CITY TOUR E QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE: O CONDUTOR NA INTERMEDIAÇÃO DO BEM-ESTAR DOS IDOSOS

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Transcrição:

CITY TOUR E QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE: O CONDUTOR NA INTERMEDIAÇÃO DO BEM-ESTAR DOS IDOSOS AMANCIO, Yara do Nascimento 1 ; CERCHIARI, Ednéia Albino Nunes 2. 1 Acadêmica do Curso de Turismo com Ênfase em Ambientes Naturais da UEMS, Unidade Universitária de Dourados: yara_nascto2@hotmail.com 2 Professora do Curso de Turismo com Ênfase em Ambiente Naturais e do Curso de Enfermagem da UEMS, Doutora em Ciências Médicas, Unidade Universitária de Dourados: edcer@terra.com.br Área Temática da Extensão: Saúde Resumo O presente estudo se refere aos resultados parciais do Projeto de Extensão intitulado: City Tour e Qualidade de Vida na Terceira Idade: O condutor na intermediação do bem-estar de idosos que tem como objetivo conduzir: acompanhar, orientar e transmitir informações aos idosos durante os passeios turísticos estimulando suas funções cognitivas e, melhorando a auto-estima e socialização. A população atendida, neste projeto, foi composta por dois grupos: Grupo 1 - Idosos do Asilo da Velhice Desamparada, Lar do Idoso de Dourados- MS ; Grupo 2 - Idosos do Serviço Social do Comércio (SESC). O City Tour percorreu os pontos turísticos da cidade de Dourados, MS/ Brasil e foi realizado quinzenalmente, alternando-se entre os dois grupos e contou com o apoio da Empresa de ônibus Medianeira. No período de 08 de abril a 24 de junho de 2010 foram realizados 11 passeios, sendo 6 com o Grupo 1 e 5 com o Grupo 2. Foram visitados os seguintes locais: Parque dos Ipês, Parque Antenor Martins, Parque de Exposições, Clube Samambaia, CEPER 1º Plano, Aeroporto de Dourados, Aeroclube de Dourados e Vila São Pedro. Participaram 102 idosos. No Grupo 1, a maioria são homens, viúvos e de idades entre 63 e 84 anos e no Grupo 2 o sexo predominante é o feminino, com faixa etária de 60 a 70 anos. Conforme o questionário a grande maioria dos idosos consideram os passeios bons, e excelente o atendimento do condutor. Com base nos relatos dos idosos, percebe-se também que os passeios proporcionam conhecimento, socialização, integração do grupo, verbalização, distração e entretenimento. Conclui-se que os passeios turísticos, históricos e culturais, juntamente com as dinâmicas, atividades e jogos aplicados nos passeios indicam serem estratégias que contribuem na melhora da auto-estima, no resgate da memória e na qualidade de vida de idosos. Palavras- chave: socialização, memória, entretenimento.

Introdução O envelhecimento da população mundial, inclusive, do Brasil vem crescendo rapidamente. O número de idosos aumentou 47,8% em uma década - de 1997 a 2007, o que representou um incremento bem superior ao crescimento da população do país, que aumentou, no mesmo período, 21,6%. Em dez anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 3,4 anos (MELO; RIBEIRO, 2008). Com o aumento dessa população a preocupação com a promoção da saúde nesta faixa etária é muito importante as ações dirigidas aos idosos eram restritas permitindo o surgimento de doenças que se manifestavam atipicamente (por exemplo, depressão e infecções). (SOUZA et al., 2006) E para evitar que a transformação etária fosse responsável por um proporcional crescimento da população de doentes, tornou-se imprescindível a adoção de medidas de caráter preventivo. Uma dessas medidas se refere à ampliação do conceito de saúde para a terceira idade que passou a ser o estado de bem-estar físico, psíquico e social (Organização Mundial da Saúde p.47). De acordo com este conceito, avaliar somente a parte física, não é suficiente, e que o bem estar psíquico e social é fundamental para que este indivíduo goze de uma vida saudável. O turismo pode propiciar o atendimento das necessidades humanas de aventuras, de descobertas, de movimento, de apreciação da natureza e a satisfação das ambições estéticas do homem etc. (SOUZA et al., 2006). Para Souza et al (2006) As viagens podem ser uma solução para crise do envelhecimento, uma vez que na atual sociedade, a maioria das pessoas considera difícil armazenar experiências e conhecimentos contra a velhice ou transmitir experiências acumuladas a seus descentes. Encontrar novos interesses, novos modos de manter-se ocupado, para poder crescer por meio de movimentos, poderá ser um objetivo da pessoa idosa. (p.39). De acordo com Cerchiari (2007) para os idosos as atividades turísticas podem contribuir na melhoria da auto-estima, resgate da memória, e consequentemente melhorar sua qualidade de vida. Assim, com o intuito de atender a necessidade do Projeto de Extensão intitulado: Oficina: ReDescobrindo as funções cognitivas e as emoções na terceira idade, Coordenado

pela Profa. Dra. Ednéia Albino Nunes Cerchiari, o presente projeto tem como objetivo conduzir os passeios turísticos estimulando os idosos a relembrar ou conhecer histórias que contribua para manutenção e recuperação da saúde física e mental. Material e Métodos A metodologia é participativa e abrange os idosos do Asilo da Velhice Desamparada, Lar do Idoso de Dourados-MS, conforme as condições físicas e mentais dos participantes no dia do passeio; e idosos do Serviço Social do Comércio de Dourados (SESC), sendo que os passeios são realizados em dois grupos: Grupo 1: Idosos residentes; Grupo 2: Idosos do SESC. Os passeios ocorrem quinzenalmente, para cada grupo, em paralelo com as demais atividades (etapas) que compõem o Projeto de Extensão: Oficina: ReDescobrindo as funções cognitivas e as emoções na terceira idade a fim de propiciar uma melhor qualidade de vida, bem estar e satisfação pessoal aos idosos. Em razão da disponibilidade dos ônibus cedidos pela Empresa de Ônibus Medianeira ser uma vez por semana e, para atender os dois grupos os passeios são realizados quinzenalmente com cada grupo, com isso, para atender os dois grupos o condutor desenvolve atividades semanalmente, ou seja, cada semana com um grupo. Para a realização das atividades com os idosos de cada grupo o condutor vai previamente até o local onde será realizado o passeio de cada Grupo, organizado, previamente, pelos bolsistas do Projeto que atendem o Grupo 1: Idosos residentes e Grupo 2: Idosos do SESC os quais viabilizam a execução dos passeios através dos contatos com os parceiros e com o condutor para definição do local a ser visitado. Neste contato o condutor de posse das informações sobre o local a ser visitado e sobre a acessibilidade dos idosos informa aos bolsistas dos Grupos 1 e 2 a viabilidade do passeio e elabora um documentário para ser explicado aos participantes do passeio. Durante o trajeto e no local o condutor explica aos participantes os dados históricos e acontecimentos importantes pesquisados sobre o local visitado. Resultado: No período de 08 de abril a 24 de junho de 20101 foram realizados no total 11 passeios, sendo 6 com os idosos do Lar do Idoso e 5 com os idosos do SESC. Foram visitados os seguintes locais: Parque dos Ipês, Parque Antenor Martins, Parque de Exposições, Clube

Samambaia, CEPER 1º Plano, Aeroporto de dourados, Aeroclube de Dourados e Vila São Pedro. O número de participantes no Grupo1 em média foi de 8 idosos por passeio, este número pequeno foi devido a grande maioria dos idosos terem limitações físicas e mentais que impossibilitaram os mesmos de participarem dos passeios, o sexo predominante foi o masculino. Conforme os relatos dos idosos, percebe-se que os mesmos gostaram muito dos passeios, pois esta atividade lhes proporcionaram encontros com amigos, entretenimento, apreciação da natureza, conhecimento e novas amizades. Para Souza et al (2006) o turismo também propicia o atendimento das necessidades humanas de aventuras, de descobertas, de movimento, de apreciação da natureza e a satisfação das ambições estéticas do homem etc. Os idosos também participaram de brincadeiras, jogos de dominó, jogos com bola e dinâmicas. Para a obtenção de dados, no Grupo 2, foi aplicado um questionário que segundo Dencker (2000) tem finalidade de obter, de maneira metódica e ordenada, informações sobre as variáveis que influenciam em uma investigação em relação a uma população ou uma amostra determinada. O mesmo teve o objetivo de avaliar o passeio e o atendimento do condutor, e foi aplicado no final de cada city tour. O número total de participantes foi de 54 idosos. Ao contrário do grupo acima, o sexo predominante foi o feminino, com faixa etária de 60 a 70 anos. Conforme o questionário a grande maioria dos idosos consideraram os passeios bons, e excelente o atendimento do condutor. Com base nos relatos dos idosos, percebe-se que os passeios proporcionaram conhecimento, socialização, integração do grupo, verbalização, distração e entretenimento. Segundo Krippendorf (2001), os passeios turísticos funcionam como uma terapia, combate ao estresse, vazio interior, tédio e esgotamento físico e mental. Conclusão Conclui-se que os passeios turísticos, históricos e culturais, juntamente com as dinâmicas, atividades e jogos aplicados nos passeios são estratégias adequadas para melhorar a autoestima, o resgate da memória e a qualidade de vida. Agradecimentos Agradeço a parceria da Empresa Medianeira Transportes, pela dedicação e competência. A UEMS por ter profissionais competentes e pessoas dispostas a colaborar. Ao SESC e ao Lar

do Idoso pela atenção, incentivar os idosos a participar do projeto, também a atenção das pessoas que nos recepcionaram nos lugares visitados. Referências Bibliográficas: CERCHIARI, Edinéia Albino Nunes. Oficina: (Re) descobrindo as funções cognitivas na terceira idade. Projeto de Extensão submetido ao Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior DEPEM, referente ao edital MEC N 06/2007 - PROEXT 2007 MEC/SESu/DEPEM. Aprovado em Agosto/2007. KRIPPENDORF. Jost. Sociologia do Turismo: para uma nova compreensão do lazer a viagens. São Paulo:Aleph,2001. MELO, Liana.; RIBEIRO, Efrém. População de idosos sobe 47,8% em dez anos.o Globo. Disponível em: < http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=3238 >Acesso em: 9 nov. 2009. OMS. Organização Mundial de Saúde.Grupo de qualidade de vida de saúde mental da organização de saúde. 1985. SOUZA, Maria Rodrigues; FILHO, Wilson Jacob; DE SOUZA, Romeu Rodrigues. Turismo e Qualidade de Vida na Terceira idade. São Paulo: Manole, 2006.