LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA ORNITOFAUNA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO

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Transcrição:

XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA ORNITOFAUNA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO Silva, Cleber Vinicius Vitorio (1) ; Novaes, Anna Beatriz da Costa (2) ; Abreu, Luiz Alberto Santos (3) ; (1) Engenheiro Florestal, Mestre em Ciências Ambientais e Florestais, Helium Corporation Engenharia, Seropédica RJ. Email: cleber.vitorio@heliumverde.com.br; (2) Graduando em Zootecnia UFRRJ, Helium Corporation Engenharia; (3) Graduando em Ciências Biológicas, Observatório Urbano/UERJ/UN-Habitat, Rua São Francisco Xavier, 524, RJ, luizabreu.uerj@gmail.com; Eixo Temático: Saúde, Segurança e Meio Ambiente RESUMO O levantamento preliminar de fauna também é a oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies e não é raro o descobrimento de espécies não registradas pela Ciência. Em relação à comunidade de pássaros, o Estado do Rio de Janeiro é um dos mais bem inventariados do Brasil. A partir de 1970, a atividade de observadores de aves e dos ornitólogos de campo tem consolidado o conhecimento da comunidade de pássaros do Estado, entretanto, as ameaças são inúmeras, como a destruição de hábitats, a caça, a introdução de invasores predadores ou competidores e doenças exóticas. Sendo a comunidade de pássaros representativa e reflexo dos impactos ambientais, a mesma pode ser utilizada como ferramenta bioindicadora. O foco deste trabalho foi o levantamento e o dignóstico preliminar da assembleia de pássaros em um fragmento florestal da zona oeste do Município do Rio de Janeiro. Palavras Chave: impactos ambientais, bioindicador, levantamento de avifauna ABSTRACT The preliminary survey of fauna is also the opportunity to deepen our knowledge of the biology and ecology of the species and it is not rare species discovery unrecorded by science. Regarding community of birds, the State of Rio de Janeiro is one of the best inventory in Brazil. Since 1970, the poultry and field ornithologists observers have consolidated knowledge of community of birds the state, however, the threats are numerous, such as habitat destruction, hunting, introduction of predatory invaders or competitors and disease exotic. As the representative community of birds and reflection of environmental impacts, it can be used as a bioindicator tool. The focus of this work was the survey and the preliminary diagnosis of birds assembly in a forest fragment of the western part of the municipality of Rio de Janeiro. Key words: environmental impacts, bioindicator, survey of birds Introdução As operações de levantamento preliminar de fauna possibilitam diligenciar as ações de manejo das populações animais que podem minimizar o impacto das

XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS atividades de supressão de vegetação e demais ações antrópicas na síntese de um empreendimento. O levantamento preliminar de fauna também é a oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies e não é raro o descobrimento de espécies não registradas pela Ciência, ou mesmo o incremento de informações sobre densidades, hábitos, habitats e outros aspectos da ecologia dos organismos, mesmo se tratando de estudos sob condições adversas. Também oferece oportunidade para aumentar as coleções zoológicas e o conhecimento comparado da biogeografia dos táxons, incluindo seus aspectos históricos. Em relação à ornitofauna, o Estado do Rio de Janeiro é um dos mais bem inventariados do Brasil. A partir de 1970, a atividade de observadores de aves e dos ornitólogos de campo tem consolidado o conhecimento da ornitofauna do Estado, destacando-se a descrição de novas espécies (BERGALLO et al., 2000). Entretanto, as ameaças são inúmeras, como a destruição de hábitats, a caça, a introdução de invasores predadores ou competidores e doenças exóticas. Particularmente no Rio de Janeiro, a perda de hábitat e fragmentação da Mata Atlântica e dos ecossistemas associados, como restingas e manguezais, é a principal causa para a perda da ornitofauna nativa (BERGALLO et al., 2000). Tal perda de habitat está vinculada ao crescimento populacional e à expansão das áreas urbanas. Com isso espécies mais tolerantes ditas sinantrópicas, conseguem se estabelecer em grandes centros urbanos, por possuírem elevados potenciais bióticos, não são exigentes de grandes coberturas verdes e ambientes florestais clímax. Por conseguinte, o foco deste trabalho foi o levantamento e o dignóstico preliminar da assembleia ornitofaunística em um fragmento florestal da zona oeste do Município do Rio de Janeiro, inferido nas coordenadas 22 56'6.11"S e 43 21'11.19" O. Material e Métodos Durante o período compreendido entre 05/05/2016 à 06/05/2016, Foi levantada diariamente a assembleia avifaunística de um fragmento florestal urbano inferido nas coordenadas 22 56'6.11"S 43 21'11.19". Em campo foram utilizados binóculos TASCO (08 x 25), caderneta e fichas de campo e guias de identificação de aves (ERIZE et al., 2006; RIDGELY &TUDOR, 2009; SIGRIST, 2013). Todas as espécies foram escritas segundo a nomenclatura do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2014). As espécies foram registradas de 7:00 h as 12:00 h diariamente, as mesmas foram categorizadas ao Grau de Sensibilidade (Stotzet al., 1996), também foi averiguado se as espécies encontravam-se ameaçadas para níveis internacionais e nacionais, e foi averiguado se as espécies eram nativas, nativas-endêmicas e exóticas. Foram seguidas as metodologias da PORTARIA MA/CGCA/GEC Nº 10 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2014, conforme está prescrito para a análise preliminar de fauna para o município do Rio de Janeiro, isto é 24 h de análise, sendo 12 h para o período diurno e 12 h para o período noturno e auroral.

Número de Espécies XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS Resultados e Discussão Foram registrados um total de 17 (dezessete) espécies (Tabela 01), para 8 famílias (Figura 1), donde a família que apresentou a maior riqueza foi Thraupidae (n=8), é importante explicitar que os representantes desta família, são extremamente cobiçados por traficantes de animais silvestre. Riqueza/Família 6 5 4 3 2 1 0 Famílias Figura 1. Riqueza/Família. Todas as espécies registradas são características de áreas urbanas, assim sendo reconhecidamente sinantrópicas, com exceção das espécies Eupetomena macroura e Milvago chimachima, ambas ameaçadas nível II no CITES, isto devido a fragmentação de habitat e ao tráfico ilegal de animais silvestres, é importante ressaltar que Eupetomena macroura é uma espécie mutualista chave assim como Coereba flaveola, ambas realizam o serviço ecossistêmico da polinização assim interligam uma série de redes ecossistêmicas. Como todas as espécies amostradas apresentaram um Grau de Sensibilidade (Stotzet al., 1996) baixo, este é fator representativo que o fragmento florestal analisado é primário e sem grande complexidade ecológica, no entanto uma amostragem de mais dias poderia apresentar uma maior biodiversidade, este é um dos fatores limitadores da PORTARIA MA/CGCA/GEC Nº 10 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2014 na avaliação ambiental. Tabela 01. Assembleia avifaunistica observada para as coordenadas 22 56'6.11"S 43 21'11.19". Status de Conservação: IUCN Global, Bra Nacional, RJ Rio de Janeiro CR Criticamente Ameaçado, VU Vulnerável, NT Quase ameaçado, PA Provavelmente ameaçado, EN Em Perigo, (MACHADO et. al., 2008); VU Vulnerável (IUCN, 2011); CITES - apêndices da Cites (CITES, 2011; BRASIL,

XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS 2010); End. MA espécie endêmica da Mata Atlântica; Xer. Espécies utilizadas como Xerimbabo, ou animais de companhia; Hab. - Habitat preferencial conforme Grau de Sensibilidade (Stotzet al., 1996): Baixa, Média e Alta. Nome do TÁXON NOME COMUM Grau de Sensibilidade (Stotzet al., 1996) IUCN CITES Lista Vermelha Nacional Lista Vermelha Estadual Endêmico Mata Atlântica Rhynchocyclidae Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Thraupidae Coragyps atratus Columbidae Columba livia Columbina talpacoti Trochilidae Eupetomena macroura Falconidae Milvago chimachima Pitangus sulphuratus bem-te-vi Megarynchus pitangua neinei Machetornis rixosa Suiriri-cavaleiro Fluvicola nengeta lavadeiramascarada Troglodytidae Troglodytes musculus corruíra Turdidae Coereba flaveola cambacica Tangara sayaca sanhaçucinzento Dacnis cayana saí-azul Tangara palmarum sanhaçu-docoqueiro Volatinia jacarina tiziu Sporophila caerulescens coleirinho Cathartidae urubu-decabeça-preta Pombodoméstico rolinha-roxa beija-flortesoura Gaviãocarrapateiro Baixa II II Conclusão O ambiente amostrado possui características essencialmente urbanas que faz fronteira com fragmentos florestais, possuindo espécies que são resilientes aos impactos antrópicos.

Todas as aves registradas apresentam grau Grau de Sensibilidade (Stotzet al., 1996) baixo, isto é, todas as aves levantadas independem de ambientes florestais para sobrevivência, inclusive a espécie Dacnis cayana, geralmente associada a áreas florestais, todavia também possui potencial biótico para se estabelecer em ambientes urbanos. Os fragmentos florestais urbanos constituem importantes recantos da biodiversidade de uma forma geral, e sua preservação deve ser uma realidade, com o fito de gerar a promoção da biodiversidade. Conclui-se também que a PORTARIA MA/CGCA/GEC Nº 10 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2014 que prediz as metodologias para o levantamento preliminar de fauna no município do Rio de Janeiro, poderia se adequar a autoecologia das espécies e sinecologia das comunidades, uma vez que exista uma discrepância na análise entre tempo e espaço, podendo tendenciar os estudos a análises errôneas a respeito da biodiversidade local. Referências AZEVEDO, P.U E. Implementando as Unidades de Conservação: particularidades da regularização fundiária. In: Unidades de Conservação: Atualidades e Tendências, 2002. BENDER, D. J.; L. FAHRIG. 2005. Matrix structure obscures the relationship between interpatch movement and patch size and isolation. Ecology, v. 86, n. 4, p. 1023-1033. BERGALLO, H. G.; ROCHA, C. F. D.; ALVES, M. A. S.; SLUYS, M. V. (orgs.). 2000. A fauna ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Universidade Federal do Rio de Janeiro. BERGALLO, H. G.; ROCHA, C. F. D.; ALVES, M. A. dos; SLUYS, M. (orgs.). 2000. A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro. EdUERJ, Rio de Janeiro, 166 p. BERGALLO, H. G.; UZÊDA, M. C.; FIDALGO, E. C. C.; ALVES, M. A. S.; ROCHA, C. F. D.; VAN SLUYS, M.; COSTA, T. C. C.; COSTA, M. B.; SANTOS, M. A.; COZZOLINO, A. C. R. ALENCAR, R. S. 2009. Conservação da biodiversidade da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro: uma nova abordagem. In: Estratégias e ações para conservação da biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro, pp. 23-32. Organizadores: Helena de Godoy Bergallo, Elaine Cristina Cardoso Fidalgo, Carlos Frederico Duarte Rocha e outros. Rio de Janeiro: Instituto Biomas, 2009. 344 p. BERGALLO, H. G.; ROCHA, C. F. D.; ALVES, M. A. S; SLUYS, M. V. A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2000. BRASIL. Lei Federal Nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4771.htm. Acesso em: agosto de 2016. 5

BRASIL. Lei Federal Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l9985.htm>. Acesso em: maio de 2016. BROCKIE, R. E.; SADLEIR, R. M. F. S.; LINKLATER, W. L. 2009. Long-term wildlife road-kill counts in New Zealand. New Zealand Journal of Zoology, v. 36, n. 2, p. 123-134. RIO DE JANEIRO (Cidade). SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SMAC. PORTARIA MA/CGCA/GEC Nº 10 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2014. RIO DE JANEIRO SMAC, 2014. 6