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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO SP. Processo nº 0000971-28.2013.5.02.0008 RITA DE CASSIA DA SILVA, qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista proposta em face de BASE BRASIL PLUS CORRETORA DE SEGUROS LTDA + BASE BRASIL BI CORRETORA DE SEGUROS LTDA, vem perante V.Exa., por seu advogado, interpor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos termos do artigo 535 do CPC, artigo 897-A da CLT e Súmula 297 do TST, o que o faz nos seguintes termos: A Reclamante pretende interpor Recurso Ordinário, nos termos do artigo 895, inciso I, da CLT. Assim, os presentes embargos estão sendo interpostos para sanar omissão e contradição da sentença, bem como para prequestionar nulidade processual, sem nenhum caráter protelatório (Artigo 5º, LV, da Constituição Federal e Súmula 98 do STJ). Esclarece a obreira que é a maior interessada quanto ao deslinde célere do feito, pois trabalhou sem registro na CTPS e não recebeu corretamente seus direitos trabalhistas. 1. DA PRELIMINAR DE NULIDADE DA REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL CERCEAMENTO DA PRODUÇÃO DA PROVA APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, LV, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 332 DO CPC APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 794 E 795, CAPUT, DA CLT Não concorda a reclamante com a r. sentença de fls. 370/373 que julgou a reclamação trabalhista improcedente.

A sentença indeferiu o vínculo empregatício, sob a fundamentação de que a prova produzida não favoreceu a autora, senão vejamos: A prova testemunhal, por seu turno, revelou-se dividida, sendo certo que cada testemunha ouvida corroborou a tese defendida pela parte que a convidara a depor, pelo que, não se desincumbiu a autora do ônus a que estava submetida por força do contido em o artigo 818 da CLT. Assim é que, enquanto a testemunha da reclamante declarou que esta comparecia diariamente à reclamada, que, por sua vez, lhe controlava a jornada e dava ordens através da Supervisora Liliana, a da ré, contrariamente, negou tais fatos, aduzindo que não havia dever de comparecimento diário, nem controle de horário ou subordinação. Disse que o setor de telemarketing distribuía listagens com clientes em potencial a quem quisesse visita-lo, sem exigência a fixação de metas. Deve portanto, prevalecer o trazido pela mencionada prova documental, o que deságua na improcedência dos pedidos. Assim, temos que a MM. Vara aplicou a regra da prova empatada para julgar o mérito da reclamação trabalhista. Ocorre que a prova somente ficou empatada/dividida, porque a MM. Vara cerceou a produção da prova da reclamante. A MM. Vara cerceou a produção da prova testemunhal da obreira ao indeferir as perguntas efetuadas a 2ª testemunha (fls. 215). Entende a obreira que essas perguntas eram pertinentes ao mérito da reclamação trabalhista para a comprovação dos requisitos do artigo 3º da CLT (pessoalidade e subordinação jurídica). Argui a reclamante, ora embargante, nulidade processual por cerceio probatório, afirmando que a 2ª testemunha não foi ouvida como deveria ser. Aponta a ocorrência de violação ao Princípio do Devido Processo Legal, ante o encerramento da instrução processual, sem que fossem esgotadas todas as provas que entendia necessárias à solução do litígio e com prejuízo para a embargante quando da prolação da sentença.

Desta forma, como a reclamação trabalhista foi julgada improcedente entende a reclamante que ocorreu a nulidade do ato judicial que indeferiu as perguntas efetuadas para a 2ª testemunha, o que acarretou o cerceamento da produção da prova e violação ao Princípio da Ampla Defesa e Contraditório (artigo 5º, LV, da CF e artigo 332 do CPC), devendo ser reaberta a instrução processual sendo designada nova audiência para que a MM. Vara realize novamente a oitiva da 2ª testemunha da obreira. Diante do exposto, requer a reclamante/embargante seja acolhida a preliminar arguida nos embargos de declaração para determinar a reabertura da instrução processual com a oitiva da testemunha Sra. Elaine Leite Lopes Gimenez e decorrente prolação de nova sentença. 2. DO MÉRITO OMISSÃO E CONTRADIÇÃO NA SENTENÇA DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO APLICAÇÃO DO ARTIGO 897-A DA CLT APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 3º, 13, 29 E 41 DA CLT Não concorda a reclamante com a r. sentença de fls. 370/373 que julgou a reclamação trabalhista improcedente. A sentença indeferiu o vínculo empregatício, sob a fundamentação de que a prova produzida não favoreceu a autora. A própria preposta da 1ª reclamada confirmou em seu depoimento às fls. 214 que a reclamante tinha um valor fixo de R$ 2.000,00 + comissões sobre as vendas efetuadas. A própria preposta da reclamada também confessou que a reclamante tinha metas a serem atingidas.

Esclarece a obreira que o depoimento da preposta desmente a contestação, pois a defesa diz que a obreira nunca recebeu valores fixos, mas apenas comissões sobre as vendas efetuadas (fls. 252 5º parágrafo). Registre-se que o próprio contrato celebrado entre as partes (fls. 30/32) estipula a jornada de trabalho de 2ª a 6ª feira das 08:30 às 17:30 horas. O contrato também estipula o pagamento de uma remuneração, situação clássica existente na relação de emprego. A 1ª testemunha da reclamante confirmou em seu depoimento que a reclamante laborava diariamente e que inclusive marcava cartão de ponto biométrico. Esclarece ainda a reclamante que durante todo o período somente laborou cumprindo ordens e atuando em serviços essenciais para o funcionamento da reclamada, ou seja, a reclamante sempre realizou tarefas que pertenciam a atividade fim da empresa. A vasta documentação juntada pela Reclamante em sua inicial comprova que existia a prestação de serviços de forma pessoal e contínua, sendo que também existia a subordinação direta da obreira à supervisora Liliana e posteriormente ao sócio Sr. Alysson. A própria preposta da 1ª reclamada confirmou em seu depoimento que o Sr. Alysson ajuda os consultores a fecharem vendas. A 1ª testemunha da reclamante confirmou em seu depoimento que: - a reclamante estava subordinada a supervisora Liliana e ao proprietário Alysson;

- a reclamante participava de reuniões com a supervisora Liliana e com o Sr. Alysson; - a reclamante recebia as ordens de serviços da supervisora Liliana; - a reclamante tinha que cumprir metas estipuladas pela reclamada; - era a depoente que controlava a agenda da reclamante designando as visitas e as reuniões. O Contrato de trabalho é um contrato realidade perfazendo-se pela simples prestação de trabalho pelo obreiro, sendo que presentes os requisitos do artigo 3º da CLT, impõe-se às partes até mesmo contra a vontade das mesmas, uma vez que se trata de preceito de ORDEM PÚBLICA. Diante do exposto, requer a reclamante que seja caracterizada a nulidade do contrato de prestação de serviços com o reconhecimento do vínculo empregatício (aplicação do artigo 9º da CLT) e o pagamento de todas as verbas decorrentes da relação de emprego. OMISSÃO E CONTRADIÇÃO NA SENTENÇA DAS PROVAS PRODUZIDAS NOS AUTOS APLICAÇÃO DO ARTIGO 897-A DA CLT APLICAÇÃO DO ARTIGO 818 DA CLT APLICAÇÃO DO ARTIGO 333 DO CPC Não concorda a reclamante com a r. sentença de fls. 370/373 que julgou a reclamação trabalhista improcedente. A sentença indeferiu o vínculo empregatício, sob a fundamentação de que a prova produzida não favoreceu a autora. Entende a reclamante que a vasta prova documental, bem como a prova oral produzida em audiência confirmam os termos da petição inicial.

Pela análise da prova produzida pela 1ª reclamada, temos várias contradições que não correspondem com os termos da contestação, senão vejamos: 1) a contestação diz que a reclamante nunca teve salário fixo, pois apenas recebia comissões sobre as vendas efetuadas. Ocorre que a própria preposta confessou em seu depoimento que a obreira tinha um valor fixo de R$ 2.000,00 + comissões sobre as vendas efetuadas. A própria preposta da reclamada também confessou que a reclamante tinha metas a serem atingidas; 2) a testemunha da reclamada disse em seu depoimento que a reclamante não participava de reuniões. Ocorre que a preposta da reclamada confessou em seu depoimento que a reclamante participava de reuniões. 3) a testemunha da reclamada disse em seu depoimento que a reclamante a reclamante não cumpria metas. Ocorre que a preposta da reclamada confessou em seu depoimento que a reclamante tinha metas a serem atingidas; 4) a testemunha da reclamada disse em seu depoimento que a reclamante apenas se reportava ao Diretor Comercial Marcelo Urbani. Ocorre que a preposta da reclamada confessou em seu depoimento que o proprietário da reclamada (Sr. Alysson) ajuda os consultores a fecharem vendas e que a reclamante participava de reuniões com o Sr. Alysson. Diante do exposto, requer a Reclamante-embargante sejam acolhidos os embargos de declaração com efeito modificativo para sanar a omissão/contradição existente na sentença para analisando corretamente a prova documental e oral que foram produzidas nos autos julgar a reclamação trabalhista procedente.

Nestes Termos Pede Deferimento São Paulo, 12 de fevereiro de 2014. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP 148.128 EMBARGOS NA VARA BASE BRASIL - RITA