Crianças abandonadas: De quem é a culpa?



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Transcrição:

COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO 2º Ano do Ensino Médio Disciplina: Produção de Texto e Leitura Professora: Allyne Lima Crianças abandonadas: De quem é a culpa? Cáceres MT 2013

Os textos que seguem abaixo formam um trabalho que é resultado da proposta de avaliação (P3) desenvolvida pelos alunos do 2º Ano do Ensino Médio no 1º bimestre do ano letivo 2013. Os alunos pesquisaram previamente sobre o assunto, pois pensamos a avaliação como parte do processo de aprendizagem e não apenas como resultado. Sendo assim, considerando o peso e os critérios de correção do ENEM e vestibulares, os momentos de construção e produção textual são pensados enquanto aprimoramento do conhecimento de mundo do nosso aluno. Apreciem o resultado de mais um trabalho dos alunos do CIC. Professora Allyne Lima

SUMÁRIO 01 Viver com dignidade - Camila Viana Sales 04 02 Comum ou absurdo? - Mirley Moraes dos Santos 05 03 No fel da realidade - Vanessa Beatriz Guenkka 06 04 Os culpados somos nós - Fernanda Amaral 07 05 O futuro da população não pode ficar assim... - Rodrigo Gouveia 08 06 Meninos de rua - Aderbal Michels 09 07 De quem é a culpa? - Anne Caroline Pessoa da Silva 10 08 As crianças de rua - Matheus Neves 11 09 Sem lugar - Joicy Silva Faria 12 10 Crianças de rua: a culpa é nossa - Diego Siman 13 11 Infância perdida - Murilo Arruda Botelho 14 12 Menores na rua e maiores na culpa - Marina Arruda Costa Marques 15 13 Vida nas ruas - Matheus Motta 16 14 Crianças de rua - Jéssica Viana 17 15 O futuro de nossa nação- Maria Eliza Moura 18 16 Jovens de rua Luiz Otávio 19 17 Enfeite das ruas - Yago Pizzatto 20 18 Crianças de rua Júlia Galbiati 21 19 Menores sem oportunidade Pâmela Dier 22 20 Realidade José Antônio 23

Viver com dignidade De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, é dever da família, da sociedade, e do Governo assegurar educação, saúde, dignidade e outros direitos de vida aos menores em geral. Contudo, problemas advindos pela infração do art.4 do ECA, como por exemplo, a criança de rua, está agravando a estabilidade do nosso país. Esses menores são os principais prejudicados, pois podemos ver em nossa sociedade milhares de crianças sem direito à moradia, educação e saúde, que consequentemente elevam o índice de menores infratores, os quais utilizam o roubo como forma de sustento e por diversas vezes transforma a droga em um hábito diário. Embora seja responsabilidade do Governo brasileiro oferecer boas condições de vida a todo cidadão, os pais também são responsáveis por essa problemática em nossa nação, pois vivemos em um mundo tecnológico capaz de oferecer todas as informações preventivas para que a situação não chegue ao ponto de não se ter o que fazer com uma criança. Temos como base a instrução aos cidadãos e famílias com precariedades materiais para criar com dignidade uma criança. Por sua vez o Governo brasileiro poderia criar projetos para as crianças de rua, como casas de abrigo, garantindo uma vida segura, saudável, e estável a todo menor brasileiro. Camila Viana Sales

Comum ou absurdo? Atualmente, meninos de rua vêm sendo tratados comumente como um problema social, mas nós estamos falando de pessoas, crianças, para ser mais específica, que não podem ser tratadas com tal desprezo. Há muitos anos, as crianças vivem à margem da sociedade, e que tanto a sociedade como o poder público não fazem nada para mudar essa realidade. Quando falamos de crianças de rua, estamos nos referindo a crianças, que como todas as outras, têm direitos como saúde, educação, alimentação, lazer e etc. Ou seja, tem direito à infância e principalmente a vida. Os direitos dessas crianças devem ser respeitados, e como a família não conseguiu garantir boas oportunidades, é dever da sociedade e do poder público ajudar essas crianças a terem um futuro melhor. Em conjunto, o poder público e a sociedade, devem agir para inserir essas crianças no meio social de onde foram excluídas, investindo principalmente em políticas que procurem recuperar os direitos de cada criança e adolescente que os perdeu durante o período que esteve morando na rua. Mirley Moraes dos Santos

No fel da realidade É importante considerar inicialmente que todos têm direito a saúde, educação, moradia, amor, enfim, à vida. Vivemos na chamada era da tecnologia, onde tudo é feito com rapidez e praticidade. Em meio a inúmeros benefícios temos em cada município a triste realidade dos moradores de rua, o que nos impressiona é o elevado número de crianças que por irresponsabilidade dos responsáveis foram privados de uma doce infância para viverem no fel da realidade. Integrado ao assunto, podemos pensar: O que leva estes menores a uma miserável vida de crimes? A violência, roubos, furtos, entorpecentes... Refletidos como um espelho invertido, à imagem dos pais. Um pensamento limitado: por que eles não procuram trabalho? ou não vou contribuir, pois irão usar drogas. Sejamos racionais, as drogas, para eles funcionam como alento, o carinho que nunca tiveram, e os privam das dores, por meio do prazer momentâneo, por um momento, deixa que sejam apenas o que são... Inocentes e desamparadas crianças. A solução mais eficiente seria a possibilidade de oportunidades como, estudar, trabalhar... Chances de um futuro que compense. Vanessa Beatriz Guenkka

Os culpados somos nós O abandono existe há muito tempo, as medidas tomadas para mudar isso não valeram muito. No Brasil o abandono ocorre desde a era colonial, período em que as mães deixavam seus bebês na roda dos desvalidos. Hoje as crianças são abandonadas e crescem na rua. Conforme os anos passam, mais crianças são encontradas nas ruas e o índice de contato com as drogas aumenta. Essas crianças são exploradas por seus pais para pedirem dinheiro em sinais de trânsito e estradas. O que devemos lembrar é que essas crianças tiveram ou têm pais, e que na maioria das vezes não foram eles mesmos quem escolheram esse caminho, vivem assim, por questão de sobrevivência. Não adianta apontar um culpado, a culpa é daqueles que ignoram esse problema, é da classe média, dos pobres, dos cidadãos, do governo anterior e atual. Essas crianças precisam de ajuda e não de pessoas tendo medo delas ou tendo pensamentos impróprios. Inúmeras crianças estão nessa situação por falta de estrutura familiar, tanto econômica como psicológica. O grande número de filhos nas famílias pobres ocasiona o abandono do lar, a fome os leva a começar a cometer pequenos crimes, como roubar para se alimentar. Uma medida que pode ser feita, é a criação de programas educacionais que ajudem as famílias a se planejarem conforme sua renda familiar e a sociedade deve parar de julgar e começar a contribuir por meio de ideias e mobilizações que irão de fato promover uma mudança com resultados positivos para as crianças e consequentemente para a sociedade. Fernanda Amaral

O futuro da população não pode ficar assim O problema de menores na rua não ocorre apenas em sua cidade, existe em países espalhados pelo mundo inteiro, porém, parece que ninguém vê isso porque continua do mesmo jeito. É tão difícil acreditar que ninguém se preocupa com o futuro do nosso país, ou ao menos com o que sentem essas crianças, parece que ninguém se comove vendo tudo que elas passam... Podemos imaginar que inúmeros deles estão ali por falta de opção mesmo. Quantas mentes brilhantes estão sendo desperdiçadas, esquecidas nos bancos das praças deitados nas calçadas? Quantos engenheiros, médicos, advogados, juízes, funcionários públicos, policiais, professores estão sendo esquecidos? Volto a dizer, muitos deles não têm culpa de estar ali, mas então de quem é a culpa? Digo que seja a aglomeração de situações e problemas, muitos deles possuem situações piores em casa com pais alcoólatras, drogados e tudo mais, outros não sabem ou não têm opção, assim como seus pais e acabam indo parar nas ruas. Temos ainda a falta de incentivo do governo e até mesmo da população em tais situações. A partir de hoje se você não pensava nisso passe a pensar, pense o quanto é boa sua casa, seus filhos estudando, aprendendo, crescendo, se você é filho, valorize sua família e lembre-se que você tem condições de fazer a alegria de outras crianças. Rodrigo Gouveia

Meninos de rua Hoje inúmeros jovens procuram a rua como o lugar onde possam viver, pois em casa o ambiente é muitas vezes conturbado e ruim. Pessoas que escolhem esse caminho acabam se perdendo na vida e seguindo outros caminhos que o levam a perdição. A desigualdade social faz com que esses meninos sofram, pois o governo não garante a ajuda estabelecida pelos direitos humanos e os tratam como marginais, logo são presos e quando saem da cadeia voltam cada vez piores. Os meninos de rua são taxados na sociedade como marginais. Mas as pessoas não sabem o que esses meninos passam para estar nesse lugar. A maioria das vezes são problemas familiares que levam eles para esse caminho. A sociedade possui uma visão muito limitada em relação aos meninos que vivem nas ruas, muitas vezes os excluem de meios sociais e os incluem em lugares de marginalidade, pois a maioria não se encaixa no modelo social adequado. O governo deve tratar seriamente esse caso. A sociedade deve levar em conta o que esse menino passou. Não sabemos as condições que o levou a esse fim e não devemos julgar uma pessoa que não teve oportunidade e muitas vezes é taxado apenas como bandido. Tudo isso poderia ser resolvido com o cumprimento dos direitos à educação, cultura, saúde, lazer e dignidade. Aderbal Michels

De quem é a culpa? Muitas vezes ao sairmos de nossas casas para realizarmos as tarefas diárias, ou em outras cidades como turistas, nos deparamos com muitas crianças e adolescentes na rua, dormindo em papelões, pedindo esmola, procurando comida em lixeiras, enfim, mendigando digamos assim, e quase sempre em grupos, uma realidade encontrada em qualquer lugar. Essa triste realidade, não provém somente de uma única causa, e sim de várias, como por exemplo: o abandono das crianças, pelo fato das famílias não terem condições de criá-las e às vezes a própria criança sai de casa por haver brigas e agressões contra ela, sem ter o que fazer, pra onde ir, sem apoio ou auxílio algum, a única solução das crianças é ir morar na rua. Os meninos de rua, como são chamados, não possuem assistência alguma como hospitais, escolas ou refeições, e quando vão pedir esmola são rejeitados ou agredidos verbalmente, por isso, para alguns destes meninos o único meio de sobrevivência que encontram é roubar, e quando isso acontece os chamamos de pivetes, marginais entre outros nomes mais fortes ainda, mas é nessa hora que devemos nos perguntar, de quem é a culpa? A culpa não é somente do governo, é de todos, de cada um que passa por essas crianças e as olham com um olhar de desprezo, e como todo ser humano, eles sentem a rejeição. A culpa dever ser vista de forma geral, pois se o governo não faz nada, não é motivo para nos deparar com essas crianças e ficar parados. Devemos olhar e nos imaginar em cada uma delas. Com o pouco das esmolas que as crianças ganham, deixam a comida para comprar drogas, pois as deixam fora da realidade, em um mundo onde não se imaginam ali, naquela situação. Devemos realmente nos preocupar com essas crianças, pois elas são o nosso futuro. É assim que o queremos? Com certeza não! Então, devemos não somente abrir os olhos do governo, como os nossos também, e ajudá-las como podemos. Poderíamos propor a construção de ambientes melhores para essas crianças, como casas de apoio e escolas, onde tenhamos certeza de que o nosso futuro esteja garantido. Anne Caroline Pessoa da Silva

As crianças de rua Na atualidade as crianças que moram na rua sofrem muito em meio a sociedade, elas sofrem preconceitos e não são poucos, são vários e ainda não têm onde dormir e pior, elas não têm o que comer. Existem milhares de crianças de rua que não tem família e sobrevivem de drogas, esmola entre outras coisas, várias crianças de rua morrem por não terem cuidados porque quando ficam doentes não tem médico ou dinheiro para comprar remédios e isso é muito triste de se ver. Existem instituições que tentam cuidar dessas crianças, ficam com elas por um tempo, seis meses a um ano e depois elas acabam voltando para a rua, para a miséria e voltam a roubar, usar drogas e até mesmo matar! Muitas delas abandonam a família e vão para as ruas, mas o porquê dessa situação, o motivo de largarem uma casa, cama e comida e irem para a rua? Alguns dizem que é mais fácil a vida na rua, mas lá elas são maltratadas e passam necessidades e a maioria formam grupos e agem como se fossem irmãos um cuidando do outro. Devemos pensar sobre os reais motivos que levam essas crianças a estarem nessas condições e trabalhar com prevenção da aglomeração de pessoas vivendo nas ruas das cidades. Matheus Neves

Sem um lugar Atualmente, a maioria das crianças pobres são vitimas de abandono, sem casa, família, educação, sem ter o que comer ou vestir, abandonadas pelas ruas das cidades, essa é a triste realidade em que vivemos. Nem todas as pessoas sabem o que é modernidade. É outra face de um país, pessoas que tem apenas uma meta: matar a fome para preservar a própria vida. Pelas ruas das cidades encontram-se muitas meninas e meninos buscando uma maneira de sobreviver, alguns são catadores, outros mendigos, a maioria come alimentos encontrados em latas de lixos. Estas pessoas não têm muita opção, mas pela necessidade de sobreviver, muitas daquelas crianças se tornam ladrões e até mesmo assassinos. Estão nesta situação, muitas vezes por abandono de seus pais, se casos assim não forem solucionados, irá faltar dinheiro para levantar prisões. As soluções devem ser de prevenção e não punição. Encontrar soluções para este problema é o que move muitos projetos, pois crianças inocentes não merecem pagar por erros de outros. Para diminuir ou sanar estes problemas, o governo poderia abrir vários abrigos e orfanatos que realmente contribuam com essas crianças, para que possam ter uma oportunidade de educação e qualidade de vida. Joicy Silva Faria

Crianças de rua, a culpa é nossa Existem no Brasil milhares de crianças que moram nas ruas, vítimas de suas próprias famílias e da sociedade em geral que são violentas dentro de suas casas ou até mesmo nem famílias tem, e assim são obrigados a irem para as ruas, vivendo em condições precárias e sendo espancados e até mesmo violentados sexualmente. Muitas pessoas olham para essas crianças com um olhar diferente, e as chamam de marginais, essas crianças na maioria das vezes roubam, usam drogas, mas a culpa não é só delas e sim de todos nós. Faltam muitas oportunidades para essas crianças e ninguém toma iniciativa para tentar melhorar, não adianta ficar culpando as autoridades e os governantes porque a culpa é de todos nós. Essas crianças são nomeadas de marginais, trombadinhas e etc. São na verdade vítimas de uma sociedade dividida muito mal entre pobres e ricos, uma sociedade que só pensa em si própria que não se importa com o próximo, uma sociedade que só liga em ter cada vez mais dinheiro a qualquer custo. A culpa disso tudo é nossa, precisamos fazer alguma coisa antes que piore cada vez mais, precisamos impor nossas ideias, precisamos lutar por leis que garantam verdadeiramente soluções para as crianças de rua. São crianças vítimas de nós mesmos. Diego Siman

Infância Perdida Infelizmente uma das situações mais comuns, que nós nos acostumamos a ver nas ruas e em locais públicos, são crianças em situação de rua. Na maioria das vezes a sociedade em si já tem um preconceito contra esses jovens. Na visão de muitos, as crianças de rua não passam de sacos de lixo, marginais, drogados e etc. Não podemos apontar um culpado específico para todos os casos de abandono infantil, já que na maioria das vezes essas crianças são abandonadas por seus próprios pais. Seja nas ruas ou em algum orfanato, não seria correto declarar os pais culpados já que muitas vezes almejam um futuro melhor para seus filhos e melhores condições de vida. O mais fácil para mim seria culpar o governo, mas não seria o justo já que o governo oferece orfanatos, escolas, a única coisa que falta por parte do governo é o apoio para os jovens, quando eles saem do orfanato. Uma solução para este problema seria acabar com o preconceito que existe em relação às crianças de rua. Assim, em relação às crianças de rua diríamos que as oportunidades começaram a aparecer e as possibilidades para estas crianças aumentariam, excluindo o caminho das drogas e da marginalidade e ainda garantindo um futuro melhor. Murilo Arruda Botelho

Menores nas ruas, os maiores na culpa! Na sociedade brasileira, as ruas e praças públicas são as casas de muitos menores de idade que não possuem uma estrutura básica em suas vidas, as ruas e praças públicas são as únicas coisas que o governo realmente oferece. Crianças e adolescentes vivem nas ruas devido à falta de uma estrutura familiar, ou seja, muitas vezes a rua é melhor opção que um ambiente de violência e precariedade em que vivem junto as família. Mas esta culpa não é exclusivamente familiar, também pertence ao governo, devido à falta de recursos que este oferece. A sociedade capitalista em que vivemos, mostra nitidamente a desigualdade social, e a e a consequência leva o indivíduo, excluindo este de seus direitos e de certos meios sociais levando à marginalização. O Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA) diz que é dever da família, da sociedade em geral e do poder público, assegurar os direitos referentes à vida, à saúde, à educação, à alimentação (...) do menor de idade (Art.4º - ECA). Sendo assim, podemos dizer que o que realmente falta é a melhoria das estruturas básicas de deveres do governo, maior apoio da estrutura familiar e da sociedade para obtermos a igualdade social. Marina Arruda Costa Marques

Vida nas Ruas A sociedade brasileira vem enfrentando a anos a questão de crianças e adolescentes que vivem na rua sem família, sem abrigo e sem alimento e surge a pergunta de todos, afinal, de quem é a culpa? Os culpados são os pais, que não assumem os filhos e deixam a bel prazer nas ruas e acabam aprendendo a malandragem, como o roubo, o uso de drogas e etc. O artigo 4º do ECA Estatuto da Criança e do Adolescente - diz que É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder público assegurar, com absoluta prioridade a efetivação dos diretos referentes à vida. O governo tem que investir na educação desses jovens, para que não acabem se tornando criminosos, e deveria criar institutos para resgatar essas crianças para que não percam a oportunidade de um futuro melhor. Matheus Motta

Crianças de Rua Segundo o Artigo 4 do estatuto da Criança e do Adolescente, É dever do governo, família e sociedade assegurar, e trazer efetivação dos direitos referente à vida de uma criança. Contudo, atualmente os deveres não são cumpridos, crianças e adolescentes vivem nas ruas, realidade cada dia mais frequente, e com isso vivem em situações totalmente desumanas. Primeiramente, meninos e meninas de rua deveriam ser vistos como qualquer criança perante a população, mas não é isso que acontece, a sociedade, julga, discrimina e expulsam do convívio dos grupos sociais. Entretanto, essas crianças nascem sem cultura, afeto, proteção e sem família. A consequência, são crianças fumando, roubando e pedindo esmola, e com isso é negado o direito de uma criança ser criança. Mas de quem é a culpa? Do governo por não dar estrutura básica para a família? Ou da família por colocar seus filhos na margem da exploração do trabalho? Em suma, nós não devemos achar o culpado, devemos nos conscientizar e fazermos algo para resolver o problema. E colocar em ação o Artigo 4 do ECA, trazer para essas crianças a possibilidade de acesso a cultura, saúde, educação, alimentação e principalmente dignidade. Jéssica Viana

O futuro da nossa nação As crianças que vivem nas ruas, muitas vezes são crianças que não tem estabilidade na vida familiar. Crianças essas, que sofreram algum tipo de agressão dentro de casa, sejam elas físicas ou psicológicas. Essas crianças são rotuladas por muitos como marginaizinhos. Mas como rotular uma criança sem saber o que a fez chegar até as ruas? A convivência na rua faz com que essas crianças se prostituam, usem drogas, roubem e etc. Tudo isso para conseguir sobreviver. E qual é a culpa que elas têm de estar ali? Crianças são seres puros, elas chegam limpas a terra. A culpa desse problema é nossa, pois fechamos os olhos para isso. Do que adianta botarmos filhos no mundo se não temos condições de amálos, de protegê-los, de cuidá-los, de dar bom exemplo. O futuro do Brasil está nas mãos destes pequenos seres. Não devemos menosprezálos, devemos oferecer condições para que eles estudem e se tornem o orgulho para nossa nação. Pois, iremos depender deles num futuro próximo. Os governantes no nosso país deveriam dar mais apoio financeiro e educacional aos pais desses pequenos, para que não seja necessário ver crianças pedindo esmolas em sinais de trânsitos, roubando para conseguir dinheiro para comer o pão de cada dia, ou mesmo, para o consumo das drogas. Para mudar o cenário, precisamos oferecer uma condição de vida melhor a estas pessoas e assim diminuir o número de crianças nas ruas. Maria Eliza Moura

Jovens de rua De quem é a culpa das crianças estarem nas ruas? Da família? Do governo ou da sociedade? Cada dia que passa só aumenta o número de crianças na rua, expostas as drogas, violência e etc... As crianças que vivem na rua se transformam em pessoas violentas por estarem expostas as mais variadas situações, com isso, os jovens começam a roubar, para ter dinheiro para comprar drogas ou até mesmo para comer. Os jovens que fazem da rua seu lar são excluídos da sociedade. Pois ninguém dá credibilidade a eles, nem mesmo o governo que é obrigado por meio da legislação a dar proteção a essas crianças, como, moradia, saúde, educação. Com os benefícios que são de obrigação do governo, essas crianças teriam a chance de serem pessoas dignas e com mais oportunidades. A violência e a agressão são ações comuns neste cenário, pois a lei do mais forte está diretamente ligada à sobrevivência nas ruas. Para que as crianças não fiquem a mercê de tais situações, o governo deveria fazer instituições para esses jovens com intuito de tirá-los da rua e da violência. Luiz Otávio

Enfeite das ruas Já estamos acostumados em nos depararmos com meninos de rua em praças, no sinaleiro, ou qualquer outro ponto de grande fluxo, pois eles precisam do grande movimento de pessoas para que tirem dinheiro suficiente para de se alimentarem. É triste vermos o quanto estão abandonados estes jovens e ainda, privados de oportunidades, são considerados um tumor para a sociedade, que por eles tem desprezo e desconfiança, aliás, talvez esses são os motivos para esse menino estar morando nas ruas, o desprezo dos pais, o ambiente violento em que morava, as desumanas condições de vida que lhe foram oferecidas. Todos pensam quando se deparam com tal realidade, que ali há um aso perdido e que devemos nos adaptar com aquilo, mas esse pensamento está completamente equivocado, nós e o governo devemos fazer com que isso acabe, pois a violência e a vida do crime começam na própria infância. Para que não se desencadeie diversos problemas no futuro, devemos investir com grande relevância agora, em melhor educação, melhores moradias para aqueles que não têm condições. O governo deveria oferecer abrigos especializados para os menores que vivem nas ruas, para que o pouco que ainda sobrou, se é que sobrou, da infância desta criança seja como a de qualquer outro, independente de sua classe social. Yago Pizzatto Corbelino

Crianças de rua As crianças de rua são como nós, com uma pequena diferença, a falta de oportunidades na vida. Dessa forma, a única saída que lhes restam é entrar para o mundo do crime, das drogas, para conseguir sobreviver e se manter. O futuro dessas crianças é fácil de imaginar, possivelmente vão continuar assim, vivendo na base da violência. Quando atingirem a maior idade, acabarão em presídios, sem ter tido a chance de mudar de vida, pois para mudar de vida é preciso que haja condições, como um emprego. Quem daria emprego para alguém que não teve uma boa base educacional? De quem é a culpa? De acordo com o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente a responsabilidade pela criança é da família, da comunidade, do governo. Sendo assim, as causas de abando e seus efeitos, também deveriam ser de responsabilidade da família, da comunidade, do governo... que não ofereceram casa, comida, vestuário, amor, para que seu futuro fosse diferente. Essas crianças são vítimas do sistema falido do Estado e sociedade, da desigualdade social que ronda a todos nós e atinge mais fortemente os menos favorecidos que acabam pagando um preço alto e ainda perdem uma oportunidade de vida mais justa. Sempre nos deparamos nas ruas com crianças pedindo dinheiro, torna-se comum contribuirmos com algumas moedinhas, pois ficamos com pena de seu sofrimento. O certo seria informar aos órgãos competentes da situação dessa criança, para que ele pudesse ser levado a um lugar que oferecesse condições básicas à sua sobrevivência. Júlia Galbiati

Menores sem oportunidade Atualmente é comum sairmos de casa e encontrarmos meninos nas ruas, fazendo alguma coisa para sobreviver, uma situação que se tornou tão corriqueira que acabamos por tratar com certa indiferença, chegando até a culpar a própria criança por sua situação. De acordo com uma pesquisa, em 75 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes existem cerca de 24 mil crianças vivendo nas ruas. As causas mais comuns são brigas, violência doméstica, abuso sexual e etc. Mas quem podemos culpar? Família? Governo? Legalmente, ambos têm deveres para com os menores, e deveriam oferecer condições para que não chegassem ao ponto de abandono por seus responsáveis, e depois por eles mesmos, por não terem esperança de um futuro melhor se entregarem a violência e as drogas. A criação de centros educacionais realmente efetivos para tirar essas crianças das ruas e lhes dar oportunidade de recomeçar a vida e recuperar as perdas da infância. Portanto, devemos cobrar nossos direitos por uma sociedade mais justa e igualitária, começando por nós mesmos. Pâmela Dier

Realidade Atualmente, existem vários problemas sociais no Brasil, um deles é a falta de organização com os moradores de rua. Quem vive nas ruas também é gente. Podem não ter a mesma qualidade de vida de muitos, mas são encontrados como animais em busca de sobrevivência, pessoas que devem ser tratadas com mais atenção, pois quem disse que estão nessa situação por vontade própria? Muitas pessoas que vivem nas ruas têm onde ficar, porém, devido a vários fatores, como por exemplo, violência doméstica, preferem vier nas ruas. Existem alguns casos que os moradores de ruas, são forçados desde criança a pedir dinheiro em faróis e acabam se acostumando com a situação. Ao encontrarmos situações de menores que vivem nas ruas, nos perguntamos de quem é a culpa. A resposta muitas vezes é que a culpa é da própria criança, por não fazerem nada para sair dessa condição, mas não seria do governo que não cumpriu com seus deveres com essa criança? As crianças que vivem nas ruas precisam de mais atenção, pois estão sendo deixadas de lado por seus responsáveis. Portanto, devemos ter mais cuidado ao tratar de assuntos sobre menores de rua e não culpa-los por sua condição. O que poderia ser feito, são campanhas para que essas crianças tenham seus direitos efetivados, estudar, brincar, dormir... sem se preocupar em não ter o que comer no dia seguinte. José Antônio