Influenza A (H1N1) H1N1



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Transcrição:

Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro Protocolos Influenza A (H1N1) H1N1 Medidas de Controle e Prevenção da Infecção 1 Edição 05 de maio de 2009 Versão 1.1 1 Adaptado de: a) Organização Mundial de Saúde: Infection prevention and control in health care in providing care for confirmed or suspected A (H1N1) swine influenza patients. Interim guidance. 29 April 2009. Disponível em http://www.who.int/entity/csr/resources/publications/infection_control/en/index.html. b) Centers for Disease Control and Prevention: Interim guidance for infection control for care of patients with confirmed or suspected swine Influenza A (H1N1) virus infection in a healthcare setting. May, 3, 2009. Disponível em http://www.cdc.gov/h1n1flu/guidelines_infection_control.htm. c) Brasil, Ministério da Saúde: Plano brasileiro de preparação para uma pandemia de influenza. 3 ed., abril de 2006.

Protocolos Influenza A (H1N1) da SESDEC-RJ e SMSDC-RJ versão 04 de maio de 2009 2 Situação atual A transmissão da gripe provocada pelo vírus Influenza A (H1N1) na espécie humana foi demonstrada, assim como a habilidade do vírus em causar surtos comunitários, o que sugere a possibilidade de transmissão sustentada entre seres humanos. É necessário que a equipe de profissionais que cuidam da saúde de pacientes suspeitos de serem portadores desta doença utilize precauções de controle de infecção enquanto estiver tratando dos pacientes. O objetivo desta medida é reduzir a possibilidade de infecção entre os profissionais, para outros É necessário que toda a equipe adote medidas de proteção. profissionais, pacientes e visitantes. Estas recomendações podem ser alteradas a qualquer momento, de acordo com a disponibilidade de novas evidências. O que fazer Medidas fundamentais Higiene das mãos: água e sabão ou álcool-gel. Higienizar as mãos sempre antes e depois de tocar no paciente e manipular utensílios e equipamentos que entraram em contato com o paciente. Manter distância entre os pacientes (superior a 1 metro), evitando acúmulo de pacientes próximos. Proteger a mucosa da boca e do nariz. Manter ventilação e limpeza adequadas do ambiente. As medidas mais importantes para evitar a infecção são lavar as mãos e proteger a mucosa da boca e do nariz. Sumário das precauções Para pessoas que entram em contato com pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) e pacientes com sintomas sugestivos de influenza (gripe por exemplo: ascensorista, recepcionista, guarda de segurança, parentes etc.) Precauções rotineiras associadas a cuidados contra gotículas quando lidar em contato com o paciente em uma distância inferior a 2 metros: Usar máscara médica ou cirúrgica. Higienizar as mãos. Lavar bem as mãos com água e sabão antes e depois de tocar no paciente, em utensílios ou em equipamentos que entraram em contato diretamente com o paciente. Se as mãos estiverem visivelmente limpas, o uso de solução de álcool-gel é adequado. Para mãos visivelmente sujas, ou depois de várias utilizações de álcool-gel, lavá-las com água e sabão. Não tocar com as mãos no nariz, boca ou nos olhos antes de lavá-las.

Protocolos Influenza A (H1N1) da SESDEC-RJ e SMSDC-RJ versão 04 de maio de 2009 3 Pessoas que prestam cuidados diretos com o paciente, especialmente em casos com risco de respingos de secreções (equipe de saúde, de limpeza, visitantes e parentes, etc.) Se disponível, máscara tipo respirador (por exemplo, N95, N99, N100, PFF2, PFF3). Caso indisponível, usar máscara médica ou cirúrgica. Proteção dos olhos com óculos de proteção. Capote longo não estéril limpo. Luvas de procedimento. Higienizar as mãos antes e depois de colocar os equipamentos de proteção individual (EPI). Procedimentos que geram aerosóis (por exemplo, aspiração do trato respiratório, intubação orotraqueal, ressuscitação, broncoscopia, autópsia) são associados a risco aumentado de transmissão da infecção e as medidas de proteção devem incluir Sempre que possível, evitar estes procedimentos. Se disponível, realizar os procedimentos em sala isolada com pressão negativa e filtração absoluta (filtro HEPA). Máscara tipo respirador com proteção de partículas (por exemplo, N95, N99, N100, PFF2, PFF3). Proteção dos olhos com óculos de proteção. Gorro cirúrgico. Capote longo não estéril limpo ou capote estéril, a depender do procedimento. Luvas de procedimento ou estéreis, a depender do procedimento. Higienizar as mãos antes e depois de colocar os equipamentos de proteção individual (EPI). Elementos para os cuidados de saúde 1. Etiqueta de tosse e higiene respiratória Profissionais de saúde, serviços de apoio, pacientes, familiares, escolares e toda a comunidade deve cobrir a boca e o nariz com um lenço quanto tossir e espirrar. Caso lenços não estejam disponíveis, usar a manga da camisa para impedir a contaminação das pessoas próximas. Deve-se fazer a higiene das mãos a seguir. 2. Precauções de controle da infecção para casos suspeitos e confirmados de Influenza A (H1N1) Colocar o paciente em um quarto individual com a porta fechada e a janela aberta. Se quartos individuais não estiverem disponíveis, afastar os leitos por no mínimo 1 metro e agrupar os pacientes com suspeita diagnóstica semelhante por enfermaria. Todas as pessoas que entrarem no quarto de isolamento/enfermaria deverão utilizar equipamento de proteção individual, além de tomar as precauções rotineiras (higiene das mãos e máscara). 3. Triagem, detecção precoce e notificação

Protocolos Influenza A (H1N1) da SESDEC-RJ e SMSDC-RJ versão 04 de maio de 2009 4 As Secretarias de Saúde e Defesa Civil do Estado e Município Rio de Janeiro contam com os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) para apoiar os serviços nas atividades de monitoramento e resposta em frente da possibilidade da ocorrência de casos suspeitos humanos de Influenza A H1N1. Todo caso suspeito de Influenza A H1N1 deverá ser notificado imediatamente a Rede CIEVS no Rio de Janeiro, que orientará o encaminhamento do paciente. Contatos para notificação: CIEVS/SMSDC-RJ: email notifica@rio.rj.gov.br e telefones 2273.9530 / 9210.4130 (plantão 24 horas). CIEVS/SESDEC-RJ: email notifica@saude.rj.gov.br e telefones 2240.6673 / 8596.6553 (plantão 24 horas). Deverá ser considerado como caso suspeito de influenza A H1N1 todo paciente que: Apresentar febre alta de maneira repentina (> 38ºC) E tosse podendo estar acompanhadas de um ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória E Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela Influenza A(H1N1) OU Ter tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de Influenza A(H1N1). 4. Profissionais gestantes e imunodeprimidos O caso suspeito ou confirmado de Influenza A (H1N1) não deverá ser atendido por profissional imunodeprimido ou mulheres grávidas. 5. Medidas adicionais para reduzir a transmissão nosocomial Limitar o número de profissionais de saúde e equipe de apoio, membros da família e visitantes expostos ao paciente com suspeita de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1). 6. Coleta de exames, transporte e manuseio Para colher exames laboratoriais, usar os cuidados usuais e as medidas descritas acima (máscara, luvas e capote). Até o momento não existem normas diferenciadas para manuseio de sangue, urina e fezes. 7. Recomendações para visitantes, acompanhantes e membros da família de pacientes A presença de acompanhantes, visitantes e familiares deve ser limitada às pessoas essenciais no suporte ao paciente e devem usar as mesmas precauções de controle dos profissionais de saúde. Os contatantes domiciliares devem manter quarentena voluntária e, portanto, devem permanecer no domicílio até o término do período de incubação. 8. Transporte do paciente dentro do hospital Pacientes suspeitos ou confirmados devem usar máscara médica ou cirúrgica até serem acomodados em seus quartos. A equipe de saúde deve usar as medidas de proteção descritas acima. O transporte do paciente deve ser limitado ao indispensável. 9. Cuidado pré-hospitalar As medidas de controle de infecção são similares às praticadas durante o cuidado hospitalar para todas as pessoas envolvidas no cuidado pré-hospitalar. Pacientes devem usar máscara médica ou cirúrgica. 10. Saúde ocupacional Monitorar a saúde dos profissionais expostos. 11. Descarte do lixo

Protocolos Influenza A (H1N1) da SESDEC-RJ e SMSDC-RJ versão 04 de maio de 2009 5 Todo resíduo sólido gerado dentro do quarto, inclusive alimento, será armazenado em saco de lixo com símbolo de material biológico infectante. O lixo deverá ser re-ensacado por outro profissional quando sair do quarto. Armazenar o resíduo identificado como Gripe Influenza A (H1N1) até que exista uma orientação específica. 12. Pratos e utensílios de alimentação Lavar usando procedimentos rotineiros com água e detergente. Usar luvas de borracha não estéreis. 13. Rouparia e lavanderia Lavar com procedimentos rotineiros, água e detergente. Evitar sacudir lençóis e roupas durante a manipulação antes de lavar. As roupas devem ser ensacadas com identificação antes de serem enviadas à lavanderia. Manipular com protocolos de descontaminação com uso pelo profissional de máscaras tipo N95. Usar luvas de borracha não estéreis. 14. Desinfecção e limpeza do ambiente Limpar o piso e superfícies frequentemente manuseadas (como maçanetas de portas, por exemplo) com um desinfetante a base de hipoclorito de sódio ou álcool a 70 graus. 15. Equipamentos para cuidados dos pacientes Utilizar equipamentos individuais em pacientes suspeitos e infectados pelo vírus Influenza A (H1N1). Por exemplo, um conjunto de esfigmomanômetro, estetoscópio e termômetro para cada paciente. Se não for possível a utilização de equipamentos individuais, proceder à limpeza e desinfecção antes do uso ou re-uso em outro paciente. 16. Duração das precauções de controle Acredita-se que a infectividade do vírus Influenza A (H1N1) compreende o intervalo entre um dia antes do início dos sintomas e 7 dias depois do início dos sintomas. A duração das medidas de controle de pacientes infectados deverá ser por este período. Em crianças e imunodeprimidos a duração deste período poderá ser maior. 17. Alta do paciente Se o paciente sair do hospital antes do fim dos sintomas, a família deve ser instruída a adotar todas as medidas de proteção e precauções de controle conforme especificadas neste documento. 18. Cuidados com os cadáveres Funcionários que lidam com cadáveres e a equipe de funeral devem utilizar precauções de proteção conforme especificadas neste documento (usar capote, luvas, máscaras tipo N95 e óculos de proteção). Manter o caixão fechado e realizar duplo ensacamento do corpo. 19. Atividades gerenciais da unidade de cuidado de saúde Comunicação de risco, treinamento e medidas educacionais. Providenciar suprimentos e pessoal adequado. 20. Cuidados de saúde na comunidade Limitar o contato com a pessoa doente tanto quanto possível. Se o contato próximo é inevitável, usar a melhor proteção disponível contra gotículas respiratórias e fazer a higiene das mãos. 21. Tratamento específico e medidas gerais medicamentosas Se disponível, o tratamento específico deve ser iniciado em casos suspeitos até 48 horas depois do início dos sintomas, dando preferência a pacientes de maior risco de óbito (idosos, crianças, grávidas e imunodeprimidos). Na gestação, o benefício deverá ser criteriosamente avaliado, já que não existem estudos em humanos provando a segurança do medicamento (categoria C do FDA). Oseltamivir (Tamiflu ) 75mg 2 vezes ao dia por 5 dias para adultos.

Protocolos Influenza A (H1N1) da SESDEC-RJ e SMSDC-RJ versão 04 de maio de 2009 6 Em crianças, avaliar dose de Oseltamivir (Tamiflu ) por peso (<15kg 30 mg de 12/12h; 15 a 23kg 45mg de 12/12h; 24 a 40kg 60mg de 12/12h; >40kg dose do adulto). Dar preferência a dipirona, paracetamol ou anti-inflamatórios não-hormonais como analgésico e antitérmico. Crianças e adolescentes não devem ingerir AAS (aspirina) pelo risco de síndrome de Reye. 22. Procedimentos de entrada e saída da unidade de isolamento O capote deverá ser deixado pendurado dentro do quarto de isolamento e poderá ser usado durante 12 horas pelo mesmo profissional de saúde e no mesmo paciente. A máscara tipo N95 deverá ser deixada pendurada do lado de fora do quarto e poderá ser usada durante 12 horas pelo mesmo profissional de saúde e no mesmo paciente. Depois deste período ou quando potencialmente contaminados ou ainda após procedimentos que geram grande quantidade de aerossol: intubação, aspiração (oro e via aérea), broncoscopia e NBZ / VNI, estes materiais deverão ser descartados no mesmo local onde os demais materiais de proteção individual forem descartados. Procedimento para entrada na unidade de isolamento. Procedimento para saída da unidade de isolamento. Reunir todo o equipamento necessário Remover EPI de forma a evitar autocontaminação ou auto-inoculação com mãos ou EPI contaminados Realizar a higienização das mãos Colocar EPI (equipamento de proteção individual): Vestir capote Colocar máscara Colocar gorro (para procedimentos com geração de aerossóis) Colocar protetores oculares Colocar luvas Remover o EPI imediatamente antes de sair da unidade de isolamento Retirar protetores oculares (lavar com hipoclorito ou álcool a 70%) Retirar gorro (se utilizado) Retirar o capote e pendurar no interior da unidade de isolamento Retirar luvas Realizar higienização das mãos Remover máscara através das fitas elásticas (não tocar a parte de fora, pois pode estar contaminada) e pendurar do lado de fora da unidade de isolamento Entrar na unidade de isolamento respiratório e fechar a porta Realizar higienização das mãos