AS EXPERIÊNCIAS MAGIS. 1) Descrição de uma experiência MAGIS



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AS EXPERIÊNCIAS MAGIS 1) Descrição de uma experiência MAGIS Uma experiência MAGIS dura sete dias, para um grupo de 20 a 30 jovens de pelo menos três nacionalidades diferentes com uma equipe de acompanhantes. A experiência é vivida desde a simplicidade, e todos se envolvem em atividades que provocam uma reflexão sobre a experiência vivida. A cada dia, esta reflexão centra-se nos diferentes aspectos dos valores dos jovens e sua relação com Deus. Vivendo e partilhando este caminho, os peregrinos são convidados a abandonar seus lugares de comodidade e a aprender mais sobre sei mesmos e sobre o mundo em que vivem, de tal maneira que descubram em suas vidas um sentido mais profundo e pleno. Uma experiência implica participação, reflexão e vivência espiritual em que os peregrinos são provados e se arriscam (no amor), como uma maneira de descobrir mais sobre nossa vida e relação com Deus. A experiência MAGIS desafia a maneira como conduzimos nossas vidas, o modo como passamos os dias... assim, descobrimos mais sobre nós mesmos, mais sobre nossas motivações. A experiência quer nos conduzir a um modo diferente de viver com o Cristo e com as outras pessoas para além das fronteiras com as quais estamos acostumados. 2) A lógica subjacente a uma experiência A experiência é um modo de descobrir o MAGIS mediante propostas, provas e riscos. O MAGIS é esse mais da vida que só se alcança depois de tentar. Baseia-se na experiência de Santo Inácio de Loyola de colocarmo-nos em situações diferentes e pouco familiares, de forma a aprendermos, a partir da vida dos outros, a olhar a Deus e a nós mesmos de uma forma nova. Assim, a experiência não quer medir êxito ou fracasso do jovem, mas ajudá-lo a descobrir aquilo que pode ser conhecido mais claramente, amado com mais afeto, seguido mais de perto, em cada momento de nossa vida. Experiência espiritual O termo experiência espiritual ou experimento é retirado das práticas de formação dos jesuítas e outras congregações religiosas que se baseiam na espiritualidade inaciana. Nesses experimentos, aprende-se mais sobre a vocação própria ao perceber como se reage a diferentes situações: no meio dos pobres, dos doentes, à frente de uma assembleia etc. Quando entramos em situações muito diferentes, especialmente em contextos pouco familiares, nossos horizontes se alargam e aprendemos muito com a vida dos outros. Isso nos ajuda a vermos a Deus de modo novo, mais profundo. MAGIS um desafio internacional Uma das características especiais da experiência MAGIS é a experiência de viver e trabalhar em conjunto como uma comunidade internacional com um projeto específico. Cada experiência deve ser pensada em articulação com as demais, como um corpo apostólico que se espalha pelo país. No entanto, depende de cada participante colocar os meios para superar os limites de língua, atitude e cultura e assim alcançar uma experiência comum. Aos organizadores e voluntários da experiência cabe o papel de ajudar os jovens a viver bem esse desafio. Buscar e encontrar a Deus em todas as coisas Deus é nosso criador e origem de nossas vidas. Cada coisa que existe tem suas raízes mais

profundas n'ele. Se levamos isso a sério, significa que buscamos a Deus não só onde a vida é mais fácil, mas nos propomos a enfrentar a realidade, ainda que seja dolorosa e difícil de entender. Devemos confiar que até mesmo na escuridão podemos descobrir as pegadas de Deus. Nem sempre será fácil experimentá-lo em grupos internacionais, mas isso não deve nos desanimar. A meta específica no MAGIS é buscar e descobrir como podemos ser, apesar de nossas diferenças e peculiaridades, a Igreja de Deus. Cremos que isso pode se dar porque Iesum Habemus Socium (Temos Jesus como nosso Companheiro uma das definições para IHS). 3) Os tipos de Experiência MAGIS São seis os tipos de experiências possíveis a se propor para os jovens peregrinos: Peregrinação: consiste em caminhar até um local de devoção popular, levando nas costas o necessário para se manter nesses dias e compartilhando das alegrias e sofrimentos do caminho com Cristo e outros jovens. Cada roteiro deve ter aproximadamente 100 km (4 dias de caminhada + 1 dia de oração, convivência e visita ao templo). Ecologia: atividades que levem o jovem ao cuidado com o meio ambiente e com todos os seres que nele vivem (em especial o humano), em busca da sustentabilidade. As experiências devem oferecer oportunidade para os jovens rezarem os temas inacianos Encontrar Deus em todas as coisas e todas n'ele e Contemplação para Alcançar Amor. Espiritualidade: experiências de profunda oração, segundo o método inaciano (meditação e contemplação), por meio de interface com outros tipos de vivências (ecologia, realidade urbana, arte, ação social, atividade paroquial, catequese narrativa). Assim, a experiência não se resumiria a um retiro de silêncio, ainda que esse momento seja garantido. Ação Social: experiências de assistência social, economia solidária, movimentos sociais, educação popular, mutirões de reforma e construção e outros experimentos que garantam a emancipação das pessoas e comunidades empobrecidas. Atividade de colaboração com ONG's parceiras das obras da Companhia. Inserção Sociocultural: convivências com comunidades que possibilitem diálogo com a cultura brasileira, regionalismos, religiosidade popular, diálogo inter-religioso e outras tradições do país, tanto no contexto urbano quanto no rural. Arte: oficinas de produção e/ou experimentação artística que promovam o conhecimento de temas inacianos e culturais do Brasil. Oportunidade para o jovem vivenciar as diversas linguagens da arte: pintura, arquitetura, plástica, cênica, artesanato típico, visitas a espaços artísticos, museus etc. 4) Organograma para Experiência MAGIS A realização das Experiências MAGIS depende da colaboração e da articulação de diversas pessoas e equipes. Equipe de Experiências: composta pelos assessores regionais e três membros da equipe central (Pe. Jean Fábio, Ir. Ubiratan e Ir. Davidson). É responsável geral pela promoção e pela execução das diversas experiências em todo o país. Assessor Regional: pessoa a cargo de animar as propostas de experiências e acompanhar sua execução, assessorando o coordenador em cada uma das 9 regiões em que o país foi organizado: Julian Batista - SUL (estados da região sul do país), José Henrique Sasek - RJ (estado do Rio de Janeiro e Juiz de Fora), Márcia Regina de Carvalho - SP (estado de São Paulo e sul de Minas Gerais), Elisiê Martins - MG (regiões centro e norte de Minas), Jean Fábio Santana - ES (estado

do Espírito Santo), Jorge Luiz de Paula - BA (estado da Bahia), Erinaldo Pedro da Silva - PB (estados de Pernambuco e Paraíba), Evenice Neta - CE (estado do Ceará), Paulo Leandro dos Santos - AM (região amazônica). Grupo de experiência, composto por: 1 coordenador: aquele que propõe uma experiência (de um dos seis tipos). É o responsável imediato pela experiência e pelos peregrinos enquanto estão na experiência. Planeja e cuida do bom êxito da experiência. É apoiado por alguns voluntários. Desenvolve a ideia da experiência, prepara todos os requisitos logísticos e a programação dia a dia da experiência. 1 a 3 voluntários: cada um ajuda o coordenador da experiência com questões práticas e logísticas. Insere-se junto aos peregrinos acompanhando-os e dando instruções ou apoio. De preferência é jovem que saiba se comunicar em outras línguas. Pelo menos um dos voluntários deve falar inglês com fluência. Os voluntários podem ser recrutados pelo próprio coordenador da experiência ou indicados pela equipe de experiências, e a quantidade deles se ajustará à necessidade de cada experiência. entre 20 e 30 peregrinos: jovens participantes do MAGIS distribuídos nos grupos pela equipe de experiência segundo os dados da ficha de inscrição. Cada grupo poderá ter até 4 subgrupos de diferentes línguas (grupo linguístico). Cada grupo linguístico terá 1 animador de grupo linguístico que seja fluente em inglês e se responsabilize pelo grupo de seu país e pela comunicação entre seus conterrâneos e os demais. O animador de grupo já vem indicado de cada país ao fazer inscrição para o MAGIS. 1 acompanhante espiritual: padre responsável pelas celebrações e outros ministérios. Pode ser brasileiro ou de outra nacionalidade que tenha vindo para acompanhar grupo de peregrinos.

5) Aspectos Essenciais da Experiência MAGIS Ainda que cada coordenador tenha liberdade para compor a experiência segundo sua criatividade e capacidade, alguns aspectos devem ser garantidos em todas as experiências. São elementos dos quais não devemos abrir mão e que darão aos jovens peregrinos um sentido de unidade entre as diversas etapas do MAGIS. [Idiomas variados, não é óbvio um idioma comum] 1. Tenhamos em conta que os peregrinos são provenientes de diversos países e que só entenderão de modo limitado o que dizemos, além de não comungarem um único idioma entre eles. O MAGIS adotou três línguas oficiais: português, espanhol e inglês. Ainda assim, permanece uma grande variedade de línguas. Contamos que nas experiências o idioma base será o inglês. Portando, é mister garantir que em cada grupo, ao menos um voluntário ou o coordenador fale inglês.

[Assegurar, cada dia, os elementos magis] 2. Devemos assegurar que, todos os dias, os peregrinos tenham tempos determinados para os 5 elementos magis: Oração pessoal; Experiência apostólica; Celebração; Círculo Magis (partilha); Exame diário. [Eixo das Experiências] 3. Cinco eixos devem ser levados em conta na preparação e na realização das experiências: Vivência comunitária (corpo que tem uma vivência comum); Inserção na realidade local; Dimensão apostólica (espiritual e social); Acompanhamento; Respeito pela diversidade. [Reunião da equipe de experiência e dos animadores ao final de cada dia] 4. Ao final de cada dia, é fundamental uma reunião entre o coordenador de experiências, os voluntários e os animadores de grupo linguístico a fim de integrá-los na organização concreta da experiência local (escutar suas opiniões e delegar conjuntamente serviços e missões). Oportunidade para ter um retorno de como cada jovem vive a experiência e melhorá-la dia a dia. [Dar responsabilidade aos peregrinos] 5. Colaborar com que os diferentes peregrinos e voluntários para que possam assumir responsabilidades na realização da experiência. Ter em conta que não sejam meramente passivos, mas protagonistas. Convidá-los à coparticipação, pois são jovens adultos e não mais crianças. Contar, sobretudo, com o apoio dos animadores que virão de cada país e serão responsáveis por cada subgrupo linguístico dentro da experiência. [Prever tempos livres, para cuidado pessoal e descanso] 6. Ao planejar a experiência, prever tempo livre para os peregrinos fazerem suas atividades de higiene pessoal (banho, lavar roupa etc.) ou simplesmente descansarem um pouco. [Equilíbrio] 7. Buscar certo equilíbrio entre reuniões sérias e espaços de relaxamento, espiritualidade, atividades lúdicas, de convivência e serviço. No geral, o estilo de vida durante a experiência deve ser de despojamento e simplicidade, mas sempre garantindo condições mínimas de bemestar e segurança. Serão convidados ao MAGIS jovens sem frescura que topam dormir no chão (em sacos de dormir) e outras limitações, mas isso se deve colocar segundo a necessidade, de modo que a falta ou o excesso de conforto não atrapalhem a experiência. Da mesma maneira, cuidar da alimentação: que seja simples e saudável (equilibrada).

[Realismo quanto ao que esperamos dos jovens, de perfis diversos] 8. O tema central do MAGIS pode alcançar de modo realista a um tipo de jovens e não a outros. Alguns podem aparecer desmotivados ou com dificuldades diante das propostas, visto que a experiência os coloca em contato direto com perguntas profundas sobre sua própria existência. É preciso estar atento a isso, porque, em alguns momentos, pode ser necessário aprofundar algum tema que ajude os jovens a viverem bem a experiência. Para esse ponto, contamos especialmente, mas não exclusivamente, com a ajuda do assistente espiritual. Coordenador, voluntários e animadores de grupo linguístico devem estar muito atentos aos movimentos manifestados pelos jovens. [Logística da experiência] 9. Como o MAGIS Brasil pretende ser uma oportunidade para experimentarmos a rede de colaboração no trabalho com juventude e vocações, partimos do pressuposto de que as pessoas ou grupos que oferecerão as experiências cuidarão de toda a logística e dos recursos necessários para a realização da experiência. A equipe de central responsabiliza-se por fazer com que os jovens cheguem ao local da experiência no dia 15 de julho de 2013 e depois se dirijam para o Rio de Janeiro no dia 21 de julho de 2013 (incluindo gastos de viagem). Entretanto, durante os dias de experiência, o grupo fica sob responsabilidade do coordenador de experiência, devidamente acompanhado dos assessores regionais e da equipe central do MAGIS. Solicitamos, portanto, que o coordenador de experiência e seus voluntários façam uma previsão orçamentária e logística adequada a atender às demandas da experiência proposta, incluindo estratégias de captação de recursos. [Transição entre o tempo de experiência e outros momentos MAGIS] 10. O MAGIS inicia-se com um grande encontro dos peregrinos de todo o mundo em Salvador/BA. Esse local foi escolhido pela simbologia histórica: foi em Salvador que os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil e depois de lá se espalharam pelo país. Em Salvador, os peregrinos são convidados a experimentar o encontro, segundo a mística de Betânia (cidade em que Jesus se reunia com seus amigos para fortalecer a comunidade). No dia 14/07, os jovens participam de uma missa com o P. Geral dos jesuítas, Adolfo Nicolás, que os envia em missão às experiências. No dia 15/07, portanto, os peregrinos partem como corpo apostólico por todo o país, onde viverão a mística do caminho para Jerusalém, tendo como inspiração a frase que Inácio muitas vezes repetiu ao grande missionário Francisco Xavier: Ide, inflamai o mundo! Com essa chama acesa é que os jovens viverão a experiência. No final do dia 20/07, os coordenadores de experiência devem convidar os peregrinos a uma avaliação da experiência. Com isso, eles começam a se preparar para a próxima etapa do MAGIS (o reencontro no Rio de Janeiro) em que viverão a mística de Jerusalém, isto é, a confirmação da experiência vivida. Para que a transição entre esses momentos seja tranquila, os coordenadores e os voluntários de experiência devem estar muito atentos à mística subjacente ao MAGIS. Além disso, pelo menos um deles (o coordenador ou um voluntário) deverá estar presente em Salvador desde o início do MAGIS (12/07) e acompanhar o grupo nos dois traslados que farão [de Salvador ao local de experiência (15/07) e deste local até o Rio de Janeiro (dia 21/07)].