UNIÃO EUROPEIA TRATADO DE MAASTRICHT (OU TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA)
Assinado a 7 de Fevereiro de 1992 Entrou em vigor a 1 de Novembro de 1993 Instituiu a União Europeia Passa-se de uma integração meramente económica para uma lógica de integração política e social
Objectivos do Tratado de Maastricht I. Criação de uma união política II. Criação de uma união económica e monetária
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 1) Criação de uma Política Externa de Segurança Comum (PESC) Visa reforçar a segurança da União e dos Estadosmembros e criar uma política de defesa comum. Com a PESC pretende-se uma Europa com uma só voz sobre questões de defesa e segurança externa (objectivo falhado).
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 2) Reforço da cooperação nos domínios da justiça e assuntos internos As áreas de intervenção são as política de asilo e de emigração, a abertura das fronteiras externas, a luta contra o terrorismo, o tráfico de droga e a criminalidade internacional e a cooperação em matéria judicial, policial e aduaneira neste âmbito foi criada a Europol.
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 3) Instauração de uma cidadania europeia Cidadão europeu: toda a pessoa que tenha nacionalidade de um dos Estados-membros
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos Direitos dos cidadãos europeus: Circular e permanecer livremente, estudar ou trabalhar em qualquer território da união Fazer petições ao Parlamento Europeu Protecção diplomática e consular em países terceiros por parte de qualquer Estado-membro Votar e ser eleito nas eleições autárquicas e europeias do país da União onde residam
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 4) Construção de uma Europa social Reforço da intervenção em matéria social, prevendo-se decisões conjuntas em diversas matérias por exemplo: segurança e protecção social dos trabalhadores igualdade de direitos entre homens e mulheres no acesso ao mercado de trabalho protecção social no desemprego condições de emprego de emigrantes não comunitários
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 5) Novos campos de acção comunitária Política industrial (inovação, investigação e desenvolvimento) Redes transeuropeias de telecomunicações, energia e transportes (por ex. TGV) Educação, formação profissional, juventude e cultura Combate às desigualdades regionais (criação do Fundo de Coesão e reforço dos fundos estruturais) Protecção ambiental Defesa dos consumidores
I. UNIÃO POLÍTICA Objectivos 6) Legitimidade democrática Objectivo: Aproximar o cidadão das instituições comunitárias Medidas: extensão do papel do Parlamento Europeu criação do Comité das Regiões reforço do papel dos parlamentos nacionais na construção europeia
II. UNIÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Para que a união a nível económico, estabelecida pelo Mercado Único, funcionasse era necessário eliminar o último obstáculo à livre circulação: as moedas nacionais. Para isso, definiu-se como meta a criação de uma união monetária e a adopção de uma moeda única o Euro.
II. UNIÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Etapas da adopção do Euro: 1. O Acto Único Europeu (1986) e o Tratado da União Europeia (1992) introduziram a União Económica e Monetária (UEM) e lançaram as bases para a moeda única 2. Livre circulação de capitais (desde 1993) 3. Criação do Instituto Monetário Europeu a) Coordenar as políticas monetárias dos diferentes Estados-membros b) Promover a moeda única c) Preparar a instalação do Banco Central Europeu 4. Verificação do cumprimento dos Critérios de Convergência Nominais (entre 1 de Janeiro de 1997 e 1 de Janeiro de 1999)
II. UNIÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Etapas da adopção do Euro: 5. 31 de Dezembro de 1998: anúncio das taxas de conversão do euro (em Portugal, 1 = 200$482). 6. 1 de Janeiro de 1999: início da utilização do euro como moeda escritural. O Banco Central Europeu passa a ser responsável pela política monetária. 7. 1 de Janeiro de 2002: início da circulação do euro como moeda oficial, sob a forma de notas e moedas. 8. 28 de Fevereiro de 2002: fim da circulação das moedas nacionais, como o escudo.
Zona Euro conjunto de países que adoptaram o euro como moeda oficial Fundadores Portugal, Espanha, França, Áustria, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Luxemburgo, Finlândia e Irlanda 2001 Grécia 2007 Eslovénia 2008 Malta e Chipre 2009 Eslováquia 2011 Estónia
Critérios de Convergência Nominais Conjunto de aspectos económicos que os países tiveram de adoptar e se comprometeram a manter, de forma a integrarem a Zona Euro e adoptaram a moeda única ou Critérios de Maastricht Resultam da necessidade de garantir a estabilidade económica da Zona Euro
1. Estabilidade dos preços A taxa de inflação não pode exceder em mais de 1,5% a média dos três Estados-membros com inflação mais baixa 2. Convergência das taxas de juro As taxas de juro de longo prazo não podem exceder em mais de 2% a média das taxas de juro dos três Estados membros com as taxas mais baixas
3. Estabilidade cambial As taxas de câmbio são definidas pelo sistema monetário europeu e devem manter-se nas margens de flutuação autorizadas por este 4. Disciplina orçamental A dívida pública deve ser inferior a 60% do PIB e o défice orçamental deve ser inferior a 3% do PIB
Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) Documento que tem como objectivo garantir a disciplina e a solidez das finanças públicas na Zona Euro, de forma a credibilizar o euro Traduz-se em restrições à política orçamental dos Estados-membros, que ficam obrigados a apresentar programas de estabilidade plurianuais, e define as sanções a aplicar aos países que tiverem défices excessivos
Principais medidas do PEC 2011/2013 para controlar as contas públicas até 2013 DESPESA TGV ADIADO: construção das linhas de alta velocidade entre Lisboa/Porto e Porto/Vigo são adiadas durante dois anos. CORTE NO INVESTIMENTO PÚBLICO: o peso do investimento público no PIB vai cair de 4,2% em 2009 para 2,9% em 2013. SALÁRIOS CONGELADOS: os funcionários públicos vão ter aumentos salariais abaixo da inflação até 2013. APOIOS À ECONOMIA: algumas das medidas anticrise, como o alargamento do subsídio de desemprego e o subsídio de contratação de jovens, vão ser retiradas já em 2011. TECTO MÁXIMO PARA BENEFÍCIOS FISCAIS E DEDUÇÕES: os contribuintes vão passar a ter um tecto máximo para os montantes dos benefícios e deduções fiscais de que poderão beneficiar. CORTE NAS PRESTAÇÕES SOCIAIS: o Governo vai cortar em 0,5% os gastos com prestações sociais até 2013. RECEITA NOVO ESCALÃO DE IRS: o Governo cria um novo escalão de IRS de 45% para quem tenha rendimentos anuais superiores a 150 mil euros. A nova taxa será temporária e vai durar até 2013. Estas medidas incidem já sobre os rendimentos obtidos em 2010. AUMENTO DO IVA: preconiza-se a redução dos bens e serviços sujeitos à taxa especial do IVA e o aumento para 23% na taxa geral e para 6% na taxa especial TRIBUTAÇÃO DAS MAIS-VALIAS DA BOLSA: os contribuintes que detenham acções há mais de um ano vão perder a isenção e passar a estar sujeitos a uma taxa de 20%. PRIVATIZAÇÕES: Esta será a principal via para reduzir a dívida pública. O Governo prevê um encaixe de 6 mil milhões de euros de receitas