INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA NA CULTURA DA RÚCULA EM CULTIVO ORGÂNICO INTRODUÇÃO

Documentos relacionados
INFLUÊNCIA DA SUPRESSÃO DA IRRIGAÇÃO NOS DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS DO FEIJÃO-CAUPI

CRESCIMENTO INICIAL DE URUCUM SOB DIFERENTES SUBSTRATOS SUBMETIDOS A ESTRESSE SALINO. Correia dos Santos; 4 Ligia Sampaio Reis

APLICAÇÃO DE SULFATO DE AMÔNIO COMO FONTE DE NITROGÊNIO NA CULTURA DA ALFACE

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ALFACE EM GARÇA S.P

Tipos de Bandejas e Número de Sementes por Célula Sobre o Desenvolvimento e Produtividade de Rúcula.

TÍTULO: EFEITO DO ESTERCO OVINO, CONDICIONADOR DE SOLO E ADUBO ORGANOMINERAL NA PRODUTIVIDADE DA RÚCULA (ERUCA SATIVA).

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA ALFACE CV. CINDERELA, SUBMETIDA À DIFERENTES NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO

PRODUÇÃO DE RÚCULA EM FUNÇÃO DE DEFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO. Apresentação: Pôster

Biometria de mudas de rúcula em função da aplicação de bioestimulante

Vegetal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, , Jaboticabal-SP. RESUMO

Índice de clorofila em variedades de cana-de-açúcar tardia, sob condições irrigadas e de sequeiro

Produção de mudas de alface (Lactuca sativa) utilizando diferentes substratos

Palavras-chave: Composto Orgânico. Agricultura Orgânica. Olericultura. Biometria.

DESENVOLVIMENTO DA ALFACE AMERICANA (Lactuca sativa) SUBMETIDA A DIVERSOS NÍVEIS DE SALINIDADE.

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA ALFACE, CV. CINDERELA, SUBMETIDA À DIFERENTES NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA II: CRESCIMENTO VEGETATIVO

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO

EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO SOBRE O DESEMPENHO DE VARIEDADES DO FEIJÃO-FAVA (Phaseolus lunatus L.).

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

TÍTULO: PRODUTIVIDADE DA RÚCULA (ERUCA SATIVA), EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO E NÚMERO DE PLANTAS NO SISTEMA HIDROPÔNICO NFT

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

FUNÇÃO RESPOSTA DA ALFACE AMERICANA EM DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE

Cultivo de Alface e Rúcula em Substrato Pó de Coco Seco e Irrigado com Solução Nutritiva com Diferentes Concentrações.

ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO COENTRO EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE NA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO

ECONOMIA DE ÁGUA NA PRODUÇÃO DE QUIABO COM DIFERENTES COBERTURAS DE SOLO

Mudas de alface (Lactuca sativa l.) produzidas com diferentes substratos orgânicos

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DA CENOURA CV. BRASÍLIA SOB DIFERENTES AMBIENTES DE CULTIVO E DOSES DE BIOFERTILIZANTE

FITOMASSA DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE

Produção de cultivares de almeirão, em hidroponia, em função das concentrações de ferro na solução nutritiva.

CRESCIMENTO DO FEIJAO CAUPI (VIGNA UNGUICULATA) EM DIFERENTES NIVEIS DE SALINIDADE

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

CRESCIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor L. Moench) IRRIGADO COM ÁGUA DE DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE

CRESCIMENTO FOLIAR DA MAMONEIRA IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

APLICAÇÃO DE DOSES DE MOLIBDÊNIO EM MUDAS DE REPOLHO (Brassica oleracea L. var. capitata)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Doses de potássio na produção de sementes de alface.

Reação de genótipos de rabanete a adubação nitrogenada

EFEITO DOS NÍVEIS DE SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO COMUM*

FITOMASSA DE PLÂNTULAS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO "BRS TOPÁZIO" SOB NÍVEIS DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO INTRODUÇÃO

TAXAS DE CRESCIMENTO EM DIÂMETRO CAULINAR DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO-SALINO(*)

Desempenho agronômico de cultivares de rúcula sob três níveis de radiação.

EFEITO DA SALINIDADE E BIOFERTILIZANTES NA CULTURA DA ABOBRINHA

DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

CULTIVO DE MANJERICAO VERDE EM FIBRA DE COCO FERTIIRRIGADO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA

Influência de Doses de Potássica Sob a Qualidade de Frutos de Melancia (1)

CRESCIMENTO INICIAL DE PINHÃO MANSO ORIUNDAS DE SEMENTES TRATADAS COM CLORETO DE MEPIQUAT

PROCUÇÃO DE FITOMASSA DA CULTURA DO FEIJAO CAUPI COM DIFERENTES NÍVEIS DE SAL (Vigna unguiculata)

CRESCIMENTO DO PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE ÁGUA E ADUBAÇÃO NITROGENADA

Desempenho de cultivares de alface em cultivo de verão na região Campo das Vertentes de Minas Gerais

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE TOMATE EM SUBSTRATO CONTENDO TORTA DE MAMONA

Efeito do esterco no crescimento inicial de mudas de Sterculia foetida L.

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE PORTE BAIXO DE MAMONA (Ricinus communis L.) EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

ANALISE DE PRODUÇÃO DA ALFACE AMERICANA E CRESPA EM AMBIENTES DIFERENTES

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO COLORIDO BRS 201 IRRIGADO COM ÁGUA DE DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADES

INFLUÊNCIA DA COBERTURA MORTA NA PRODUÇÃO DA ALFACE VERÔNICA RESUMO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

CRESCIMENTO INICIAL DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE PLANTAS DE Brachiaria decumbens*

EFEITO DO SOMBREAMENTO E APLICACÃO DE BIOFERTILIZANTE BOVINO EM PLANTAS DE BETERRABA

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

CRESCIMENTO INICIAL DO PINHÃO MANSO IRRIGADO SUBMETIDO A DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA 1

AVALIAÇÃO DO USO DE RESÍDUO ORGÂNICO E ADUBAÇÃO FOSFATADA NO CULTIVO DE GERGELIM (Sesamum indicum L. cv. Trhébua)

TÍTULO: INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS E DE BANDEJAS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE.

CRESCIMENTO E DIÂMETRO DO CAULE DE CULTIVARES DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO

SUBSTRATOS À BASE DE HÚMUS DE MINHOCA COM DIFERENTES FORMULAÇÕES NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE

AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS ORGÂNICAS DE ALFACE CRESPA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 888

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO INICIAL DO TOMATE IPA 6 EM DIFERENTES COMBINAÇÕES DE SUBSTRATO E AREIA

PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO SUBMETIDO A ESTRESSE SALINO INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Jatropha curcas L., parâmetros de crescimento, nitrogênio, adubação mineral.

CONSORCIO DE MILHO COM BRACHIARIA BRINZANTHA

VI JORNADA ACADÊMICA a 27 de outubro Unidade Universitária de Santa Helena de Goiás

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

FORMAÇÃO DE MUDAS DE GIRASSOL PRODUZIDO COM SUBSTRATOS COMPOSTOS COM CASCA DE ARROZ

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

RESPOSTAS MORFOMÉTRICAS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ROMÃZEIRA IRRIGADA COM ÁGUA SALINA

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA III: FITOMASSA DA MAMONEIRA

INFORMAÇÕES GERAIS DO TRABALHO. Título do Trabalho: Doses de adubos para produção de mudas de tomate (Solanum lycopersicum)

BROTAÇÃO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR NAS CONDIÇÕES DE CERRADO DO BRASIL-CENTRAL

XLVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2017 Hotel Ritz Lagoa da Anta - Maceió - AL 30 de julho a 03 de agosto de 2017

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1213

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA EM ALTURA E DIÂMETRO CAULINAR IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

Diferentes substratos no desenvolvimento do pepino (Cucumis sativus)

EFEITO DO GRAU DE UMIDADE DOS FRUTOS DE MAMONEIRA SOBRE A EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE DESCASCAMENTO MECÂNICO

PRODUÇÃO DE MUDAS DE BRÓCOLIS EM SUBSTRATOS A BASE DE FIBRA DE COCO VERDE EM SISTEMA ORGÂNICO 1 INTRODUÇÃO

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG

Transcrição:

INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA NA CULTURA DA RÚCULA EM CULTIVO ORGÂNICO 1 José Felipe Bezerra da Silva, 1 Mirandy dos Santos Dias; 2 Ligia Sampaio Reis Universidade Federal de Alagoas. Centro de Ciências Agrárias. BR 14, Km 85, s/n, Mata do Rolo, Rio Largo AL felipebezerra11@hotmail.com; mirandydias@gmail.com; lavenere_reis@hotmail.com INTRODUÇÃO A rúcula é uma hortaliça rica em vitamina C, potássio, enxofre e ferro, tendo efeitos antiinflamatório e desintoxicante para o organismo humano, consumida geralmente crua em saladas (TRANI & PASSOS, 25). O cultivo desta hortaliça é realizado principalmente por médios e pequenos produtores, que, na maioria das vezes, utilizam águas de fontes superficiais ou de poços rasos, que podem apresentar elevadas concentrações de sais. A possibilidade do uso dessas águas para irrigação está ligada diretamente com tolerância da cultura à salinidade. Estudos sobre a tolerância de hortaliças folhosas ao estresse salino têm sido bastante estudados, sendo em sua maioria realizados com a cultura da alface. Com relação à rúcula, são poucos os estudos sobre a tolerância a salinidade. Diante do exposto, o trabalho foi desenvolvido para avaliar o efeito da com água salina na cultura da rúcula. METODOLOGIA O trabalho foi realizado em casa de vegetação na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, na cidade de Rio Largo - AL, com coordenadas geográficas 9º27 55 de latitude Sul e 35º49 46 de longitude oeste, e altitude de 127m. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos constituíram de cinco níveis de salinidade da água (,5; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5 ds m -1 ). Antes do plantio foram retiradas amostras do solo para análise química. A variedade de rúcula utilizada foi a Apreciatta, cuja germinação se inicia entre 7 a 1 dias e tem sua colheita iniciada a partir do 4 dias após o plantio. Aos 12 DAP, foi feito o desbaste deixando uma planta por vaso. Após a semeadura, o solo foi elevado à capacidade de campo, para isso, foram saturados com água sem sal (destilada). A adubação foi realizada com 1g de húmus de minhoca por vaso, sendo aplicada em duas épocas fundação e cobertura, está realizada aos 15 DAP.

As irrigações foram realizadas utilizando as soluções salinas, de acordo com cada tratamento. A frequência das irrigações foi diária, de modo que atendesse a necessidade da cultura. Foram avaliados os seguintes componentes de produção: Área Foliar (AF), altura de Plantas (AP), número de folhas (NF) e massa fresca da parte aérea (MFPA). A colheita foi realizada aos 43 DAP. Para obtenção da matéria fresca da parte aérea, utilizou-se balança de alta precisão. A altura (AP) foi determinada a partir de uma régua expressa em centímetros. Para obtenção da área foliar (AF) utilizou-se o integrador de área foliar modelo LI 31 da Licor. Os dados obtidos do cultivo foram submetidos à análise de variância utilizando-se o software Assistat. RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com a Tabela 1, verificas- se diferença significativa ao nível de 1% de probabilidade para as variáveis: área foliar, número de folhas, matéria fresca parte aérea, matéria seca da parte aérea e altura de plantas em função dos níveis de salinidade aplicada a cultura. Tabela 1. Resumo das análises de variância pelo quadrado médio, referente a AF, NF, AP e MVPA. GL QM CAUSA DE VARIAÇÃO AF NF AP MFPA Tratamentos 4 *** *** *** *** Reg. linear (1) 337198.18** 16.58** 341.12** 1376.86** Reg. Quadrática (1) 436.45 ns 5.15 ns 6.3ns 6.55ns Reg. cúbica (1) 13575.53ns.72ns 31.52* 5.62ns Resíduo 2 3832.3 23.51 4.23 23.51 Total 24 - - - - CV% - 25.55 19.27 13.4 26.77 CV: Coeficiente de Variação; GL: Grau de liberdade, QM: Quadrado médio; * significativ o ao nível de 5% de probabilida de (.1 =< p <,5); ** significativ o ao nível de 1% de probabilidade (p <,1); ***o tratamento é quantitativo o teste F não se aplica; ns não significativo (p >=,5). De acordo com a Figura 1, o número de folhas foi influenciado pela salinidade, na medida em que foram elevados os níveis de salinidade a produção foi reduzindo, considerando que o tratamento (,5 ds m -1 ) apresentou 1% da produção do número de folhas, a partir dele houve

Número de folhas decréscimo para os demais tratamentos, onde (1,5 ds m -1 ) teve redução de 18,19%, (2,5 ds m -1 ) 27,28% os tratamentos (3,5 ds m -1 e 4,5 ds m -1 ) apresentaram redução de 45,46% na produção de folhas. Trabalhos realizados com outras culturas também demonstram o efeito da salinidade sobre o número de folhas. Oliveira et al. (211) e Viana et al. (21) observaram que o incremento da CEa da água provocou a redução do número de folhas na cultura da cultura da alface. A redução no número de folhas é um fator de resposta ao estresse salino (DANTAS et al., 23). Figura 1. Número de folhas das plantas de rúcula aos 43 DAP, em função dos níveis de salinidade na água. 12 1 8 11 9 8 6 6 6 4 2 y =,2143x 2-2,3714x + 12,161 R² =,9746,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Níveis de Salinidde (ds m -1 ) De acordo com a Figura 2, observou-se redução da área foliar a partir do tratamento (1,5 ds m -1 ) com redução de 17,4%, (2,5 ds m -1 ) 4,19%, (3,5 ds m -1 ) 73,71% e (4,5 ds m -1 ) 72,31%. A área foliar tem sua importância por ser uma variável de crescimento indicativa da produtividade, visto que o processo fotossintético depende da interceptação da energia luminosa e sua conversão em energia química, sendo este um processo que ocorre diretamente na folha (Taiz & Zeiger, 29). Figura 2. Área Foliar de Rúcula aos 43 DAP, em função dos níveis de salinidade na água.

Altura de plantas (cm) Área Foliar (cm²) 45 4 35 3 25 2 15 1 5 48,753 337,645 y = 7,8435x 2-121,34x + 48,96 R² =,9534 244,52 17,492 113,222,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Níveis de salinidade (ds m -1 ) A altura das plantas foi influenciada pela salinidade, conforme mostra a figura 3. Houve redução a partir do tratamento (1,5dsm -1 ) reduzindo 1%, (2,5 ds m-1) 22,39%, (3,5 ds m -1 ) 5%, (4,5 ds m -1 ) 42,39. De acordo com Minami & Tessarioli Neto (1998) para que as plantas atinjam ponto comercial, as maiores folhas de rúcula, devem estar com 15 a 2 cm de comprimento, bem desenvolvidas, verdes e frescas. Assim podemos verificar no gráfico 3, que a partir de 3,5 ds m-1 a rúcula não apresentou padrão de comercialização. Figura 3. Altura das plantas de rúcula aos 43 DAP em função dos níveis salinidade na água. 25 2 15 1 21 18,9 16,3 1,5 12,1 5 y = -2,62x + 22,31 R² =,8725,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Níveis de salinidade (ds m -1 ) A massa fresca da parte aérea foi afetada pela salinidade, conforme mostra a Figura 4. Na medida em que foi aumentando os níveis de salinidade a produção de matéria fresca foi diminuindo. Essa redução se deu a partir do tratamento (1,5 ds m -1 ) com redução de 12,69%, 36,26% (2,5 ds m - 1 ), 64% (3,5 ds m -1 ) e 67,7%(4,5 ds m-¹. Viana et al. (21) também notaram redução linear de fitomassa da parte aérea em decorrência do aumento da salinidade da água utilizada na irrigação para a cultivar de alface Elba.

Materia fresca parte aérea (g) Figura 4. Matéria fresca parte aérea aos 43 DAP em função da salinidade da água. 35 3 25 2 15 28,3 24,71 18,4 1 5 y =,343x 2-6,7694x + 32,525 R² =,9628 1,19 9,32,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Níveis de salinidade (ds m -1 ) Conclusão A variedade de rúcula Apreciatta é tolerante a,5 ds m -1, apresentando 1% da produção; Os componentes de produção diminuíram significativamente com o aumento da condutividade elétrica da água; REFERÊNCIAS DANTAS, J.P.; FERREIRA, M.M.M.; MARINHO, F.J.L.; NUNES, M.S.A., QUEIROZ, M. F.; SANTOS, P.T.A. Efeito do estresse salino sobre a germinação e produção de sementes de caupi. Agropecuária Técnica, v.24, n.2, p.119-13, 23 MINAMI, K.; TESSARIOLI NETO, J. A cultura da rúcula. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 1998. 19p. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant physiology. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 29. 719p TRANI PE; FORNASIER JB; LISBÃO RS. 1992. Cultura da rúcula. Campinas: IAC. n.146, 8p. (Boletim técnico 146). TRANI, P. E., PASSOS, F. A. Rúcula (Pinchão) Erucavesicaria sativa (Mill.) Thell. In: congresso brasileiro de olericultura, 45º. Fortaleza, Ago. 25 Suplemento CDROM.

VIANA, S. B. A.; RODRIGUES, L. N.; FERNANDES, P. D.; GHEYI, H. R. Produção de alface em condições de salinidade a partir de mudas produzidas com e sem estresse salino. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.5, p.6-66, 21. OLIVEIRA, F. A.; CARRILO, M. J. S.; MEDEREIROS, J. F.; MARACÁ, P. B.; OLIVEIRA, M. K. T. Desempenho de cultivares de alface submetidas a diferentes níveis de salinidade da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 15, n. 8, p.771777, 211.