Introdução ao Processo Penal Procedimentos. Aula 1

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Introdução ao Processo Penal Procedimentos Aula 1

DIREITO PROCESSUAL PENAL III CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Procedimentos 1.1. Procedimento Ordinário. Considerações Preliminares 1.2. Rejeição ou recebimento da denúncia ou queixa 1.3. Citação e suspensão 1.4. Resposta Escrita 1.5. Absolvição sumária do réu. Julgamento antecipado da lide penal 1.6. Audiência una para a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. Concentração dos atos e celeridade processual 1.7. Procedimento sumário (arts. 531 a 538). 1.8. Alterações da Lei 11.719/2008.

DIREITO PROCESSUAL PENAL III CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2. Prova 2.1. Conceito 2.2. Meios de prova e sua admissibilidade 2.3. Produção das Provas 2.4. Sistema de apreciação das provas 2.5. Classificação das provas 2.5.1. Exame de corpo de delito e perícias em geral. As novidades inseridas pela Lei 11.690/08 2.5.2. Interrogatório do acusado. Videoconferência. 2.5.3. Confissão 2.5.4. Declarações do ofendido 2.5.5. Testemunhas 2.5.6. Reconhecimento de pessoas e coisas 2.5.7. Acareação 2.5.8. Prova documental 2.5.9. Indícios 2.5.10. Busca e Apreensão 3. Prisões Processuais e Medidas Cautelares 3.1. Processo Cautelar 3.2. Medidas cautelares pessoais substitutivas da prisão cautelar 3.2.1. Conceito de prisão 3.2.3. Espécies 3.2.4. Prisão em flagrante 3.2.5. Prisão preventiva 3.2.6. Prisão temporária 3.2.7. Prisão por decisão de pronúncia 3.2.8. Prisão por sentença condenatória recorrível 3.3. Liberdade Provisória com ou sem fiança 3.3.1. Crimes com a fiança dispensada 3.3.2. Crimes com arbitramento de fiança 3.3.3. Crimes inafiançáveis. 4.Habeas Corpus 4.1. Cabimento 4.2. Legitimidade 4.3. Procedimento 4.4. Competência

Bibliografia da Ementa Básica TAVORA, NESTOR; ALENCAR, ROSMAR RODRIGUES. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL.003. ed. SALVADOR: JUSPODIVM, 2013. TOURINHO FILHO, FERNANDO DA COSTA. MANUAL DE PROCESSO PENAL. 16. ed. SAO PAULO: SARAIVA, 2013. NUCCI, GUILHERME DE SOUZA. MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUCAO PENAL.010. ed. SAO PAULO: REVISTA DOS TRIBUNAIS, 2013. Complementar OLIVEIRA, EUGENIO PACELLI DE. CURSO DE PROCESSO PENAL. 17. ed. SAO PAULO: ATLAS, 2013. MACHADO, ANTONIO ALBERTO. CURSO DE PROCESSO PENAL. 5. ed. SAO PAULO: ATLAS, 2013. AVENA, NORBERTO CLAUDIO PANCARO. PROCESSO PENAL: ESQUEMATIZADO. 6. ed. SAO PAULO: METODO, 2014. CAPEZ, FERNANDO. CURSO DE PROCESSO PENAL: DE ACORDO COM A LEI Nº 12.736/ 2012. 20. ed. SÃO PAULO: SARAIVA, 2013.

CHOUKR, Fauzi Hassan - Iniciação ao Processo Penal LAURIA TUCCI, Rogério Teoria do Direito Processual Penal. RT

Pessoal Recebimento Citação Edital DENÚNCIA/QUEIXA Rejeição Liminar Hora Certa Recurso em Sentido Estrito Preliminares, provas testemunhas. 10 dias Resposta à Acusação e Não Absolve Sumariamente Absolvição Sumária (397 CPP) Audiência de Instrução e Julgamento SENTENÇA Apelação Audiência: 1º Declarações do Ofendido 2º Testemunhas de acusação (até 8) 3º Testemunhas de defesa (até 8) 4º Esclarecimentos dos peritos, acareações e reconhecimentos (pessoas/objetos) 5º Interrogatório do réu Necessidade de Novas Diligências, Vários Réus ou Causa Complexa Desnecessidade, Poucos Réus ou Causa Não Complexa

Necessidade de Novas Diligências, Vários Réus ou Causa Complexa Memoriais do MP Fim da Audiência Memoriais da Defesa Realização das Diligências (se for o caso) SENTENÇA Prazo sucessivo. 5 dias OU Desnecessidade, Poucos Réus ou Causa Não Complexa Na Própria Audiência Alegações Finais Orais do MP e da Defesa 20 minutos SENTENÇA

INTRODUÇÃO Conceito Sequência de atos que devem ser praticados em juízo durante o tramitar da ação. Em face do princípio constitucional do devido processo legal, esses ritos processuais devem ser previstos em lei, de modo que as partes, previamente, saibam a forma como os atos se sucederão, sem que sejam surpreendidas. Trata-se de matéria de ordem pública e, portanto, as partes não podem de comum acordo, adotar procedimento que entendam mais eficiente ou célere, sob pena de nulidade da ação penal. O juiz também não pode abreviar o procedimento ou alterá-lo, pois estará trazendo vício à ação penal.

INTRODUÇÃO As regras de processo penal encontram-se na Constituição Federal, normas disciplinadoras dos órgãos relacionados à persecução penal (regimento das polícias, Ministério Público) e dos órgãos jurisdicionais (regimentos dos tribunais), leis extraordinárias (Lei de Drogas, Lei Maria da Penha, Lei 9.099/90, Lei da Prisão Temporária, etc). Principalmente, o estatuto primordial é o Decreto-lei 3.689/1941 - o Código de Processo Penal. O Código de Processo Penal Código regulamenta, por exemplo, a aplicação da lei processual no tempo e no espaço; a investigação dos delitos por meio do inquérito policial; as diversas formas de ação penal e sua respectiva titularidade; a competência dos órgãos jurisdicionais; os sujeitos processuais; a forma de coleta das provas; as diversas modalidades de procedimentos de acordo com a espécie e gravidade da infração penal cometida; as nulidades decorrentes da não observância das formalidades processuais; os recursos etc.

Procedimento Comum ou Especial De acordo com o art. 394 do Código de Processo Penal, os procedimentos podem ser comuns ou especiais. Comuns: a) ordinário: para apurar os crimes que tenham pena máxima em abstrato igual ou superior a 4 anos, e para os quais não haja previsão de rito especial. Ex: furto, roubo, extorsão, estelionato, estupro, tortura. b) sumário: para os delitos que tenham pena máxima superior a 2 anos e inferior a 4, e para os quais não haja previsão de procedimento especial. Exs: crimes de homicídio culposo, tentativa de furto ou de apropriação indébita, embriaguez ao volante c) sumaríssimo: para a apuração das infrações de menor potencial ofensivo, que tramitam perante os Juizados Especiais Criminais, nos termos do art. 98, I, da Constituição Federal. São infrações de menor potencial as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja igual ou inferior a 2 anos.

Procedimento SISTEMASComum PROCESSUAIS ou Especial Os procedimentos especiais, por sua vez, são os demais previstos no Código de Processo Penal e em leis especiais. Lei de Drogas (11.343/2006), Maria da Penha (11.340/2006), Estatuto do Idoso (10.741/2003). No Código de Processo Penal há procedimento especial para apurar os crimes dolosos contra a vida (procedimento do Júri), os crimes contra a honra, os crimes cometidos por funcionário público no desempenho das funções (crimes funcionais) e os crimes contra a propriedade imaterial.

Procedimento Comum Ordinário Introdução Até 2008 o rito ordinário do procedimento comum era definido pelo critério de espécie de pena (apenas para delitos com reclusão). Em face do princípio constitucional do devido processo legal, esses ritos processuais devem ser previstos em lei, de modo que as partes, previamente, saibam a forma como os atos se sucederão, sem que sejam surpreendidas. Trata-se de matéria de ordem pública e, portanto, as partes não podem de comum acordo, adotar procedimento que entendam mais eficiente ou célere, sob pena de nulidade da ação penal. O juiz também não pode abreviar o procedimento ou alterá-lo, pois estará trazendo vício à ação penal.

Com o advento da Lei n. 11.719/2008 que alterou o art. 394 do CPP, ele passou ser aplicado aos crimes que tenham pena máxima em abstrato igual ou superior a 4 anos, quer sejam apenados com reclusão ou com detenção. Ex: associação criminosa simples (art 288 CP). No concurso de crimes, que sejam conexos e devam ser processados conjuntamente, a adoção do rito levará em conta o máximo abstrato dos crimes SOMADOS e não apenas a pena abstrata individual. Este raciocínio favorece o réu, já que o rito ordinário é mais amplo e confere maior oportunidades de defesa. Contudo, por se tratar de questão de competência declinada constitucionalmente, se houver conexão entre um crime de rito sumário/sumaríssimo e outro de competência do Tribunal do Júri, ambos deverão ser julgados pelo rito especial.

Requisitos da Denúncia Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Leitura completa do artigo 41

FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO Arts 395 a 405 CPP RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA Uma vez oferecida denúncia pelo Ministério Público, nos crimes de ação pública, ou queixa -crime pelo ofendido ou seu representante, os autos serão encaminhados conclusos ao juiz para que verifique se estão presentes os requisitos legais para o seu recebimento. Prazo para recebimento ou rejeição: 5 dias (art 800, II, CPP) Recebimento: considera -se iniciada a ação penal. A prescrição, por consequência, se interrompe passando a correr novo prazo prescricional a partir da decisão (art. 117, I, do CP). Recurso específico contra o recebimento: Não existe. O acusado pode impetrar habeas corpus para trancar a ação (fato atípico). Não há efeito suspensivo, salvo se determinado pelo Relator. Próxima etapa: o juiz, ao receber a denúncia ou queixa, determina a adoção do ato seguinte do procedimento que é a citação do acusado.

RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA Quando a denúncia será rejeitada? Art 395 CPP Inépcia Manifesta: Falta de requisitos ou coesão essencial. narrativa incompreensível, não identifica o réu, ou não observância do art 41 CPP. Ausência de pressuposto processual ou de condição da ação penal: ausência de representação ou ilegitimidade de parte. Ausência de justa causa para o exercício da ação penal: atipicidade da conduta, falta de indícios de materialidade ou autoria, extinção de punibilidade. Recurso Contra a Rejeição da Denúncia: Recurso em Sentido Estrito (Art. 581 I). Deve-se intimar a parte contrária para oferecer contrarrazões. Supremo Tribunal Federal, onstitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.

RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA Prazo: O prazo para oferecimento da denúncia é de 5 dias, se o indiciado estiver preso, e de 15 dias, se estiver solto (art. 46 do CPP), contando -se da data em que o Ministério Público receber os autos com vista. Se os autos retornarem à delegacia para a realização de novas diligências, os prazos serão contados novamente desde o início quando retornarem ao promotor. Lei de Drogas - 10 dias. Prazo próprio apenas para o réu preso, na prática o prazo para réu solto é impróprio. Pedido de Arquivamento: O Ministério Público pode solicitar o arquivamento do feito ao invés de oferecer a denúncia, por entender que o caso não oferece condições fáticas ou processuais suficientes (atipicidade, ausência de autoria, etc). O pedido é endereçado ao juiz, que poderá concordar e extinguir o feito ou discordar e encaminhar o caso ao Procurador Geral de Justiça, nos termos do art 28 CPP, para que ele avalie a demanda e, se for o caso, designe outro promotor para oferecer a denúncia.

CITAÇÃO Conceito: ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo do prazo para a apresentação da resposta escrita. Com a citação considerase perfeita a relação jurídico-processual. Vício no citação: A falta de citação ou vícios insanáveis no ato citatório constituem causas de nulidade absoluta do processo (art. 564, III, e, do CPP), salvo se o acusado comparecer em juízo, dentro do prazo legal e apresentar a resposta escrita, por ter sido cientificado da acusação por outro meio qualquer. Modalidades: pessoal (real), ficta ou por hora certa. Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

CITAÇÃO PESSOAL É a regra no processo penal e deve ser sempre tentada antes de se passar à citação ficta ou com hora certa, ainda que o acusado não tenha sido localizado na fase do inquérito. É materializada nos seguintes instrumentos: a) Citação por Mandado: Realizada quando o réu reside ou tramita na própria comarca que tramita o processo. É feita por oficial de justiça. (Art 351) Por se tratar de modalidade de citação pessoal, o oficial, munido do mandado de citação expedido pelo cartório judicial, deve procurar o acusado em todos os seus endereços constantes dos autos. Ao localizá-lo, deverá ler o mandado e entregar-lhe a contrafé, na qual constará o dia e a hora em que a citação se concretizou. Em seguida, o oficial elabora certidão declarando a efetivação da citação e a entrega da contrafé ou a recusa do réu em recebê-la. Referida certidão é a prova de que a citação se concretizou, sendo desnecessário que o acusado tenha assinado o mandado. Contrafé = cópia da denúncia ou queixa e do mandado. A citação pode ser feita em qualquer dia, inclusive fins de semana e feriados, e a qualquer hora, do dia ou da noite. (divergência sobre o período noturno. Remete-se ao CPC) Art. 357. São requisitos da citação por mandado: I leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; II declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.

Réu preso: deve ser citado no local onde estiver recolhido. Réu oculto: se ele não for encontrado nos endereços indicados o oficial fará certidão declarando que ele está em local incerto e não sabido. Com base em tal certidão, o juiz determinará a citação por edital. Requisitos do mandado: vide artigo 357 Obs: O art. 352, VI, estabelece que, no mandado, devem constar a data e o juízo em que o réu deve comparecer. Contudo, no processo atual o interrogatório é o último ato de defesa. Assim, o que deve constar do mandado é o juízo ao qual o acusado deve apresentar sua resposta escrita no prazo de 10 dias, sob pena de nomeação de defensor dativo caso não o faça. Réu militar acusado de crime comum: Se o acusado for militar, a citação será feita por intermédio de seu chefe de serviço (art. 358 do CPP). O juiz remete um ofício ao chefe de serviço e este executa o ato de citação. Funcionário Público: é citado por oficial de justiça, por meio de mandado. Contudo, o CPP (359) exige que o chefe da repartição seja comunicado da data em que ele deverá comparecer em juízo, para que possa previamente providenciar a substituição do funcionário naquela data.

b) Citação por Carta Precatória: hipótese em que pessoa reside ou está presa em comarca diversa daquela em que tramita a ação (art 353 CPP). Se o motivo da ausência na comarca for breve, aguarda-se o retorno para a citação pessoal: Ex: férias, viagem a trabalho, etc. Procedimento: Expedida a carta pelo juízo deprecante, e sendo ela recebida no deprecado, será determinada a citação, para que o réu seja cientificado da acusação e do prazo para a resposta escrita. Será, então, expedido mandado no juízo deprecado para que o oficial de justiça proceda à citação do réu. Cumprida a carta precatória, será ela devolvida ao juízo de origem Sequência: Efetuada a citação, passa a correr o prazo de 10 dias para a apresentação da resposta escrita. 10 dias iniciados do cumprimento do mandado e não da juntada aos autos Súmula 710 STF - no processo penal, contam -se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem Precatória Itinerante: quando verifica-se no juízo deprecado que o réu mudou-se para uma terceira localidade, a carta é enviada diretamente a tal juízo, apenas se comunicando o fato ao juízo deprecante.

Citação por carta rogatória: réu no estrangeiro em local conhecido. Quando estiver no estrangeiro em local desconhecido, a citação será por Edital. Citação por carta de ordem: quando o acusado goza de foro por prerrogativa de função, o Tribunal a quem incumbe o julgamento em grau originário emite carta de ordem determinando que o juízo da comarca onde reside o réu providencie sua citação

CITAÇÃO COM HORA CERTA Adotada após a vigência da Lei nº 11.719/2008. Conceito: Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida pela legislação processual civil. Requisitos: Procurado 2 vezes pessoalmente + suspeitas da ocultação Procedimento: oficial intima qualquer pessoa da família do acusado, ou, em sua falta, qualquer vizinho, de que, no dia seguinte, voltará a fim de concretizar a citação, em hora determinada. Em prédios ou condomínios a intimação poderá ser feita ao porteiro. Na data e hora designados, o oficial retorna e se o réu estiver presente realiza a citação pessoal. Caso contrário, o oficial buscará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação. Da certidão da ocorrência, o oficial deixará contrafé com pessoa da família ou vizinho, declarando-lhe o nome. A citação com hora certa será aperfeiçoada mesmo que o familiar ou vizinho anteriormente intimado esteja ausente ou se, embora presente, recusar-se a receber o mandado Após a efetivação da citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu, no prazo de 10 dias, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando ciência. Uma vez feita a citação por hora certa, e o acusado não apresentar a resposta escrita no prazo de 10 dias, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. A ação penal não será suspensa, ao contrário do que ocorria no regime anterior às modificações (anteriormente o réu que se ocultava era citado por edital e, caso não comparecesse, a ação seria suspensa).

2014, Delegado de Polícia Assinale a alternativa em que se encontra uma característica do sistema acusatório. a) O julgador é protagonista na busca pela prova. b) As decisões não precisam ser fundamentadas. c) A atividade probatória é atribuição natural das partes. d) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma pessoa. e) As decisões são sempre sigilosas.

CITAÇÃO FICTA É a Citação por Edital. Utiliza-se nas seguintes hipóteses: a) Quando o réu não for encontrado para citação pessoal: É necessário que o acusado tenha sido procurado em todos os endereços que tenham constado anteriormente nos autos, inclusive locais de trabalho e nos números telefônicos existentes, sob pena de nulidade da citação por edital. Deve ser certificado pelo oficial de justiça que o réu está em local desconhecido. Ainda que o acusado não tenha sido encontrado na fase do inquérito, é necessário, em juízo, que se tente sua citação pessoal. Se o réu está viajando é necessário aguardar seu retorno e não determinar a citação por edital. Súmula n. 351 STF: é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da Federação em que o juiz exerce sua jurisdição. Se o réu estiver preso em em qualquer dos estabelecimentos prisionais do Estado no qual se desenrola o processo, há nulidade. Existe também nulidade quando o oficial não encontra o réu porque, por descuido, foi digitado erroneamente seu endereço no mandado. Efeito: se o réu citado por edital não comparece e não nomeia defensor, o processo fica suspenso. Prazo: O prazo do edital é de 15 dias.

b) Quando inacessível o local em que o réu se encontra: Aplicabilidade diminuta nos dias atuais. Informações sobre o Edital: O edital de citação indicará: I o nome do juiz que a determinar; II o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo; III o fim para que é feita a citação; IV o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; (inciso desatualizado - correto é a indicação da constituição de advogado para apresentação de defesa); V o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação. (art. 365). Súmula n. 366 STF: Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se aseia. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo (fórum) e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito, e a publicação, provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação (art. 365, parágrafo único, do CPP).

Real Ficta

RESPOSTA À ACUSAÇÃO Conceito: Primeira defesa técnica do acusado que serve como contraposição aos fatos narrados na denúncia/queixa. Deve ser apresentada por advogado. Prazo: 10 dias a contar da citação. Obrigatoriedade: É ato obrigatório (art 396-A, 2º).Se o réu não oferecer a resposta escrita no referido prazo, por meio de defensor constituído, o juiz deverá nomear defensor dativo, que terá novo prazo de 10 dias para apresentá-la a partir da data que receber os autos com vista. O que pode ser arguido: a) preliminares - incompetência do juiz, litispendência. As preliminares serão processadas em apartado. b) alegar tudo o que interesse à sua defesa - na prática se busca é a absolvição sumária. Na hipótese de argumentos que não versem esta possibilidade, convém nada alegar. c) apresentar documentos d) requerer a produção de provas - ex: exame toxicológico. e) arrolar testemunhas - máximo de 8 testemunhas.

RESPOSTA À ACUSAÇÃO Considerando que no atual sistema mostra-se possível a absolvição sumária logo após a resposta escrita, percebe -se a importância de o acusado, desde logo, argumentar e, se possível, comprovar a existência de qualquer circunstância que possa levar o juiz a absolvê-lo de imediato, evitando, com isso, a instrução criminal. A acusação não se manifesta após o oferecimento da resposta escrita, salvo se for apresentado documento novo (princípio do contraditório). Em relação aos meros argumentos trazidos pela defesa, a acusação não terá réplica. Prosseguimento: Apresentada a resposta pela defesa, o juiz deve proferir decisão absolvendo sumariamente o acusado ou determinando o prosseguimento do feito.

2011, OAB IV EXAME UNIFICADO Levando em consideração as modificações trazidas pela Lei 11.719/08, assinale a alternativa correta. a) O Código de Processo Penal admite a figura da citação com hora certa, tal como ocorre no Código de Processo Civil. b) O rito comum ordinário é o reservado aos crimes apenados com reclusão, independentemente do montante da pena para eles prevista. c) Na mutatio libelli (em que a denúncia descreve determinado fato, mas as provas apontam que o fato delituoso é diverso), o Ministério Público deverá, após encerrada a instrução probatória, aditar a denúncia no prazo de 5 (cinco) dias sob pena de se operar a preclusão temporal. d) O rito sumário é o reservado para as infrações penais de menor potencial ofensivo.

2011, V Exame Unificado Em relação aos procedimentos previstos atualmente no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. a) No rito ordinário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por defensor. b) No rito sumário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por defensor. c) No rito ordinário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias. d) No rito sumário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

2010, OAB EXAME UNIFICADO Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. a) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento da prova de acusação. b) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta. c) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. d) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa.

Analista Judiciário, 2017 d) Será adotado o procedimento comum sumaríssimo sempre que o fato narrado na denúncia for punido com pena de detenção. e) No procedimento comum ordinário, quando a denúncia referira prática de crime, cuja ação penal seja de natureza pública condicionada à representação, a falta desta não impede o recebimento da peça acusatória, devendo o Juiz, neste caso, intimar a parte ofendida para sanar tal omissão no prazo de cinco dias. Procurador Legislativo Municipal, 2017 Segundo o Código de Processo Penal, a respeito dos procedimentos, comum e especial, e instrução criminal, assinale a alternativa correta. a)as infrações de menor potencial ofensivo são processáveis pelo procedimento especial.

Escrevente Técnico Judiciário, 2017 Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao procedimento comum dos processos em espécie, consoante disposições do Código de Processo Penal. a) Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 2 (dois) anos de pena privativa de liberdade. b) Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. c) Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 5 (cinco) anos de pena privativa de liberdade. d) Sumaríssimo, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 3 (três) anos de pena privativa de liberdade. e) Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 3 (três) anos de pena privativa de liberdade.

Juiz Substituto, 2015 I. Umas das diferenças previstas no Código de Processo Penal entre o rito ordinário e o sumário é a previsão do prazo para a realização da audiência de instrução e julgamento. III. O prazo para alegações finais após o deferimento de diligências será de 3 dias Promotor de Justiça, 2015 Assinale a alternativa correta: a) No procedimento ordinário, o Juiz de Direito, depois de receber a denúncia, determinará a citação do réu para o oferecimento de defesa escrita, que não é, entretanto, obrigatória. Delegado de Polícia DF, 2015 Assinale a alternativa correta acerca do procedimento penal. c) No procedimento ordinário, após o oferecimento da denúncia, o juiz, recebendo-a, mandará desde logo designar dia e hora para o interrogatório do réu. d) A absolvição sumária é instituto exclusivo do rito do júri popular.

Escrevente Técnico Judiciário, 2015 Nos procedimentos, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e (CPP, art. 396) Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as lacunas. a) comuns designará audiência de instrução e interrogatório b) ordinário e sumário... designará audiência de instrução e interrogatório c) ordinário e sumário ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias d) comuns ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias e) sumário e sumaríssimo designará audiência de instrução e interrogatório

2015, Estagiário de Direito Acerca do procedimento comum ordinário, assinale a alternativa incorreta: a) Na instrução, poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa, não se incluindo, porém, nesse número, aquelas que não prestam compromisso e as referidas b) O prazo para a apresentação de resposta à acusação, no caso de citação por edital, começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. c) No direito processual penal, vigora o princípio da identidade física do juiz. d) Oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por defensor. e) Em regra, as alegações finais serão orais, mas o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais.