CONDIÇÕES DE SANEAMENTO E A INCIDÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS COMO FATORES DE RISCO PARA O BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR



Documentos relacionados
ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA NA REGIÃO DE JACARAÍPE E NOVA ALMEIDA, SERRA, ES. DEVAIR VIAL BRZESKY

PNAD - Segurança Alimentar Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

Vigilância em saúde para prevenção de surtos de doenças de transmissão hídrica decorrentes dos eventos climáticos extremos

ASSOCIAÇÃO DE PARASITOSES INTESTINAIS A FATORES SOCIOAMBIENTAIS NA LOCALIDADE HOMERO FIGUEIREDO

OS CUIDADOS COM A ÁGUA NA ESCOLA FUNDAMENTAL PROFESSOR ADAILTON COELHO COSTA

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

P R O J E T O ALVORADA

LEVANTAMENTO DAS PARASITOSES INTESTINAIS NOS MUNICÍPIOS DE MARINGÁ E SARANDI-PR.

MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE Coordenação Regional de santa Catarina ATENÇÃO

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

Saneamento básico e seus impactos na sociedade

Relatório Estadual de Acompanhamento Relatório Estadual de Acompanhamento 2008 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SANEAMENTO BÁSICO RURAL NO BRASIL: Uma análise de impacto e da proposta da fossa séptica biodigestora

A classificação dos domicílios indígenas no Censo Demográfico 2000 e seus impactos na análise de indicadores de saúde

PALAVRAS-CHAVE Parasitoses. Saneamento básico. Antiparasitários.

1. INTRODUÇÃO EXPERIÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES

AS IMPLICAÇÕES DA INADEQUAÇÃO DE SANEAMENTO BÁSICO NA PRODUÇÃO E CONSUMO DE FRUTAS E HORTALIÇAS

CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO. Caio Nakashima Março 2012

Diretoria de Pesquisas. Pesquisa de Orçamentos Familiares crianças, adolescentes e adultos no Brasil

AGENDA PARA INTENSIFICAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL À DESNUTRIÇÃO INFANTIL

82,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada

Eixo Temático ET Gestão Ambiental em Saneamento PROPOSTA DE SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO DE POMBAL-PB: EM BUSCA DE UMA SAÚDE EQUILIBRADA

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

DIABETES MELLITUS NO BRASIL

CÂMARA MUNICIPAL SANTANA DA VARGEM

CONDIÇÃO BUCAL DO IDOSO E NUTRIÇÃO: REFLEXÕES DA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA.

ÁGUA E SAÚDE NA COMUNIDADE ESCOLAR

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Segurança Alimentar e Nutricional

Nas cidades brasileiras, 35 milhões de pessoas usam fossa séptica para escoar dejetos

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues

Simpósio Estadual Saneamento Básico e Resíduos Sólidos: Avanços Necessários MPRS

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

Aula 2 Elementos necessários para a Avaliação Econômica

ENERGIA E MEIO AMBIENTE Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2001

Índice de Gini e IDH. Prof. Antonio Carlos Assumpção

CRESCIMENTO POPULACIONAL. Estágio-Docência: Camila Macêdo Medeiros

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

Comemoração da 1ª semana de Meio Ambiente do Município de Chuvisca/RS

Orçamento Geral da União (OGU) Ministério da Saúde

ANÁLISE DAS LANCHEIRAS DE PRÉ-ESCOLARES¹ BOEIRA,

CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA SOBRE MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL WORKSHOP: OS OITO OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO

Docente: Willen Ferreira Lobato

A Deficiência de Vitamina A

Plano Nacional de Educação. Programa Bolsa Família e MDS

Plano Brasil sem Miséria e a Educação para redução da pobreza e das desigualdades UNDIME 15/06/2015

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG

I TIPO DE DESCARGA DE BACIA SANITÁRIA INSTALADA EM DOMICILIO SEGUNDO CLASSE SOCIAL CONSUMIDORA E RESPECTIVO CONSUMO MÉDIO PER CAPITA

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09

VIGILÂNCIA AMBIENTAL

O Ano Internacional do Saneamento Panorâmica

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

PALAVRAS-CHAVE Crianças. Parasitos Intestinais. Exames de Fezes.

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Caracterização do território

Caracterização do território

EXERCÍCIO E DIABETES

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ATUAÇÃO DA FAO NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

contexto escolar: o contributo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para o Uso Racional de Medicamentos

Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense *

Caracterização do território

Caracterização do território

Estudo Trata Brasil confirma relação entre doenças e falta de saneamento

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Dimensão social. Educação

UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE RESULTANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro.

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

PLANEJAMENTO E AVALIAÇAO DE SAÚDE PARA IDOSOS: O AVANÇO DAS POLITICAS PÚBLICAS

Uma Análise dos Determinantes da Focalização do Programa Bolsa Família

PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTANHA ES SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima

A DEMANDA POR EDUCAÇÃO INFANTIL NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO E OS DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS

Palavras-chave: água esgoto gerenciamento - resíduo poluente

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05

[VERMINOSES]

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos

Caracterização do território

Caracterização do território

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

Pobreza e Prosperidade. Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades. Compartilhada nas Regiões

ABUSO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Senhor Presidente,

Missão. Objetivos Específicos

Analfabetismo no Brasil

2A educação é o principal catalisador para

Transcrição:

CONDIÇÕES DE SANEAMENTO E A INCIDÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS COMO FATORES DE RISCO PARA O BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR Carla Áurea da Silva, José Durval Figueiredo de Azevedo, Carina de Souza Moura, Mariana Trindade França, Roberta Schimidel Magalhães, Erickson Capossi de Souza Fernanda Estephanie Dutra Ferreira, Kauana Medeiros da Silva, Maurício do Nascimento Paiva, Renata Monteiro Maia, Jorge Mendes Soares e Sônia Maria Silva de Souza. UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA UNIVERSO NITERÓI RJ RESUMO Mesmo com todos os avanços científicos e tecnológicos conquistados ao longo do tempo pela humanidade, as parasitoses intestinais ainda representam um grave problema social, principalmente em países em desenvolvimento, o que contribui com problemas relacionados à saúde e educação, representando um fator de risco para as populações, principalmente as de baixa renda. Influenciando o baixo rendimento escolar, atingindo e comprometendo o desenvolvimento físico, cognitivo e social, principalmente de crianças. O presente estudo relaciona suas causas e conseqüências, indicando que os fatores essenciais que contribuem com os casos de incidência e prevalência de parasitoses, bem como, suas conseqüências, estão relacionados não somente aos aspectos das condições sócio-econômicas da população, mas também à ausência de iniciativas do setor público diante desta situação. Palavras-chave: Saneamento, Parasitoses intestinais, Desnutrição, Anemia, Rendimento Escolar. 1

1. INTRODUÇÃO Entende-se por saneamento, o conjunto de ações integradas que envolvem as diferentes fases do ciclo da água. Dentre essas fases destacam-se: a captação, tratamento, adução e distribuição, esgotamento sanitário e efusão industrial (BARROSO, 2002). Em países de terceiro mundo, a falta de saneamento básico representa um grave problema de saúde pública (LUDWING et al, 1999). De acordo com BARROSO (2002), estima-se que apenas 52,8% da população brasileira sejam atendidas por rede coletora de esgoto, e que 76,1% dos domicílios sejam abastecidos com água tratada. No Brasil, o censo realizado em 2000 identificou que a cobertura dos serviços de abastecimento público de água e da coleta de resíduos, atendia três quartos da população brasileira. No entanto, a cobertura dos serviços de rede geral de esgotamento sanitário, supria aproximadamente a metade dessa população (BRASIL, 2004; FERREIRA et al, 2006). Portanto a indisponibilidade de água de boa qualidade, a má disposição dos dejetos, o inadequado destino do lixo e em conseqüência um ambiente poluído, são alguns dos demais fatores que contribuem para a incidência elevada de doenças parasitárias (SANTOS, 2002). De acordo com FERREIRA et al (2006), infecção parasitária pode ser definida como, a penetração e desenvolvimento, ou multiplicação de um agente infeccioso no homem ou animal. Estima-se que o ser humano seja infectado por mais de 100 tipos de parasitas, sendo estas infecções parasitárias responsáveis por mais de um milhão de mortes por ano (FERREIRA et al 2006). A freqüência de parasitoses intestinais no Brasil é elevada, assim como em outros países em desenvolvimento, sofrendo algumas variáveis quanto à região, condições de saneamento básico, grau de escolaridade, nível sócio-econômico, idade e aos hábitos de higiene de cada individuo (MACHADO et al, 1999). Embora apresentem baixas taxas de mortalidade (PRADO et al, 2001), as parasitoses intestinais, podem ocasionar fatores primordiais na fisiopatologia da anemia, e da desnutrição protéico-calórica (PEDRAZZANI et al, 1988) que debilitam e incapacitam o indivíduo no desempenho de suas atividades físicas e intelectuais, 2

particularmente nas faixas etárias mais jovens da população (PEDRAZZANI et al, 1988, LUDWING et al, 1999). Crianças em idade escolar, que vivem em áreas pobres dos centros urbanos, têm se mostrado alvo de infecções parasitárias. As infecções helmínticas exercem importante influência sobre o estudo nutricional, crescimento e função cognitiva de escolares de países subdesenvolvidos (PRADO et al, 2001; FERREIRA et al, 2006), além de serem causas de morbidade e mortalidade em todo mundo (FERREIRA et al, 2006). A anemia, provocada por verminoses, pode ocasionar pequenos sangramentos intestinais, aumentando a perda de ferro (DOMENE, 2004). As conseqüências tendem a comprometer o comportamento, principalmente quanto à capacidade de atenção e rendimento escolar, diminuindo a habilidade para o aprendizado (ARAÚJO et al, 2009). Apesar da alta freqüência de parasitoses na população em geral, especificamente na população pediátrica, é ressaltada a escassez de estudos acerca do problema, visando melhor dimensionamento e elaboração de medidas de combate por parte das autoridades sanitárias (MACHADO et al, 1999). Desta forma, o presente estudo, visa relacionar a escassez de saneamento básico, a incidência de parasitoses intestinais, como também o baixo rendimento de crianças com idade escolar. 1.2. SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO NO BRASIL A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o saneamento como a medida prioritária em termos de saúde pública, até porque, o investimento em saneamento representa uma economia em gastos com prestações de saúde curativa (BARROSO, 2002). O Brasil é um país com grande potencial hídrico, que responde por cerca de 16% da recarga hídrica anual sobre os continentes, mas apesar dessas condições, não detém maiores oportunidades para o desenvolvimento econômico e para a prosperidade social (LIBÂNIO, CHERNICHARO & NASCIMENTO, 2005). As reservas hídricas, se medidas exclusivamente em termos quantitativos, não dizem muito quanto à disponibilidade, mas somente, quanto à potencialidade. O primeiro conceito diferencia-se do último por ser sensível as pressões antrópicas sobre o sistema 3

natural, as quais impõem a consideração conjunta de requisitos de quantidade e de qualidade de água (LIBÂNIO, CHERNICHARO & NASCIMENTO, 2005). De acordo com BARROSO (2002), em 1997, foram gastos R$ 400 milhões por problemas decorrentes de doenças respiratórias, infecciosas e parasitárias, que poderiam ser reduzidas substancialmente através de medidas de saneamento básico. No Brasil, o déficit do setor de saneamento básico é elevado, sobretudo no que se refere ao esgotamento e tratamento de esgotos, com maior carência nas áreas periféricas dos centros urbanos e nas zonas rurais, onde está concentrada a população mais pobre (GALVÃO JUNIOR, 2009). Segundo MOREIRA (2002), apenas 10% do total de esgotos produzido recebe algum tratamento, ou seja, 90% são despejados in natura nos solos, rios, córregos e nascentes, constituindo a maior fonte de degradação do meio ambiente urbano e de proliferação de doenças infecciosas e parasitárias. Dos fatores que explicam o déficit dos serviços de água e esgoto no país, destacam-se a fragmentação das políticas públicas e a carência de instrumentos de regulação. Desde o final dos anos 1980, com a extinção do Plano Nacional de Saneamento, o Brasil não dispõe de uma política setorial consistente de água e esgoto (GALVÃO JUNIOR, 2009). Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios realizada em 2005, o abastecimento por redes, mais adequado do ponto de vista sanitário, é maior nas regiões Sul e Sudeste, nos extratos de renda elevados e nas áreas urbanas, no entanto a avaliação da população coberta, apenas identifica se o domicílio estava ligado à rede de distribuição de água, não fornecendo informações acerca da qualidade e da continuidade do abastecimento (GALVÃO JUNIOR, 2009). A distribuição do acesso aos serviços de esgoto por rede coletora de acordo com a região, renda e área urbana ou rural do domicílio, acompanha o mesmo perfil apresentado quanto ao abastecimento de água por rede, o agravante é que a rede coletora tem menor cobertura. Essas desigualdades de cobertura por redes de esgoto são maiores do que as de redes de abastecimento de água (GALVÃO JÚNIOR, 2009). A região Sudeste possui 77,4% de cobertura por redes de esgoto, enquanto as regiões Nordeste, Sul e Norte têm, respectivamente, 27%, 25,9% e 4% de cobertura; em relação à renda, a população com renda superior a 20 salários mínimos tem 76,6% de 4

acesso às redes de esgoto, mais do que o dobro das famílias com menos de dois salários mínimos (GALVÃO JUNIOR,2009). Neste sentido, considerando-se informações de estudos de âmbito nacional e internacional, observou-se que em muitas situações, os indicadores de saneamento, apresentam melhor correlação com indicadores que expressam as condições de vida das populações (IDH e expectativa de vida) e de saúde pública (índice de mortalidade e morbidade por doenças parasitárias e infecciosas de veiculação hídrica) (LIBÂNIO, CHERNICHARO & NASCIMENTO, 2005). 1.3. FATORES QUE OCASIONAM O FRACASSO ESCOLAR A educação brasileira convive há muitos anos com o fracasso escolar, tal ocorrência se evidencia praticamente em todos os níveis de ensino do País, tendo maior incidência nos primeiros anos da escolarização (COLLARES, 1990). De acordo com COLLARES (1990), os fatores correlacionados com o fracasso escolar podem ser classificados em extra-escolares e intra-escolares. Os intra-escolares dizem respeito ao currículo, os programas, o trabalho desenvolvido pelos professores e especialistas, e as avaliações do desempenho dos alunos (COLARES, 1990). Os extra-escolares, dizem respeito às más condições de vida e subsistência de grande parte da população escolar brasileira. Assim, as péssimas condições econômicas, responsáveis dentre outros fatores pela fome e desnutrição; a falta de moradias adequadas e de saneamento, enfim, todo o conjunto de privações com o qual convivem as classes sociais menos privilegiadas, surge como o elemento explicativo fundamental (COLLARES, 1990). 1.4. PARASITOSES INTESTINAIS As parasitoses intestinais estão amplamente distribuídas no globo terrestre, apresentando altas taxas de prevalência em algumas regiões do Brasil (PEDROSO & SIQUEIRA, 1997), sendo importantes problemas de saúde pública, já que a transmissão dos parasitas está relacionada às condições de vida e higiene das comunidades, ocorrendo alta prevalência na população de baixo nível sócio econômico, principalmente entre crianças (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006). 5

A pré disposição racial, genética ou a suscetibilidade específica, não são os fatores que determinam a prevalência de parasitas intestinais, já as diferenças na educação, na cultura e nos hábitos alimentares podem aumentar a exposição à infecção (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006). Dentro desse contexto, destacam-se as infecções por protozoários e helmintos, que ocorrem pela ingestão de água e alimentos contaminados com cistos, oocistos ou esporos (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006). No caso dos protozoários, a Entamoeba histolytica, a Giardia lambia e o Balantidium coli, são reconhecidamente patogênicos à espécie humana (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006; PITTNER et al, 2006). Em se tratando de helmintos potencialmente patogênicos destacam-se: A. lumbricóides, E. vermicularis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, S. stercoralis e Trichuris trichiura, Taenia solium, Taenia saginata, Himenolepis nana e Schistosoma mansoni (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006; PITTNER et al, 2006). Os helmintos e protozoários ao eliminarem seus ovos, larvas ou cistos junto com as fezes, contaminam o ambiente e o solo, podendo os ovos ou cistos ser levados aos alimentos, ou serem arrastados pela água (PEDROSO & SIQUEIRA, 1997). No caso da água, a contaminação pode ocorrer das seguintes formas: por enxurradas que atingem mananciais utilizados no abastecimento de cidades e da irrigação de plantações, e através do contato da mão suja com a boca, tanto em adultos como em crianças, além da penetração das larvas através da pele (PEDROSO & SIQUEIRA, 1997). Portanto, fatores ambientais favorecem o desenvolvimento e a propagação das formas infectantes, enquanto o nível sócio-econômico é responsável pela contaminação do ambiente com esses parasitas (PEDROSO & SIQUEIRA, 1997). A preocupação com tais doenças advém das conseqüências que provocam no homem, como: má-absorção, diarréia, anemia, menor capacidade de trabalho; e nas crianças, principalmente nas pertencentes às classes sociais menos favorecidas: baixo rendimento escolar e déficit no crescimento, estando intimamente relacionado ao subdesenvolvimento, à falta de saneamento ambiental, à falta de educação e à desinformação sanitária (PEDROSO & SIQUEIRA, 1997; PITTINER et al, 2006). 6

Tal problema, afeta principalmente as populações de baixa renda, que vivem em condições precárias de saneamento básico e higiene, sendo as crianças as mais afetadas (FERREIRA et al, 2006). Em crianças com idade escolar, as enteroparasitoses comprometem o crescimento físico e/ou mental, o que pode levar a perda de resistência, anemia, desnutrição e até a morte (QUADROS et al, 2004). FERREIRA et al (2006), enfatizam que em países industrializados, o número de casos de parasitoses em crianças tem aumentado muito nos últimos anos, revelando-se como um grave problema de saúde pública mundial. Contudo, o diagnóstico das parasitoses intestinais é realizado através de exame parasitológico das fezes, o que permite a avaliação e a terapêutica a ser utilizada (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006; PITTINER et al, 2006). Sendo assim, a identificação, tratamento e a prevenção das infecções parasitárias, tem o propósito de evitar prováveis epidemias e a formação de novas áreas endêmicas, sendo importantes no controle e na redução dos gastos anuais com o tratamento específico (PITTINER et al, 2006). Contudo, para que as infecções parasitárias sejam efetivamente controladas, é necessário que diagnóstico e tratamento, estejam associados ao estado sócio econômico e as condições sanitárias da região, além de outras medidas como educação para a saúde e avaliação do estudo nutricional da população (DE CARLI, TASCA & MACHADO, 2006). Infelizmente, apesar das ações de tratamento e prevenção, as medidas de controle não estão sendo efetivas, devido à baixa cobertura dos programas específicos (educação sanitária e implantação de saneamento básico). Portanto, é papel da escola orientar os alunos e os pais com o intuito de reduzir o desenvolvimento e o aumento da incidência de parasitoses intestinais (CARDOSO, 2010). 1.5. DESNUTRIÇÃO, ANEMIA E APRENDIZAGEM À entrada da humanidade no século XXI, diante de avanços tecnológicos, de descobertas científicas e de todos os progressos do homem, um fenômeno milenar 7

persiste e atinge segmentos cada vez maiores da população: a fome (PAULILO & RODOLPHO, 2003). Como expressão das desigualdades sociais, especialmente nos países em desenvolvimento, a fome leva à morte milhares de pessoas, que se tornam vítimas de um processo de exclusão que as priva, inclusive, do direito fundamental: à vida (PAULILO & RODOLPHO, 2003). Estima-se que atualmente 828 milhões de pessoas sofrem de fome crônica, correspondendo a 13,8% do total da população de seis bilhões em todo planeta (PAULILO & RODOLPHO, 2003). A alimentação é fator imprescindível na aprendizagem, pois a fome poderá reduzir o rendimento formal do aluno. A desnutrição infantil é uma das mais significativas patologias, sendo de origem multicausal, tendo como uma das principais origens o fator social, que engloba as condições e qualidade de vida (LOPES & VIEIRA, 2005; UNICEF, 2003). Dentre as causas imediatas da anemia destacam-se fatores etiológicos como: a baixa ingestão de alimentos fontes de ferro, a baixa absorção de ferro ingerido e as perdas desse micronutriente, devido a infecções parasitárias (BRITO, et al, 2003). A anemia por deficiência de ferro, causada pela baixa ingestão de alimentos, a perda desse micronutriente devida à infecção parasitaria, constitui um problema nutricional de grande magnitude no mundo. Nos adultos, o principal impacto da anemia é a diminuição da capacidade produtiva. Na infância e no período escolar, onde existe um aumento das necessidades nutricionais, a anemia tem efeitos negativos sobre o crescimento ponderal e estatural, alem de interferir na aprendizagem (BRITO et al, 2003). Segundo BRITO et al (2003), a anemia por deficiência de ferro constitui-se um dos problemas nutricionais de maior magnitude no mundo, tendo atingido cerca de 2 milhões de indivíduos no ano de 1999. Segundo ARAÚJO et al (2009), a presença de anemia associada a enteroparasitoses é resultante da subnutrição (Ascaris lumbricóides), da ação hematofágica (Ancylostoma sp.) e da ulceração das mucosas intestinais (Entamoeba histolytica), podendo originar constantes perdas sangüíneas no indivíduo, além do agravamento do quadro patológico dependendo da carga parasitária, da idade, do 8

estado nutricional e fisiológico do organismo, bem como da associação com outras espécies parasitárias patogênicas. Uma vez que os endoparasitas absorvem sangue da mucosa intestinal, a anemia se dá pela diminuição da taxa de hemoglobina no sangue, bem como às alterações na quantidade de leucócitos, em especial de eosinófilos, no sangue periférico (ARAÚJO, 2009). Durante a infância, a alimentação é composta predominantemente por alimentos lácteos, com pequeno fornecimento de ferro, Já durante a adolescência observa-se uma aceleração do crescimento, com aumento considerável da demanda por ferro (DOMENE, 2004). Contudo, quando os fatores acima citados estão associados às condições precárias de saneamento básico, a ocorrência de verminoses se torna comum, portanto o efeito da soma destes dois fatores expõe a criança e o adolescente a uma situação de desequilíbrio crônico, que leva a instalação da carência do mineral (DOMENE, 2004). Dentro deste contexto a ocorrência da anemia em escolares torna-se comprometedora do comportamento, principalmente quanto à capacidade de atenção e rendimento escolar, diminuindo a habilidade para o aprendizado, ao mesmo tempo proporcionando repetência, idade inadequada da criança na série e evasão escolar (ARAÚJO, 2009). De acordo com a pesquisa realizada por BRITO et al (2003), com o objetivo de investigar os fatores de risco para anemia por deficiência de ferro em crianças e adolescentes entre 7-17 anos infectados por helmintos, constatou que o consumo de ferro biodisponivel e a ingestão de calorias eram inadequadas (menor que 100% dos valores recomendados), na maioria dos participantes. Como resultado foi relatado à prevalência e infecções por T. Trichiura, A.lumbricoides, S. mansoni e ancilostomideos foram de 74,8, 63,0, 55,5 e 15,7 %, respectivamente. Constatou-se que 32,2 % das crianças e adolescentes eram anêmicas. Depois do ajuste para variáveis de confusão, os resultados da analise multivariada mostraram que a renda familiar per capita abaixo de um quarto do salário mínimo (27 dólares), o sexo masculino, a faixa etária de 7 a 9 anos e a ingestão inadequada de ferro biodisponiveis forma significativamente associados a anemia. 9

Segundo FROTA et al (2009), percebeu-se, na sala de aula, que crianças com dificuldade em concentração, problemas com a coordenação motora e comprometimento na aquisição e formulação do conhecimento, possuem alimentação insuficiente e inadequada, os pais relataram a incerteza da disponibilidade financeira para adquirir refeições básicas, além da falta de recursos financeiros para o alimento, o mínimo que possuem não é utilizado em alimentos saudáveis. Alimentação interfere na aprendizagem, o desafio para a criança é romper a barreira que inibe a capacidade de aprendizagem caracterizada por um dos fatores predominantes a fome. 2. Discussão De acordo com os estudos dos autores relacionados neste artigo, a entrada da humanidade no século XXI registra historicamente os avanços tecnológicos, descobertas científicas, portanto, progressos do homem. Apesar de todos estes benefícios, as verminoses atualmente representam um grave problema de saúde pública, pois, segundo estimativas, as infecções parasitárias são responsáveis por mais de um milhão de mortes por ano em todo mundo, principalmente em crianças. Nos países em desenvolvimento, a falta de saneamento básico envolvendo serviços de abastecimento público de água e coleta de resíduos com rede geral de esgotamento sanitário, ocasiona má disposição dos dejetos e inadequado destino do lixo, portanto, um ambiente poluído, o que propícia a incidência elevada de doenças parasitárias intestinais e o desenvolvimento de um agente infeccioso no homem ou animal. No Brasil, a freqüência de parasitoses intestinais é elevada assim como em outros países em desenvolvimento ocorrendo variações de acordo com a região, condições de saneamento básico, grau de escolaridade, nível sócio-econômico, idade e aos hábitos de higiene de cada individuo. As parasitoses intestinais podem ocasionar anemia e desnutrição, que debilitam e incapacitam o indivíduo no desempenho de suas atividades físicas e intelectuais, atingindo principalmente as faixas etárias mais jovens da população. O alvo de infecções parasitárias, geralmente, são crianças em idade escolar e que vivem em áreas pobres dos centros urbanos. 10

Infecções parasitárias também causam pequenos sangramentos intestinais, aumentando a perda de ferro, gerando desnutrição. Como conseqüência, afeta o crescimento, a capacidade cognitiva e o rendimento escolar. O déficit do setor de saneamento básico no Brasil é elevado. Os fatores que explicam o déficit dos serviços de água e esgoto no país estão relacionados à ausência de instrumentos de regulação, fragmentação das políticas públicas, indicando uma carência de políticas setoriais consistentes de água e esgoto. Infelizmente, do total de esgotos produzidos no nosso país apenas 10% recebe tratamento. 90% são despejados in natura nos solos, rios, córregos e nascentes, constituindo a maior fonte de degradação do meio ambiente urbano e de proliferação de doenças infecciosas e parasitárias. Em Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios citada por um dos autores, indica que as regiões Sul e Sudeste são mais adequadas do ponto de vista sanitário, porém, com agravantes: qualidade e da continuidade do abastecimento e a rede coletora de esgotos tem menor cobertura. Os estudos relacionados com o caso indicam que medidas preventivas de saneamento básico que incluem qualidade de água, esgotamento e tratamento de esgotos nas áreas periféricas dos centros urbanos e nas zonas rurais onde está concentrada a população mais pobre, geram economia em gastos com prestações de saúde curativa, entretanto, o poder público atualmente pouco investe em políticas públicas direcionadas neste sentido. 3. CONCLUSÃO Diante do exposto podemos concluir que: Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, as verminoses ainda representam graves problemas de saúde pública, sendo responsáveis por mais de um milhão de mortes por ano em todo mundo. O alvo de infecções parasitárias, geralmente, são crianças em idade escolar e que vivem em áreas pobres dos centros urbanos. 11

Devido a pequenos sangramentos intestinais, as parasitoses aumentam a perda de ferro e juntamente com a alimentação inadequada, provocam anemia e desnutrição. A desnutrição afeta o crescimento, a capacidade cognitiva e conseqüentemente comprometem o rendimento escolar em crianças. Atualmente pela ausência de instrumentos de regulação, fragmentação das políticas públicas, não existem políticas setoriais consistentes no que diz respeito a água e esgoto, sendo o esgoto em sua maior parte sendo lançados sem tratamento em solos, rios, córregos, e nascentes, favorecendo a proliferação de doenças infecciosas e parasitárias. Portanto, o presente estudo conclui que, para alcançar um controle eficaz das infecções parasitárias e suas conseqüências quanto às questões de saúde e rendimento escolar tornam-se necessárias ações do setor público, incluindo uma ação articulada entre os seus diversos setores, no sentido de integrar a educação não somente à saúde, como também devendo buscar o desenvolvimento de condições sócio-econômicas da população afetada, pois, desta forma o déficit das condições sanitárias das regiões afetadas, poderão ser minimizadas e controladas. 12

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ARAÚJO, BS; SANTOS, JF; NEIVA, TS; MAGALHÃES FILHO, RR & RIOS, DS. Associação das parasitoses intestinais com anemia e eosinofilia em escolares do povoado de Matilha dos Pretos, Feira de Santana, Bahia, Brasil. Sitientibus Série Ciências Biológicas, 9 (1): 3-7, 2009. 2. BARROSO, LM. Saneamento Básico: competências constitucionais da União, Estados e Municípios. Revista de Informação Legislativa, Brasília, 38 (153): 255-270, jan/mar 2002. 3. BRASIL, Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância da Saúde. Saúde Brasil 2004 Uma Análise da Situação de Saúde. Brasília, 2004. 4. BRITO, LL; Mauricio, LB; SILVA, RCR; ASSIS, AMO; REIS, MG; PARRAGA, I & BLANTON, RE. Fatores de risco para anemia, por deficiência de ferro em crianças e adolescentes parasitados por helmintos intestinais. Revista Panam Salud Publica/ Pan AM J Public Health 14(6), 2003. 5. CARDOSO, FDP; ARÚJO, BM; BATISTA, HL; GALVÃO, WG. Prevalência de Enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína - Tocantis. Revista eletrônica de Farmácia, 7(1): 54-64, 2010. 6. COLARES, CAL. Ajudando a Desmistificar o Fracasso Escolar. Revista idéias, São Paulo: FTD, PP 24-28, 1990. 7. DE CARLI, GA; TASCA, T & MACHADO, ARL. Parasitoses Intestinais. In: DUNCAN, BB; SCHMIDT, MI & GIUGLIANI, ERJ. Medicina Ambulatorial: condutas e atenção primária baseadas em evidências, 2006, 3ª edição, Ed Artmed, Porto Alegre, RS. Capítulo 160: 1465-1475. 13

8. DOMENE, SMA. O Papel do ferro sobre a nutrição e a saúde. Serviço de Informação da Carne, Comitê Técnico do SIC, PUC, Campinas, 2004. 9. FERREIRA, H; LALA, ERP; MONTEIRO, MC; RAIMONDO ML. Estudo Epidemiológico Localizado da freqüência e fatores de risco para enteroparasitoese e sua correlação com o estado nutricional de crianças em idade pré-escolar. Publ. UEPG: Ciências Biológicas. Saúde, Ponta Grossa, 12 (4): 33-40, dez 2006. 10. FROTA, MA; PASCO, EG; BEZERRA, MDM; MARTINS, MC; MÁ ALIMENTAÇÃO: FATOR QUE INFLUENCIA NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA. Rev. APS, 12 (3): 278-284 jul/set, 2009. 11. GALVÃO JUNIOR, AC. Desafios para a universalização dos serviços de água e esgoto no Brasil. Rev Panam Salud Publica, Public Helth, 25 (6): 548-556, 2009. 12. LIBÂNIO, PAC; CHERNICHARO, CAL & NASCIMENTO, NO. A dimensão da qualidade de água: avaliação da relação entre indicadores sociais, de disponibilidade hídrica, de saneamento e de saúde pública. Engenharia Sanitária e Ambiental, 10 (3): 219-228 jul/set 2005. 13. LOPES, M. S. V.; VIEIRA, N. F. C. Cuidando da criança desnutrida, sobrevivendo apesar da adversidade do contexto familiar. In: BARROSO, M. G. T.; VIEIRA, N. F. C.; VARELA, Z. M. V. Saúde da família II: espaço de incertezas e possibilidades. Fortaleza: Sociedade Brasileira de Enfermeiros Escritores; 2005, p.43-56. 14. LUDWING, KM; FREI, F; ALVARES FILHO, F & RIBEIRO-PAES, JT. Correlação entre saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis Estado de São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 32 (5): 547-555, set/out 1999. 14

15. MACHADO, RC; MARCARI, EL; CRISTANTE, SFV & CARARETO, CMA. Giardíase e helmintíase em crianças de creches e escolas de 1 e 2 graus (públicas e privadas) da cidade de Mirassol (SP, Brasil). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 32 (6): 697-704, nov/dez 1999. 16. MOREIRA, T. Saneamento Básico: Desafios e Oportunidades. BNDES. Caderno de infra-estrutura-saneamento básico, 2002 17. PAULILO, MAS & RODOLPHO, IPF. A desnutrição infantil e seu significado social. Serviço Social em Revista, Universidade Estadual de Londrina, 5 (2), jan/jul 2003. 18. PEDRAZZANI, ES; MELLO, DA; PRIPAS, S; FUCI, M; BARBOSA, CAA & SANTORO, MC. Helmintoses intestinais, II Prevalência e correlação com renda, tamanho da família, anemia e estado nutricional. Revista Saúde pública, São Paulo, 22 (5): 384-389, 1988. 19. PEDROSO, RS; SIQUEIRA, RV. Pesquisa de cistos de protozoários, larvas e ovos de helmintos em chupetas. Jornal da Pediatria, 73 (1): 21-25, 1997. 20. PITTNER, E; MORAES, IF; SANCHES, HF; TRINCAUS, MR; RAIMONDO, ML & MONTEIRO, MC. Enteroparasitoses em crianças de uma comunidade escolar na cidade de Guarapuava, PR. Revista Salus-Guarapava-PR, 1 (1): 97-100, jan/jun 2007. 21. PRADO, MS; BARRETO, LM; STRINA, A; FARIA, JAS; NOBRE, AA & JESUS, SR. Prevalência e intensidade da infecção por parasitas intestinais em crianças na idade escolar na Cidade de salvador (Bahia, Brasil). Revista da sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34 (1): 99-101, Jan/Fev 2001. 15

22. QUADROS, RM; MARQUES, S; ARRUDA, AAR; DELFES, PSWR; MEDEIROS, IAA. Parasitoses intestinais em centros de educação infantil municipal de Lages, SC, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 37 (5): 422-423, 2004. 23. UNICEF. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Situação Mundial da Infância. Brasília: UNICEF, 2003. 16