Comunicado 141 Técnico

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Transcrição:

Comunicado 141 Técnico ISSN 1517-4077 Abril, 2016 Macapá, AP A Broca-dos-Ramos-do-Cupuaçuzeiro (Magulacra nigripennata Dognin, 1924) no Amapá Cristiane Ramos de Jesus-Barros1 Adilson Lopes Lima2 Ricardo Adaime3 Neliton Marques da Silva4 Ana Maria Santa Rosa Pamplona5 Introdução O cupuaçuzeiro [Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Schum., Malvaceae] (Figura 1) é uma das fruteiras nativas mais importantes da região Amazônica. Sua polpa apresenta sabor acentuado e agradável e é utilizada principalmente na indústria de produtos alimentícios, mantendo suas características nos mais diversos produtos processados, como néctares, sorvetes, iogurtes, balas, doces, licores, e também como ingrediente de diversas sobremesas, apresentando excelente aceitação pelos consumidores. Além disso, suas amêndoas são ricas em gordura e proteínas, podendo ser utilizadas na elaboração do cupulate ; na indústria de cosméticos, como hidratante; e na indústria química, para fabricação de amaciante, já que possui alto poder de absorção de água. Assim, diante de sua ampla possibilidade de utilização, tem-se o cupuaçuzeiro como uma frutífera que apresenta 1 2 3 4 5 elevado valor social, gerando renda especialmente para a agricultura familiar (SOUZA, 2007). É encontrado na forma silvestre nas florestas tropicais úmidas de terra firme (FRAIJE FILHO et al., 2009). Desenvolve-se tanto em áreas de terra firme quanto em áreas de várzea alta (GAZEL FILHO; LIMA, 2000). Quando cultivado, sua altura varia de 6 m a 10 m; em estado silvestre, pode alcançar até 20 m. Apresenta folhas inteiras, de coloração rósea e cobertas de tricomas quando jovens e de coloração verde quando maduras. O fruto é uma baga de 12 cm a 25 cm de comprimento e de 10 cm a 12 cm de diâmetro, pesando em média 1,2 kg. O epicarpo é lenhoso, de coloração marrom e coberto por tricomas ferrugíneos. Quando maduro, o fruto se desprende da planta (FRAIJE FILHO et al., 2009). A expansão dos cultivos de cupuaçu, na Amazônia, tem sido limitada por problemas fitossanitários, Bióloga, doutora em Fitotecnia-Entomologia, pesquisadora da Embrapa Amapá, Macapá, AP. Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa Amapá, Macapá, AP. Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Amapá, Macapá, AP. Engenheiro-agrônomo, doutor em Entomologia Agrícola, professor da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM. Engenheira-agrônoma, mestre em Agronomia-Entomologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

2 Foto: Cristiane Ramos de Jesus-Barros Figura 2. Pomar de cupuaçuzeiro na Colônia Agrícola do Matapi, Porto Grande, AP. Figura 1. Cupuaçuzeiro com frutos. especialmente pela ocorrência da vassoura-de-bruxa [Moniliophtera perniciosa (Stahel) Singer] e da broca-dos-frutos (Conotrachelus humeropictus Fiedler, Coleoptera) (SILVA; PAMPLONA, 2011). Em 14 de julho de 2014, produtores de cupuaçu do Município de Porto Grande, Estado do Amapá, relataram a ocorrência de uma lagarta de coloração avermelhada alimentando-se dos ramos e troncos de cupuaçuzeiro, causando o murchamento das folhas e posterior morte das plantas. Nos ramos coletados foram obtidos 26 exemplares da lagarta. Com base na literatura especializada, os insetos foram identificados como Magulacra nigripennata Dognin, 1924 (Lepidoptera: Cossidae), conhecida popularmente como broca-dos-ramos ou broca-do-ramo-terminal. No Estado do Amapá, as informações sobre as pragas do cupuaçuzeiro são escassas. Há relatos apenas da ocorrência de pulgão-preto (Toxoptera citricidus) atacando as folhas jovens, além de duas espécies de broca que atacam os frutos, conhecidas como broquinha-do-cupuaçu: Carpophilus dimidiata (Coleoptera: Curculionidae) e Xyleborus affinis (Coleoptera: Scolytidae) (GAZEL FILHO; LIMA 2000; JORDÃO; SILVA, 2006; SILVA et al., 2007). da lepidobroca alimentando-se e formando galerias (Figura 4). Em 18 de julho de 2014, realizou-se visita técnica na propriedade onde foi relatado o ataque, na Colônia Agrícola do Matapi (00º37 N e 51º25 W). O pomar é composto por 1.300 plantas de 6 anos de idade, onde eram realizados os tratos culturais recomendados para a cultura (Figura 2). As plantas foram inspecionadas com o objetivo de identificar aquelas que apresentavam ramos com folhagem seca ou tombados, sintomas característicos do ataque da praga (Figura 3). Com o auxílio de um facão, os ramos secos foram destacados da planta e abertos longitudinalmente. No interior dos ramos foi constatada a presença Figura 3. Sintomas do ataque da broca-dos-ramos-do-cupuaçuzeiro, Porto Grande, AP.

3 troncos de arbustos ou árvores vivas, podendo causar danos consideráveis, e necessitam de 1 a 4 anos para completar seu desenvolvimento. São relatadas pelo menos 17 famílias de angiospermas como plantas hospedeiras (BUTTERFLIES..., 2015). Características e danos Os lepidópteros da família Cossidae são conhecidos como mariposas-carpinteiras, pois são brocadores e alimentam-se de madeira durante a fase de larva (TRIPLEHORN; JONNSON, 2011). Geralmente, nas espécies dessa família, as fêmeas são muito maiores do que os machos e apresentam um oviduto extensível utilizado para colocar os ovos em fendas ou sob a casca das árvores. As larvas perfuram galhos ou Dentro da galeria, as lagartas se locomovem em ambas as direções. Próximo à fase final do desenvolvimento, elas abrem uma galeria circular transversal aos ramos, com saída para ambos os lados (Figura 6A). A fase de pupa (Figura 7) ocorre dentro do ramo/tronco, próximo do orifício de saída (Figuras 6A e 6B), por onde emerge o adulto. O adulto é uma mariposa de coloração cinza-claro (Silva; Pamplona, 2011). Fotos: Adilson Lopes Lima Figura 4. Lepidobroca alimentando-se de ramos de cupuaçuzeiro, Porto Grande, AP. A lagarta apresenta coloração avermelhada nas regiões ventral e cefálica e listras transversais de coloração marrom-escura na região dorsal (Figura 4). Durante a alimentação, abre galerias (Figuras 5A e 5B) e anela os ramos ou troncos (Figura 5C), comprometendo a circulação normal de água, nutrientes e seiva. A C Figura 5. Formação de galerias (A, B) e anelamento no tronco (C) de cupuaçuzeiro causados pela broca-dos-ramos-do-cupuaçuzeiro, Porto Grande, AP. B

Referências Fotos: Adilson Lopes Lima 4 BUTTERFLIES and Moths of North America - collecting and sharing data about Lepidoptera. Description. Disponível em: <http://www.butterfliesandmoths.org/ taxonomy/cossidae>. Acesso em: 23 abr. 2015. FRAIJE FILHO, G. A.; PINTO, W. S.; DANTAS, J. L. L. Cupuaçu. In: SANTOS-SEREJO, J. A.; DANTAS, J. L. L.; SAMPAIO, C. V.; COELHO, Y. S. (Ed.). Fruticultura tropical: espécies regionais e exóticas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 171-184. A B Figura 6. Pupa de M. nigripennata no interior de ramo de cupuaçuzeiro, logo abaixo da galeria de saída transversal (A); orifício de saída do adulto de M. nigripennata (B). GAZEL FILHO, A. B.; LIMA, J. A. de S. Recomendações técnicas para o cultivo do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) no Amapá. Macapá: Embrapa Amapá, 2000. 4 p. (Embrapa Amapá. Recomendações técnicas, 12). JORDÃO, A. L.; SILVA, R. A. Guia de pragas agrícolas: para o manejo integrado no Estado do Amapá. Ribeirão Preto: Holos, 2006. 183 p. SILVA, N. M. da; PAMPLONA, A. M. S. R. Impacto da entomofauna nos cultivos de cupuaçuzeiro. In: SEMINÁRIO DE ENTOMOLOGIA E ACAROLOGIA AGRÍCOLA NA AMAZÔNIA, 1., 2011, Manaus. Resumos... Manaus: Sociedade Entomológica do Brasil, 2011. p. 184-204. Figura 7. Pupas de M. nigripennata. De acordo com Silva e Pamplona (2011), não há estudos sobre a biologia, ecologia e métodos de controle para essa praga nas condições da Amazônia. Trevisan et al. (2011) relatam a ocorrência de M. nigripennata em cacaueiro e recomendam fazer o monitoramento mensal do pomar em busca de sintomas da presença da praga, como folhas com amarelecimento, secamento ou ramos quebrados. Os ramos atacados deverão ser removidos da planta e queimados. Considerando a expressão socioeconômica do cupuaçu para a população da Amazônia e o potencial que a broca-dos-ramos-do-cupuaçuzeiro tem de causar prejuízos à produção de cupuaçu, são recomendáveis estudos sobre a biologia e ecologia dessa espécie com vistas ao monitoramento e controle. SILVA, R. A. da; JESUS, C. R. de; SILVA, W. R. da. Broquinha-do-cupuaçu: novo registro de praga no Estado do Amapá. Macapá: Embrapa Amapá, 2007. 5 p. (Embrapa Amapá. Comunicado técnico, 123). SOUZA, A. G. C. (Ed.). Boas práticas agrícolas da cultura do cupuaçuzeiro. Manaus, Embrapa Amazônia Ocidental, 2007. 56 p. TREVISAN, O.; MOURA, J. I. L.; DELABIE, J. H. B.; MENDES, A. C. B. Manejo integrado das pragas do cacaueiro do estado de Rondônia. Porto Velho, RO: Ceplac, 2011. 38 p. TRIPLEHORN, C. A.; JOHNSON, N. F. Estudo dos insetos. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 810 p.

5 Comunicado Técnico 141 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Amapá Rodovia Juscelino Kubitschek, km 05, n o 2600 Caixa Postal 10 CEP 68903-419 / 68906-970, Macapá, AP Fone: (96) 4009-9500 / Fax: (96) 4009-9501 www.embrapa.br www.embrapa.br/fale-conosco/sac 1 a edição Versão eletrônica (2016) Comitê Local de Publicações Expediente Presidente: Ana Cláudia Lira-Guedes Secretária-Executiva: Elisabete da Silva Ramos Membros: Adelina do Socorro Serrão Belém, Adilson Lopes Lima, Eliane Tie Oba Yoshioka, Leandro Fernandes Damasceno, Luis Wagner Rodrigues Alves, Silas Mochiutti Supervisão editorial e Normalização bibliográfica: Adelina do Socorro Serrão Belém Revisão textual: Maria Perpétua Beleza Pereira (Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM) Editoração eletrônica: Fábio Sian Martins CGPE 12777