PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA DO SISTEMA VIÁRIO DO BAIRRO QUINHÕES DO BOA ESPERANÇA MONTE MOR - SP

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Transcrição:

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA DO SISTEMA VIÁRIO DO BAIRRO QUINHÕES DO BOA ESPERANÇA MONTE MOR - SP CLIENTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE MOR LOCAL: Ruas 5, 8, 12, 13, 14, 15 e 17 do Bairro QUINHÕES DO BOA ESPERANÇA 1) CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES: Este projeto foi elaborado em conformidade com a Instrução de Projeto IP-DE-P00/001 Projeto de Pavimentação (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo DER/SP, de janeiro/2006) e com a IP-05 (Instrução para Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis para Tráfego Meio Pesado, Pesado, Muito Pesado e Faixa Exclusiva de Ônibus, da Prefeitura do Município de São Paulo). 2) TRÁFEGO A SER CONSIDERADO 4.1) Tráfego (N=1,0x10 5 ): Trata-se de um pavimento para uma via de acesso, sendo que a classificação da mesma será considerada LEVE Observações: a) Previsão de crescimento para os próximos 10 anos: 5% a.a.; b) Em função do tráfego e do crescimento previstos, será considerado Tráfego LEVE, ou seja, um número N característico (equivalente de operação de eixo simples padrão de rodas duplas - ESDR) igual a 1,0x10 5. 4.2) Parâmetros adotados: Será adotado para o pavimento flexível a ser dimensionados o padrão e parâmetros de projeto das normas da Prefeitura da Cidade de São Paulo divulgados na Instrução de Projeto IP-05 (Classificação de Vias, Instrução para Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis para Tráfego Meio Pesado) e os parâmetros indicados na Instrução de Projeto IP-DE-P00/001_A Projeto de Pavimentação (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo DER/SP, de janeiro/2006). Os padrões e parâmetros de dimensionamento do projeto obtidos nas referências acima, estão indicados a seguir. Tabela 1 Coeficiente de equivalência estrutural (K) Fonte: IP-04 (PMSP)

Quadro 1 Ábaco de dimensionamento de pavimento flexível Fonte: IP-05 (PMSP) Figura 1 Perfil esquemático genérico (esquema elucidativo) de um pavimento flexível Fonte: PMSP 3) ENSAIOS DO SOLO: Os ensaios foram elaborados pela empresa Terraplan que apresentou os resultados nos laudos em anexo. Dos ensaios foi possível obter o ISC. Portanto: ISC p (%) = 6,0 4.) ANÁLISE DOS RESULTADOS E DIMENSIONAMENTO No ábaco para dimensionamento da PMSP (Senço, 1997), em função do C.B.R. (6%) foi obtida a espessura básica de 45 cm para o número N escolhido. A espessura real E r, das camadas superiores, que é a soma das espessuras dessas camadas e a espessura equivalente E q, que é a

soma das espessuras das camadas multiplicadas, respectivamente, pelos coeficientes de equivalência de mesmo projeto tipo, representado pela equação a seguir: Eq e r * K R eb 1 * K B1 eb2 * K B2 Figura 1 Perfil esquemático genérico (esquema elucidativo) de um pavimento flexível Fonte: PMSP As espessuras da base (B), sub-base (h SB ) e do reforço do subleito (h REF ) são obtidas pela resolução sucessiva das seguintes inequações: R x K R + B x K B H SB (1) R x K R + B x K B + h SB x K SB H REF (2) R x K R + B x K B + h SB x K SB + h REF x K REF H SL (3) Onde K R, K B, K SB e K REF representam os coeficientes estruturais do revestimento, da base, da subbase e do reforço do subleito, respectivamente, e H SB, H REF e H SL representam as espessuras, em termos de material granular, que são fornecidas pela Tabela 1 para materiais com ISC SB, ISC REF e ISC SL, respectivamente. Para o dimensionamento em pauta, temos: a) H SL = H SB = H REF = 45,0 cm (conforme. Tabela 1) b) R = 4,0 cm c) K R = 2,0 d) B =? e) K B = 1,20 f) h SB = 0 (zero) g) h REF = 0 (zero) h) ISC SL = 6,0% Portanto: R x K R + B x K B H SB (4,0 x 2,0) + (B x 1,2) 45,0 => B 30 cm

Adota-se: B = 40,0 cm PAVIMENTO FLEXÍVEL 5) ESPESSURA DO PAVIMENTO E DAS DIVERSAS CAMADAS Em função do ISC de projeto estimado e de acordo com as Instruções de Projetos (IP) da Prefeitura Municipal de São Paulo e das Especificações Técnicas do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), podemos considerar, em função do tráfego previsto e de uma melhor adaptação às necessidades da obra, o seguinte perfil para o pavimento: As espessuras das diversas camadas do pavimento foram obtidas, basicamente, através da resolução das inequações propostas, levando-se em consideração, dentre outros fatores, o seguinte: a) Revestimento: CBUQ, com 4,0 cm de espessura; b) Base de binder com espessura de 4,0 cm; c) Base de Brita graduada simples com espessura de 22,0 cm; d) Subleito regularizado e compactado (em uma espessura mínima de 15,0 cm), e) ISC de projeto = 6,0%. MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTO FLEXÍVEL As etapas abaixo descritas são fornecidas para a perfeita realização dos serviços de pavimentação do sistema viário das Ruas 5, 8, 12, 13, 14, 15 e 17 do Bairro Quinhões do Boa Esperança, município de Monte Mor, estado de São Paulo e as especificações foram elaboradas com base nas Especificações Técnicas do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo e das Instruções de Projetos elaboradas pela Prefeitura Municipal de São Paulo. A. REGULARIZAÇÃO, MELHORIA E PREPARO DO SUBLEITO

1. OBJETIVO Definir critérios básicos que orientem os serviços finais de terraplenagem, regularização e compactação do subleito existente, conforme ensaios fornecidos. 2. DEFINIÇÃO Melhoria e preparo do subleito é o conjunto de operações que visa conformar a camada final de terraplenagem, mediante cortes e aterros de até 20 cm de espessura, conferindo-lhe condições adequadas de geometria e compactação, para recebimento de uma estrutura de pavimento. 3. EXECUÇÃO 3.1 Conformação e escarificação Inicialmente, deve-se proceder verificação geral, mediante nivelamento geométrico, comparando as cotas da superfície existente com as cotas previstas no projeto para a camada final de terraplenagem. Segue-se, posteriormente, a escarificação geral da superfície do subleito obtido até a profundidade de 20 cm abaixo da plataforma de projeto, nos segmentos em que a terraplenagem já estiver concluída. Caso seja necessária a complementação de materiais, deve-se lança-los preferencialmente antes da escarificação, para em seguida, efetuar as operações de pulverização e homogeneização do material. Eventuais fragmentos de pedra com diâmetro superior a 76 mm, raízes ou outros materiais estranhos devem ser removidos. Com a atuação da motoniveladora, através de operações de corte ou aterro, deve-se conformar a superfície existente adequando-a ao projeto, de acordo com os perfis transversais e longitudinais. Os materiais excedentes resultantes das operações de corte que possuam as características que permitam a sua utilização em aterro, camada final de terraplenagem ou em outras camadas do pavimento, devem ser transportados para outros locais para posterior utilização, caso seja necessário. 3.2. Homogeneização do material O material espalhado e escarificado, após ter atingido a cota desejada, deve ser umedecido, se necessário, e homogeneizado com misturadoras apropriadas ou mediante ação combinada de grade de discos e operações com motoniveladora. Essas operações devem prosseguir até que o material se apresente visualmente homogêneo, isento de grumos ou torrões. Admitem-se variações do teor de umidade entre -2,0% a +1,0% da umidade ótima de compactação. Caso o teor de umidade se apresente abaixo do limite mínimo especificado, deve-se proceder ao umedecimento da camada através de caminhão tanque irrigador. Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior especificado, deve-se aerar o material conforme já descrito acima, afim de que o material atinja o intervalo da umidade especificada. 3.3. Compactação Concluídas as correções necessárias para obtenção do teor ótimo da umidade especificada, deve-se conformar a camada pela ação da motoniveladora, iniciando em seguida, a compactação. Nas partes adjacentes ao início e ao fim da camada em construção, a compactação deve ser executada transversalmente à linha do eixo. Nos locais inacessíveis aos rolos, compactadores, a compactação deve ser executada com compactadores portáteis (tipo sapo).

As operações de compactação devem prosseguir até que se atinja o grau de compactação mínimo de 95% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida na energia especificada em projeto, no ensaio de Proctor Normal. O número de passadas necessárias do equipamento de compactação, afim de se atingir o grau de compactação exigido, deve ser determinado experimentalmente na pista. Nova determinação deve ser realizada sempre que houver variação no material ou do equipamento utilizado. 3.4. Acabamento O acabamento deve ser executado pela ação conjunta da motoniveladora e do rolo de pneus ou liso. A motoniveladora deve atuar, quando necessário, exclusivamente em operação de corte, sendo vetada a correção de depressões por adição de material. As pequenas depressões e saliências, resultante da atuação do rolo pé de carneiro de pata curta podem ser toleradas, desde que o material não se apresente solto, sob a forma de lamelas. Em complementação às operações de acabamento, deve-se proceder a remoção das leiras que se formam lateralmente à pista acabada, como resultado da conformação da regularização do subleito. 4. ABERTURA AO TRÁFEGO Não deve ser permitida a liberação do tráfego ao usuário, face à possibilidade de danos ao serviço executado, em especial sob condições climáticas adversas. B. REFORÇO DO SUBLEITO - SUB-BASE DE SOLO SELECIONADO 1. OBJETIVO Definir critérios básicos que orientem a execução do reforço do subleito com agulhamento de brita. 2. DEFINIÇÃO Reforço de subleito é a camada do pavimento constituída de agulhamento com brita, executada no próprio subleito, com intenção de melhorar a capacidade estrutural do pavimento. Deve apresentar estabilidade e durabilidade quando adequadamente compactada. 3. MATERIAIS Os solos do subleito deverão receber brita na proporção de 20%. 4. EXECUÇÃO 4.1. Condições gerais Não é permitida a execução em dias de chuva. O reforço do subleito (sub-base) com brita só pode ser executado quando estiverem liberados os requisitos de aceitação de materiais e execução. A superfície deve estar perfeitamente limpa, regularizada e sem excessos de umidade para execução da camada do reforço do subleito. Durante todo o tempo de execução do reforço do subleito, os materiais e os serviços devem ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los. 4.2. Espalhamento, mistura e homogeneização

Os materiais a serem utilizados na camada de reforço do subleito (sub-base) devem ser transportados para local de aplicação, descarregados e distribuídos em montes e leiras sobre o subleito, para posterior espalhamento com motoniveladora, de forma a obter a espessura da camada definida no projeto. Nos casos de correção da umidade, o material deve ser destorroado até pelo menos 60% do total em peso, excluído o material graúdo que passa na peneira nº 4 (4,8 mm). Admitem-se variações do teor de umidade entre -2,0% a +1,0% em relação à umidade ótima de compactação. Caso o teor de umidade se apresente abaixo do limite mínimo especificado, deve-se proceder ao umedecimento da camada através de caminhão tanque irrigador. Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior especificado, deve-se aerar o material mediante a ação conjunta da grade de discos e da motoniveladora, para que o material atinja o intervalo de umidade especificado. O material umedecido e homogeneizado deve ser espalhado de forma regular e uniforme em toda a largura do leito, de forma tal que após a compactação, a espessura não exceda 15 cm. A execução de camadas com espessura superior a 15 cm e limitadas a 20 cm somente serão permitidas se ficar comprovado que o equipamento empregado é capaz de compactar espessuras maiores, de modo a garantir a uniformidade do grau de compactação em toda a profundidade da camada. 4.3. Compactação Concluídas as correções necessárias para obtenção do teor ótimo da umidade especificada (Laudos da Terraplan), deve-se conformar a camada pela ação da motoniveladora, iniciando em seguida, a compactação. O equipamento de compactação utilizado deve ser compatível com o tipo de material e com as condições de densificação pretendidas para a camada. Nas partes adjacentes ao início e ao fim da camada em construção, a compactação deve ser executada transversalmente à linha do eixo. Nos locais inacessíveis aos rolos, compactadores, a compactação deve ser executada com compactadores portáteis, manuais ou mecânicos. As operações de compactação devem prosseguir até que se atinja o grau de compactação mínimo de 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida na energia especificada em projeto, no ensaio de Proctor Normal. O número de passadas necessárias do equipamento de compactação, afim de se atingir o grau de compactação exigido, deve ser determinado experimentalmente na pista. Nova determinação deve ser realizada sempre que houver variação no material ou do equipamento utilizado. 4.4. Acabamento O acabamento deve ser executado pela ação conjunta da motoniveladora e do rolo de pneus ou liso. A motoniveladora deve atuar, quando necessário, exclusivamente em operação de corte, sendo vetada a correção de depressões por adição de material. As pequenas depressões e saliências, resultante da atuação do rolo pé de carneiro de pata curta podem ser toleradas, desde que o material não se apresente solto, sob a forma de lamelas. Em complementação às operações de acabamento, deve-se proceder a remoção das leiras que se formam lateralmente à pista acabada, como resultado da conformação da regularização do reforço do subleito (sub-base). 4.5. ABERTURA AO TRÁFEGO Não deve ser permitida a liberação do tráfego ao usuário, face à possibilidade de danos ao serviço executado, em especial sob condições climáticas adversas. C - BASE DE BRITA GRADUADA (Basalto) 1. OBJETIVO Definir critérios básicos que orientem a produção e execução dos serviços da base de brita graduada que deverá ser realizada

2. DEFINIÇÃO Brita graduada é a camada a ser utilizada como base, composta por mistura em usina, de produtos de britagem de rocha sã e que, ao serem enquadradas em uma faixa granulométrica contínua, assegura estabilidade a esta camada. 3. MATERIAIS 3.1. Agregado A camada de base de brita graduada deve ser executada com materiais que atendem aos seguintes requisitos: a) os agregados obtidos a partir da britagem e classificação da rocha sã devem constituir-se por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres do excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, assim como de outras substâncias ou contaminações prejudiciais; b) desgaste no ensaio de abrasão Los Angeles inferior a 50 %; c) equivalente de areia do agregado miúdo superior a 55%; d) índice de forma superior a 0,5 e porcentagem de partículas lamelares inferior a 10%; e) a perda no ensaio de durabilidade (ensaio de sanidade), em cinco ciclos, com solução de sulfato de sódio deve ser inferior a 20% e com sulfato de magnésio inferior a 30%; 3.2. Projeto de mistura dos agregados Deve atender aos seguintes requisitos: a) a curva de projeto da mistura de agregados deve apresentar granulometria contínua e se enquadrar nas faixas granulométricas A ou B especificadas na Tabela abaixo; b) a faixa de trabalho, definida a partir da curva granulométrica de projeto, deve obedecer à tolerância indicada para cada peneira na Tabela, porém respeitando os limites da faixa granulométrica; c) quando ensaiada de acordo com a NBR 9895, na energia modificada, a mistura deve ter ISC igual ou superior a 100% e expansão igual ou inferior a 0,3%; d) a porcentagem de material que passa na peneira nº 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira nº 40.

4. EXECUÇÃO 4.1. Preparo da superfície A superfície a receber a camada de base de brita graduada deve estar totalmente concluída, perfeitamente limpa, isenta de pó, lama e demais agentes prejudiciais, desempenada e com as declividades estabelecidas no projeto. Eventuais defeitos existentes devem ser adequadamente reparados antes da distribuição da camada de brita graduada. 4.2 Produção A rocha sã da pedreira aprovada deve ser previamente britada e classificada em frações a serem definidas em função da granulometria prevista para a mistura. Nas usinas utilizadas para produção da brita graduada, os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e devem possuir, no mínimo, três silos agregados. Os silos devem conter dispositivos que os abriguem da chuva. A usina deve ser calibrada racionalmente, de forma a assegurar a obtenção das características desejadas para a mistura. As frações obtidas, acumuladas nos silos da usina são combinadas no misturador, acrescentando-se ainda, a água necessária à condução da mistura de agregados à respectiva umidade ótima, mais o acréscimo destinado a fazer frente às perdas verificadas nas operações construtivas subsequentes. Deve ser previsto o eficiente abastecimento, de modo a evitar a interrupção da produção. Não é permita a mistura prévia dos materiais no abastecimento dos silos. 4.3. Transporte A brita graduada produzida na central deve ser descarregada diretamente sobre caminhões basculantes e em seguida transportada para a pista. Os materiais devem ser protegidos por lonas para evitar perda de umidade durante seu transporte. Não é permitida a estocagem do material usinado. A produção da brita graduada na usina deve ser adequada às extensões de aplicação na pista. Não é permitido o transporte de brita graduada para a pista quando o subleito estiver molhado, incapaz de suportar, sem se deformar, a movimentação do equipamento. 4.4. Espalhamento As definições da espessura do material solto devem ser obtidas a partir da observação criteriosa de panos experimentais, previamente executados. Após compactação, essa espessura deve permitir a obtenção da espessura definida em projeto. A distribuição da brita graduada deve ser feita preferencialmente com vibro acabadora, capaz de distribuir o material em espessura uniforme, sem produzir segregação e de forma a evitar conformação adicional da camada. Caso, no entanto, isso seja necessário, admite-se conformação pela atuação da moto niveladora, exclusivamente por ação de corte, previamente ao início da compactação. Não é permitida a execução de camadas de base de brita graduada em dias chuvosos. 4.5. Compactação e acabamento O tipo de equipamento a ser utilizado e o número de passadas do rolo compactador devem ser definidos logo no início da obra, em função dos resultados obtidos na execução de trechos experimentais, de forma que a camada atinja o grau de compactação especificado. A energia de compactação a ser adotada como referência para a execução da brita graduada deve a modificada e deve se adotada na determinação da massa específica aparente seca máxima e umidade ótima de compactação, conforme NBR 7182. O teor de umidade da brita graduada, imediatamente antes da compactação, deve estar compreendido no intervalo de - 2,0% a +1,0% em relação à umidade ótima obtida. A compactação da brita graduada deve ser executada mediante o emprego de rolos vibratórios lisos e rolos pneumáticos de pressão regulável dos pneus.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da superfície da camada mediante o emprego de caminhões tanque irrigador de água. A compactação deve evoluir até que se obtenha o grau de compactação mínimo igual a 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio de compactação, conforme NBR 7182, na energia modificada. Em lugares inacessíveis ao equipamento de compactação ou onde seu emprego não for recomendável, a compactação deve ser realizada à custa de compactadores portáteis, manuais ou mecânicos. A imprimação betuminosa impermeabilizante da camada de brita graduada deve ser realizada logo após a conclusão da compactação. 5. ABERTURA AO TRÁFEGO A base de brita graduada não deve ser submetida à ação do tráfego. Não deve ser executado pano muito extenso para que a camada não fique exposta à ação de intempéries que possam prejudicar sua qualidade. E. IMPRIMAÇÃO BETUMINOSA IMPERMEABILIZANTE 1. OBJETIVO Definir critérios básicos que orientem a execução dos serviços de imprimação asfáltica impermeabilizante. 2. DEFINIÇÃO Imprimação asfáltica impermeabilizante consiste na aplicação de película de material asfáltico sobre superfície concluída a camada da base. Visa aumentar a coesão da superfície imprimada por meio da penetração do material asfáltico empregado, impermeabilizar a camada subjacente e, quando necessário, promover condições de aderência com a camada sobrejacente. 3. MATERIAL 3.1. Ligante asfáltico Deve ser empregados asfaltos diluídos de cura média, dos tipos CM-30 e CM-70. Todo o carregamento de asfalto diluído que chegar à obra deve apresentar por parte do fabricante ou distribuidor o certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar 10 dias. 3.2. Taxa de aplicação A taxa de aplicação do asfalto diluído é obtida experimentalmente, variando-se a taxa de aplicação entre 0,9 l/m² a 1,35 L/m² para o caso de brita graduada que deverá ser imprimada. A taxa determinada deve ser aquela que após 24 horas produza uma película asfáltica consistente na superfície imprimada, sem excessos ou deficiências 4. EXECUÇÃO Antes da aplicação da imprimação asfáltica deve-se proceder à limpeza da superfície, que deve ser executada com emprego de vassouras mecânicas rotativas ou manuais, jato de ar comprimido, sopradores de ar ou, se necessário, lavagem. Devem ser removidos todos os materiais soltos e nocivos encontrados sobre a superfície da camada. Deve-se adotar e dispor de material para proteção do conjunto guia e sarjeta de modo a não permitir a pintura da superfície das mesmas. O material asfáltico não deve ser distribuído com temperatura ambiente abaixo de 10º C, em dias de chuva ou sob risco de chuva. A temperatura de aplicação do material asfáltico deverá ser escolhida de modo a ser obtida viscosidade Saybolt-Furol entre 20 e 60 segundos.

Devem-se tomar precauções no aquecimento dos asfaltos diluídos durante o transporte e armazenamento, pois em função do baixo ponto de fulgor dos produtos, o risco de incêndio é maior, Aplica-se, em seguida, o material asfáltico, na temperatura compatível e na quantidade especificada e ajustada experimentalmente no campo e de maneira uniforme. A imprimação deve ser aplicada de uma só vez, em toda a largura a ser tratada. Durante a aplicação, devem ser evitados e corrigidos imediatamente o excedente ou a falta do material asfáltico. Após a aplicação, o material asfáltico deve permanecer em repouso até que se verifiquem as condições ideais de penetração e cura, de acordo com a natureza e tipo do material asfáltico empregado. 5. ABERTURA AO TRÁFEGO A imprimação impermeabilizante não deve ser submetida à ação direta das cargas e da abrasão do trânsito. No entanto, excepcionalmente poderá ser liberado o trânsito sobre a imprimação, após verificação das condições previstas de penetração e cura. F. IMPRIMAÇÃO BETUMINOSA LIGANTE 1. OBJETIVO Definir critérios básico que orientem a execução da imprimação asfáltica ligante entre a camada de pré-misturado a quente e o revestimento final 2. DEFINIÇÃO Imprimação asfáltica ligante consiste na aplicação de película de material asfáltico sobre a camada do pavimento ( binder ), visando promover a aderência desta superfície com outra camada de revestimentos asfáltico subsequente. 3. MATERIAL Na imprimação asfáltica ligante, podem ser aplicados os seguintes materiais asfálticos, desde que satisfeitas as exigências fixadas por normas vigentes: a) emulsão catiônica de ruptura rápida RR-1C e RR-2C; b) emulsão catiônica de ruptura média RM-1C e RM-2C; c) emulsões asfálticas modificadas por polímero catiônico do tipo SBS. 4. TAXA DE APLICAÇÃO A definição do teor asfáltico é obtida experimentalmente, no canteiro de obra, variando a taxa de aplicação em função da superfície que irá receber a imprimação. O consumo de material varia de 0,4 a 0,7 L/m², sendo que o resíduo asfáltico deve estar situado entre 03 a 0,5 l/m². 5. EXECUÇÃO E ABERTURA AO TRÁFEGO Seguem, basicamente, o especificado para a imprimação betuminosa impermeabilizante. Observação: a viscosidade Saybolt-Furol deve estar situada entre 20 e 100 segundos e quando da distribuição, a temperatura não deve ultrapassar 60º C. G. CONCRETO ASFÁLTICO USINADO A QUENTE (CAUQ) E BINDER 1. OBJETIVO Definir critérios básicos que orientem a execução de concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ), inclusive o binder.

2. DEFINIÇÃO Concreto asfáltico é uma mistura executada a quente em usina apropriada, com características específicas e que após ser espalhada, é compactada a quente. No presente caso, o CAUQ será utilizado como revestimento. 3. MATERIAIS Os materiais constituintes do concreto asfáltico são: agregado graúdo, cimento asfáltico (modificados ou não por polímeros), e se necessário, material de enchimento, filer e melhorador de adesividade, se necessário. Os materiais utilizados devem satisfazer as normas e especificações pertinentes. 3.1. Ligante Asfáltico Podem ser empregados cimentos asfálticos modificados ou não por polímero: a) CAP 30-45, CAP 50-70 e CAP 85-100, classificados por penetração, atendendo ao especificado no regulamento técnico ANP nº 3/2005; b) cimentos asfálticos modificados por polímeros tipo SBS 3.2. Agregados 3.2.1. Agregado graúdo Deve ser constituído por pedra britada ou seixo rolado britado, apresentando partículas sãs, limpas e duráveis, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas. Deve atender, basicamente, aos seguintes requisitos: a) desgaste no ensaio de abrasão Los Angeles igual ou inferior a 50%; b) índice de forma superior a 0,5 e porcentagem de partículas lamelares inferior a 10%; c) a perda no ensaio de durabilidade (cinco ciclos) com solução de sulfato de sódio deve ser inferior a 12%; 3.2.2. Agregado miúdo Pode ser constituído por areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Deve apresentar partículas individuais resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas. O equivalente de areia obtido deve ser igual ou superior a 55%. 3.2.3. Material de enchimento - Filer O material de enchimento deve ser de natureza mineral finamente dividido, tal como cimento Portland, cal extinta, pós-calcários, cinzas volantes, etc. Na aplicação, o filer deve estar seco e isento de grumos. A granulometria a ser atendida deve obedecer aos limites estabelecidos na Tabela abaixo:

3.2.4. Melhorador de adesividade A adesividade dos agregados ao ligante betuminoso é determinado conforme os métodos NBR 12583 e NBR 12584. Quando não houver boa adesividade, deve-se empregar aditivo melhorador de adesividade em quantidade suficiente. 3.3. Composição da mistura A faixa granulométrica a ser empregada deve ser selecionada em função da disponibilidade de matéria prima na região. A composição da mistura deve satisfazer aos requisitos apresentados na tabela abaixo (preferencialmente optar pelas faixas II e III). A dosagem da mistura deve atender, basicamente, aos seguintes requisitos: a) o tamanho máximo do agregado da faixa adotada deve ser inferior a 2/3 da espessura da camada compactada; b) a fração retida entre duas peneiras consecutivas, excetuadas as duas de maior malha de cada faixa, não deve ser inferior a 4% do total; c) a faixa de trabalho, definida a partir da curva granulométrica de projeto, deve obedecer a tolerância indicada para cada peneira da Tabela, porém respeitando os limites da faixa granulométrica adotada; d) corpos de provas Marshall devem ser moldados conforme NBR12891, c/ 75 golpes p/ face; e) recomenda-se que a relação filer/asfalto, em massa, esteja compreendida entre 0,6 a 1,2; f) o teor ótimo de ligante de mistura asfáltica deve atender a todos os requisitos da Tabela abaixo (coluna Camadas de Rolagem e Reperfilagem):

4. EXECUÇÃO 4.1. Condições gerais Não é permitida a execução dos serviços em dias de chuva. O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10º C. 4.2. Preparo da superfície A superfície deve-se apresentar limpa, isenta de pó ou outras substâncias prejudiciais. Eventuais defeitos existentes devem ser adequadamente reparados, antes da aplicação da mistura. Quando a imprimação betuminosa não tiver condição satisfatória de aderência, uma nova camada deve ser aplicada previamente à distribuição da mistura. O tráfego de caminhões para o início do lançamento do pré-misturado sobre a imprimação só é permitido após o rompimento definitivo e cura do ligante aplicado. 4.3. Produção do concreto asfáltico usinado a quente A mistura deve ser produzida em usinas apropriadas, que deve ser devidamente calibrada, de forma a assegurar a obtenção das características desejada. As temperaturas do cimento asfáltico e dos agregados a serem utilizados devem estar dentro das especificações vigentes. A temperatura do cimento asfáltico não modificado por polímero empregado na mistura deve ser determinada para cada tipo de ligante em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 120º C nem exceder 177º C. A temperatura do cimento asfáltico modificado por polímero eventualmente empregado na mistura deve ser determinada para cada tipo de ligante em função da relação temperaturaviscosidade Brookfield definida pelo fabricante e determinada conforme NBR 15184. Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10º C a 15º C acima da temperatura de cimento asfáltico, sem ultrapassar 177º C. 4.4. Distribuição da mistura A distribuição do concreto asfáltico usinado a quente deve ser feita por equipamentos adequados (tipo acabadora auto propelida e vibratória). O tipo de acabadora deve ser definido em função da capacidade de produção da usina, de maneira que esta esteja continuamente em movimento, sem paralisações para esperar caminhões. A velocidade da acabadora deve estar sempre entre 2,5 e 10, m/min.

4.5. Compactação da mistura A rolagem tem início logo após a distribuição do concreto asfáltico usinado a quente. A fixação da temperatura de rolagem condiciona-se à natureza da massa e às características do equipamento utilizado (de uma maneira geral, a temperatura não deve ser inferior a 110º C). Como regra geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica pode suportar, temperatura está fixada experimentalmente para cada caso, considerando-se o intervalo de trabalhabilidade da mistura e tomando-se a devida precaução quanto à espessura da camada, distância de transporte, condições do meio ambiente e equipamento de compactação. A prática mais frequente de compactação de misturas asfálticas abertas usinadas a quente, contempla o emprego combinado de rolos pneumáticos de pressão regulável dos pneus e rolo metálico liso tipo tandem, de acordo com as seguintes premissas: a) inicia-se a rolagem com uma passada do rolo pneumático atuando com baixa pressão; b) à medida que a mistura for sendo compactada e houver consequente crescimento de sua resistência, seguem-se coberturas com o próprio rolo pneumático, com incremento gradual da pressão; - O acabamento da superfície e correção das marcas dos pneus deve ser feito com o rolo tandem, sem vibrar; - A compactação deve ser iniciada pelas bordas, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista; - Cada passada do rolo deve ser coberto na seguinte em 1/3 da largura do rolo; - As rodas dos rolos devem ser ligeiramente umedecidas para evitar a aderência da mistura; - A compactação através do emprego de rolo vibratório de rodas lisas, quando necessário, deve ser testada experimentalmente na obra de forma a permitir a definição dos parâmetros mais apropriados à sua aplicação, como o número de coberturas, frequência e amplitude das vibrações. 5. ABERTURA AO TRÁFEGO A camada de pré-misturado a quente recém-acabada deve ser liberada ao tráfego somente quando a massa atingir a temperatura ambiente. Edson Marcondes de Souza - Engenheiro Civil CREA: 1473457/D ART: 28027230171628498