TÍTULO MANUAL DO PROGRAMA DE GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA RURAL PRONAMP RURAL CAPÍTULO ANEXOS 4 ANEXO MODELO DE CÉDULA FILHOTE PARA OPERAÇÕES AO AMPARO DO PRONAMP RURAL VII Anexo VIII - Manual de Provisão para Perdas em Direitos Creditórios Vigência a partir de 12/9/2016
Índice Título 1: Apresentação... 3 Título 2: Provisão Para Perdas em Direitos Creditórios... 4 Capítulo 1: Diretrizes... 4 Seção 1: Introdução... 4 Seção 2: Objetivo... 5 Seção 3: Base normativa... 6 Seção 4: Estrutura Organizacional e responsabilidades... 7 Seção 5: Estratégia de apuração de perdas esperadas... 8 Seção 6: Processo de reconhecimento das perdas esperadas... 9 Seção 7: Apuração da perda esperada... 10 Seção 8: Avaliação periódica... 12 Seção 9: Situações de stress... 13 Título 3: Glossário... 14 Título 4: Modelos e formulários... 15 Título 5: Referências normativas... 16 Título 6: Controle de atualizações... 17 Pág. 2/17
Título 1: Apresentação 1. Este manual tem por finalidade definir os padrões, as estruturas e os procedimentos a serem adotados pela Bancoob DTVM no processo de reconhecimento e provisionamento para perdas sobre os direitos creditórios integrantes das carteiras de fundos de investimento em direitos creditórios, em cumprimento às normas aplicáveis. 2. Este manual é atualizado no mínimo anualmente, no mês de setembro, ou a qualquer tempo, objetivando adequação às condições operacionais, regulatórias e de mercado, e é objeto de registro na Anbima no prazo de até 15 dias contados de sua alteração. Pág. 3/17
Título 2: Capítulo 1: Seção 1: Provisão Para Perdas em Direitos Creditórios Diretrizes Introdução 1. Os direitos creditórios integrantes das carteiras dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios FIDC estão sujeitos ao risco de crédito, que consiste na possiblidade de não recebimento do valor de um título ou o seu recebimento parcial, por inadimplência do devedor e/ou do garantidor. 2. A materialização do risco de crédito implica redução do valor recuperável do direito creditório, com impacto sobre o resultado da carteira do FIDC. 3. Toda redução do valor recuperável de um direito creditório deve ser reconhecida por meio da constituição de provisão, a qual será dimensionada e apropriada de acordo com os critérios estabelecidos neste manual. 4. As posições de provisão para perda serão ajustadas diariamente, revisadas mensalmente e acompanhadas por meio da análise de relatórios gerados pelos prestadores de serviços de controladoria de ativos. 5. Este manual contempla os requisitos legais no tratamento do reconhecimento e constituição da provisão para perda, assim como a filosofia da instituição, que prima pela adoção de melhores práticas de mercado, comprometimento da administração, transparência e publicidade de seus atos. Pág. 4/17
Seção 2: Objetivo 1. Este Manual tem por objetivo principal estabelecer padrões, definir responsabilidades e disciplinar os procedimentos relacionados ao processo de reconhecimento e provisionamento para perdas. 2. Tem ainda por finalidade: 2.1. disciplinar o processo de tomada de decisão em situações de normalidade e/ou de crise/stress; 2.2. deixar claro o entendimento por parte dos cotistas, funcionários, prestadores de serviços e órgãos reguladores/autorreguladores quanto às estratégias e processos de gerenciamento do provisionamento para perdas; 2.3. definir os fatores que direcionem a necessidade de constituição da provisão para perdas, bem como definir os níveis de provisionamento. Pág. 5/17
Seção 3: Base normativa 1. Este Manual observa as Diretrizes de Metodologia de Provisão de Perdas Sobre Direitos Creditórios divulgadas pela Anbima, conforme Deliberação nº 73, de 13/6/2016, com ênfase nos princípios norteadores ali estabelecidos (formalismo, melhores práticas, comprometimento, consistência, frequência e transparência). 2. São observadas também as regras estabelecidas pela CVM em relação à provisão para perdas por redução no valor de recuperação de ativos avaliados pelo custo ou pelo custo amortizado, conforme Instrução Normativa nº 489, de 14/1/2011, que determina que sempre que houver evidência de redução no valor recuperável dos ativos do fundo, uma provisão para perdas deve ser registrada. 3. Adicionalmente, são considerados os esclarecimentos prestados pela CVM por meio de ofícios circulares relacionados com a referida instrução Normativa. Pág. 6/17
Seção 4: Estrutura Organizacional e responsabilidades 1. O processo de provisionamento é operacionalizado pelos prestadores de serviço de controladoria de ativos, mediante regras definidas pela Diretoria, as quais são previamente avaliadas pelo Comitê de Riscos, que tem a seguinte composição: 1.1. Diretor Superintendente; 1.2. Diretor de Gestão de Recursos de Terceiros; 1.3. Diretor de Administração e Controle; 1.4. Um Gerente da mesa de Operações e/ou um Trader; 1.5. Representante do prestado de serviços de análise de risco (Superintendente de Gestão de Riscos do Bancoob ou seu representante). 2. Cabe ao Comitê de Riscos, entre outras funções: 2.1. Acompanhar o nível de provisionamento das carteiras dos FIDC; 2.2. Avaliar as provisões constituídas e o respectivo nível de perdas, com vistas a propor eventuais ajustes na metodologia. 3. Cabe individualmente a cada membro do Comitê de Riscos acompanhar diariamente as posições por meio dos relatórios fornecidos pelo prestador de serviços de controladoria de ativos. 4. As decisões relacionadas ao provisionamento tomadas pela Diretoria são formalizadas em atas, que compõem os registros formais e legais da instituição. Pág. 7/17
Seção 5: Estratégia de apuração de perdas esperadas 1. A perda esperada das operações será apurada de forma individualizada por cedente, uma vez que a Bancoob DTVM só administra fundo sem aquisição substancial de riscos e benefícios, estando as operações sujeitas a direito de regresso contra os cedentes, os quais integram o APL de Santa Rita do Sapucaí (MG), polo de desenvolvimento tecnológico considerado maduro e que se relaciona com empresas de tradição, aplicando-se política de crédito conservadora. 2. Diante das características da carteira do FIDC (revolvente, direitos performados com nota fiscal emitida, prazo médio máximo de 60 dias) e do expresso e evidente direito de regresso contra os cedentes, considera-se que a apuração individual de perdas esperadas seja a mais adequada. 3. No processo de estimação de perdas, serão utilizados os componentes clássicos do risco de crédito aplicados universalmente entre as instituições financeiras, de acordo com princípios emanados do Comitê de Basileia. 4. Os componentes do risco de crédito (Perda Esperada, Probabilidade de Descumprimento, Perda Dada o Descumprimento etc.) serão apurados com base na metodologia corporativa aplicada no Sicoob Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, uma vez que a Bancoob DTVM, como parte integrante, se submete a todas as políticas corporativas. 5. Os componentes de risco em relação a cada cedente e suas operações serão descritos nos trabalhos técnicos que embasarem as decisões de definição de risco e estabelecimento de limites de crédito, assim como em suas revisões de monitoramento e/ou revalidação. Pág. 8/17
Seção 6: Processo de reconhecimento das perdas esperadas 1. A perda esperada da operação original individual será reconhecida, por força de definições contidas na Instrução Normativa CVM n 489/2011, no momento da aquisição inicial, mediante ajuste no seu valor de recebimento (fluxo de caixa esperado), momento em que é apurada a taxa efetiva da operação para efeito de apropriação diária de rendimentos. 2. A partir de então, sempre que houver evidências de redução do valor recuperável da operação, será registrada a provisão para perdas. 3. A evidência de perda do valor recuperável será a reclassificação do cedente para níveis superiores de maior risco, com reflexo sobre todas as operações do cedente. 4. A provisão para perdas será mensurada e registrada pela diferença entre o valor contábil do ativo antes da mudança de estimativa e o valor presente do novo fluxo de caixa esperado, calculado após a mudança de estimativa, desde que a mudança seja relacionada a uma deterioração na estimativa anterior de perdas de créditos esperadas. 5. A taxa de desconto a valor presente do novo fluxo de caixa esperado será a taxa efetiva de juros calculada no reconhecimento inicial. 6. A reclassificação de risco do cedente é desnecessária nos casos de atraso, que obedecerão a critérios específicos adiante descritos neste manual. Pág. 9/17
Seção 7: Apuração da perda esperada 1. A avaliação dos direitos creditórios é realizada de forma individualizada com base no cálculo da perda esperada das operações do cedente. 2. São utilizados os seguintes componentes do risco de crédito: PD - Probabilidade de Descumprimento (percentual que corresponde à probabilidade de inadimplência de 90 dias da classe de risco do cedente); LGD - Perda Dado o Descumprimento (percentual da perda econômica decorrente do descumprimento dos direitos creditórios direito de regresso contra o cedente); EAD - Exposição ao Descumprimento (valor da exposição do FIDC perante o cedente no momento da concretização do evento de descumprimento valor da operação no seu vencimento). 3. Com base nos componentes do risco de crédito é calculada a Perda Esperada (PE) da operação, de acordo com a seguinte fórmula: PE = PD x LGD x EAD 4. Fica estipulado o percentual de 20% como valor da LGD, de acordo com a metodologia de risco de crédito corporativa. 5. O quadro abaixo apresenta as PD a serem aplicadas de acordo com a classificação de risco atribuída ao cedente: Classificação de Risco PD R1 0,03% R2 0,22% R3 0,48% R4 0,56% R5 0,65% R6 0,70% R7 0,87% R8 1,03% R9 1,20% R10 1,37% R11 1,53% R12 1,70% R13 2,07% R14 3,22% R15 5,46% R16 10,46% 6. Em caso de inadimplência, a classificação de risco do cedente será automaticamente considerada de acordo com a tabela abaixo, que inclui as PD associadas a cada faixa de atraso: Pág. 10/17
Inadimplência (Dias) Classificação de Risco PD A partir de 30 dias R18 50,00% A partir de 60 dias R19 70,00% A partir de 90 dias R20 100,00% 7. As operações vencidas por 180 dias ou mais deverão ser baixadas para prejuízo e cobradas judicialmente, sem prejuízo de ações administrativas e/ou judiciais em prazo inferior. 8. Os cedentes que apresentarem inadimplência a partir de 30 dias deverão ser reavaliados, com vistas à atualização da sua classificação de risco. Pág. 11/17
Seção 8: Avaliação periódica 1. A avaliação do processo de apuração de perdas esperadas e de provisionamento será realizada pelo Comitê de Riscos, observado que: 1.1. Mensalmente será acompanhado o nível de provisionamento das carteiras dos FIDC; 1.2. Ao fim de cada trimestre civil será avaliada a situação dos cedentes; 1.3. Anualmente será avaliado o nível das provisões constituídas inicialmente e o respectivo nível de perdas. 2. Enquanto que as perdas esperadas são sempre mensuradas antes do vencimento das operações, as perdas incorridas são as efetivamente verificadas na vigência da carteira, entendidas como aquelas operações baixadas para prejuízo (180 dias após o vencimento). 3. As recuperações de perdas são aquelas obtidas após a baixa das operações para prejuízo e são consideradas pelo seu valor presente na data de vencimento das operações (mensuração econômica). 4. O processo de avaliação anual realizado pelo Comitê de Riscos visa comparar o nível de perdas esperadas com as perdas efetivamente verificadas, líquidas de recuperação conforme item anterior, a fim de verificar a necessidade de revisão de critérios. Pág. 12/17
Seção 9: Situações de stress 1. Casos excepcionais de deterioração na percepção de risco de crédito dos cedentes serão avaliados pelo Comitê de Riscos, podendo redundar na elaboração e condução de plano de ação por parte da Diretoria. Pág. 13/17
Título 3: Glossário APL Santa Rita: Arranjo Produtivo Local ( APL ) da região de Santa Rita do Sapucaí, Estado de Minas Gerais, e demais municípios integrantes do chamado Vale da Eletrônica. Componentes de Risco de Crédito: Fatores que determinam o cálculo da perda esperada de crédito, de acordo com definições do Comitê de Basileia, universalmente utilizados pela instituições financeiras. Perda Esperada: É a perda estimada para a operação, apurada pela aplicação dos componentes de risco de crédito (PE = PD x LGD x EAD). Probabilidade de Descumprimento: É o percentual que corresponde à probabilidade de inadimplência de 90 dias da classe de risco de devedor. Perda Dado o Descumprimento: É o percentual da perda econômica decorrente do descumprimento das obrigações pelo devedor, que é bastante sensível à qualidade das garantias associadas á operação. Exposição ao Descumprimento: Valor da exposição no momento da inadimplência. Pág. 14/17
Título 4: Modelos e formulários 1. Os anexos listados abaixo estão disponíveis na Intranet, no serviço Disponibilização de Arquivos e Formulários (DAF). 2. Acesso Interno: para localização dos anexos, acessar o link http://clusterweb01/daf, selecionar Arquivos e buscar por qualquer palavra do nome do modelo. LISTA DE ANEXOS: 3. O uso de formulários e modelos deverá sempre ter como fonte os arquivos disponíveis na intranet, local em que são permanentemente atualizados. O uso de modelos utilizando arquivos copiados de outros locais gera risco operacional e contraria as normas da Bancoob DTVM. Pág. 15/17
Título 5: Referências normativas 1. As referências normativas a seguir não esgotam o assunto e não eximem a obrigação dos usuários deste manual de se manterem atualizados com relação às normas. Normativo N Órgão emissor Data de emissão Epígrafe Instrução Normativa 489 CVM 14/1/2011 Deliberação 73 Anbima 13/6/2016 Demonstrações Financeiras de FIDC Diretrizes de Provisão para Perdas de FIDC Pág. 16/17
Título 6: Controle de atualizações Data Referência 12/9/2016 142 Implantação do Manual Pág. 17/17