DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

Documentos relacionados
DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

INFORMAÇÃO A COMUNICAR AO PÚBLICO NO ÂMBITO do nº 1 do art. 30 do DL 150/2015

Sistema de Gestão da Prevenção em

PROJECTO DE RECONFIGURAÇÃO AMBIENTAL E PROCESSUAL DA REFINARIA DE SINES

Legislação GPL 1.ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTOS 2.QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS ENTIDADES CREDENCIADAS

Apresentação dos Documentos de Referência para Entidades Acreditadas (EA) no Domínio do Ambiente

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

Responsabilidade Social e Ambiental na Edificação. Funchal, 4 Junho

~ ~ ~ C~~3""",,,,- ~ A

O Papel das Câmaras Municipais no Licenciamento das Explorações Leiteiras. O caso da Câmara Municipal da Trofa

INFORMAÇÃO AO PÚBLICO. Sobre Estabelecimento Abrangido pelo Regime de Prevenção de Acidentes Graves que Envolvem Substâncias Perigosas

Certificação ISO

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE TÍTULO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS

VIA ORIENTAL NO CONCELHO DE CASCAIS - TROÇO 1

Verificação do Relatório de Conformidade do Projecto de Execução com a DIA (RECAPE)

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente

Sistema de avaliação da qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores

MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS (Rev_ )

AULAS 11 e 12 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÓRGÃOS DE MANOBRA E CONTROLO CÂMARAS DE PERDA DE CARGA, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS EXEMPLOS

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Órgãos de manobra e controlo. Tipos, função e localização. Válvulas de seccionamento. Ventosas. Válvulas de descarga.

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

CONTEÚDO PREVENÇÃO DA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS NO CONTEXTO DE

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ALTERAÇÃO/RENOVAÇÃO LICENÇA AMBIENTAL 93/2008 e 1º Aditamento

O desafio de implementar o artigo 5.º do DL 254/2007. Sara Vieira 25 de Maio de 2009

Decreto que regulamenta o artigo 115 do Código de Obras de Guarulhos

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ELVAS

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Medidas de Autoprotecção Utilizações Tipo IV - Escolares

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 1 / 6

SEGURANÇA ALIMENTAR Sistema HACCP

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

FOSSA SEPTICA ECODEPUR

AS VIAS DE COMUNICAÇÃO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL RESUMO NÃO TÉCNICO CENTRAL DE COGERAÇÃO DA REFINARIA DE SINES

ETAR S > MICRO ETAR Compacta

Lauralice de C. F. Canale Prof. Associada EESC/USP

Direção de Serviços de Segurança Alimentar / DGAV

Dário Antunes Correia

EMBRAER PORTUGAL ESTRUTURAS METÁLICAS, S.A.

Case Study. Refinaria de Matosinhos da GALP Energia Implementação de uma infraestrutura de redes Wireless

ESTRUTURA ORGANIZATIVA DA ISCMPSA

REGULAMENTOS ESPECÍFICOS

CONTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA EXTRATIVA NA VALORIZAÇÃO DE RCD

Remediação para Postos de Serviço

Responsabilidade Ambiental Contexto comunitário e nacional Actuação da autoridade competente nacional

REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DO PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO MUNICIPAL

A ÁGUA É UM RECURSO ESCASSO E FUNDAMENTAL PARA A AGRICULTURA NUMA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL É FUNDAMENTAL REDUZIR O RISCO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA

Estudo Sobre a Concorrência no. Sector das Análises Clínicas

Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos

Convento de Cristo. Tomar. Obras de Conservação e Reabilitação. Locais de trabalho seguros e saudáveis. José Delgado

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO TENDÊNCIAS ANTÓNIO MOUSINHO

autoridade tributária e aduaneira

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas

O PNSAC e a. Extractiva. Maria Jesus Fernandes. 24.Fevreiro 2010 Porto de Mós

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO ENTRE O CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Diário da República, 1.ª série N.º de Julho de 2009

PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FRACÇÃO AUTÓNOMA

Campanha de Sensibilização: Remoção de OAU e gorduras do sistema de drenagem de águas residuais em unidades de Restauração e Hotelaria

Estado da Arte e Desenvolvimento das energias renováveis marinhas em Portugal

Inventário e registo de substâncias Aplicação da Directiva SEVESO e do Regulamento REACH

Regulamento Interno de Funcionamento do Gabinete de Apoio à Qualidade (GAQ)

Disciplina de Impactos Ambientais Professor Msc. Leonardo Pivôtto Nicodemo. O ordenamento do processo de AIA

Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Paulo Bornhausen) O Congresso Nacional decreta:

APRESENTAÇÃO PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR CONDUTA DE MERCADO. Instituto de Seguros de Portugal. 6 de Maio de 2009

HPEM Higiene Pública, E.M. Objectivos e vantagens. Descrição do projecto

AMBIENTE EM MATOSINHOS ETAR - TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Como Seleccionar Serviços Bancários. 1. Introdução

NORMAS PARA ESCOLHA DE LOCAIS PARA INSTALAÇÃO DE REATORES DE POTÊNCIA

AS PERDAS DE ENERGIA NOS EDIFÍCIOS SERVIDOS PELA Rede Urbana de Frio e Calor do Parque das Nações

Capítulo 1 INTRODUÇÃO

AVISO N.º 11/2016 ASSUNTO: ABERTURA E ENCERRAMENTO DE AGÊNCIAS E DEPENDÊNCIAS

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO NA ÁREA ESPECÍFICA DE SCIE

Monitorização Ambiental em Parques Eólicos

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO ENTRE O CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 011/2014 DPC /03/2014 NORMAM, VISTORIAS, INSPEÇÕES E PERÍCIAS A S S U N T O

UVW 10. CONCLUSÃO. Estudo de Impacte Ambiental da Co-incineração de Resíduos Industriais Perigosos na Fábrica da SECIL Outão Página X.

SEGURANÇA EM ESTALEIROS TEMPORÁRIOS E MÓVEIS

Boas Práticas da Distribuição - Da regulamentação à prática -

Por quem é elaborada a informação?

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO

DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO DE BARREIRAS ACÚSTICAS

15,50 15, por fogo ou unidade de ocupação. 10,50 10, prazo - por cada mês ou fracção

DESPACHO PC 8/ MANDATO 2013/2017 NO VEREADOR VITOR MANUEL INÁCIO COSTA

9. as Jornadas de Climatização

Existência de equipas de Sapadores Florestais. Existência de investigação das causas de incêndios.

Mercado de Combustíveis em Portugal Conferência Produtos Petrolíferos e a Sustentabilidade

LISTA DOCUMENTOS E REGISTOS ISO 22000:2005

nº 08/2016 PMAS - Pense no Meio Ambiente SIRTEC Tema: PREO

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

PADRÃO DE RESPOSTA DAS QUESTÕES DISCURSIVAS

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL UNIDADE INDUSTRIAL DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Transcrição:

Designação do Projecto: Tipologia de Projecto: Localização: Proponente: DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL Identificação Projecto de Conversão - Refinaria do Porto Fase em que se encontra Energia Projecto de Execução o Projecto: Freguesias de Leça da Palmeira e Perafita, concelho de Matosinhos Petrogal, SA. Entidade licenciadora: Direcção Geral de Energia e Geologia Autoridade de AIA: Agência Portuguesa do Ambiente Data: 12 de Novembro de 2008 Decisão: Declaração de Impacte Ambiental (DIA) Favorável Condicionada Condicionantes: Concretização das medidas de minimização constantes da presente DIA, sem prejuízo das condições que vierem a ser estabelecidas em sede de licenciamento ambiental, designadamente os planos de monitorização a implementar, os quais serão definidos nessa sede, sendo que os relatórios de monitorização deverão ser apresentados à Autoridade de AIA, respeitando a estrutura prevista no Anexo V da Portaria nº. 330/2001, de 2 de Abril. Outras condições para licenciamento ou autorização do projecto: Medidas de minimização: Fase de Construção 1. Executar as seguintes medidas constantes na Lista de Medidas de Minimização Gerais da Fase de Construção, disponíveis no sítio de Internet da Agência Portuguesa do Ambiente: 1, 3, 5, 6, 9, 10, 11, 12, 14, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55. 2. Garantir impermeabilização das bacias de retenção dos novos tanques e do tanque que irá receber o Light Cycle Oil (LCO), face à toxicidade para os organismos aquáticos do gasóleo e do LCO; 3. As águas eventualmente drenadas do aquífero superior deverão ser controladas, verificando se apresentam contaminações que impeçam as suas drenagens sem tratamento. No caso de se verificarem contaminações, devem ser encaminhadas para tratamento antes da descarga; 4. Assegurar que, durante a fase de construção, todos os locais de depósito de combustíveis, lubrificantes ou outras substâncias químicas, assim como todas as áreas em que estas sejam manipuladas, sejam impermeabilizadas e disponham de drenagem para tanques de retenção adequadamente dimensionados para poderem reter o volume máximo de líquido susceptível de ser derramado. Tais tanques devem ser concebidos de modo a possibilitar uma fácil e segura remoção dos líquidos que, porventura, para aí tenham afluído; 5. A verificar-se uma eventual contaminação dos solos com hidrocarbonetos nas zonas do projecto, durante a fase de construção, fazer o acompanhamento adequado, devendo os potenciais solos contaminados serem colocados em áreas próprias, dedicadas e impermeabilizadas, de forma a não originarem a contaminação de outros solos. Os solos contaminados deverão ser transportados a destino final adequado; 6. Proceder à medição do nível da água através da instalação de piezómetros ou utilização dos piezómetros existentes. A monitorização antes da construção permitirá antecipar a posição e evolução do nível freático, informação tida como relevante para a fase de obra; 7. No caso de se prever um afluxo significativo de água à obra, deve ser instalado um sistema de rebaixamento antes do início dos trabalhos, que deve ser dimensionado tendo em conta, não só a altura da coluna de água proveniente do solo (gravitacional), como a do escoamento superficial e a da precipitação directa; 8. As águas superficiais e subterrâneas deverão ser controladas, de modo a evitar a transferência de contaminações Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 1

e assegurar que águas contaminadas não sejam descarregadas no sistema pluvial; 9. Os órgãos de drenagem das áreas impermeabilizadas deverão ser devidamente dimensionados e as águas conduzidas à rede de drenagem da Refinaria do Porto, para que não se alterem os padrões de circulação superficial ou subterrânea; 10. Conduzir os efluentes líquidos gerados no estaleiro à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Refinaria do Porto, para que o efluente final descarregado cumpra os valores limite definidos na Licença Ambiental; 11. No caso de não haver condições da ETAR da Refinaria do Porto receber e tratar devidamente os esgotos gerados nos estaleiros, deverão ser instaladas fossas sépticas herméticas, sendo as águas residuais recolhidas e transportadas por camiões-cisterna para uma ETAR adequada; 12. Devem ser salvaguardadas todas as situações de acidente (derrames de óleos ou de outras substâncias utilizadas no funcionamento da maquinaria), de modo a não afectar a qualidade das águas; 13. Os navios utilizados no transporte dos equipamentos deverão cumprir a Convenção MARPOL e as normas e procedimentos do Porto de Leixões; 14. Conduzir as águas residuais (domésticas, de processo e pluviais potencialmente contaminadas) geradas à Estação de Tratamento de Águas Residuais da Refinaria, de forma a sofrerem tratamento adequado, cumprindo as condições de descarga estabelecidas na Licença Ambiental. 15. Criar uma zona de impermeabilização adequada para a realização das operações de manutenção / mudança de óleo às viaturas, de forma a prevenir impactes que possam advir de um derrame de óleo. Esta área terá uma drenagem adequada, através de sistema de separação e retenção de efluentes contaminados, que posteriormente serão recolhidos por uma empresa especializada e certificada, ou serão conduzidos para a ETAR existente na Refinaria do Porto; 16. Manter a solução adoptada para localização dos estaleiros da obra, que corresponde à mais favorável para o afastamento de áreas habitadas; 17. Caso as actividades nos estaleiros incluam operações ruidosas que possam afectar de forma significativa receptores sensíveis nas proximidades, instalar vedações com características atenuadoras sonoras para minimizar a propagação do ruído; 18. Implementar Plano de Integração Paisagística; 19. Colocar vedações e barreiras visuais nas zonas de estaleiro e de apoio de obra, bem como de áreas de depósito e empréstimo de materiais nas áreas previstas; 20. Após a conclusão dos trabalhos, proceder à remoção de todos os materiais não necessários ao funcionamento da Refinaria; 21. Recuperar as áreas de terreno, no final dos trabalhos, afectadas pelas obras que não fiquem afectas a áreas industriais. 22. Sinalizar devidamente o local de obra, em particular em relações com o exterior da Refinaria, com painéis ilustrativos indicando a actividade, duração e medidas de segurança impostas; 23. Repor em condições adequadas todas as infra-estruturas e acessos que eventualmente possam ser afectados pela obra; 24. Realizar acompanhamento arqueológico das acções que impliquem movimentações de terras durante o qual se registarão todas as realidades identificadas (de carácter natural e de carácter antrópico) que fundamentam as decisões tomadas: o prosseguimento da obra sem necessidade de medidas de minimização extraordinárias ou a interrupção da mesma para proceder ao registo dos contextos identificados e realizar acções de minimização arqueológica, como por exemplo, sondagens de diagnóstico. 25. Manter limpas e devidamente protegidas as drenagens de águas pluviais, de modo a evitarem-se eventuais contaminações. 26. Implementar sistema de lavagem dos rodados, à saída das áreas afectas à obra e antes da entrada na via pública, de todos os veículos e de toda a maquinaria de apoio à obra. 27. Criar e disponibilizar um canal de comunicação, se possível publicitado também nas Juntas de Freguesia de Leça da Palmeira e Perafita, que permita o contacto fácil e directo da população com as entidades responsáveis pelo estaleiro, em fase de construção e pela gestão da Refinaria, em fase de exploração. 28. Elaborar Plano de Segurança/ Emergência para a ocorrência de acidentes ou outras situações de emergência, Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 2

durante a fase de construção, onde contemple, entre outras informações, os procedimentos a levar a cabo pela empresa responsável, de forma a minimizar os potenciais efeitos negativos, sem prejuízo do objectivo da actualização do Plano de Emergência Interno da Refinaria do Porto. 29. Equacionar as acessibilidades e espaço de estacionamento privilegiado destinado a organismos de socorro a envolver em situações de acidente/emergência, durante a fase de construção. 30. Assegurar que as possíveis afectações à acessibilidade derivadas da execução de projecto sejam do conhecimento prévio dos agentes de protecção civis locais. 31. Tomar medidas de segurança de modo a que a manobra de viaturas e o manuseamento de determinados equipamentos não venha a estar na origem de focos de incêndio. 32. Promover a formação sobre a adopção dos procedimentos adequados face à iminência ou ocorrência de um acidente grave junto de todos os trabalhadores empregues na fase de construção. 33. Informar o Serviço Municipal de Protecção Civil sobre a implementação do projecto, de modo a proceder à eventual actualização do Plano Municipal de Emergência. Fase de Exploração 1. As águas eventualmente drenadas do aquífero superior deverão ser controladas, verificando se apresentam contaminações que impeçam as suas drenagens sem tratamento. No caso de se verificarem contaminações, devem ser encaminhadas para tratamento antes da descarga; 2. Conservar as superfícies impermeabilizadas, na fase de exploração, em particular aquelas onde existam usos eventualmente poluentes, de modo a assegurarem a impermeabilização e a protecção dos solos. 3. Devem ser salvaguardadas todas as situações de acidente (derrames de óleos ou de outras substâncias utilizadas no funcionamento da maquinaria), de modo a não afectar a qualidade das águas; 4. Os navios utilizados no transporte dos equipamentos deverão cumprir a Convenção MARPOL e as normas e procedimentos do Porto de Leixões; 5. Conduzir as águas residuais (domésticas, de processo e pluviais potencialmente contaminadas) geradas à Estação de Tratamento de Águas Residuais da Refinaria, de forma a sofrerem tratamento adequado, cumprindo as condições de descarga estabelecidas na Licença Ambiental. 6. Criar uma zona de impermeabilização adequada para a realização da manutenção / mudança de óleo às viaturas, de forma a prevenir impactes que possam advir de um derrame de óleo. Esta área terá uma drenagem adequada, através de sistema de separação e retenção de efluentes contaminados, que posteriormente serão recolhidos por uma empresa especializada e certificada, ou serão conduzidos para a ETAR existente na Refinaria do Porto; 7. Manter limpas e devidamente protegidas as drenagens de águas pluviais, de modo a evitarem-se eventuais contaminações. 8. Criar e disponibilizar um canal de comunicação, se possível publicitado também nas Juntas de Freguesia de Leça da Palmeira e Perafita, que permita o contacto fácil e directo da população com as entidades responsáveis pelo estaleiro, em fase de construção e pela gestão da Refinaria, em fase de exploração. Validade da DIA: 12 de Novembro de 2010 Entidade de verificação da DIA: Entidade licenciadora O Secretário de Estado do Ambiente Assinatura: Humberto Delgado Ubach Chaves Rosa (No uso das delegações de competências, despacho n.º 16162/2005 (2.ª série), publicado no Diário da República de 25/07/2005) Anexo: Resumo do conteúdo do procedimento, incluindo dos pareceres apresentados pelas entidades consultadas; Resumo da Consulta Pública; e Razões de facto e de direito que justificam a decisão. Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 3

ANEXO Resumo do conteúdo do procedimento, incluindo dos pareceres apresentados pelas entidades consultadas: Procedimento de AIA O procedimento de avaliação em apreço foi desenvolvido de forma a dar cumprimento ao disposto no DL n.º 285/2007, de 17 de Agosto, e contemplou a análise técnica do EIA e dos Aditamentos ao EIA, a realização de uma visita de reconhecimento ao local de implantação do projecto, a análise dos resultados da Consulta Pública e a solicitação e análise de pareceres específicos a entidades externas. Instrução do Processo e Nomeação da CA: 19-06-2008 Análise de Conformidade do EIA: 19-06-2008 a 07-07-2008 e 10/08/2008 a 14/08/2008 Declaração de Conformidade: 14-08-2008 Consulta Pública: 01-09-2008 a 30-09-2008 (22 dias úteis) Relatório de Consulta Pública: 14-10-2008 Pareceres entidades externas (APDL, INETI, DGEG): 14-10-2008 Entrega Pareceres Sectoriais (CCDRN; APA GERA, DALA, DACAR; IGESPAR): 21-10-2008 Elaboração do Parecer final (CA): 04-11-2008 Elaboração da Proposta de DIA (AAIA): 07-11-2008 Emissão da DIA Pareceres Externos A Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) menciona os objectivos e vantagens inerentes a este projecto, considerando que o projecto reveste inegável interesse para a adequação e modernização do sistema refinador nacional, em termos técnicos, económicos e ambientais e contribuirá para o incremento da segurança do abastecimento energético nacional. A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) propõe medidas de minimização, de modo a fazer face a falhas e omissões detectadas no EIA. As medidas apresentadas encontram-se vertidas no presente documento. O Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) e o Instituto de Meteorologia (IM) analisam o conteúdo do EIA. Resumo do resultado da consulta pública: Durante o período de Consulta Pública, foi recebido um parecer proveniente da Junta de Freguesia de Perafita que expressa alguma preocupação quanto à implantação do projecto nomeadamente pela sua proximidade a outros previstos na envolvente da Refinaria e relativamente aos quais o EIA é omisso. São eles, um hospital localizado na parte Norte da Refinaria cuja inauguração está prevista ainda para o corrente ano, e um Surf Camp que consiste num parque de campismo destinado a desportistas da modalidade surf, localizado a poente, junto ao litoral, próximo de uma das áreas onde a intervenção será mais profunda. De acordo com a análise de riscos realizada pela CA, considera-se que o projecto em apreço não se traduzirá num aumento significativo do risco inerente ao estabelecimento existente. Esta entidade revela, também, alguma apreensão decorrente da constatação de que embora se preveja que a intervenção origine níveis/quantidades de produção muito superiores aos actuais, os estudos não reflitam um aumento das emissões poluentes. Questiona, igualmente, se teria sido acautelada a capacidade das bacias de retenção porquanto as novas intervenções irão gerar cerca de 40.000 m 3 de água por hora, o que se afigura, em seu entender, manifestamente excessivo para a capacidade das Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 4

mesmas. De acordo com o EIA, em 2006, o caudal médio diário de tratamento de efluentes foi de 273 m3/h. Após o arranque da futura Unidade de Cogeração o caudal previsto será da ordem dos 275 m3/h, havendo ainda capacidade adicional para tratar mais 175 m3/h. Com as novas unidades a ETAR irá tratar um caudal médio aproximado de 316 m3/h, correspondente a 70% da sua capacidade. Mesmo em situações de pluviosidade mais elevada, que naturalmente darão origem a maiores caudais de águas pluviais potencialmente contaminadas, existem bacias de tempestade com capacidade total de 40 000 m3, que permitem suportar esse adicional. Refere-se ainda, que da capacidade total de armazenamento das bacias de tempestade, 30 000 m3 correspondem às novas bacias que entraram em serviço no final de 2007. Esta capacidade adicional foi determinada com base na análise das séries cronológicas existentes em termos hidrológicos e nas capacidades hidráulicas dos sistemas de drenagem da instalação. Por último, regista que as obras de limpeza, desmatação e preparação do terreno tiveram o seu início em Agosto de 2008 e informa que, ao abrigo de um protocolo recentemente celebrado entre a Câmara Municipal de Matosinhos e a Galp, foi criada uma comissão de acompanhamento da refinaria do Porto, considerando imprescindível que a opinião desta comissão seja junta ao processo pois ela constituirá a componente técnica das autarquias, nesta consulta. Em visita ao local, a CA constatou que os trabalhos iniciados em Agosto de 2008 foram apenas de limpeza de uma área já artificializada. Até à data de conclusão do presente parecer não foi recebido qualquer contributo por parte dessa comissão. Razões de facto e de direito que justificam a decisão: A emissão da presente DIA é fundamentada no teor do Parecer Final da Comissão de Avaliação (CA) e na respectiva proposta da autoridade de AIA, destacando-se de seguida os principais aspectos. A Refinaria do Porto com uma área de aproximadamente 290 hectares constitui uma instalação industrial de processamento de petróleo bruto com uma capacidade anual instalada de 4,5 milhões de toneladas. Com este projecto, a produção total de gasóleo em 2011 passará para cerca de 7,4 Mt/a, igualando praticamente as necessidades previstas do mercado nacional naquela data. O proponente procurará, assim, restabelecer o nivelamento na oferta-procura, aumentando a produção de gasóleo à custa de uma redução de produção de fuel óleo e tratamento de crudes mais pesados. Assim, o presente projecto tem por objectivo, através das Melhores Tecnologias Disponíveis, dotar o complexo com novas unidades de crude pesado, para obtenção de gasóleo e petróleo com elevada qualidade ambiental e melhor aptidão para uso em motores de combustão interna. Os impactes negativos, ao nível de qualidade do ar, são de reduzida significância, uma vez que de acordo com as simulações realizadas, apenas para os cenários representativos de situações extremas (desfavoráveis) se prevêem ligeiros agravamentos a nível da qualidade do ar. Salienta-se, igualmente, que este projecto não se traduzirá num aumento significativo do risco inerente ao estabelecimento em apreço. Relativamente a impactes positivos, os mais significativos, e de âmbito nacional, são inerentes ao objectivo do projecto, sendo que o aumento da produção de gasóleo representará uma diminuição nas importações actualmente existente deste produto. A não realização do investimento inviabiliza uma resposta às necessidades petrolíferas internas, com implicações importantes para a economia nacional, sendo os impactes negativos, de elevada magnitude, de carácter permanente e irreversível. Dados os impactes negativos que poderiam assumir maior destaque serem de significância reduzida e outros potenciais serem minimizáveis com as medidas Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 5

constantes da presente DIA bem como os impactes positivos a nível sócio-económico, resulta que o Projecto de Conversão - Refinaria do Porto poderá ser aprovado, desde que cumpridas as condições constantes da presente DIA, sem prejuízo das que vierem a ser estabelecidas em sede de licenciamento ambiental. Rua de O Século, 51 1200-433 Lisboa Telefones: 21 323 25 00 Fax: 21 323 16 58 6