela expressão t = Sa x 1 1 x 2 1 / n + 1 / n 2

Determinação da seletividade Sa é a estimativa do desvio padrão agregado, calculado a partir das estimativas dos desviospadrões das duas amostras Sa =

Robustez É a capacidade de um método de não ser afetado por uma pequena e deliberada modificação em seus parâmetros

Determinação da robustez Resultados das amostras a 48 e 120 h DEHA % m/m DEHP % m/m 48 120 h 48 120 h 0,286 0,306 9,43 10,12 0,270 0,325 9,13 10,95 0,276 0,329 9,28 10,99

Determinação da robustez pelo teste t Resultados da mesma amostra nos tempos de contato de 48 e 120 horas Plastificantes DEHA DEHP Desvio padrão das diferenças 0,020 0,624 (%m/m) Teste de igualdade de duas médias 3,760 3,910 (%m/m) T tabelado 4,303 4,303