INVESTIGAÇÃO DA CAPACIDADE DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO QUANDO APLICADA COMO ARGAMASSA COLANTE UMA MANIFESTAÇÃO PATOLÓGICA

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Transcrição:

INVESTIGAÇÃO DA CAPACIDADE DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO QUANDO APLICADA COMO ARGAMASSA COLANTE UMA MANIFESTAÇÃO PATOLÓGICA G. SIPP R. MEDEIROS Graduando em Engenharia Civil Engenheiro Civil UNISUL UNISUL Tubarão; Brasil Tubarão; Brasil gustavo.sipp@unisul.br rennan.medeiros@unisul.br T. DELFINO B. A. PEREIRA Engenheiro Químico Graduanda em Engenharia Civil UNISUL UNISUL/HEI Tubarão; Brasil Tubarão; Brasil/Lille; França thiago.delfino@unisul.br Bolsista da CAPES Processo Nº 88888.076806/2013-00 Beatriz.pereira@unisul.br C. G. PERDONÁ Graduanda em Engenharia Civil UNISUL Tubarão; Brasil carolini.perdona@unisul.br RESUMO Após a aplicação de grande parte do revestimento cerâmico na fachada de um edifício, constatou-se um equívoco na escolha do material de fixação. Ao invés de utilizar argamassa colante, conforme planejado, empregou-se a argamassa de rejuntamneto, que se encontrava estocada no mesmo local. Desta forma, fez-se necessário verificar se o material de rejuntamento ofereceria o suporte necessário para a cerâmica aplicada. Para isso, realizou-se o ensaio de extração de placas cerâmicas in loco, conforme prescreve a NBR 13755, encontrando-se resultados aceitáveis, porém bem inferiores aos apresentados pela argamassa colante. Alternativamente, foi determinada, em laboratório, a menor quantidade de água possível para aplicação do rejunte em um substrato padrão, sobre o qual foram coladas placas de mesma procedência daquelas aplicadas na obra referida, seguindo as orientações da NBR 14081-2. Para esta quantidade de água, foram avaliadas as propriedades do rejunte segundo a NBR 14992, que classifica o material de rejuntamento, e também conforme a NBR 14081, que classifica a argamassa colante, com o intuito de descobrir a adequação deste material para a nova função. Os resultados em laboratório apresentaram considerável decréscimo nas propriedades do material, resultando em seu desenquadramento perante os requesitos mínimos exigidos pelas normativas e, portanto, maior suscetibilidade ao surgimento de patologias. 1. INTRODUÇÃO Na atualidade, diversos problemas patológicos vêm sendo constadaos em obras civis. Em muitaos casos, tais manifestações são decorrentes de utilização de mão de obra não especializada, assim como o emprego de materiais que não atendem às necessidades específicas de cada aplicação. Segundo Graunau (1981 apud HELENE, 1992) [1], execução onde entra a mão de obra e materiais, são detentores de 46% das causas das manifestações patológicas em obras civis. A necessidade do conhecimento das propriedades dos materiais a serem utilizados e suas aplicações específicas são primordiais para o bom funcionamento das edificações, no que diz respeito à durabilidade. Argamassas utilizadas na fase de construção das edificações são classificas em 4 tipos de aplicação revestimento, assentamento, colante e rejuntamento. Estas possuem especificações distintas estabelecidas por normas de órgãos competentes. No Brasil, esta função é desenvolvida pelo Comitê Brasileiro 18 CB18 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As normas referentes às argamassas ainda especificam que estas devem ser controladas na obra e avaliadas periodicamente por laboratórios de ensaios e controle, bem como o fim de aplicação para cada tipo de argamassa. Aplicações de argamassas em fins inadequados, assim como o não cumprimento de parâmetros normatizados podem ocasionar, em médio prazo, possíveis manifestações patológicas. Em 2013, a NBR 15575, que preconiza os parâmetros de desempenho das edificações, entrou em vigor, documentando que a responsabilidade pelo pleno funcionamento da edificação é da 1

construtora, o que vem gerando inúmeros processos jurídicos. Esta pesquisa tem como objetivo analizar as propriedades físicas no estado fresco, e mecânicas no estado endurecido de uma argamassa destinada ao rejuntamento de placas cerâmicas, que foi aplicada como argamassa colante de placas cerâmicas em uma edificação mista - residencial multifamiliar e comercial localizada na Região de Tubarão, Santa Catarina. A necessidade de analisar as referidas propriedades da argamassa foi levantada a fim de detectar possíveis manifestações patológicas futuras, como desplacamento por falta de potencial de aderência da argamassa, pois a mesma é a ponte de aderência de placas cerâmicas em boa parte da fachada da edificação. Foram realizados ensaios em laboratório e in loco. 2. A IMPORTÂNCIA DO REVESTIMENTO CERÂMICO Dentre as inúmeras funções a serem desempenhadas pelo revestimento cerâmico, o principal destaque está no valor estético que suas mais diversas composições atrelam a uma edificação. Além disso, uma execução bem realizada e a escolha de materiais que possuam harmonia e compatibilidade nas propriedades podem contribuir para que o revestimento atue de forma significativa nos demais quesitos apresentados: proteger os elementos de vedação do edifício; auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções: isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo, dentre outras; regularizar a superfície dos elementos de vedação; proporcionar acabamento final aos revestimentos de pisos e paredes; possibilitar a permanência de suas propriedades originais durante toda vida útil da edificação, sem a necessidade de manutenção excessiva [2]. Por se tratar da primeira barreira de proteção de uma edificação, o revestimento tem papel pertinente na garantia de durabilidade da estrutura, visto que contribui de forma expressiva na retenção da passagem de água e gases que, eventualmente, tragam consigo outros materiais, como gás carbônico e íons cloreto, que podem prejudicar o desempenho estrutural de uma edificação, principalmente quando esta é de concreto armado. Tendo em vista a contribuição do revestimento para a preservação das estruturas de concreto armado, diversos países adotam considerações relativas à sua influência no desempenho estrutural: a normativa NBR-6118 permite adotar uma classe de agressividade mais branda para ambientes internos dotados de revestimento (um nível acima), o que implica, dentre outras, na possibilidade de reduzir a dimensão da camada de cobrimento da armadura e classe de resistência do concreto; a norma Argentina CIRSOC 201 considera em classe não agressiva (classe A1) os elementos exteriores de edifícios revestidos com materiais cerâmicos ou que dificultem a difusão de CO2; o cobrimento da armadura pode ser reduzido no caso de concretos com proteção adicional, como é o caso da argamassa e pintura, do revestimento cerâmico, ou outra forma de proteção do concreto. Este procedimento é sugerido no EC2 e adotado no Anexo Nacional Português, o qual permite reduzir os cobrimentos em 0,5 cm para concretos revestidos [3]. Portanto, cientes das funções desempenhadas pelo revestimento cerâmico, é de suma importância a formação de um projeto adequado a cada situação e sua execução com qualidade, assegurando o máximo aproveitamento de seu potencial, a fim de garantir sua contribuição para o bom funcionamento da edificação impedindo o início de grande parte das manifestações patológicas. 3. PROGRAMA EXPERIMENTAL Durante o processo de fixação das placas cerâmicas no revestimento externo de um edifício na cidade de Tubarão-SC (Brasil), percebeu-se que a argamassa colante que deveria ser utilizada na colocação das peças cerâmicas foi substituída, sem intensão, pelo material de rejuntamento que estava armazenado no mesmo local. Esta situação poderia ser evitada com a leitura da especificação do produto na embalagem, ou na hora do preparo da mistura, que possui maior consistência do que a argamassa colante, quando utilizada a quantidade de água indicada pelo fabricante. No entanto, como é comum no preparo da mistura, os operários tomaram uso do empirismo e definiram a 2

quantidade de água necessária conforme sua experiência, o que por vezes, induz à queda no desempenho do material. Após a colocação de alguns panos do revestimento com o rejunte em substituição da argamassa colante, o engano foi corrigido e as peças começaram a ser fixadas com o material adequado. No entanto, como a retirada e limpeza de todas as peças já postas com o material de rejuntamento seria muito custoso e também prejudicaria o cronograma da obra, a construtora optou pela execução do ensaio de resistência de aderência à tração para avaliar a possibilidade de permanência do material na fachada da edificação. Complementarmente, para obter maior conhecimento do desempenho deste material, foram recolhidas amostras das placas cerâmicas e rejunte utilizados, com o objetivo de avaliar o enquadramento do rejunte em alguma das classes de argamassa colante definidas pela NBR 14081-1 [4], e também em alguns itens da NBR 14992 [5], que preconiza os ensaios e a classificação do material utilizado no rejuntamento. Na figura 1 estão demonstradas imagens da fachada da edificação e do ensaio de aderência realizado in loco. Figura 1- Ensaio de aderência realizado na fachada da edificação a) Fachada da edificação; b) detalhe do ensaio de aderência a) b) 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Ensaio de aderência à tração in loco No Brasil, a norma que preconiza os procedimentos para fixação do revestimento cerâmico em paredes externas, bem como a execução do ensaio de aderência à tração in loco é a NBR 13755 [6]. Esta normativa estabelece que placas metálicas quadradas devem ser fixadas com cola sobre o revestimento, que será cortado até atingir a superfície do substrato nas imediações das placas. A determinação da resistência de aderência deve ser realizada com, no mínimo, seis amostras, onde, ao menos quatro destas devem apresentar resistência superior a 0,3 MPa para aprovação do revestimento. No caso em questão, o ensaio de aderência foi realizado com a extração de três amostras em cada pano executado com o rejunte, totalizando três panos e nove amostras para composição da resistência de aderência da parcela de fachada revestida com este material. Analogamente, foi realizada a extração de três amostras de um pano que estava sendo executado com argamassa colante, apenas para conhecimento da diferença presente entre os materiais empregados na fachada. Durante o ensaio, a predominânica das rupturas ocorreu na interface de ligação do ligante com a placa cerâmica. As tensões médias determinadas em cada pano podem ser conferidas na tabela 1. Observando os resultados da tabela 1 é possível perceber que a resistência mínima exigida pela norma supracitada (0,3 MPa) foi superada por todas as amostras, indicando a possibilidade de permanência da parcela de fachada revestida com o material de rejuntamento. 3

Material de fixação das placas Tabela 1 - Resistência média de aderência em cada pano da fachada Número do pano amostrado Área das placas (mm²) Tensão média de aderência (MPa) Idade (dias) Argamassa colante ACIII 29 2500 1,15 12 Rejunte 41 2500 0,83 96 Rejunte 37 2500 0,64 72 Rejunte 36 2500 0,87 15 Entretanto, é necessário ressaltar a idade avançada de alguns panos amostrados com rejunte, e a inferioridade de seus resultados em relação à argamassa colante. Portanto, torna-se interessante, verificar sua classificação conforme a NBR 14081-1 [4], para definir se o material de rejuntamento utilizado atingiria as propriedades exigidas para sua comercialização como argamassa colante. Além disso, é importante definir quais as maiores deficiências apresentadas pelo material em sua nova função, para compreender com maior clareza, os mecanismos que proporcionariam maior desgaste durante a vida útil do rejunte aplicado na fachada da edificação. 4.2 Classificação do rejunte conforme a NBR 14081-1 [4] A NBR 14081-1 [4] define os requisitos e os ensaios que classificam a argamassa colante em três classes principais, descritas abaixo: argamassa colante industrializada AC I: conforme o nome sugere, é uma argamassa colante industrializada com características de resistência às solicitações mecânicas e termoigrométricas típicas de revestimentos internos, com exceção daqueles aplicados em saunas, churrasqueiras, estufas e outros revestimentos especiais; argamassa colante industrializada AC II: argamassa colante industrializada com características de adesividade que permitem absorver os esforços existentes em revestimentos de pisos e paredes internos e externos sujeitos a ciclos de variação termoigrométrica e à ação do vento. argamassa colante industrializada AC III: argamassa colante industrializada que apresenta aderência superior em relação às argamassas dos tipos I e II [4]. Para avaliação destas argamassas são empregados os ensaios de aderência, deslizamento e tempo em aberto, que consistem no preparo prévio da argamassa colante com a quantidade de água indicada pelo fabricante, e sua aplicação em um substrato padrão de concreto, conforme as orientações da NBR 14081-2 [7]. Durante a aplicação do rejunte, procurou-se empregar o fator água/rejunte indicado pelo fabricante (0,28), porém nessas proporções, a mistura apresentava elevada consistência impossibilitando sua aplicação. Dessa forma, fez-se necessário aumentar este fator para 0,29, sendo esta, a menor quantidade de água possível para emprego deste material nos substratos. A utilização de fatores mais elevados facilitaria a aplicação do rejunte, porém, poderia provocar malefícios à mistura cimentícia, como aumento da porosidade e redução da resistência. 4.2.1 Ensaio de aderência à tração (arrancamento) Para a classificação da argamassa são utilizados três ensaios de resistência de aderência à tração aos 28 dias, que são semelhantes ao realizado in loco, porém, realizados em um substrato de concreto padronizado e com diferentes processos de cura: normal - ambiente com umidade e temperatura controladas, submersa em água, e em estufa com temperatura de 70 + 2 C. Neste ensaio, foram utilizados o rejunte e as placas obtidas na obra para avaliar o desempenho do conjunto. Em cada substrato foram fixadas placas cerâmicas previamente cortadas na dimensão quadrada padrão, com 50 mm de lado. No 28 dia da aplicação, foi instalado o aparelho de arrancamento para determinação da carga de tração de cada placa. Em alguns casos, durante a fixação do aparelho, algumas placas cerâmicas desprendiam-se do substrato, não podendo ser computados os seus resultados [8]. De posse da carga de arrancamento, foi possível a obtenção da tensão de ruptura dividindo a carga obtida pela área da 4

seção transversal de cada placa. Ademais, cada uma das placas teve seu tipo de ruptura registrado com sua porcentagem aproximada, para obtenção da melhor análise de iteração dos diferentes materiais. Os resultados individuais para cada cura podem ser observados na Tabela 2. Amostra Aderência cura em estufa (MPa) Porcentagem de ruptura Tabela 2 - Ensaio de aderência em cada cura Aderência cura submersa (MPa) Porcentagem de ruptura Aderência ambiente de laboratório (MPa) Porcentagem de ruptura 1 0,09 28%S/A 72%A/P 0,16 90%A/P 10%(A) 0,09 100%A/P - 2 0,07 26%S/A 74%A/P 0,11 85%A/P 15%(A) 0,05 90%A/P 10%(A) 3 0,07 46%S/A 54%A/P 0,15 85%A/P 15%(A) 0,05 100%A/P - 4 0,07 46%S/A 54%A/P 0,16 95%A/P 5%(A) 0,05 100%A/P - 5 0,12 23%S/A 77%A/P 0,13 95%A/P 5%(A) 0,05 100%A/P - 6 0,07 47%S/A 53%A/P 0,13 95%A/P 5%(A) 0,06 95%A/P 5%(A) 7 0,14 45%S/A 55%A/P 0,13 95%A/P 5%(A) - - - 8 0,07-100%A/P 0,13 90%A/P 10%(A) - - - 9 0,10 52%S/A 48%A/P 0,15 85%A/P 15%(A) - - - Legenda: A/P - ruptura na interface argamassa e placa cerâmica; A ruptura na argamassa colante; S/A ruptura na interface argamassa e substrato. A tensão de ruptura final será a média, desconsiderando os valores que se distanciem mais de 20% desta, caso o resultado seja superior a 0,3 Mpa; caso contrário, descarta-se da média, todo valor com distância superior a 0,06 MPa [8]. Na tabela 2 pode-se destacar o valor baixo de resistência apresentado pelo rejunte em todas as curas, e a predominância da ruptura na interface entre o rejunte e a placa cerâmica, demonstrando maior incompatibilidade para estes materiais. A tensão de ruptura final está apresentada na tabela 3, bem como os valores normativos de referência. 4.2.2 Ensaio de deslizamento Neste procedimento avalia-se o deslocamento vertical sofrido pela placa por seu próprio peso, quando a argamassa colante (neste caso rejunte) ainda se encontra no estado fresco. Para este ensaio não foi possível utilizar as placas cerâmicas da obra, pois estas necessitam ter dimensão quadradas com 100 + 1 mm de lado e massa individual de 195 + 5 g. O ensaio consiste na fixação de uma régua na borda do substrato e aplicação da argamassa colante (rejunte) com posterior fixação da placa cerâmica, com o auxílio de um espaçador e da massa padrão 5 kg para posicionar a peça. O espaçador é removido, sendo realizada a leitura da distância de cada placa, em dois pontos, até a régua na posição horizontal. Feito isto, leva-se o conjunto à posição vertical durante 20 minutos, retornando à posição original em seguida, refazendo-se a leitura final da distância entre a régua e as placas, e o resultado será a média da diferença entre as leituras em cada placa [9]. O resultado final do ensaio está disponibilizado na tabela 3, juntamente como os valores normativos de referência. 4.2.3 Determinação do tempo em aberto Por fim, o terceiro ensaio avaliado foi o tempo em aberto, que determina o maior intervalo de tempo em que a placa pode ser assentada sem que a aderência do conjunto, na cura normal, fique com resistência inferior a 0,5 MPa. Após o período de tempo escolhido, conforme a classe de argamassa pretendida, as placas cerâmicas foram assentadas com auxílio da massa padrão 2 kg por 30 segundos. O tempo em aberto será maior ou igual ao tempo em aberto avaliado, sempre que a resistência de aderência apresentada pelo conjunto aos 28 dias for maior ou igual a 0,5 MPa [10]. No caso do rejunte avaliado, o tempo em aberto é inferior a 5 minutos, não atendendo aos requisitos da norma, como pode ser observado na tabela 3. Todos os resultados obtidos com o rejunte estão dispostos com maior clareza na tabela 3, igualmente seus parâmetros 5

definidos pela NBR 14081-1 [4]; destaca-se que o único quesito atendido pelo rejunte foi no ensaio de deslizamento. Tabela 3- Parâmetros para argamassa colante e resultados do rejunte Propriedades Método de ensaio Unidade Parâmetros para argamassa colante ACI ACII ACIII Resultados rejunte Parâmetros enquadrados Tempo em aberto ABNT NBR 14083 min 15 20 20 Inferior não Resistência de aderência à tração - - - - - - aos 28 dias em: * cura normal ABNT NBR 14084 MPa 0,5 0,5 1,0 0,06 não * cura submersa MPa 0,5 0,5 1,0 0,14 não * cura em estufa MPa - 0,5 1,0 0,09 não Deslizamento ABNT NBR 14085 mm 0,7 0,7 0,7 0,1 sim 4.3 Determinação das propriedades do rejunte conforme a NBR 14992 [5] A informação presente na embalagem do rejunte definia a relação água/rejunte em 0,28. Entretanto, o material não era aplicável, como argamassa colante, para esta quantidade de água, sendo necessário aumentar esta relação para 0,29. Dessa forma, torna-se interessante conhecer, qual variação este aumento de água na mistura provocaria nas propriedades do rejunte, especificado como pertencente ao Tipo II. A norma que apresenta os requisitos e métodos de ensaio para o material de rejuntamento é a NBR 14992 [5]. Nesta normativa são especificados dois tipos de rejunte, com as seguintes aplicações: Rejuntamento tipo I: aplicação restrita aos locais com trânsito não intenso de pedestres/transeuntes; para placas cerâmicas com absorção de água acima de 3%; restrição de área para aplicação de juntas de movimentação; Rejuntamento tipo II: todas as aplicações do tipo 1; em locais de trânsito intenso de pedestres/transeuntes; ambientes com presença de água; menor restrição de área para aplicação de juntas de movimentação [5]. Os ensaios realizados para avaliar o rejunte estão descritos a seguir, e seus resultados apresentados na tabela 4, juntamente com os requisitos exigidos para cada tipo de rejunte. 4.3.1 Retenção de água Este ensaio consiste na preparação do rejunte conforme o anexo A da norma supracitada, e moldagem de um copo cilíndrico metálico para, então, virá-lo sobre um papel filtro posicionado sobre uma placa de vidro e determinar, após 10 minutos do contato inicial, qual o diâmetro de migração realizado pela água ao redor do copo, devendo este ser delimitado com auxílio de uma caneta esferográfica. O resultado será a média de quatro diâmetros ortogonais realizados com um paquímetro [5]. 4.3.2 Resistência à compressão O procedimento consiste na moldagem de 4 corpos de prova cilíndricos e na determinação da tensão de compressão uniaxial aos 14 dias de idade, sendo o valor final a média de, pelo menos, 3 corpos de prova com desvio relativo inferior a 6% [5]. 4.3.3 Absorção de água por capilaridade Esta análise consiste na moldagem de 3 corpos de prova cilíndricos de 50mm de diâmetro e 100 mm de altura. Quando estes completam 28 dias de idade, devem ser secos em estufa até constância de massa. Após este período, registra-se a massa de cada amostra, e estas são colocadas em contato com a água por meio da face superior do corpo de prova. Aos 300 minutos deste processo, registra-se novamente a massa do corpo de prova com superfície seca. O resultado será a diferença de massas, em grama, de cada corpo divido pela área que esteve em contato com a água em centímetros quadrados [5]. 6

4.3.4 Permeabilidade Esta propriedade é determinada com a moldagem de três formas cúbicas com 50 mm de lado, que são desmoldadas após 48 horas. Com 28 dias de idade, os corpos de prova são submetidos a uma coluna de água na face que não esteve em contato com a forma. O resultado será a diferença do volume de água na coluna no início do ensaio, para o volume após 240 minutos em contato com cubo, em cm³ [5]. Na tabela 4 podem ser observados os resultados dos ensaios realizados, bem como os parâmetros definidos pela norma em questão. Tabela 4 - Resultados e requisitos do rejunte Anexos da NBR 14992 [5] Método/propriedade Unidade Idade do ensaio Tipo I Tipo II Resultados dos ensaios Parâmetros enquadrados B Retenção de água mm 10 min 75 65 58 sim C Variação dimensional mm/m 7 dias 2,0 2,0 - - D Resistência à compressão MPa 14 dias 8,0 10,0 4,73 não E F Resistência à tração na flexão Absorção de água por capilaridade aos 300 min MPa 7 dias 2,0 3,0 - - g/cm² 28 dias 0,6 0,3 1,43 não G Permeabilidade aos 240 min cm³ 28 dias 2,0 1,0 8,3 não Dentre as propriedades avaliadas do rejunte presentes na tabela 4, apenas a retenção de água atendeu aos requisitos normativos, sendo esta a única propriedade avaliada no estado fresco. Já para os demais ensaios realizados no estado endurecido, o material apresentou grande queda no desempenho. 5. Avaliação dos resultados A avaliação da resistência de aderência do rejunte ensaiado in loco apresentou valores superiores ao mínimo de 0,3 Mpa exigidos pela NBR 13755 [6], o que torna possível o aceite deste material, caso o único critério avaliado fosse a aderência. Os ensaios com material de rejuntamento, realizados em laboratório, mostraram a necessidade de maior quantidade de água do que a indicada pelo fabricante para que se torne possível, ainda que com dificuldades, o emprego do material na fixação das placas cerâmicas. Esta informação confirma a necessidade de qualificar a mão de obra, visto que o material deve ter sido aplicado com uma quantidade de água superior à disponível na embalagem. Comprova-se assim, a grande incidência de empirismo na construção brasileira, já que é comum a realização da dosagem da água baseando-se na experiência dos funcionários, até que a mesma atinja a consistência desejada, visualmente. Tal atitude pode induzir a problemas no desempenho dos materiais, visto que estes foram dimensionados para atender aos requisitos baseados em uma dosagem determinada. Na verificação das propriedades apresentadas pelo rejunte, considerando-se os requisitos para se enquadrar como argamassa colante, o material deixa a desejar, apresentando resistência de aderência bem inferior aos requisitos mínimos nas três curas; também no ensaio de tempo em aberto apresenta valores abaixo da referência. O rejunte só apresentou comportamento compatível com a classificação de argamassa colante na determinação do deslizamento, o único destes ensaios avaliado no estado fresco. A variação da resistência de aderência realizada in loco para a realizada no laboratório deve-se, em parte, à idade avançada de algumas amostras testadas na obra, ao fato de o substrato ser diferente em cada situação, e também, aos diferentes processos de cura aplicadas no material em laboratório, indicando sensibilidade do material perante variações higrométricas. Deve-se ressaltar a predominância da ruptura na interface do rejunte com a placa cerâmica, mostrando maior incompatibilidade entre estes materiais, tanto nos ensaios realizados em obra, quanto em laboratório. 7

Quando avaliado o desempenho como rejunte para o fator água/rejunte 0,29, o material apresentou decréscimo em suas propriedades. O único valor que se manteve compatível com sua classificação foi a retenção de água, cujo ensaio é realizado no estado fresco; os demais resultados mostraram elevada permeabilidade e absorção de água, além de baixa resistência à compressão, sendo estes ensaios realizados no estado endurecido. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenpenho do material de rejuntamento, que foi empregado em substituição à argamassa colante na fachada de uma edificação. Para tanto, foi avaliada sua resistência de aderência in loco e seu enquadramento perante os requesitos de classificação de argamassa colante e de rejunte, considerando-se a maior quantidade de água que o material necessita para ser aplicado como argamassa colante. Os resultados confirmam a necessidade de qualificar a mão de obra disponível, explicitando a importância da aplicação de materiais conforme a orientação do fabricante, para evitar problemas como o relatado da troca de materiais, ou o emprego do material de forma inadequada, favorecendo a deterioração acelerada da edificação e seus componentes. O material de rejuntamento apresentou resistência superior a 0,3 MPa no ensaio de aderência realizado in loco, o que o habilitaria para esta função, considerando apenas o critério de aderência da NBR 13755 [6]. No entanto, os ensaios realizados em laboratório comprovaram que seu desempenho é bem inferior ao das argamassas colantes. Nos ensaios de aderência realizadas nas três curas, o material não atingiu os valores mínimos de nenhuma classe de argamassa colante, comprovando a impossibilidade de ser comercializado com esta função. Assim como nos ensaios de avaliação da argamassa colante, na verificação das propriedades como rejunte, o material também apresentou quedas consideráveis na resistência à compressão e aumentos expressivos da permeabilidade e absorção de água. Esses fatores certamente contribuirão para diminuir a vida útil do revestimento, pois o mesmo não resistirá às solicitações mecânicas impostas pelas intempéries, e também não será capaz de contribuir de forma eficaz na vedação da edificação, uma vez que, para as condições avaliadas, o material apresentou-se suscetível à passagem de água. Portanto, desaconselha-se o uso deste material, pois suas propriedades são inferiores às definidas pelas normas de classificação de argamassa colante, proporcionando uma maior suscetibilidade ao surgimento de manifestações patológicas, implicando em maiores gastos com manutenção da edificação e acelerando o processo de deterioração do edifício. 7. REFERÊNCIAS [1] HELENE, P. R. L.. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2. ed. São Paulo: Pini, 1992. 213 p. [2] Freitas Campante, E.; Leone Maciel Baía, L., Projeto e execução de revestimento cerâmico, O Nome da Rosa São Paulo, 2003, pp.15-22. [3] Milton de Araújo, J., Curso de Concreto Armado, Dunas Rio Grande, 2014, pp. 59-84. [4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14081-1, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 1: Requisitos, 2012. [5] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14992, A.R. - Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de placas cerâmicas, Requisitos e métodos de ensaios, 2003. [6] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13755, Revestimento de parades externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante, Procedimento, 1997. [7] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14081-2, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 2: Execução do substrato-padrão e aplicação da argamassa para ensaios, 2012. [8] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14081-4, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 4: Determinação da resistência de aderência à tração, 2012. [9] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14081-5, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 5: Determinação do deslizamento, 2012. [10] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14081-3, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 3: Determinação do tempo em aberto, 2012. 8