FÍSICA ELÉTRICA, CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ENSINO DE ELETROQUÍMICA

Documentos relacionados
A EVASÃO ESCOLAR NAS AULAS DE QUÍMICA NA CONCEPÇÃO DE PROFESSORES

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS NO ENSINO DE QUÍMICA

LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA: UMA FERRAMENTA IMPRESCINDÍVEL PARA A APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA

A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA INTERMEDIADA POR JOGOS MATEMÁTICOS

A DESISTÊNCIA DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA UEPB, CAMPUS VIII

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS À ALUNOS CEGOS NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO, CAXIAS, MA

QUÍMICA VERDE: DOCENTES CONSCIENTIZADOS EM UM NOVO ENSINO DA QUÍMICA.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ANÁLISE DA INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DOS MUNÍCIPIOS DE ALVORADA DO OESTE E POMENTA BUENO- RO.

CONCEPÇÕES PRÉVIAS DE FÍSICA MODERNA DE ALUNOS INGRESSANTES NO ENSINO SUPERIOR EM FARMÁCIA

ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA DO PNLD 2015: TABELA PERIÓDICA

AULAS PRÁTICAS DE QUÍMICA: REPOLHO ROXO COMO INDICADOR ÁCIDO-BASE

USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS

O CAMINHO DA PESQUISA

ENSINO MÉDIO INOVADOR: AS EXPERIÊNCIAS NA COMPREENSÃO DA BIOLOGIA

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS FUNÇÕES INORGÂNICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA- PB

Palavras-chave: Mapa Conceitual, Currículo, Gastronomia

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ANÁLISE SOBRE PERCEPÇÃO DOS ALUNOS

O USO DO LIVRO DIDÁTICO NAS AULAS DE QUÍMICA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS. Apresentação: Pôster

O ENSINO DE DIREITOS HUMANOS NOS CURSOS DE ENSINO MÉDIO DO IFRS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Laura, D. A. 1 ; Letícia S.F. 2

PLANO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO (PAE) ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

O que um professor de química precisa saber e saber fazer

Avaliação da Monitoria de Parasitologia para o Desenvolvimento do Aluno do 3º semestre do Curso de Medicina do Cariri.

PESQUISA SOBRE O NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS PROFESSORES COM OS CURSOS DE CAPACITAÇÃO

DIFICULDADES RELATADAS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDO DE CASO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM GRAJAÚ, MARANHÃO 1

UMA REFLEXÃO SOBRE A DEMANDA POR PROFESSORES DE MATEMÁTICA NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

TABELA PERIÓDICA: OS ALIMENTOS E SUAS COMPOSIÇÕES QUÍMICAS- MITOS E VERDADES

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS NOS CURRÍCULOS OFICIAIS: A DICOTOMIA ENTRE O PRESCRITO E O VIVIDO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA REITORIA ANEXO I. PROJETO DE 1. IDENTIFICAÇÃO

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa PLANO DE ENSINO

A MATEMÁTICA NO COTIDIANO: UMA ABORDAGEM PRÁTICA NO ESTUDO DOS NÚMEROS INTEIROS

Sugestões para a melhoria da formação pedagógica nos cursos de licenciatura da UFSCar, extraidas dos respectivos relatórios de auto-avaliação

Oficina de Apropriação de Resultados de Matemática. Paebes 2013

DIAGNÓSTICO DO ENSINO DE GEOCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-RJ

Uma Investigação a Disciplina Informática (ou correlatas) em Educação Matemática nos Cursos de Licenciatura.

LER NÃO É PECADO... Escola: COC Atibaia Cidade: Atibaia (SP) Categoria: Linguagens e Matemática Professor Responsável: José Fernando Teles da Rocha

USO DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS NAS AULAS DE FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PARA O ESTUDO DA GRAVITAÇÃO

OFICINAS TEMÁTICAS NO ENSINO DE QUIMICA: DISCUTINDO UMA PROPOSTA DE TRABALHO PARA PROFESSORES NO ENSINO MÉDIO.

Ensino da Estatística nos Ensinos Fundamental e Médio

O NEURÔNIO DO PONTO DE VISTA QUÍMICO, FÍSICO E BIOLÓGICO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS DISCENTES CONCLUINTES DO CURSO DE QUÍMICA DA UEPB

MÉTODOS INTERDISCIPLINARES APROXIMANDO SABERES MATEMÁTICOS E GEOGRÁFICOS

ENSINO APRENDIZAGEM DA FUNÇÃO AFIM DE FORMA INTERDISCIPLINAR. Educação Matemática nos Anos Finais no Ensino Fundamental e Ensino Médio GT 10

O BAFÔMETRO COMO RECURSO FACILITADOR DO ENSINO DAS REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO E DA CONCIENTIZAÇÃO DOS DISCENTES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

O ENSINO DE ESTATÍSTICA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA CIDADE DE ARAPIRACA- AL

UTILIZAÇÃO DE VÍDEOS E/OU FILMES NAS AULAS DE QUÍMICA: ANÁLISE DA CONCEPÇÃO DOS DOCENTES

O USO DA COTIDIANIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA NO ENSINO MÉDIO

Centro Acadêmico Paulo Freire - CAPed Maceió - Alagoas - Brasil ISSN:

AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2011

A CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO VIAJANDO E APRENDENDO COM ZÉ DO LIVRO PARA O INCENTIVO DA LEITURA: UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE PAULISTA PB

CONSTRUÇÃO DE MODELOS MOLECULARES COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO QUÍMICA ORGÂNICA

GT - 9 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. Janaildo Soares de Sousa Universidade Federal do Ceará UFC

Professor ou Professor Pesquisador

GRADE CURRICULAR E CORPO DOCENTE. Fase 1 Carga horária total: 360h

RELATÓRIO GERENCIAL AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE, CURSO E COORDENADOR DE CURSO GRADUAÇÃO PRESENCIAL REGIME QUADRIMESTRAL

REFLEXÕES E PERSPECTIVAS DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

INSTRUÇÃO NORMATIVA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUIMICA SECÃO I

APLICAÇÃO DA FÍSICA EXPERIMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JOSÉ GONÇALVES DE QUEIROZ

UM OLHAR SOBRE O USO DA ROBÓTICA EDUCACIONAL NO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMATICA DA UEPB

Rozana Morais Lopes Feitosa Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

A UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA MOODLE NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

A MATEMÁTICA NA COPA: EXPLORANDO A MATEMÁTICA NA BANDEIRA DO BRASIL

CRONOGRAMA CARGOS, VAGAS E FUNÇÕES. MONTES CLAROS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus Experimental de Sorocaba

RESOLUÇÃO Nº. 075, DE 20 DE ABRIL DE 2016.

DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 6º ANO NA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES PROBLEMATIZADAS ENVOLVENDO ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO COMO NÚMEROS NATURAIS: COMO PODEMOS INTERVIR?

A RELAÇÃO ENTRE A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS E OS ALUNOS DO 9 ANO DA ESCOLA MUNICIPAL SILVESTRE FERNANDES ROCHA, EM ZÉ DOCA (MA).

STOP MOTION: UMA FERRAMENTA LÚDICA NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO ENSINO DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS. Apresentação: Pôster

A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

PESQUISAS ATUAIS EM ENSINO DE BIOLOGIA: TEMÁTICAS DISCUTIDAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

A MATEMÁTICA COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio. Habilitação Profissional: Técnico em informática para Internet Integrado ao Ensino Médio

PIBID - RECURSOS DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINAR APRENDER HISTÓRIA

RESOLUÇÃO. Santo Ângelo, RS, Sala de Sessões do Conselho, 15 de janeiro de Dr. GILBERTO KERBER

A RELAÇÃO FILOSOFIA E CIÊNCIA COMO INSTRUMENTO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DA TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE

ENEM E OS ALTOS INDICES DE REPROVAÇÃO: UMA ANÁLISE CRÍTICA 1

ANIMAÇÕES STOP MOTION: UMA FERRAMENTA MIDIÁTICA NO ENSINO DE BIOLOGIA.

Resolução CEB nº 3, de 26 de junho de Apresentado por: Luciane Pinto, Paulo Henrique Silva e Vanessa Ferreira Backes.

Ensino dos GASES sob uma abordagem contextualizada

Universidade Estadual de Ponta Grossa

O PROFESSOR DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PA

A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DE NOVOS METÓDOS DE ENSINO NO AUXILIO DA APRENDIZAGEM APLICADO NA MONITORIA

Auto-Avaliação do Desempenho Docente da FACENE

TABELA PERIÓDICA: UM CONHECIMENTO NECESSÁRIO AO ENSINO DE QUÍMICA

Aluno(a): / / Cidade Polo: CPF: Curso: 1ª AVALIAÇÃO ONLINE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

AS PRÁTICAS DE ENSINO DE HISTÓRIA E SUAS REPRESENTAÇÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL I EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO.

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS

PROJETO DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DO ARQUIVISTA NO PROCEDIMENTO DE ELIMINAÇÃO DOCUMENTAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO CAMPUS SÃO ROQUE

O ENSINO POR COMPETÊNCIAS NA ÁREA DA ENFERMAGEM: QUE PRÁTICAS, QUE SABERES, QUE COMPETÊNCIAS, QUE MUDANÇAS?

JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS: PROPOSTA DE APLICAÇÂO PARA OTIMIZAÇÂO DO ENSINO DE QUÌMICA NO CONTEÚDO DE SOLUÇÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DA CULTURA AFRICANA E AFRO- BRASILEIRA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TIMOM-MA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ATRAVÉS DA GESTALT NO ENSINO DE FÍSICA

Análise dos conceitos básicos de eletroquímica à luz da epistemologia de Bachelard. Santos, J. E 1 ; Silva, F. J. S 2

A ESCOLA PÚBLICA E AS PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO RELIGIOSO PROMOVENDO A DIVERSIDADE COMO ATITUDE EMANCIPADORA

Transcrição:

FÍSICA ELÉTRICA, CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ENSINO DE ELETROQUÍMICA 1 Gicelia Moreira, 2 Nataline Cândido da Silava Barbosa 1 Universidade Federal de Campina Grande, gicelia.moreira2009@gmail.com 2 Universidade Federal de Campina Grande, natelu@hotmail.com RESUMO: Grandes são os questionamentos levantados em relação ao ensino público no Brasil, no entanto, disciplinas como química, física e matemática são as disciplinas de maior carência de profissionais da área, e, também, as disciplinas de maior grau de dificuldade de entendimento do conteúdo por parte dos alunos. A disciplina de química, por exemplo, tem levantado grandes preocupações por boa parte de docentes da área, onde, os mesmo, sentem-se obrigados a improvisar aulas para se obter um bom resultado no conteúdo abordado em sala de aula, por outro lado, o componente curricular encontra-se com algumas discrepâncias, dificultando o ensino do professor e a aprendizagem do aluno. Diante destes fatos, levanta-se hipóteses de implementação de conteúdos e cursos de capacitação para melhorar o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula por parte do professor e do aluno. No entanto, este trabalho tem como objetivo avaliar os conceitos da física elétrica para o ensino de eletroquímica. Para isto, foram avaliados professores da rede pública e privada de ensino do Estado da Paraíba, destacando-se o ensino de físico-química com ênfase em eletroquímica e as bases da física elétrica. PALAVRAS-CHAVE: Professor, Aluno, Ensino de Química. 1. INTRODUÇÃO Diante de muitos questionamentos levantados em relação ao ensino de ciências, especificamente o ensino de química, exige-se uma associação de conteúdos de áreas afins a química, como por exemplo a matemática e a física. Onde o educador tem um papel fundamental, em passar o conteúdo de uma maneira clara e objetiva, despertando seu próprio interesse pela docência e do aluno pelo conteúdo [1]. Educadores apresentam uma série de discrepâncias em relação ao conhecimento químico e educacional, sendo, portanto, fruto de lacunas em seus cursos de formação, dificultando assim a inovação no ensino e na didática. No entanto, o professor que não tem pleno domínio dos conceitos científicos, acaba gerando paradigmas como: senso comum e a ciência, onde, a falta deste

conhecimento constitui a principal dificuldade para que os professores afetados se envolvam em atividades inovadoras [2]. Com base no Art. 22 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB, N 9.394/1996, o ensino de ciências aborda um conjunto de conhecimentos técnico-científico, de áreas econômica, social e política, favorecendo assim, condições favoráveis ao indivíduo e a cidadania [3]. Neste contexto, a escola torna-se a responsável pelo processo de transformação social, e o professor torna-se o agente integrante e indispensável nesta ação social. No entanto, o ensino de química, exige um processo educacional de ferramentas interdisciplinares para se obter um resultado favorável em ensino-aprendizagem [3,4]. De acordo com o plano de curso de química a nível nacional, o conteúdo de eletroquímica estar inserido no segundo ano do ensino médio, enquanto que a eletrofísica, conteúdo do componente curricular de física, é ministrado no terceiro ano do ensino médio, dificultando uma aprendizagem significativa na parte de eletroquímica. Diante disto, o ensino de química, com ênfase em físico-química, não tem despertado muito o interesse dos alunos do 2ª ano do ensino médio, por exemplo, o conteúdo de eletroquímica, que necessita de um conhecimento prévio de física elétrica que é abordada no 3ª ano, gerando assim, dificuldades no ensino aprendizagem por parte do professor e do aluno. No entanto, diante deste fato, o presente trabalho tem por objetivo, avaliar os conceitos e as bases da física elétrica para o ensino de eletroquímica. 2. METODOLOGIA O presente trabalho trata-se de uma abordagem qualitativa e um método de procedimento analítico-descritivo, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário de perguntas objetivas e subjetivas, sendo aplicados a professores do 2ª ano do ensino médio de 4 escolas públicas e 1 escola privada do Estado da Paraíba. As questões objetivas foram analisadas de acordo com a frequência das respostas de cada pergunta, sendo apresentadas através de porcentagens, para as questões subjetivas utilizou-se a análise de discussão, uma vez que, a pesquisa trata de um método de procedimento analíticodescritivo.

3. RESULTADOS E DISCURSÕES Inicialmente foi perguntado se os professores elaboravam o Plano de Curso: Todos os professores asseguraram que sim; Posteriormente perguntou-se em que série do ensino médio o conteúdo de eletroquímica era ministrado: Dos professores pesquisados, 80% afirmaram que este conteúdo era ministrado no segundo ano do ensino médio; Quanto ao domínio do conteúdo (eletroquímica), foi perguntado se os docentes tinham afinidade com este conteúdo. Observa-se que 60% dos professores afirmaram ter afinidade com o conteúdo e 40% pouca afinidade. De acordo com este resultado, verifica-se que parte significativa dos professores analisados demonstram pouco domínio do conteúdo avaliado, resultando numa possível dificuldade no processo ensino aprendizagem, Figura 1. Figura 1: Domínio do conteúdo de eletroquímica

Em relação à afinidade com o conteúdo, foi perguntado se eles sentiram dificuldade em ministrar eletroquímica. Caso positivo, qual seria esta dificuldade? Assim, todos tiveram a oportunidade de expressar as suas convicções em relação ao conteúdo abordado. O primeiro professor respondeu que sim, mas não falou qual era a sua dificuldade; O segundo professor apontou a falta de material didático e também dificuldade em conteúdos de física; O terceiro professor avaliado destacou que a dificuldade maior está relacionada ao currículo, ou seja, por o conteúdo ser ministrado no último bimestre, muitas vezes sendo trabalhado de forma superficial; O quarto professor avaliado destacou que tem pouco tempo para ministrar o conteúdo abordado em escola pública, mas, em escola privada consegue atingir os objetivos abordados no plano de aula anual. Neste último depoimento, percebe-se que, o professor não ministra o conteúdo de eletroquímica nas escolas públicas, apenas na escola privada. O que pode ser levantado como um grande problema na escola pública, uma vez que, os alunos tem uma certa deficiência no assunto, causando problemas futuros. O quinto e último professor relatou que, como o conteúdo de eletroquímica envolve conteúdo de física elétrica, fica bastante difícil trabalhar este assunto devido as suas discrepâncias, resultando assim num baixo nível de aprendizagem. A maior dificuldade em ministrar o conteúdo de eletroquímica é na parte de pilhas, descreveu o quinto educador avaliado. Levantou-se um seguinte questionamento: o que eles como educadores, propõem para melhorar o ensino da eletroquímica. Inicialmente, o primeiro depoimento afirma que o uso de aulas práticas aprofundaria mais o interesse e conhecimento pelo conteúdo abordado; Outro professor relatou que, o livro didático e materiais didáticos confeccionados por ele e pelo os alunos é o suficiente para lecionar uma boa aula;

Um próximo docente avaliado, propõe relacionar o conteúdo com atividades práticas e associar a acontecimentos do cotidiano do aluno, onde, seria uma boa proposta para melhorar o ensino de eletroquímica, afirma o docente; A implementação de cursos de capacitação para professores de ensino médio, principalmente das escolas pública, seria uma outra alternativa, afirmou o quarto professor avaliado; O quinto e último professor avaliado destacou que, só é possível ministrar este conteúdo no terceiro ano, com uma boa base teórica de física elétrica. Por fim, perguntou-se, na opinião deles, se deveria ter uma mudança no Currículo: Opiniões semelhantes foram descritas, afirmaram que sim, porém, nas escolas públicas não há tempo suficiente para ministrar todo o conteúdo, e também que, na grade curricular do ensino médio, deveria ser inserida uma disciplina introdutória a física elétrica, uma espécie de pré requisito para o ensino de físico-química com ênfase em eletroquímica. 4. CONCLUSÕES Inicialmente, conclui-se que o objetivo de avaliar os conceitos da física elétrica no ensino de físico-química com ênfase em eletroquímica, foi satisfatório diante dos professores avaliados. Dentro do espaço amostral, observa-se que, a maioria dos professores avaliados percebem a falha no currículo, ou seja, as discrepâncias entre o ensino de físico-química, especificamente o conteúdo de eletroquímica; Diante das propostas de interdisciplinaridade mencionadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs, em especial o ensino médio, conclui-se que, os currículos das escolas pesquisadas são elaborados através de políticas fechadas, mostrando a necessidade da construção contínua de um currículo que se adéquem aos mecanismos de ensinoaprendizagem existentes, para que possa haver uma interdisciplinaridade em sala de aula que contribua para uma aprendizagem significativa tanto nas aulas de química como das demais áreas afins.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] MOREIRA, G.; Dificuldades Curriculares no Ensino da Eletroquímica do Ensino Médio. Trabalho de Conclusão de Curso, Licenciatura em Química. 44 f.: il. color. Universidade Estadual da Paraíba UEPB, Campina Grande/PB, 2012. [2] CARVALHO, A. M. P.; GIL-PEREZ, D.; Formação de Professores de Ciências. São Paulo/SP, 2003. [3] LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação, N 9.394/1996, Art. 22. [4] MOREIRA, M. A.; MANSINI, E. F. S.; Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausbel. São Paulo/SP, 1993.