7º HEPATOAIDS. Denize Lotufo Estevam Coordenação Estadual de DST/AIDS SP Comitê Assessor para TARV em adultos



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Transcrição:

7º HEPATOAIDS Denize Lotufo Estevam Coordenação Estadual de DST/AIDS SP Comitê Assessor para TARV em adultos

Devemos solicitar a genotipagem prétratamento?

Conflito de Interesses (em conformidade com a Resolução RDC nº 102, de 30 de novembro de 2000 ) Denize Lotufo Estevam recebeu patrocínio para a participação em Eventos e Congressos Médicos dos seguintes financiadores: Abbott, Bristol-Myers-Squibb, Gilead Sciences, Janssen Cilag, MSD, Roche, ViiV- Glaxo SmithKline e Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais (Ministério da Saúde) Organiza a Rede Nacional de Genotipagem no Estado de São Paulo, é membro autorizador das ARVs de uso controlado pelo Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais e membro da Câmara Técnica de Avaliação de Solicitações dos ARVs adquiridos via processo administrativo pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo É membro do Comitê Assessor em Terapia Antirretroviral para Adultos Infectados pelo HIV

Resistência Transmitida Presença de resistência em isolados de pessoas vivendo com HIV/AIDS não exposta a medicação antirretroviral Baixa (<5%), Intermediária (5-15%) Alta (>15%) Classificação segundo a OMS:

Resistência Transmitida Guidelines recomendam realização de genotipagem pré tratamento quando a resistência transmitida é maior que 5 a 10% Brasil Genotipagem pré-tratamento, indicações: Gestantes Crianças expostas à TARV no período perinatal Infectados por parceiros em uso de TARV

http://hivdb.stanford.edu/surv eillance/map/

Survey of HIV primary resistance needs a standarized mutation list Shafer et al, Aids (2007) proposed a list where: IP: 31 mutations in 14 positions NRTI: 31 mutations in 15 positions + T215 revertants NNRTI: 18 mutations in 10 positions

List of protease mutations important for Surveillance

List of NRTI RT mutations important for Surveillance

List of NNRTI RT mutations important for Surveillance

RENIC Rede Nacional de Identificação e Caracterização do HIV. BRESNET -Brazilian Resistance Network Primeira RENIC/BRESNET iniciado em 2001 com 535 genotipagens colhidas de 13 CTA de 8 estados brasileiros Segunda RENIC/BRESNET feita entre 2007-2008 com 210 genotipagens colhidas em 6 capitais

Resultados Primeira RENIC: RT a IP 2.24%, N 2.36%, NN 2.06% Total 6.6% Segunda RENIC : Total 8.1% Belém, Brasília SP e RJ 5 a 15% Salvador e Porto Alegre < 5%

Brazilian Network for HIV Drug Resistance Surveillance (HIV-BResNet): a survey of chronically infected individuals. Foram realizadas 535 genotipagens provenientes de 13 CTA distribuídos em 8 estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Bahia, Ceará e Mato Grosso do Sul. Resultados: Total de 6.6% de resistência transmitida sendo: IP 2.24% N 2.36% NN 2,06% Brindeiro et.al.,aids 2003, 17(7):1063-9

Primary Antiretroviral Drug Resistance among HIV Type 1-Infected Individuals in Brazil Resultados: 387 pacientes virgens de TARV provenientes de 20 centros de 13 cidades brasileiras realizaram genotipagem, entre março e setembro de 2007, com 7% de resistência transmitida sendo: 1% IP 4,4% NN 1,3% N Multidroga resistência em 13.6% São Paulo foi o local com maior resistência Eduardo Sprinz et al :AIDS RESEARCH AND HUMAN RETROVIRUSES Volume 25, Number 9, 2009

Brazilian Network for HIV Drug Resistance Surveillance: a survey of individuals recently diagnosed with HIV. Inocencio LA, Pereira AA, Sucupira MC, Fernandez JC, Jorge CP, Souza DF, Fink HT, Diaz RS, Becker IM, Suffert TA, Arruda MB, Macedo O, Simão MB, Tanuri A. Foram realizadas 210 genotipagens de indivíduos com diagnóstico recente de São Paulo,Rio de Janeiro, Salvador,Porto Alegre, Brasília e Belém e encontradas 17 amostras com mutações de resistência ( 8.1%): N 2.3% NN 4.2% IP 1,9% Journal of the Internacional AIDS Society 2009

F 6,4%% C 2,1% Prevalência de resistência transmitida (TDR) do HIV- 1 entre pacientes iniciando terapia antirretroviral no Brasil: vigilância utilizando papel filtro * BF 4,3% B 87,2%% Manaus 47 amostras 8.5% TDR * Salvador 47 amostras 19.1% TDR F 10,6% C 4,3% BF 4,3% B,80.8% C 6,4% F 6,4% Brasilia 47 amostras 10,6% TDR * * Rio de Janeiro 47 amostras Santos 29 amostras 12.8% TDR * * * * 12.8% TDR F 6,6% D 1,3% BF 5,3% B 87,2% Itajai 12 amostras Porto Alegre B 85,5% 22 amostras BF 3,1% BC 1,3% 9.0% TDR B 23,5% Lista de mutações (excluem polimorfismos comuns) (Bennett et al. 2009, PlosOne 4: 4724) Resultados 281 amostras coletadas (10,7% sem extração de DNA) 251 amostras analisadas Prevalência de resistência Global = 12,3% ITRN = 7,6% ITRNN = 4,4% IP = 4,0% 2 classes ARVs = 3,6% * Soares C, et al - CROI 2011, Abstract # 624 C 64,7% BC 1,3%

Estudos Nacionais 2001- (1 RENIC) 535 amostras colhidas de 13 CTA RT de 6.6% 2007-387 amostras colhidas de 13 cidades brasileiras RT de 7% 2008 - (2 RENIC) 210 amostras colhidas de 6 capitais RT de 8.1% 2010-251 amostras colhidas de 7 cidades RT de 12.3%

Resistência genética aos antirretrovirais : Proporção de amostras com uma ou mais mutações associadas à resistência primária no gene da polimerase. 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00%. Crianças Adultos Referências: Brindeiro et al AIDS 2003. Medeiros et al Mem. Osv. Cruz. 2006. Teixeira et al J Med. Virol. 2006. Gonzales et al Virus Resp. 2007. Sucupira et al AIDS Pat. Care. 2007. Ferreira et al em prep. Brígido et al Memo. Ins. Osv Cruz 2008. Sprinz et al. - AIDS Res Hum Retro 2009. Cardoso et al. - J Med Virol - 2009. Ambar et al - AIDS Res Hum Retro. 2009. Zaparolli et al - em prep. Rodrigues et al. - AIDS Res Hum Retro. 2010. Arruda et al - AIDS Res Hum Retroviruses - 2010. Alencar et al. - AIDS Res Hum Retroviroses - 2010. Cardoso et al. - J Med Virol - 2010

Transmitted Drug resistance among People Living with HIV/Aids at Major Cities of Sao Paulo State, Brazil Realizada genotipagem em 230 portadores virgens de TARV entre 2008 e 2009 provenientes de São Paulo e Campinas A resistência transmitida aos ARV foi observada em 8% (IC 95%; 4,9%- 12%) dos casos; as mutações para a classe de Não Análogos- Nucleosídeos foi a mais comum (74%), com 2 casos apresentando resistência para 3 classes de medicamentos. Joao Leandro Paula Ferreira et al.advances in Virology Volume 2013 (2013)

HIV-1 Diversity and Drug Resistance Mutations among People Seeking HIV Diagnosis in Voluntary Counseling and Testing Sites in Rio de Janeiro, Brazil Carlos A. Velasco-de-Castro, Beatriz Grinsztejn, Valdiléa G. Veloso, Francisco. Bastos,Jose H. Pilotto, Nilo Fernandes, Mariza G. Morgado Genotipagens colhidas entre 2005 e 2007 em 4 CTA contabilizando 144 casos de infecção recente e 102 de infecção tardia. A prevalência de HIV-1 com mutações de resistência foi alta e semelhante entre as infecções recentes e tardia: (15.7% vs 14.6%) Conclusão:Genotipagem pré-tratamento deveria ser realizada pelo menos em algumas regiões do país. PLOS ONE www.plosone.org 1 January 2014 Volume 9 Issue 1 e87622

HIV-1 Transmitted Drug Resistance in Latin America and Carribbean: What Do We Know? Realizada revisão sistemática sobre resistência transmitida de 1996 a 2009 e levantados 50 artigos e 27 abstracts com 1922 pacientes incluidos com reanálise dos exames segundo lista de mutação da OMS de 2009. A resistência transmitida geral foi de 7.7%. No Brasil, entre 1998 e 2009 foram 1056 genotipagens encontradas com índices de 9.4% de resistência transmitida Entre 2006 e 2009 esse índice foi de 10% AIDS Rev. 2012;14:256-67

Transmission of Drug-resistant HIV Increases Risk of Treatment Failure XVIII International AIDS Conference (AIDS 2010) July 18-23, 2010, Vienna, Austria Análise incluiu 10.458 participantes de 25 grupos que compõem quatro redes do projeto EuroCoord - Cascata, Coerentes, EuroSIDA e PENTA-EPPICC. Os pacientes estavam tomando regimes ART de primeira linha composto por 2 nucleosideos / nucleotideos inibidores da transcriptase reversa (NRTIs), mais ou um inibidor não nucleosídeo da transcriptase reversa (NNRTI) ou inibidor de protease. As pessoas que se infectaram com o HIV que já tinham pelo menos, 1 mutação de resistência foram mais propensas a experimentar a falha do tratamento antirretroviral subseqüente. A falha virológica foi mais comum entre as pessoas que tomavam regimes baseados em NNRTI, sugerindo que os inibidores da protease poderiam ser aconselháveis quando testes de resistência genotípica pré-tratamento não estejam disponíveis.

Effect of transmitted drug resistance on virological and immunological response to initial combination antiretroviral therapy for HIV (EuroCoord-CHAIN joint project): a European multicohort study 10 056 pacientes de 25 coortes européias, 9102 (90,5%) sem mutação de resistência e 479 ( 4,8% ) com pelo menos uma mutação. A falha virológica em 12 meses foi de 4,2 % (IC 95 % 3,8-4 7) para os pacientes do grupo sem resistência e 15,1% (11,9-19 0) para o grupo com resistência transmitida (log -rank p < 0,0001). 0,19-2 38, p = 0,12 ) Conclusão: O estudo confirma a orientação de se realizar genotipagem pré tratamento ARV. The Lancet Infectious Diseases, Volume 11, Issue 5, Pages 363-371, May 2011

The Cost Effectiveness of Genotipe Testing for Primary Resistance in Brazil Paula M. Luz1, Bethany L. Morris2, Beatriz Grinsztejn1, Kenneth A. Freedberg2, 3, Valdilea G. Veloso1, Rochelle P. Walensky2, 4, Yoriko M. Nakamura2, Paul E. Sax5, 6, Claudio J.Struchiner1, A. David Paltiel7 Conclusões: Este estudo é o primeiro a demonstrar a efetividade da genotipagem pré tratamento em um país de renda média com acesso livre a terapia antirretroviral. O custo do teste de genotipagem para indivíduos virgens de tratamento no Brasil tem o potencial de melhorar a sobrevida e poupar dinheiro ao longo da vida do paciente, uma vez que reduz a necessidade posterior de terapias de segunda linha que são mais caras. O teste de genotipagem pré tratamento inicial deve ser recomendado pelo Sistema Único de Saúde brasileiro. CROI 2014, Abstract #614