ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Agosto 2015 Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2015
SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR COMENTÁRIOS Agosto 2015 ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de agosto apresentou variação de 0,22% e ficou 0,40 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,62% registrada no mês de julho. Constitui-se no menor IPCA dos meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,04%. Com isto o resultado do ano foi para 7,06%, bem mais do que os 4,02% de igual período de 2014. Em relação ao acumulado de janeiro a agosto, foi a taxa mais elevada desde 2003 (7,22%). Na perspectiva dos últimos doze meses, o índice situou-se em 9,53%, próximo aos 9,56% dos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2014 o IPCA havia registrado 0,25%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de junho a 29 de julho de 2015 (base). De julho para agosto, vários itens de consumo ficaram mais baratos, com destaque para as passagens aéreas, cuja queda de 24,90% gerou contribuição de -0,11 p.p. no resultado do mês. Na região metropolitana de Belém a queda chegou a 40,20%, ficando com Goiânia (-15,12%) e Vitória (-15,79%) os resultados mais moderados. Observando os últimos doze meses, o item acumula queda de 14,64%. 1
Puxado pelas passagens aéreas, o grupo Transportes ficou em -0,27%, o mais baixo resultado de grupo, conforme mostra a tabela a seguir. Grupo Variação (%) Impacto (p.p.) Julho Agosto Julho Agosto Índice Geral 0,62 0,22 0,62 0,22 Alimentação e Bebidas 0,65-0,01 0,16 0,00 Habitação 1,52 0,29 0,24 0,04 Artigos de Residência 0,86 0,37 0,04 0,02 Vestuário -0,31 0,20-0,02 0,01 Transportes 0,15-0,27 0,03-0,05 Saúde e Cuidados Pessoais 0,84 0,62 0,09 0,07 Despesas Pessoais 0,61 0,75 0,07 0,08 Educação 0,00 0,82 0,00 0,04 Comunicação 0,30 0,14 0,01 0,01 Em queda, ainda no grupo Transportes, destacaram-se os automóveis usados (-1,03%), pneus (-1,00%), acessórios e peças (-0,96%). Em contraposição, subiram os preços dos seguintes itens: gasolina 0,67% etanol 0,60% ônibus urbano 0,60% automóvel novo 0,30% No caso da gasolina (0,67%) a pressão foi exercida, principalmente, por aumentos ocorridos nas regiões de Campo Grande (6,44%), Goiânia (3,59%), Curitiba (2,98%), Salvador (1,99%) e Vitória (1,00%). À exceção de Vitória, que apresentou queda de 1,71%, o etanol (0,60%) foi influenciado pelas mesmas regiões: Goiânia (9,47%), Campo Grande (9,12%), Curitiba (3,67%) e Salvador (2,67%). Enquanto isto, o item ônibus urbano (0,60%) foi influenciado somente pelas tarifas da região metropolitana de Belo Horizonte, cuja alta de 7,10% se deu em consequência do reajuste de 9,68% que entrou em vigor a partir do dia 08 de agosto. 2
No grupo Alimentação e Bebidas (-0,01%), parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos de julho para agosto, destacando-se a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%), que, juntos, tiveram contribuição de -0,10 p.p. no índice do mês. Os principais itens em queda encontram-se a seguir. Item Variação (%) Variação Acumulada Julho Agosto Ano 12 meses Batata-inglesa 0,36-14,75 6,22 43,20 Tomate -10,77-12,88 23,05 18,65 Cebola 2,85-8,28 134,05 139,86 Açaí -7,51-7,35 0,78 6,50 Cenoura -3,37-6,26 19,86 34,01 Feijão-carioca 2,03-3,37 18,52 26,54 Feijão-fradinho -4,13-3,29 13,85 19,84 Feijão-mulatinho 8,88-3,28 31,12 25,54 Feijão-preto -4,04-1,80-4,40-4,82 Cerveja -0,34-1,21-0,16 6,91 Ovos 1,36-0,85 14,54 6,01 Frutas 1,34-0,68 5,39 11,82 Açúcar refinado 0,47-0,59 3,29 5,07 Óleo de soja -1,22-0,59 6,59 2,24 Pescado -0,66-0,54 4,29 8,27 Frango inteiro 0,35-0,43 0,52 4,45 Arroz -0,29-0,26 0,43 4,07 os destaques foram: Neste grupo dos alimentos, considerando aqueles que subiram em agosto, 3
Item Variação (%) Variação Acumulada (%) Julho Agosto Ano 12 meses Farinha de mandioca 0,35 4,40 3,41-1,12 Alho 0,79 2,74 31,21 31,41 Suco de frutas 1,25 1,93 5,73 7,77 Leite longa vida 3,09 1,69 11,81 3,41 Carne seca e de sol 2,33 1,58 10,27 13,73 Hortaliças -3,05 1,37 12,12 14,54 Macarrão 1,13 1,31 5,30 6,79 Chocolate em barra e bombom 0,95 1,19 9,06 10,58 Cerveja fora 0,03 1,13 7,07 11,94 Frango em pedaços 1,08 1,13 1,09 4,24 Queijo 1,30 1,03 7,80 7,91 Chocolate e achocolatado em pó 0,73 0,94 6,32 7,87 Açúcar cristal -0,18 0,93 0,93-1,81 Biscoito 0,77 0,73 5,37 6,37 Refrigerante fora 0,76 0,66 6,85 9,76 Café moído 0,71 0,65 5,55 6,54 Carnes 0,88 0,62 6,69 19,85 Leite em pó -0,53 0,57-0,46-0,91 Refeição fora 0,79 0,55 6,12 9,51 Lanche fora 0,97 0,36 9,16 11,14 No grupo Habitação (0,29%), a energia elétrica, com -0,42%, sobressaiu por se apresentar em queda, o que não ocorria desde março de 2014, quando ficou em -0,87%. Refletiu redução no PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas, apesar do aumento nas contas de Belém, cuja variação de 3,69% decorreu do reajuste de 7,47% em 07 de agosto, e de Vitória, onde a variação de 1,62% se deu em consequência do reajuste de 2,52%, também em 07 de agosto. Além da energia elétrica, o botijão de gás ficou mais barato em agosto, em -0,44%. Isto em função de quedas expressivas verificadas nas regiões de Recife (-4,27%), Campo Grande (-2,69%), Rio de Janeiro (-1,12%) e Fortaleza (-0,99%). com destaque para: Por outro lado, no grupo Habitação, outros itens se apresentaram em alta, Taxa de água e esgoto 1,07% Mão de obra pequenos reparos 0,84% Condomínio 0,71% Artigos de limpeza 0,49% Aluguel residencial 0,40% 4
A respeito da taxa de água e esgoto, a alta de 1,07% foi influenciada pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, cujas contas aumentaram 9,29% em função do reajuste de 9,98% ocorrido em primeiro de agosto, e de Vitória, onde as contas aumentaram 7,37%, refletindo parte do reajuste de 10,69% em vigor a partir do dia 08 de agosto. Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, foi Educação, com 0,82%, que registrou a mais elevada taxa no índice do mês, reflexo do resultado apurado na coleta realizada em agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,78%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,62%. A seguir veio o grupo Despesas Pessoais, cuja alta de 0,75% é explicada, principalmente, pelos seguintes itens: Serviço bancário 2,65% Cabeleireiro 0,86% Empregado doméstico 0,53% Quanto aos demais grupos, os resultados foram: Artigos de Residência, com 0,37%, Vestuário, com 0,20%, e Comunicação, com 0,14%. Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,47%) em virtude da alta de 3,02% nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 2,98% mais caro e o do etanol, 3,67%. O menor índice foi registrado em Brasília (-0,16%), onde os as passagens aéreas, com queda de 23,40% e peso de 1,94%, geraram impacto de -0,45 p.p. no resultado do mês. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada. 5
Peso Variação acumulada Variação (%) Região Regional (%) (%) Julho Agosto Ano 12 meses Curitiba 7,79 0,89 0,47 8,83 11,06 Salvador 7,35 0,30 0,41 6,63 8,91 Belém 4,65-0,07 0,32 5,81 8,49 Fortaleza 3,49 0,27 0,32 7,06 9,51 Porto Alegre 8,40 0,81 0,28 7,79 10,34 Vitória 1,78 0,11 0,25 5,50 7,91 Campo Grande 1,51 0,52 0,25 6,61 10,17 São Paulo 30,67 0,79 0,24 7,38 9,75 Goiânia 3,59 0,85 0,23 6,67 10,18 Recife 5,05 0,68 0,18 7,10 9,03 Belo Horizonte 10,86 0,64 0,05 6,59 8,38 Rio de Janeiro 12,06 0,46-0,02 6,68 9,70 Brasília 2,80 0,38-0,16 5,02 8,09 Brasil 100,00 0,62 0,22 7,06 9,53 O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. 1.2 - ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR INPC O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,25% em agosto, e ficou 0,33 p.p. abaixo do resultado de 0,58% de julho. Com isto, o acumulado no ano fechou em 7,69%, bem acima da taxa de 4,11% relativa à igual período de 2014. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,88%, pouco acima dos 9,81% relativos aos doze meses anteriores. Em agosto de 2014 o INPC foi de 0,18%. Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,04% em agosto, enquanto em julho a taxa foi 0,56%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação 0,38% em agosto, bem abaixo da taxa de 0,59% de julho. Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (0,56%), em virtude da alta de 3,08% nos preços dos combustíveis. O litro da 6
gasolina ficou 2,98% mais caro e o do etanol, 3,67%. O menor índice foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,06%), onde os alimentos apresentaram queda de 0,53%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada. Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%) Julho Agosto Ano 12 meses Curitiba 7,29 1,08 0,56 10,11 12,03 Belém 7,03-0,22 0,49 5,81 8,36 Fortaleza 6,61 0,03 0,39 6,93 9,07 Vitória 1,83-0,09 0,36 5,74 7,57 Salvador 10,67 0,34 0,28 6,74 8,71 Porto Alegre 7,38 0,88 0,25 8,27 10,57 São Paulo 24,24 0,86 0,23 8,51 10,60 Goiânia 4,15 0,82 0,19 7,44 11,21 Campo Grande 1,64 0,56 0,18 6,64 10,01 Recife 7,17 0,69 0,16 7,25 9,00 Brasília 1,88 0,37 0,13 6,25 8,75 Belo Horizonte 10,60 0,67 0,10 7,19 8,87 Rio de Janeiro 9,51 0,42 0,06 8,13 10,75 Brasil 100,00 0,58 0,25 7,69 9,88 Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de junho a 29 de julho de 2015 (base). O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. 7