Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, 2

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DA UNIFORMIDADE DA IRRIGAÇÃO DE GOTEJAMENTO NA CULTURA DO FEIJÃO Apresentação: Pôster Amanda Maria Bonfim de Souza 1 ; Keize Pricila Alves Damasceno 2 ; Leonardo Nunes das Neves 3 ; Mikaely dos Santos Lira 4 Evandro Carlos Fischer 5 Introdução A uniformidade de distribuição de água é o fator essencial no que se refere a avaliação do desempenho de sistemas de irrigação, sendo que a utilização do coeficiente correto torna-se fator decisivo para o sucesso desse sistema. Atualmente busca-se um sistema de irrigação mais eficiente e capaz de suprir a necessidade da cultura de acordo com a disponibilidade de água no terreno ou no local de implantação do projeto, porém sabe-se que a distribuição da água aplicada dificilmente será uniforme, e a mensuração dessa variabilidade é fundamental na avaliação do desempenho da irrigação (SILVA, et al. 2004). Muitos coeficientes são usados para expressar a variabilidade de distribuição da água aplicada por um sistema de irrigação por aspersão, na superfície do solo. O primeiro deles foi proposto por Christiansen (1942) e adota o desvio médio absoluto como medida de dispersão (CUC). Wilcox & Swailes (1947) propuseram um coeficiente de uniformidade utilizando o desviopadrão como medida de dispersão, para o qual se aceitam valores acima de 75% (CUE); já Criddle et al. (1956) introduziram outra medida da uniformidade, considerando a razão entre a média do menor quartil e a lâmina média coletada (CUD) (ROCHA, et al., 1999). Diante disso, o objetivo do presente trabalho é avaliar o Coeficiente de uniformidade (CUD), (CUC), (CUE), da água em um sistema de irrigação por gotejamento localizado na cultura do feijão de diferentes espécies. 1 Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, amandamariabonfimdesouza@gmail.com 2 Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, keizedamasceno@hotmail.com 3 Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, leonardopesquisa@outlook.com 4 Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, mikaelylira@hotmail.com 5 Professor do curso de Bacharelado em Agronomia UFT, Instituto Federal do Tocantins, evandrocfischer@hotmail.com

Fundamentação Teórica Segundo os autores citados anteriormente, observou que para se obter um resultado satisfatório, deve-se seguir os padrões do coeficiente usando a tabela de recomendação, ou seja, uma boa uniformidade do sistema de irrigação é notório o efeito do rendimento das culturas e no desenvolvimento das mesmas, como também é considerada um dos fatores mais importantes no dimensionamento e operação no sistema de irrigação, proporcionando assim o sucesso no cultivo e no sistema em si. A avaliação da irrigação é uma importante etapa para obter as informações relacionadas à eficiência de uso da água do sistema de irrigação, perdas durante a aplicação e uniformidade de distribuição de água, funcionamento real do sistema e necessidade de manutenção. De acordo com Faria et al. (2004), a uniformidade de aplicação de água pelos gotejadores é fator fundamental ao sucesso do empreendimento. Este método tem sido bastante utilizado devido suas características de aplicações de pequenas vazões e alta frequência, aplicação de fertilizantes via água de irrigação, baixas pressões e alta eficiência possibilitando um controle da lâmina de irrigação. Metodologia O trabalho experimental de forma quantitativa, sendo desenvolvido no setor de Fruticultura do Campus Araguatins, Instituto Federal do Tocantins - IFTO, que fica localizada próximo ao povoado Santa Tereza km 05 região Norte do Tocantins, situado a 05º 38 40 Sul e 48 4 21 Oeste e 117,64 m de altitude. A água utilizada foi proveniente do Rio Taquari localizada próximo a área experimental e bombeada por uma bomba de 4 cv de potência. Os gotejadores possuem uma vazão de 1,5 l/h. Foram realizadas 16 avaliações em um sistema de irrigação por gotejamento, com gotejadores autocompensantes, cujo espaçamento é de 0,2 m gotejadores e 0,25 metros entre linhas, utilizando a metodologia proposta por KELLER e KARMELI (1975), sendo avaliado as 4 linhas, ou seja, a primeira linha, as localizadas a 1/3, a 2/3 do início da parcela e a última. Foram avaliados em cada linha 4 gotejadores, sendo, o primeiro e os localizados a 1/3, a 2/3 do início da linha de derivação e o último, totalizando 16 gotejadores. Utilizou-se um cronômetro e uma proveta volumétrica com capacidade para 50 ml, para a coleta da água foram colocados sob os 16 gotejadores recipientes de plástico que acumulavam a

água que gotejava, após 2 minutos todos os recipientes eram retirados ao mesmo tempo, e posteriormente era efetuada a medição da quantidade de água acumulada. Por fim, os volumes coletados foram convertidos para L h -1. Após a coleta dos dados em campo, os mesmos foram devidamente calculados obtendo os valores da CUD (equação 1), CUC (equação 2), CUE (equação 3). Utilizando as seguintes equações: CUD = q25% qm x10 (1) CUD = Coeficiente de uniformidade, em %; q25% = média das menores vazões observadas, em L h -1 ; qm = vazão média dos gotejadores, em L h -1. CUC = 100 ( 1 n i Qi Q nq ) (2) CUC = coeficiente de uniformidade de Christiansen, em %; Qi = vazão de cada gotejador, em L h -1 ; Q = média das vazões coletadas de todos os gotejadores (l/h); n = número de observações. CUE = 100(1 Sd Qmed ) (3) CUE - coeficiente de uniformidade estatístico, em %; Sd - desvio-padrão dos valores de precipitação, em (Lh -1 ); Qmed = média das vazões coletadas nos gotejadores na subárea, (Lh -1 ). Para a interpretação dos valores obtidos pela CUD utilizou-se a metodologia de MERRIAN & KELLER (1978), onde o CUD maior que 90% classificamos-se como excelente; entre 80% e 90%, bom; 70% e 80%, regular; e menor que 70% é ruim, Tabela 1.

Tabela 1: Classificação da CUD. Fonte: Própria PARÂMETROS AVALIADOS CLASSIFICAÇAO 90% a 100% Excelente 80% a 90% Bom 70% a 80% Regular Menor que 70% Ruim Resultados e Discussões Na Tabela 2, observam-se os valores de cada gotejador coletado juntamente com o valor da média, dessa forma, obtemos os valores de CUC, CUD e CUE como mostra a seguir. Observou-se de acordo com a Tabela 3, que o sistema apresentou uma classificação bom em relação a o Coeficientes de Uniformidade (CUD), (CUE) e (CUC) classifica-se como excelente. Tabela 2: Valores coletados em ml no campo dos 16 gotejadores. Fonte: Própria Emissor 1 Emissor 2 Emissor 3 Emissor 4 Linha 1 21,3 21 20,5 18,4 Linha 2 16,5 20,5 18 21 Linha 3 19 19,9 20,5 20,4 Linha 4 19,5 20 21 21 Média 20,45 Tabela 3: Valores e classificação do coeficiente de uniformidade de distribuição de água em um sistema de irrigação por gotejamento. Fonte: Própria MÉTODO VALORES OBTIDOS (%) CLASSIFICAÇAO CUD 88,99756% Bom CUC 95,38509% Excelente CUE 92,9408% Excelente A CUD foi de 88,99756%, sendo menor do que a CUC de 95,38509%. Rezende (1992) afirma que o fato de CUD ser sempre menor que CUC é inerente às variáveis das equações

utilizadas na determinação desses coeficientes, pois no cálculo de CUD consideram-se apenas 25% da área que recebeu menos água. Essas conclusões foram afirmadas por Keller e Bliesner (1990), que considera que a CUD é o mais rigoroso para o dimensionamento e a avaliação em campo de sistema de irrigação, entretanto mesmo sendo o CUD mais rigoroso, este não apresenta uma boa discriminação e logo não identificam de maneira adequada os distúrbios de vazão. Dessa forma, nota-se que a CUD é sensível às variações na distribuição de água de um sistema de irrigação, o mesmo foi constatado por Souza et al. (2006) ao avaliar o sistemas de irrigação por gotejamento no cultivo de café. Conclusões Os resultados obtidos das avaliações do sistema de irrigação foram satisfatórios, porém o CUD apresentou o menor valor em porcentagem em relação aos demais, sendo necessário aprimorar o manejo e a manutenção no sistema de irrigação para que ocorra um aumento na eficiência de aplicação. Referências BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de Irrigação. 8ª Ed. Viçosa, Ed. UFV, 2006, 625p. FARIA, L. F.; COELHO, R. D.; RESENDE, R. S. Variação de vazão de gotejadores de fluxo normal enterrados na irrigação de café. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 589-602, 2004. SILVA, E. M.; LIMA, J. E. F. W.; AZEVEDO, J. A.; RODRIGUES, L. N. Proposição de um modelo matemático para a avaliação do desempenho de sistemas de irrigação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.39, n.8, p.741-748, 2004. ROCHA, Eder Manoel de Moura; COSTA, Raimundo Nonato Távora; MAPURUNGA, Shirley Maria da Silva; CASTRO, Pulo Teodoro. UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POR ASPERSÃO CONVENCIONAL NA SUPERFÍCIE E NO PERFIL DO SOLO. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.3, n.2, p.154-160, 1999 Campina Grande, PB, DEAg/UFPB. SOUZA, L. O. C.; MANTOVANI, E. C.; SOARES, A. A.; RAMOS, M. M.; FREITAS, P. S.L. Avaliação de sistemas de irrigação por gotejamento, utilizados na cafeicultura. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, v.10, n.3, jul./set. 2006. KELLER, J.; BLIESNER, R.D. Sprinkle and trickle irrigation. New York: van Nostrand Reinhold, 1990. p 615.