Boletim Aon. Editorial. Nesta edição. Aon Risk Solutions

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Transcrição:

Aon Risk Solutions Editorial Nesta edição Riscos Marítimos: Oano de 2013 demonstrou novamente como o mercado de seguros brasileiro se mostra pujante e descolado da trajetória de crescimento econômico. Enquanto dados são produzidos para estimar o crescimento da economia brasileira, que deve variar por volta de 1% a 2%, o mercado de seguros em ramos elementares apontou para um crescimento de aproximadamente 18%. Esse crescimento de dois dígitos é puxado principalmente pelos ramos Rural, Habitacional, Riscos Financeiros e Automóvel, demonstrando o potencial do agronegócio e o resultado do aumento de crédito, que possibilitou o crescimento do consumo e o acesso a residências e automóveis. Graças a tal crescimento, há um contínuo interesse por empresas nacionais e estrangeiras em ingressar no país. É impressionante ver a quantidade de novos players no mercado brasileiro, movimentando de forma sustentável esse importante segmento da economia. E ingressamos no ano de 2014 com grandes expectativas. Com eventos que certamente mexem com a agenda de todos, como a Copa do Mundo e as eleições, entendemos que muitas oportunidades virão. A economia não cresce nos níveis de que um país como o nosso precisa, mas estamos praticamente em pleno emprego, e o crescimento da economia norte-americana, assim como o início, mesmo que lento, da recuperação da economia europeia, pode gerar outras oportunidades para o país. E, em determinados segmentos, a expectativa é muito grande. Estamos preparados para atender à demanda de alguns segmentos que em 2014 têm tudo para gerar novas oportunidades, como Varejo, Entretenimento, Logística, Portos e Energia, Infraestrutura e Concessões, entre outros. Nosso objetivo é continuar oferecendo serviços diferenciados e soluções inovadoras, contando com o apoio de nossas equipes e de nossos parceiros seguradores e resseguradores. Marcelo Homburger Vice-Presidente-Executivo & Chief Broking Officer Aon Risk Solutions Brasil A necessidade de compatibilizar o mercado de seguros com o crescimento da indústria naval AGRC Consultoria em Gestão de Riscos: Nova ferramenta de gerenciamento do custo total do risco pode reduzir gastos em até 15% Produtos Financeiros: Seguro de Crédito como instrumento de mitigação de riscos financeiros Infraestrutura: Riscos decorrentes de ataques cibernéticos para as companhias de energia Riscos Políticos: Quais são hoje as maiores preocupações das empresas brasileiras que investem no exterior? AGCN Rede Global de Atendimento: Provendo um programa global Óleo & Gás: Riscos do pré-sal Unidades Regionais: Aon planeja investir no crescimento da Filial Salvador

por Maria Helena Carbone Riscos Marítimos A necessidade de compatibilizar o mercado de seguros com o crescimento da indústria naval Oacelerado crescimento apresentado atualmente pela indústria naval em todo o mundo é motivo de muita preocupação no mercado segurador internacional. E o Brasil está completamente inserido nesse contexto. A realidade é que a indústria naval brasileira também vem apresentando níveis elevados de crescimento e o segmento de Seguros precisa estar muito atento a esse movimento, uma vez que o risco por embarcação está se tornando maior. Um exemplo bastante recente é o risco (sinistro) apresentado por um único navio da empresa Maesk Triple-E, que já chegou ao patamar de US$ 1,8 bilhão. Em outras palavras, o mercado naval concentra cada vez mais riscos em menos unidades e maior tonelagem. Diante desse cenário, é importante que os players do mercado segurador nacional comecem a reavaliar o modelo de análise de risco utilizado no Brasil, totalmente baseado no modelo inglês. É chegada a hora de analisar seriamente como outros países enfrentam esse novo momento da indústria naval, e, nesse contexto, o modelo norueguês surge como a melhor opção para o mercado brasileiro, tendo em vista a forma como equilibra as relações comerciais e de atendimento entre o segurador e o segurado. A principal diferença entre o sistema nórdico e o inglês está na modalidade All Risk, apólice que cobre todos os riscos, desde que não estejam na relação de exclusões. O modelo utilizado atualmente no Brasil é restritivo, pois tudo tem de estar discriminado na apólice. O modelo norueguês, por sua vez, é proativo, ou seja, baseia-se em oferecer o melhor produto aos clientes em termos de prestação de serviços, e não simplesmente ser o mais barato. Caso, por exemplo, determinado navio apresente um sinistro provocado por um agente não previsto nas cláusulas de exclusão (como uma bactéria desconhecida, capaz de corroer o aço do casco das embarcações), a indenização será paga, pois trata-se de uma situação não prevista como excluída. A ideia por trás desse modelo é, efetivamente, apoiar a empresa de navegação, cujo principal negócio é navegar. Administrar os riscos e os sinistros fica a cargo dos seguradores. As apólices, no sistema nórdico, são revistas a cada três anos para cumprir os procedimentos necessários para acompanhar o elevado dinamismo do mercado. Assim, essa questão não pode resumir-se simplesmente a vender seguros. Se as seguradoras souberem apoiar da maneira correta seus clientes, a solução dos problemas estará simplificada e as diferentes modalidades de coberturas abrangidas pelas apólices terão preços mais acessíveis. Algumas empresas no Brasil já começam a verificar a maior eficácia do modelo norueguês. O maior desafio é fazer com que essa conscientização se dissemine pelo mercado. A legislação brasileira necessita de poucas adaptações para que esse modelo mais moderno de atuação, tal qual ele acontece no exterior, se sobreponha ao atual, algo que a própria Susep tem condições de viabilizar no Poder Legislativo.

por Alexandre Botelho AGRC Consultoria em Gestão de Riscos Nova ferramenta de gerenciamento do custo total do risco pode reduzir gastos em até 15% AAon acaba de trazer para o Brasil o TCOR (Total Cost of Risk), ferramenta de análise de mercado à disposição dos clientes que vai além da tradicional avaliação e verifica quais são as apólices mais indicadas de acordo com a exposição e o apetite de risco das empresas. Trata-se de uma nova metodologia de gestão que aperfeiçoa a carteira de seguros das companhias e reduz despesas, sem comprometer coberturas e limites segurados. Hayden Lewis, especialista que atua na Aon Miami (EUA), explica que empresas que têm como estratégia transferir grande parte do risco estão sujeitas a custos mais elevados e ineficiências, enquanto assumir a maior parte dos prejuízos aumenta a volatilidade. É preciso determinar o balanceamento ideal de transferência de risco, entender quanto é aconselhável reter e em quais condições. É isso que o TCOR oferece. A redução de custos pode chegar a 15%, diz. Nossa abordagem integra análises financeiras, atuariais e do mercado segurador. Fazemos uma série de simulações para verificar a exposição a todos os riscos, sejam mais ou menos frequentes Hayden Lewis O TCOR identifica e consolida prêmios, custos de retenções e monitoramento de riscos para otimizar o retorno do portfólio de seguros e controlar a exposição a perdas catastróficas. Assim, a Aon deseja oferecer a seus clientes uma metodologia que garanta a alocação eficiente de capital. Além de auxiliar na análise e direcionamento das estratégias de gestão de riscos e eficiência financeira, a ferramenta possibilita demonstrar aos sócios e acionistas o processo de tomada de decisão para controlar riscos e perdas.

por Eduardo Burmann Produtos Financeiros Seguro de Crédito como instrumento de mitigação de riscos financeiros Ocenário econômico recente tem destacado o risco de crédito como uma questão estratégica. As empresas precisam proteger seus balanços e otimizar o fluxo de caixa, minimizando o impacto da inadimplência e garantindo a continuidade dos negócios. Apesar de ser a principal porta de entrada de recursos no negócio, o contas a receber geralmente não se utiliza de nenhuma ferramenta de proteção, sendo responsável pelo maior gap de cobertura entre todos os ativos. As corporações vêm buscando soluções para mitigar o risco de não pagamento e proteger suas receitas nas transações comerciais, sejam elas em território nacional ou internacional. O Seguro de Crédito oferece proteção para recebíveis contra o risco de perdas causadas por inadimplência, insolvência ou eventos de ordem política. A cobertura é desenhada para evitar perdas em todas as faixas da carteira, reduzir o risco de concentração nos maiores clientes e proporcionar a transferência de risco para o mercado segurador. Atualmente, apesar de a sinistralidade média ser superior a 70%, está ocorrendo um investimento gradativo no Brasil pelas seguradoras multinacionais, que vislumbram no mercado brasileiro uma alternativa à estagnação na Europa e nos EUA. Em 2014, com a entrada já confirmada de Ace, XL e Swiss Re nessa linha de seguro, esperase maior competitividade e busca acirrada de novos clientes. Apólice Projetos Recentemente, a Aon desenvolveu no mercado uma apólice inovadora para empresas que executem projetos de construção ou que forneçam equipamentos ou serviços para a execução de obras. Percebemos que as empresas contratadas tendem a buscar no mercado segurador uma apólice que garanta que elas executarão o projeto, pois nunca buscaram cobertura garantindo que receberão pela execução. Assim, desenhamos uma apólice taylor made para cobrir o risco de não recebimento do contratante, visto que as despesas com material, mão de obra e fornecedores são fixas e começam a incorrer desde o início do projeto. Caso o contratante não cumpra com os pagamentos, o executor perde a única entrada de recursos, o que não apenas interfere na margem de lucro, mas suga capital dos acionistas. Essa primeira apólice, desenvolvida para uma grande empresa multinacional, foi um sucesso. Além de cobrir os projetos já em execução, permitiu que a empresa expandisse sua base de clientes com mais segurança, tornando-se referência para as outras filiais na América Latina, podendo, ainda, ser replicada globalmente.

por Clemens Freitag Infraestrutura Riscos decorrentes de ataques cibernéticos para as companhias de energia Omundo atual é um grande emaranhado que envolve tudo aquilo que é tangível numa grande mistura com o ambiente virtual. Essa constante troca de informações engloba desde gigantes do comércio eletrônico, e-banking e e-government até as redes sociais individuais e corporativas. Todo esse cenário eleva o grau de probabilidade de ocorrerem ataques cibernéticos aos mais diversos sistemas. O aumento no volume de ocorrências e no nível de sofisticação de ataques hacker indica que a cobertura de seguro para riscos cibernéticos está se tornando uma preocupação para as grandes empresas e, particularmente, para as companhias de energia. Devido à evolução percebida nos crimes de natureza cibernética, as seguradoras têm relutado em amparar esse tipo de risco em suas apólices de danos à propriedade. Esse tipo de ação, normalmente, resulta na limitação de cobertura para danos oriundos desses ataques (como incêndio e explosão), na exclusão efetiva desse tipo de risco ou, na melhor das hipóteses, no desenvolvimento de produtos específicos para essa categoria de coberturas. Seguradoras atuantes no mercado de Londres reportaram uma recente elevação na demanda pela retirada desse tipo de exclusão, que usualmente abrange a perda de dados, incluindo aí as perdas causadas por vírus de computador, cavalos de Troia, vermes, bombasrelógio ou bombas lógicas e outras ameaças desse tipo. A equipe de segurança cibernética do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos aponta que ataques desse tipo relacionados aos sistemas de energia, abastecimento e gestão nuclear aumentaram 52% em 2013. O setor de energia foi o maior alvo desse tipo de ameaça e estima-se que a maior parte dos ataques permaneça oculta e desconhecida. Especificamente no que se refere às empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, os impactos de ataques cibernéticos à rede de computadores podem ser bastante significativos, abrangendo desde prejuízos decorrentes da interrupção nos negócios até danos à propriedade em si. No entanto, especialistas tendem a acreditar que a indústria de seguros possa efetivamente controlar riscos desse tipo, criar produtos e ofertar soluções apropriadas para ampará-los. Mesmo porque, embora significativos, ao retirarmos o gatilho cibernético da equação, percebemos que o mercado de seguros já oferece coberturas para as consequências acima descritas em muitas de suas apólices de danos materiais e responsabilidade civil. O fundamental seria, portanto, a adoção de uma criteriosa prática de subscrição para riscos dessa natureza, de modo que o mercado passe a expandir seu foco para além das reclamações meramente decorrentes da violação de dados que têm predominado nos últimos anos no que se refere aos produtos ofertados no mercado de seguros, mesmo que ainda de forma bastante incipiente.

por Keith Martin (Consultor) Riscos Políticos Quais são hoje as maiores preocupações das empresas brasileiras que investem no exterior? Sem dúvida, a maior preocupação geral das empresas brasileiras que investem no exterior este ano é a taxa de câmbio do dólar tanto a desvalorização do real como a flutuação. Num exemplo simples: uma companhia brasileira que queria adquirir uma empresa no exterior por US$ 500 milhões precisava de R$ 800 milhões pouco tempo atrás, quando o dólar valia R$ 1,60. Hoje, o mesmo investimento custa R$ 1.225 milhões, um aumento de mais de 50%. Adicionalmente, a falta de previsibilidade e a volatilidade dificultam tomar decisões que são de longo prazo. Para as empresas brasileiras e multinacionais no Brasil que importam bens e serviços, existe a mesma preocupação, ainda mais em setores em que é difícil repassar esse custo cambial ao consumidor final. Vale ressaltar: tristeza de uns, alegria de outros. Empresas brasileiras que exportam estão se beneficiando da desvalorização, que aumenta a competitividade dos bens e serviços produzidos no país. Na mesma linha de preocupações políticas macroeconômicas, a alta dos juros no Brasil e, consequentemente, o aperto do crédito disponível para as empresas preocupam o empresariado brasileiro, tanto para investimentos estrangeiros como no exterior. É importante destacar que, dependendo do investimento no exterior, pode ser mais vantajoso obter o financiamento localmente, no país anfitrião (o que protege a empresa também das flutuações cambiais). Porém, para tal estruturação, é importante avaliar todos os outros riscos envolvidos. Outra preocupação das empresas brasileiras é a instabilidade política e regulatória em vários países importantes para seus investimentos. Alguns países da América Latina que são parceiros naturais do Brasil possuem alto grau de risco de inconvertibilidade da moeda, de expropriação e de quebra de contrato pelo governo anfitrião. Esses riscos são apresentados no Mapa Global de Riscos Políticos, desenvolvido anualmente pela Aon. Além das restrições já existentes na Venezuela e na Argentina, o temor é que haja ainda mais interferência devido à piora da situação macroeconômica dos dois países e particularmente à escassez das reservas de moeda forte. Isso já está afetando tanto os investidores estrangeiros nesses países como as empresas exportadoras. Por todos esses motivos, é muito importante que as empresas façam uma análise prévia dos potenciais riscos políticos, regulatórios e macroeconômicos de seus investimentos e aquisições no exterior, ainda na fase de identificação, planejamento e estruturação. No Brasil, a Aon é a única empresa do ramo que possui uma equipe local especializada no assunto. Temos à disposição todas as ferramentas de análise e mitigação de riscos da preparação de uma matriz de riscos até a colocação de seguros contra os riscos de expropriação, quebra de contrato, inconvertibilidade da moeda e violência política (que inclui tumultos, greves, sabotagem, comoção civil, guerra e terrorismo).

por Christopher Wellington Fabio Ursaia AGCN Rede Global de Atendimento Provendo um programa global Oquestionamento de prosseguir ou não com um programa global de seguros centralizado pode ser uma enorme bifurcação para os tomadores de decisão. Porém, mesmo quando faz sentido absoluto, há sempre a questão de vender internamente os benefícios do programa global para as subsidiárias do grupo ao redor do mundo. Empresas subsidiárias têm os próprios relacionamentos com seguradoras e corretores locais e precisam ser convencidas a mudar para filiais locais da seguradora global, ou trabalhar com o corretor global, e ainda seguir as recomendações sobre prêmios, coberturas, franquias, limites e assim por diante. Não é um caso fácil para um risk manager, e muitas vezes é preciso contar com o apoio e assistência do provedor de seguro. Para Bruce Wineman, diretor da AGCN (Aon Global Client Network), em primeiro lugar, os programas globais devem espelhar a filosofia operacional subjacente da empresa. Tentar implementar um programa global controlado em uma empresa descentralizada é um desafio. A metodologia operacional e a cultura precisam apoiar a centralização das decisões de gestão de riscos e de compra de seguros. O que é uma retenção aceitável do ponto de vista corporativo pode ser esmagador quando visto sob a perspectiva de uma única subsidiária O controle é uma questão importante e os responsáveis nas subsidiárias correm o risco de se sentirem deixados de fora das decisões que podem impactar em suas operações. Eles também podem sentir a perda da capacidade de comunicar questões de risco e ficar isolados, reforça Wineman. Bruce Wineman Para as seguradoras, é importante assegurar que todas as partes envolvidas (risk manager, corretor e o escritório local da seguradora) realizem esforços conjuntos para definir o âmbito de cobertura, posicionamentos políticos locais e prazos esperados. A implementação de um programa global, centralizando coberturas de seguro em toda a rede do cliente, é um desafio, e fazê-lo pela primeira vez, por meio da consolidação das informações locais, pode ser ainda mais complexo. Depois que a empresa optou por seguir o caminho do programa global, é essencial que todas as subsidiárias entendam os benefícios e o valor agregado para a organização. Em alguns casos, uma subsidiária pode ter uma forte relação estabelecida com um corretor ou seguradora e, dessa forma, precisar de informações mais detalhadas sobre as vantagens de um programa global. A equipe global de gestão de riscos tem de trabalhar em estreita sintonia com seus representantes locais para garantir o sucesso do projeto. É extremamente útil quando um gerente de riscos fornece informações completas para as subsidiárias locais sobre como o programa vai funcionar, explica Wineman. Para que o gestor de risco tenha condições de explicar para as subsidiárias as claras vantagens de uma abordagem global (racionalização do processo de compra de seguros, administração de risco consistente e controle) é necessário contar com o suporte de um corretor global para detalhar o custo-benefício de uma colocação em vários territórios. É fundamental que exista transparência sobre o que deve ser coberto localmente e o que deve ser global a fim de atender a todas as necessidades.

por Paulo Niemeyer Óleo & Gás Riscos do pré-sal A produção do pré-sal no Brasil já é uma realidade e terá um papel fundamental para o desenvolvimento de nossa matriz energética, colocando o país como um dos maiores polos de exploração marítima de petróleo e gás. Para ter uma ideia da dimensão dos campos de pré-sal, a produção diária brasileira já superou os 300 mil barris de petróleo, com apenas 21 poços em operação, o que evidencia a alta produtividade desses campos. A expectativa é que em 2017 seja alcançada a produção diária de 1 milhão de barris e que em 2020 os campos de pré-sal representem metade da produção brasileira, chegando a 5,2 milhões de barris por dia. Com a exploração e a produção das reservas de pré-sal, surgem também grandes desafios a serem superados pela indústria, como recursos tecnológicos e operacionais, qualificação de mão de obra, regulamentação, questões tributárias, atendimento às regras locais, entre outros. Alguns recursos tecnológicos, por exemplo, tiveram de ser desenvolvidos pela Petrobras em parceria com importantes centros de pesquisa para garantir maior segurança e eficiência operacional, já que muitos campos de pré-sal encontram-se a 300 quilômetros da costa brasileira, em uma profundidade de 7.000 metros. Existe uma grande preocupação em relação às consequências de um possível acidente em águas profundas, principalmente após o desastre ambiental que aconteceu em 2010 no Golfo do México, considerado o maior incidente da história dos EUA. Na ocasião, a reação da indústria foi imediata e soou como um alerta mundial em relação à possibilidade de desastres em plataformas marítimas, exigindo-se maior segurança operacional das concessionárias, por meio de equipamentos mais sofisticados, implantação de planos emergenciais, treinamentos e maior preocupação com o meio ambiente. Apesar desse cenário, o Brasil apresenta um excelente histórico de segurança no setor, com o cumprimento de boas práticas e políticas ambientais em atendimento aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Um dia após a realização do leilão do Campo de Libra, no pré-sal, cujas reservas estimadas são de 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperáveis, o governo lançou o Plano Nacional de Contingência (PNC) para casos de vazamento de petróleo de grandes proporções no mar. A coordenação desse plano caberá à Marinha, se o acidente ocorrer em águas internacionais, ao Ibama, se for dentro das fronteiras marítimas nacionais, e à Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável também por acidentes que envolvam estruturas submarinas de perfuração e produção de petróleo. As atividades nas áreas do pré-sal são repletas de riscos, já que envolvem tarefas perigosas, como a perfuração de poços em profundidades elevadas, com pressões e temperaturas altíssimas, e a manipulação de grandes volumes de gás. Um único poço do pré-sal, por exemplo, pode custar até US$ 300 milhões para ser perfurado. Para garantir a segurança operacional e financeira das companhias que atuam no setor, a Aon oferece produtos e serviços específicos para o segmento de Óleo & Gás. O desenho adequado do programa de seguros garante a qualquer empresa a proteção necessária aos riscos que essa atividade representa. Fazem parte de uma boa prática de governança corporativa a gestão do risco e a aquisição de ferramentas, como o seguro, que protegem o patrimônio e o fluxo de caixa das empresas.

por Helenicy Lima Unidades Regionais Aon planeja investir no crescimento da Filial Salvador Aregião Nordeste, em especial a cidade de Salvador (BA), tem demonstrado, ao longo dos últimos anos, todo o seu potencial de crescimento em diversos segmentos. A capital baiana, além de ser um dos principais polos turísticos do país com todas as suas belezas naturais e de ordem histórico-cultural e o berço de grandes nomes artísticos do Brasil, também tem revelado sua vocação para os negócios, em diversos segmentos da atividade econômica. Não por acaso, a Aon tem a Filial Salvador como uma das mais importantes do país. Assim, por todo o seu potencial e pelos resultados que já vem alcançando, a Aon começa a expandir suas atividades na unidade baiana, de maneira a atingir, também, os demais estados nordestinos. Atualmente, a unidade Salvador da Aon e sua equipe de profissionais já se destacam em uma série de aspectos, tais como: Forte atuação em Análise de Riscos (consultoria); Atuação em Riscos de Engenharia e soluções de transferência de riscos para obras de infraestrutura, ampliação de unidades e construção de novas unidades residenciais e comerciais; Forte atuação em Seguro de Transportes no Nordeste, incluindo grandes transportadores locais; Fornecimento de capacidade de garantias para empresas; Desenvolvimento de novos produtos voltados para os setores de Óleo & Gás, Mineração e Indústria Eólica, que estão em franco crescimento no Nordeste; Oferta de inovações em produtos aos atuais e futuros clientes da filial com o know-how internacional, mas com o conhecimento de como tratar o cliente local, movimentando de maneira eficiente o mercado de seguros da região; Soluções desenvolvidas com base em análise detalhada dos riscos de cada cliente. Diante desse cenário, os planos de expansão da Aon para a Filial Salvador incluem diversas ações: Transformar a unidade em um hub para todo o Nordeste; Abertura de um escritório em Pernambuco, reportando diretamente à Filial Salvador; Deslocamento de profissionais experientes da equipe de Salvador para atendimento a clientes da região.