Direito Empresarial A figura do empresário



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Transcrição:

Direito Empresarial A figura do empresário Olá. Como estão?! Hoje trataremos sobre um tema interessantíssimo (e básico) no direito empresarial. Falaremos sobre a figura do empresário. Vamos brincar? Boa leitura... 1. (DPE/SP/2009/FCC) Para que uma pessoa possa ser reputada empresária tem-se que verificar sua inscrição perante o Registro Público de Empresas Mercantis. A questão trata da figura do empresário. Inicialmente, devemos perguntar: o que é empresário? O Código Civil (art. 966) o define como aquele exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. São estes, pois, repitamos, os requisitos para caracterização como empresário: Empresário Profissionalismo Organização Capacidade Atividade econômica (produção e circulação de bens ou serviços) Profissionalismo: O negócio não pode ser praticado em caráter eventual, mas deve ser feito rotineiramente, assumindo-o o empresário como seu ofício. Assim, uma pessoa que vende o seu carro a um terceiro não será caracterizada como empresária por este motivo. Organização: A pessoa deve praticar a atividade de forma organizada, dispondo do chamado estabelecimento empresarial, que é o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, utilizados para o exercício da atividade. Atividade econômica: Vejam que o Código arrolou tanto a circulação de bens como a prestação de serviços. Ressalvadas estão, via de regra, as atividades intelectuais que possuam

natureza científica, literária ou artística, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Repitamos: Regra Atividades intelectuais, científicas, literárias, artísticas não caracterizam exercício de empresa. Ex: Médico que tem milhares de pacientes com base em sua fama pessoal como profissional. Exceção Se o exercício da profissão constituir elemento da empresa. Ex: O hospital onde esse médico trabalha como plantonista e os pacientes sequer sabem de sua existência. O exercício da profissão (a medicina) constitui elemento de empresa (hospital). Atenção: os artigos 966 e parágrafo único são importantíssimos para a prova. Por fim, falemos da capacidade. Segundo o artigo 972 do Código Civil, podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Voltando à questão... Do conceito de empresário abstraímos alguns requisitos como o profissionalismo, atividade econômica organizada, capacidade, organização. Falou-se aqui, em algum momento, no registro do empresário como requisito para caracterização como tal? Não! Contudo, o Código Civil estabeleceu que: Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. O que podemos concluir disso? Simples! O registro é obrigação legal a todos os empresários imposta. Não obstante, um empresário que não o faça não deixará de sê-lo por este motivo. Encontrar-se-á, tão-somente, em situação irregular. Algumas conseqüências advêm da não providência do registro, como exemplo: a vedação de requerer para si recuperação judicial ou extrajudicial e a responsabilidade pessoal e ilimitada dos sócios também surgirá. Além do mais, poderá ser requerida a falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial do empresário irregular. Decretando-a, incorrerá o empresário irregular em ilícito penal, previsto no artigo 178 da Lei de Falência, cuja sanção é detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constituir crime mais grave.

Repita-se: a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis não é requisito previsto no artigo 966, mas é obrigação imposta aos empresários no artigo 967, um empresário que não o faça não deixará de sê-lo por este motivo. O gabarito da questão é, portanto, falso. Viram como é fácil?! Próxima questão sobre empresário! 2. (FCC/Promotor de Justiça MP CE/2009) Assinale a alternativa correta. a) No ordenamento brasileiro, o incapaz não pode exercer a atividade de empresário, pois sobre os seus bens não podem recair os resultados negativos da empresa. b) O empresário casado, com exceção do regime de separação absoluta de bens, deve proceder à averbação dos pactos e declarações antenupciais no Registro Público de Empresas Mercantis, bem como fazer inserir nos assentamentos do registros público de imóveis a outorga uxória quando de gravação com ônus ou de alienação dos bens imóveis do patrimônio empresarial. c) Deve o empresário operar no mercado sob firma constituída, a qual poderá ser seu nome completo ou abreviado e, se quiser, designação de sua pessoa ou da atividade exercida. d) A instituição de sucursal, agência ou filial implica na averbação no primeiro assento do Registro Público de Empresas Mercantis para que se tenha como regular a atividade desta, sendo desnecessária outra inscrição. Comentários Falaremos sobre a capacidade e impedimento para o exercício da empresa... Segundo o artigo 972 do Código Civil, podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Atente-se que não basta o pleno gozo da capacidade civil - que, via de regra, se dá aos 18 anos, quando a pessoa se torna capaz para todos os atos da vida civil -, é necessário, também, que não seja o empresário pessoa legalmente impedida, como são os magistrados, militares, servidores públicos federais. Frise-se: deve o empresário atender cumulativamente os dois requisitos, não ser impedido e estar no pleno gozo da capacidade civil.

A regra é o pleno gozo da capacidade civil. Porém, existem casos em que o incapaz poderá continuar e nunca dar início a atividade empresarial, adquirindo status de empresário. São as seguintes situações: 1) Incapacidade superveniente. Determinada pessoa era capaz e, após determinado acontecimento, torna-se incapaz para os atos da vida civil. 2) Falecimento ou ausência dos pais. Ressalve-se que em ambos os casos é exigida autorização judicial. Além disso, exige-se que o incapaz seja representado ou assistido, conforme seja absoluta ou relativa a incapacidade. Vamos à questão a: No ordenamento brasileiro, o incapaz não pode exercer a atividade de empresário, pois sobre os seus bens não podem recair os resultados negativos da empresa. Isso é verdadeiro ou falso? Ora, é falso! Por quê? Empresário Regra: Capaz Exceções Incapacidade Superv. Herança A alternativa B está incorreta também. A resposta a este item encontra-se nos seguintes dispositivos do Código Civil: Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade. Vamos lá. Ao item! Dividindo-o por partes: b) O empresário casado, com exceção do regime de separação absoluta de bens, deve proceder à averbação dos pactos e declarações antenupciais no Registro Público de Empresas Mercantis (...). Até aqui a questão já estaria falsa. O Código ressalvou o regime de separação absoluta? Não! Não ressalvou. Continuemos a análise da questão, da parte restante (...) bem como fazer inserir nos assentamentos do registro público de

imóveis a outorga uxória quando de gravação com ônus ou de alienação dos bens imóveis do patrimônio empresarial. Para a prática de determinados atos, a lei exige que a pessoa casada tenha o consentimento do outro cônjuge (marido ou esposa). Essa autorização é o que se denomina outorga uxória. Segundo o artigo 978, é necessária a outorga uxória para alienar ou gravar de ônus os bens empresariais? Não! O item está, mais uma vez, falso. O item c é o gabarito da questão e está correto. O Código Civil definiu como empresário (art. 966) aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Esse conceito serve para as duas espécies de empresários existentes no ordenamento jurídico: a) empresário individual; e b) empresário coletivo (sociedade empresária). Todo o empresário, seja individual, seja sociedade, possui um nome empresarial, que funciona tal como o nome de uma pessoa natural. Assim, da mesma forma que o nome Gabriel Rabelo pode gerar obrigações e direitos para a minha pessoa natural, a sociedade cujo nome é Celso - Casa do Peixe Limitada pode ser sujeito de direitos e obrigações. Nome empresarial é o nome adotado pela pessoa física ou jurídica para o exercício da atividade por ele desenvolvida e por cujo meio se identifica. Repita-se: Nome empresarial é a designação que serve tanto para indicar o nome do empresário quanto para indicar o exercício da atividade por ele desenvolvida, que pode ser de um empresário individual - pessoa física ou natural - ou de uma sociedade empresarial - pessoa jurídica. O nome empresarial subdivide-se em duas espécies: a) firma ou razão e b) denominação. A firma ou razão comercial, por sua vez, subdivide-se em: a) Firma ou razão individual, quando se referir a empresário individual; e b) Firma ou razão social, quando se referir à sociedade empresarial. Portanto, o empresário individual atua sob firma ou razão individual, cuja composição constitui-se do nome civil, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa de sua pessoa ou atividade.

É este o teor do artigo 1.156 do Código Civil: O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Exemplo: João A. S. Silva Marceneiro. Por fim, analisemos a alternativa incorreta d: A instituição de sucursal, agência ou filial implica na averbação no primeiro assento do Registro Público de Empresas Mercantis para que se tenha como regular a atividade desta, sendo desnecessária outra inscrição. Veja o teor do artigo 969 do Código Civil: Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. Assim, se determinada sociedade empresária tem sede em São Paulo e deseja se instalar no Rio de Janeiro, deverá averbar a constituição em São Paulo e, também, requerer nova inscrição no Rio de Janeiro. O gabarito está falso. Gabarito C. Por hoje é só. As dúvidas podem ser enviadas para o e-mail gabriel@pontodosconcursos.com.br Um abraço. Gabriel Rabelo.