Zona Euro: Índices PMI da IHS Markit (abril, preliminar): Conclusão: o índice PMI da IHS Markit permaneceu inalterado em 55,2, na sua leitura preliminar de abril (vs. consenso 54,8). Este valor compara com uma média de 57,0 para o 1º trimestre de 2018 (56,4 para a média de 2017 como um todo). O PMI para a indústria caiu 0,6 pontos para 56,0 (vs. consenso 56,1), enquanto o PMI para os serviços apresentou uma subida ligeira de 0,1 pontos para 55,0 (vs. consenso 54,6). O índice PMI composto permanece bem acima da média observada nos últimos 5 anos (53,8), mas acumula uma queda de 3,6 pontos face ao máximo de janeiro (máximo para o atual ciclo). A evolução das novas encomendas e do índice de sentimento para os próximos 12 meses obriga a manter uma postura cautelosa para os mais próximos meses. A componente das novas encomendas para o total do setor privado na economia da área do euro atingiu em abril um mínimo de 15 meses (com o setor industrial penalizado pela evolução do euro, nomeadamente face ao dólar norte-americano). Esta componente atingiu um mínimo de 8 meses na área dos serviços, o que sugere também um enfraquecimento na procura interna. O detalhe voltou a mostrar as limitações colocadas pela elevada utilização da capacidade instalada, como visível pelo tempo de entrega de fornecedores e pelo trabalho acumulado. A componente da produção na indústria atingiu um mínimo de 17 meses. O abrandamento na criação de emprego para o total do setor privado foi também relacionado, em algumas situações, com a dificuldade para encontrar a mão-de-obra pretendida. Mesmo assim, esta componente atingiu um máximo desde outubro de 2017 para os serviços. As componentes de preços registaram algum abrandamento (mínimo de 7 meses nos inputs e mínimo de 4 meses nos outputs). Mesmo assim, o ambiente continua a ser de subida nos preços dos inputs, traduzindo a evolução dos salários e das matériasprimas. Em termos dos vários países, as leituras divulgadas para França, Alemanha (ambos PMI compostos registaram ligeiras subidas) e Zona Euro como um todo sugerem que o PMI composto para o resto da região poderá ter abrandado para um mínimo de 18 meses (ver gráfico). Para a Zona Euro como um todo, a leitura preliminar de abril do PMI composto parece compatível com um ritmo de expansão trimestral não anualizado de 0,5% (vs. 0,7% observado entre o 2º trimestre de 2017 e o 4º trimestre de 2017) (ver gráfico).
60 Zona Euro: Índice Composto PMI & Crescimento do PIB 1.0 62 Zona Euro: PMI Composto da Markit 58 56 54 0.7 4T17 55.2 abr. P 0.8 0.6 0.4 60 58 56 54 Alemanha Periferia / Resto da Zona Euro 52 0.2 52 50 50 0.0 48 48 Índice PMI Composto (esq.) 46 PIB (var. trim. não anualiz., dir.) 44 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 (Fonte: Eurostat, IHS Markit) -0.2-0.4-0.6 46 44 França 42 40 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Detalhes: França: depois da queda de 4 pontos observada nos últimos meses face ao máximo para o atual ciclo económico observado em novembro, o índice PMI composto para o total da economia registou um ganho de 0,6 pontos na leitura preliminar de abril para 56,9 (vs. consenso 55,9). Ainda assim, este valor situa-se abaixo da média registada para os primeiros 3 meses do ano (57,7). O PMI para a indústria voltou a cair (-0,3 pontos no mês para 53,4, vs. consenso 53,5), o que colocou a descida acumulada desde o máximo de dezembro em 5,4 pontos, e o índice no valor mais baixo desde março de 2017. O índice PMI para os serviços aumentou 0,5 pontos para 57,4 (vs. consenso 56,5). Mesmo assim, o índice encontra-se 3 pontos abaixo do seu máximo de novembro de 2017; Observando o detalhe do inquérito, a componente das novas encomendas registou uma ligeira subida face ao mês anterior, permanecendo acima da sua média de longo prazo. Esta ligeira subida no mês traduz uma subida nos serviços e uma moderação na área industrial. Também a componente do emprego registou uma subida no mês, embora também aqui beneficiando dos serviços. O trabalho acumulado atingiu um mínimo de 8 meses, mas permaneceu ainda num nível elevado. A componente dos preços nos inputs permaneceu em terreno de expansão, traduzindo a evolução salarial e das matérias-primas. Pelo 8º mês consecutivo, a componente dos preços de venda permaneceu em terreno de expansão, com destaque para a área industrial. O índice de sentimento para os próximos 12 meses registou uma ligeira queda no mês, permanecendo, contudo, num valor elevado, com destaque para os serviços; Alemanha: os 3 índices PMI da IHS Markit/BME estabilizaram na leitura preliminar de abril. O índice PMI composto aumentou 0,2 pontos para 55,3 (vs. consenso 54,8), o que compara com um valor médio de 57,2 para os 3 primeiros meses do ano. O índice permanece acima da sua média histórica desde janeiro de
1998. O PMI para a indústria registou uma ligeira queda (-0,1 pontos para 58,1, vs. consenso 57,5), atingindo o valor mais baixo desde julho de 2017, enquanto o PMI para os serviços registou uma ligeira subida (+0,2 pontos para 54,1, vs. consenso 53,7). O PMI composto encontra-se 3,7 pontos abaixo do seu máximo de janeiro; O detalhe mostrou uma subida na componente do emprego para um máximo de 3 meses, beneficiando da área dos serviços (mínimo de 8 meses para a indústria). A componente das novas encomendas encontra-se num mínimo de mais de um ano e meio (mínimo desde agosto de 2017 nos serviços e mínimo desde novembro de 2016 na indústria). Registou-se também um enfraquecimento no índice de sentimento para os próximos 12 meses, com o índice para os serviços a atingir o valor mais baixo desde novembro de 2017. Na indústria, registou-se uma ligeira subida face ao mínimo de 18 meses observado em março. No que se refere às componentes de preços, a componente dos inputs permaneceu num dos valores mais elevados dos últimos 7 anos. Mesmo assim, a componente dos preços de venda atingiu o valor mais baixo desde setembro de 2017, apesar de permanecer em terreno de expansão. O inquérito continua a fazer referências às limitações impostas pela elevada utilização da capacidade instalada.
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