Associação entre Distúrbio Temporomandibular e a Cefaleia em acadêmicos

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1231 Associação entre Distúrbio Temporomandibular e a Cefaleia em acadêmicos Association between temporomandibular disorder and headache in academics Asociación entre las alteraciones temporomandibulares y dolor de cabeza en académico Thaismária Alves de Sousa 1, Mariana de Oliveira Sanchez 2, Nayara Xavier Santana 3, Francisco Torres Pinheiro Filho 4 RESUMO Objetivo: Verificar a associação entre cefaleia e distúrbio temporomandibular (DTM) em universitários, identificando os graus de DTM. Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo, analítico do tipo transversal. Com uma amostra probabilística aleatória simples de 763 estudantes universitários da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão, através do Índice Anamnésico de Fonseca que avalia a severidade da DTM, apresentando alta acurácia, sendo composto por 10 quesitos com possibilidade de três respostas: sim, que equivale a 10 pontos; às vezes, equivalendo a 5 pontos; e não, cuja pontuação é zero. Resultados: Os pesquisados com idade entre 25 a 45 anos de ambos os sexos, apresentaram 36,2% de ausência de DTM, 37,2% com DTM leve, 20,2% DTM moderado e 6,4% indicaram DTM grave. Dos universitários entrevistados 63,8% apresentaram algum sinal e/ou sintomas de DTM (p <0,000), os universitários que relataram alguma frequência de cefaleia correspondem a 63,04%. Entre os portadores de DTM leve, 27,26% apresentaram cefaleia, 16,64% com DTM moderada também acompanhada de cefaleia e 6,15% dos universitários com DTM grave e cefaleia. Conclusão: Foi possível constatar com os dados levantados que teve maior prevalência de DTM leve entre os universitários que relataram que sentem dor de cabeça ás vezes, resultando em uma associação significativa entre presença de dor de cabeça e DTM, necessitando de mais estudos entre cefaleia e DTM. Palavras chave: Articulação Temporomandibular, Disfunção e Cefaleia. ABSTRACT Objective: To verify the association between headache and temporomandibular disorder (TMD) in university students, identifying the degrees of TMD. Methods: We conducted a quantitative, descriptive, analytical, crosssectional. With a simple random probability sample of 763 college students from the Faculty of Science and Technology of Maranhão, through the Fonseca Anamnestic Index that evaluates the severity of TMD, presenting high accuracy, being composed of 10 questions with the possibility of three answers: "yes", which equals 10 points; "Sometimes", equivalent to 5 points; And "no", whose score is zero. Results: Respondents aged 25 to 45 years of both sexes showed 36.2% absence of TMD 37.2% with mild TMD 20.2% and moderate TMD 6.4 % indicated severe TMD. Of university respondentes 63.8% showed any signs and / or symptoms of TMD (p <0.000). college students who reported some frequency of headache corresponds to 63.04%. Among the light TMD patients 27.26% were headache 16.64% with moderate TMD also accompanied by headache and 6.15% of students with severe TMD and headache. Conclusion: It was possible to observe from the data collected that there was a higher prevalence of mild TMD among college students who reported having headache at times, resulting in a significant association between the presence of headache and TMD, necessitating further studies between headache and TMD. Keywords: Joint, Temporomandibular, Dysfunction and Headache. 1 Pós-graduanda em Unidade de Terapia Intensiva, SOBRATI; Fisioterapeuta, FACEMA. 2 Doutoranda em Saúde Coletiva, UFMA; Docente de Fisioterapia, FACEMA. 3 Pós-graduanda em Fisioterapia Traumato ortopedia, Faculdade Einstein; Fisioterapeuta, FACEMA. * E-mail: nay_xs@hotmail.com 4 Fisioterapeuta, FACEMA. Recebido em: 4/2017 Aceito em: 5/2017 Publicado em: 6/2017

1232 RESÚMEN Metas: Verificar la asociación entre cefalea y disturbio temporomandibular (DTM) en universitarios, identificando los grados de DTM. Métodos: Se llevó a cabo una, descriptivo, analítico, transversal cuantitativo. Con una simple muestra de probabilidad aleatoria de 763 estudiantes universitarios de la Facultad de Ciencia y Tecnología del Estado de Maranhão, através del Índice Anamnésico de Fonseca que evalúa la severidad de la DTM, presentando alta exactitud, siendo compuesto por 10 ítems con posibilidad de tres respuestas: "sí", que equivale a 10 puntos; "A veces", equivalente a 5 puntos; Y "no", cuya puntuación es cero. Resultados: Los encuestados de 25 a 45 años de ambos sexos presentaron 36,2% ausencia de TMD 37,2% con DTM leve 20,2% y moderada TMD 6,4% indicaron severa TMD. De los encuestados universitarios 63,8% mostraron signos y / o síntomas de TTM (p <0,000), los estudiantes universitarios que informaron de cualquier frecuencia del partido dolor de cabeza 63,04%. Entre los pacientes con TTM luz 27,26% fueron dolor de cabeza 16,64% con moderada TMD también acompañada de dolor de cabeza y 6,15% de los alumnos con graves TMD y dolor de cabeza. Conclusión: Es posible constatar con los datos levantados que tuvo mayor prevalencia de DTM leve entre los universitarios que relataron que sienten dolor de cabeza a veces, resultando en una asociación significativa entre presencia de dolor de cabeza y DTM, necesitando más estudios entre cefalea y DTM. Palavras clave: La disfunción de la articulación temporomandibular y dolor de cabeza. INTRODUÇÃO O sistema estomatognático é a unidade funcional do corpo, primordialmente responsável pela fala, mastigação e deglutição, que engloba estruturas de cabeça, face e pescoço, dentre estas, a articulação temporomandibular (ATM), que compreende um conjunto de estruturas anatômicas, estabelecendo uma integra relação entre o osso temporal, base do crânio e mandíbula, sendo capaz de realizar movimentos funcionais coordenados pelo complexo neuromuscular (FONTES; MARIZ, 2015). Arebalo et al. (2010) relatam que a integridade da função dessas estruturas, apresenta íntima relação com a cinética funcional do processo de mastigação, desta forma quaisquer alterações durante este processo pode acarretar na presença de dor e limitação de movimento. Dentre essas alterações, está a disfunção temporomandibular (DTM) que corresponde a um conjunto de disfunções articulares e musculares na região crânio- orofacial. Sendo esta ainda bastante questionável, por ser considerada como uma alteração multifatorial, incluindo fatores como as alterações esqueléticas, articulares e musculares más-oclusões, traumas, hábitos parafuncionais, doenças degenerativas e fatores emocionais (ARANZA et al., 2004). A DTM pode ocasionar sinais e sintomas, como a presença de dor localizada na ATM, dor nos músculos da mastigação, rigidez de movimento das articulações, dor facial, limitação funcional e cefaleia, sendo essa de maior prevalência e de sintoma mais comum (GONZALEZ et al., 2008). Diversos estudos especificam que a cefaleia é o sintoma mais referido pelos indivíduos que tem alguma disfunção temporomandibular, sendo considerada como qualquer dor referida no segmento cefálico, podendo variar de intensidade e apresentando-se de vários tipos, originada das estruturas faciais ou cranianas, onde pelo menos 63 milhões de brasileiros de todas as idades sofrem com dores de cabeça constantemente (GOMES et al., 2006). Sugerem-se, que as cefaleias e a DTM são entidades distintas, porém agindo uma na outra como fator agravante, já que a fisiopatologia de ambas está intimamente ligada. As cefaleias associadas com DTM são, tipicamente, na área temporal, periorbital ou frontal, e podem irradiar para os ouvidos ou região posterior do pescoço. O desconforto pode ser unilateral, mas, frequentemente, é bilateral. Com isso podem influenciar negativamente o bem-estar do indivíduo e determinar prejuízos para a sociedade (OLIVEIRA; GROSSI; DIAS, 2008; STALLBAUM et al., 2013). Esse estudo tem como objetivo verificar a associação entre cefaleia e Disfunção Temporomandibular, identificando os graus de DTM entre os universitários.

1233 METODOLOGIA Tratou-se um estudo quantitativo descritivo, tipo transversal, sendo este realizado na Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão- FACEMA, localizada na cidade de Caxias-MA. O tamanho da amostra foi calculado a partir da prevalência de uma população de 2.392 estudantes, onde 763 estudantes aceitaram participar do estudo em questão, respondendo um questionário estruturado, padronizado e prétestado, contendo variáveis de sinais e sintomas da disfunção temporomandibular. A concordância dos sujeitos em participar da pesquisa foi obtida através da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. Obteve-se como métodos de inclusão desse estudo, estudantes matriculados na Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão e com idade entre 25 a 45 anos. Foram excluídos estudantes gestantes, com uso de aparelho ortodôntico e aqueles com algum tipo de doença sistêmica ou desordens psicológicas poderiam criar dificuldades na aplicação do questionário. Para a execução da pesquisa foi utilizado o índice anamnésico de Fonseca 1994, um instrumento brasileiro desenvolvido na língua portuguesa que avalia a severidade dos sinais e sintomas de DTM. E composto por 10 questões com possibilidade de três respostas: sim, que equivale a 10 pontos; às vezes, equivalendo a 5 pontos; e não, cuja pontuação é zero. As questões verificam a presença de dor na articulação temporomandibular, na nuca, ao mastigar, de cabeça, dificuldades de movimentação mandibular, ruídos articulares, hábitos parafuncionais (apertar e ranger os dentes), percepção da má oclusão e sensação de estresse emocional. Pela soma dos pontos, o índice pode classificar os participantes em categorias de severidade de sintomas, como sem DTM (0 a 15 pontos), DTM leve (20 a 40 pontos), DTM moderada (45 a 65 pontos) e DTM severa (70 a 100 pontos) (FONSECA et al., 1994). Na análise estatística, primeiramente, foi realizada uma análise descritiva de todas as variáveis estudadas. As variáveis numéricas foram representadas por média e desvio padrão (média ± DP), enquanto as categóricas por meio de frequência e porcentagem. Foi realizado teste de Qui Quadrado para a associação das medidas categóricas e teste T de Student para as variáveis numéricas paramétricas, com nível de confiança de (5%). As análises foram realizadas no software estatístico STATA 12. A pesquisa respeitou os aspectos éticos que envolveram os estudos desta natureza respaldada na resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que institui as normas de pesquisa em saúde. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão/HU/UFMA, através do nº CAAE: 42793015.5.0000.508. RESULTADOS Foram avaliados 763 estudantes, com idade entre 25 a 45 anos de ambos os sexos, demonstrado na tabela 01. Totalizando 487 (63,8%) dos universitários entrevistados apresentaram alguns sinais e/ou sintomas de disfunção temporomandibular (p<0,000). TABELA 01: Classificação dos indivíduos quanto à presença e o grau de DTM. DTM N % IC95% Sem 276 36,2 32,8-39,6 Leve 284 37,2 33,8-40,7 Moderada 154 20,2 17,3-23,0 Grave 49 6,4 4,7-9,2 Total 763 100,0 - Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

1234 A tabela a seguir, expressa os valores referentes à prevalência de cefaleia entre os universitários. Dos 763 entrevistados, 282 (36,95%) relataram nunca terem sentido dor de cabeça, 271 (35,52%) já tiveram alguma vez dor de cabeça, com um percentual significativo de 210 (27,53%) universitários apresentaram dores de cabeça sempre. TABELA 02: Representa a prevalência de cefaleia entre os universitários. Dor de cabeça N % Nunca 282 36,95% Ás vezes 271 35,52% Sempre 210 27,53% Total 763 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2016. A tabela 03 demonstra o número e percentual de dor de cabeça entre os entrevistados que apresentaram alguns sinais e/ou sintomas de DTM, em conjunto com os níveis de disfunção temporomandibular, 125 (46,1%) pessoas com DTM leve relataram já ter sentindo cefaleia, e 83 (39,5%) sempre tiveram dor de cabeça, já os universitários com DTM moderada 47 (17,3%) já tiveram dores de cabeça, 80 (38,1%) sempre tiveram dores de cabeça, e universitários com DTM grave, 6 (2,3%) já tiveram algumas vezes dores de cabeça, e 41(19,5%) sempre tiveram dores de cabeça. TABELA 03: Associação entre os níveis de DTM e dor de cabeça. DTM Dor de cabeça SEM (%) LEVE (%) MODERADA (%) GRAVE (%) Acurácia Nunca 62,8 27,0 9,5 0,7 <0,001 Ás vezes 34,3 46,1 17,3 2,3 Sempre 2,9 39,5 38,1 19,5 TOTAL 36,2 37,2 20,2 6,4 Fonte: Dados da Pesquisa, 2016. DISCUSSÃO A presente pesquisa utilizou como método de avaliação o questionário de Fonseca. Este por sua vez é sensível na determinação da gravidade e características dos portadores de DTM. Os resultados mostram que dos 763 universitários, 487 (63,3%), apresentaram algum sinal e sintoma de DTM, demonstrando uma maior porcentagem, distribuída em 276 (36,2%) para ausência de DTM; 284 (37,2%) com DTM leve; 154 (20,2%) apresentaram DTM moderado, e 49 (6,4 %) para DTM severa. Apresentou também que 481 (63,05%) universitários relataram que já tiveram dores de cabeça, e 382 (50,06%) apresentaram associação entre cefaleia e DTM. Corroborando este estudo com o de Menezes et al. (2008), ao avaliarem o percentual de universitários portadores DTM, utilizando como ferramenta índice anamnésico de Fonseca, concluíram que 200 estudantes com faixa etária de 17-25 anos apresentaram um percentual de 61% de DTM grave. No que se refere à gravidade das disfunções, também houve resultados semelhantes, tendo sido encontrada altas prevalências de DTM.

1235 As mudanças funcionais e estruturais que afetam a articulação temporomandibular e seus anexos como a desarmonia vasculares e musculares são fatores importantes para ocasionar a DTM, e consequente a cefaleia, sendo esta considerada um dos sintomas mais comum em indivíduos que possuem a DTM. Com isso pode-sugerir que apesar de inúmeros mecanismos importantes estarem presentes na fisiopatologia das cefaleias e das DTMs, as alterações neuromusculares têm fundamental papel na patogênese dessas queixas (JUNIOR, 2008). No estudo de Rocha et al. (2002 apud Meneses et al 2008) examinando 1.000 pacientes portadores de DTM, demonstraram prevalência significativa de cefaleia em quase todos os grupos de faixas etárias. Foram apontadas como principais queixas: cefaleia (70,1%), artralgia (75,7%), estalos articulares (72,7%) e mialgias (71,7%). Durante a busca da interação entre cefaleia e sintomas de DTM, foi analisado 80 pacientes com a disfunção. Destes, 70% relataram o sintoma de cefaleia com frequência. Relatou ainda que a relação entre dor articular e cefaleia existia somente quando associada ao comprometimento muscular. Em um outro estudo citado pelo mesmo autor, analisando 121 pacientes com DTM, a cefaleia esteve como a queixa mais relatada com 82,2%, dor na região mandibular (68,0%) e otalgia (62,3%) (MENESES, 2008). Os sintomas de cefaleia em decorrência de DTM geralmente estão localizados na região frontal temporal ou envolta na região ocular, frequentemente bilateral, essa associação ocorre devido a localização anatômica (PINTO, 2011). No estudo realizado por Costa (2010), com 610 alunos do curso de Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade Ciências de Saúde, usando o índice de Fonseca, mais da metade dos entrevistados apresentaram algum grau de DTM, com os sintomas mais encontrados, as cefaleias frequentes 44,7%, as cervicalgias 57,1%, a presença de ruídos nas ATMs quando realiza mastigação ou abertura da boca 43,8%, a percepção do hábito de cerrar ou ranger os dentes 33,3% e o stress emocional 64,8%. As Disfunções na ATM podem ser classificadas em DTM relacionadas a dores articulares, como por exemplo: fraturas, neoplasia, desgastes osséos, entre outras; e DTM relacionadas a dores musculares, como nos casos em que há contraturas ou distensão muscular). A contratura muscular é um dos principais fatores provocadores de DTM e cefaleia, por motivo da musculatura de ambas está relacionada por origem ou isenção dos músculos e/ou inervação do nervo trigêmeo (LIMA, 2010). Através da análise em prontuários de pacientes com DTM, o sintoma de cefaleia foi observado em 163 pacientes, totalizando 70,25%, em uma faixa etária de 33 a 83 anos de idade. Desses 163, foi observado que 144 apresentaram dor à palpação muscular 74,61%. Durante o teste de palpação foi constatado que 76,07% referiram dor no músculo temporal, 63,19% em masseter e 52,76% em esternocleidomastóideo (LIMA, 2010). Ainda é controverso se há associação entre DTM e cefaleia, se é meramente coincidência ou se existe uma comorbidade verdadeira,.sabe-se que estudos epidemiológicos indicam forte associação entre as duas, é interessante avaliar se uma das condições aumenta a prevalência da ou se elas compartilham dos mesmos mecanismos patofisiológicos Essas indagações existem por um limitado o acesso a prevalência é por inúmeros problemas metodológicos, desde de questionários validados ate a falta de testes preciso para diagnósticos.a associação entre cefaleia e DTM ainda são passível de discussões (BARBOSA; SILVA P.E; SILVA K.A.F, 2010). CONCLUSÃO Os dados levantados nessa pesquisa mostraram, que a maior prevalência de DTM leve entre os universitários que relataram que sentem dor de cabeça ás vezes, resultando em uma associação significativa entre presença de dor de cabeça e DTM.

1236 A avaliação e o entendimento da associação entre cefaleia e DTM são motivos de discussão e ainda faltam estudos que resgatem esse dado na população Diante disso faz se necessários, portanto novos estudos para que a interação entre cefaleias e disfunção temporomandibular seja adequadamente quantificada e qualificada. Pelo fato de serem cefaleia e DTM condições inter-relacionadas, facilmente expressas em conjunto por um mesmo indivíduo, saber de sua associação seria fundamental para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. REFERÊNCIAS 1. 1.Aranza OT, Gómez YL, Gutierrez S, Núnez MMV. Prevalencia de signos y síntomas de los transtornos temporomandibulares en un grupo de adultos mayores. Rev de la Asociación Dental Mexicana 2004; 61(4):125-9. 2. 2.AREBALO IR, VEDOVELLO SAS, JUNIOR MSM et al. Relação entre disfunção temporomandibular e mordida cruzada posterior. Revista Gaúcha Odontologia - RGO, Porto Alegre, v. 58, n. 3, p. 323-326, jul.-set. 2010. 3. 3.BARBOSA IAMS, SILVA PE da, SILVA KAF. Tratamento das disfunções da articulação tempromandibular por meio da técnica de digito pressão. Saúde CESUC, Centro de Ensino Superior de Catalão, Ano I, n. 01. 2010. 4. 4.BORTOLLETO PPB, MOREIRA APSM, MADUREIRA PR de. Análise dos hábitos parafuncionais e associação com disfunção das articulações temporomandibulares. Revista Associação Paulista de Cirurgia Dentária, São Paulo, v. 67, n. 3, p. 216-21. 2013. 5. 5.CARLSSON GE, MAGNUSSON T. Predictors of signs and symptoms of temporomandibular disorders: a 20-year follow-up study from childhood to adulthood. Acta Odontologica Scandinavica, Gotemburgo, 2002. 6. 6.COSTA MEC. Estudo de prevalência de Sintomas de distúrbios da articulação temporomandibular em estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2010. 7. 7.FONTES DS da C, MARIZ A. Cefaleias e disfunção temporomandibular: uma revisão bibliográfica. Licenciatura em fisioterapia, projeto e estágio profissionalizante II, Porto, Junho de 2015. 8. 8.GOMES MB, GUIMARÃES FC, GUIMARÃES SMR et al. Limiar de dor à pressão em pacientes com cefaleia tensional e disfunção temporomandibular. Cienc Odontol Bras, São Paulo, v. 9, n. 4, p. 84-91, out.-dez. 2006. 9. 9.GONÇALVES DA de G. Estudos sobre a relação entre disfunção temporomandibular e cefaleia primaria. Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2009. 10. 10.GONZALEZ DAB, ANDRADE DV de, GONZALEZ T de O et al. Correlação entre disfunção temporomandibular, postura e qualidade de vida. Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano, São Paulo, v. 18, n.1, abr. 2008. 11. 11.IUNES DH. Análise da postura crânio-cervical em pacientes com disfunção temporomandibular. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2007. 12. 12.JUNIOR AV. AVOL SAUDE EM DIA. Disponível em: http://www.antonioviana.com.br/2009/site/coluna.php?id=5811. Acesso em: 9 de out. 2016. 13. 13.LIMA IG de M. Relação entre disfunção temporomandibular e cefaleia. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2011. 14. 14.MENEZES MS, BUSSADORI SK, FERNANDES KPS et al. Correlação entre cefaleia e disfunção temporomandibular. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.2, p.183-7, abr.-jun. 2008. 15. 15.OLIVEIRA AS de, GROSSI DB, DIAS EM. Sinais e sintomas da disfunção temporomandibular nas diferentes regiões brasileiras. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.392-7, out.-dez. 2008. 16. 16.REQUIÃO FMO, MACÊDO CRS de. Prevalência de cefaleia em pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Revista Ci. méd. biologia, Salvador, v. 7, n. 3, p. 220-227, set.-dez. 2008. 17. 17.SABATKE S, BONOTTO D, CUNALI PA. Disfunção têmporomandibular (DTM) e cefaleia: associação frequente. Migrâneas cefaleias, Curitiba, v. 9, n. 3, p.78-79, jul.-set. 2006. 18. 18.STALLBAUM JH, ANTUNES AGF, KELLING BI et al. A inserção da fisioterapia no tratamento da cefaleia do tipo tensional: uma revisão sistemática. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 14, n. 3, jul.-set. 2013. 19. 19.TOMACHESKI D de F, BARBOZA VL, FERNANDES M do R et al. Disfunção temporomandibular: Estudo introdutório visando estruturação de prontuário odontológico. Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Ponta Grossa, v. 10, n. 2, p. 17-25, jun. 2004.