Seminário Crise Mundial e Desenvolvimento Regional: Desafios e Oportunidades Recursos Hídricos - Uma abordagem de desenvolvimento para o semiárido nordestino Eduardo Kaplan Barbosa Programa de Mestrado IPPUR/ UFRJ
O Nordeste na formação econômica brasileira Ciclos econômicos incapazes de gerar dinâmica interna Industrialização Mercado consumidor preferencial do Centro- Sul Fornecedor de divisas internacionais Fornecedor de mão-de-obra Desenvolvimento restrito ao litoral, com exceções Espaço ainda a ser incorporado no desenvolvimento nacional
Desigualdades brasileiras Distribuição demográfica Fonte: GeoBNDES
Região populosa Baixo IDH e nível de renda Formas de alcançar coerência regional Coordenação federal Cooesão produtiva estrutural
Desigualdades brasileiras Desigualdades de renda Desigualdades da disponibilidade hídrica Fonte: ANA
O Semiárido Brasileiro Chuvas Volume de precipitação alto para um ambiente semiárido Elevada variância no período de incidência Solo e vegetação Solo impermeável e vegetação de caatinga Implicações para a agricultura Poucas culturas são adaptáveis
As políticas de desenvolvimento regional no Nordeste A política de soluções hidráulicas Início a partir da grande seca de 1877 Utilização de Frentes de Trabalho como paliativo social, sem devida preocupação técnica Maioria dos açudes constituem apenas reservas intraanuais Ausência de infraestrutura para aproveitamento da água acumulada Investimentos público em benefício de poucos grupos
Rede Hidrográfica do Nordeste Setentrional Fonte: ANA
O Semiárido Brasileiro Hidrografia e Água acumulada na superfície Densa rede hidrográfica Transbordamento Ociosidade proposital Elevado índice de evaporação Baixo aproveitamento
Propostas para abastecimento hídrico Cisternas Poços artesianos Programa Água Doce (MMA/ EMBRAPA/ UFCG/ BNDES) Atlas Nordeste Desenvolvimento socioeconômico vai além do consumo humano
Água e Desenvolvimento Agricultura de maior valor agregado Garantia de Fluxo constante de Água Agroindústria Economia urbana Redes de cidades Indústrias diversificadas
A Transposição do Rio São Francisco O rio São Francisco 2.830 km, percorrendo MG, BA, PE, SE e AL Vazão firme:1.850 m³/ s Consumo de suas águas: 91m³/s (5%) Histórico dos projetos de transposição do rio São Francisco 1859 1913 Vazão retirada Área beneficiada 1970 1994
A Transposição do Rio São Francisco Números do PISF: Retirada média de 65 m³/s (2%) Captação em dois pontos e variável ao longo do tempo 13 portais intermediários
A Transposição do Rio São Francisco Principais efeitos diretos Perenização de rios de quatro importantes bacias Interligação entre os açudes, gerando sinergia Segurança hídrica para cidades, agricultura e indústrias
Implicações para a política de recursos hídricos Principais objetivos Atender às prioridades e estimular o uso múltiplo da água Aumentar a eficiência econômica da água No caso do PISF Garantir a sustentabilidade econômicofinanceira da infraestrutura da transposição
Implicações para a política de recursos hídricos Principais questões Como alocar a água transposta entre as diferentes bacias? Como evitar desperdícios e garantir a eficiência econômica no uso da água?
Implicações para a política de recursos hídricos Política de Gestão de Recursos Hídricos Principais mecanismos Outorga do direito ao uso controle quantitativo Cobrança pelo uso componente do custo da produção agrícola Principais desafios Uso eficiente Reuso
Implicações para a política de recursos hídricos Cobrança pelo uso Preço da água componente do custo da produção agrícola Incentivo à produção agrícola de maior valor agregado Mecanismos de realocação do uso da água
Implicações para a política de recursos hídricos Considerações finais A oferta de água atende condições necessárias ao desenvolvimento econômico e social da região O desenvolvimento depende ainda da definição e implementação dos instrumentos da política das águas A Política de Recursos Hídricos é um componente essencial das políticas de desenvolvimento regional para o Nordeste.