CONTROLE DE PRAGAS E VETORES DE DOENÇAS EM AMBIENTES ESCOLARES

Documentos relacionados
Ambiência: Controle Interno de Pragas e Vetores

A Importância do Controle de Pragas para o Comércio de Campos do Jordão

Projeto Jovem Cientista Allamaniano 2016 Tema: Planeta Terra: É nosso dever cuidar e transformar.

1. Objetivo Escopo Referências Definições Periodicidade Contratação dos serviços... 3

RDC , BPF, HACCP, ISO 14001, ISO

CIP Controle Integrado de Pragas

Vigilância Sanitária - ANVISA

COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CODESP AUTORIDADE PORTUÁRIA DE SANTOS

Centro colaborador para treinamento e pesquisa em zoonoses urbanas

Como elaborar um MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (6ª PARTE)

Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica

DENGUE: SE VOCÊ AGIR, PODEMOS EVITAR!

DECRETO Nº , de 04/04/2013

Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. (Publicada em DOU nº 204, de 26 de outubro de 2009)

Gestão do Programa de Arboviroses do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas

Endereço: Pça Dr. França nº: Telefone: (34) s:

Prefeitura Municipal de Jitaúna publica:

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012

MUNICÍPIO DE SETE LAGOAS PROCESSO SELETIVO. Edital 01/2018

Quem são os SmartCats?

PROJETO DE LEI N.º DE DE DE 2016

FUNDAÇÃO EUCLIDES DA CUNHA CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM RESPOSTAS AOS RECURSOS DA PROVA OBJETIVA

Republicada no D.O.U de 10 de julho de 2003.

DENGUE: SE VOCÊ AGIR, PODEMOS EVITAR!

ATENÇÃO PRIMÁRIA AMBIENTAL: O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO QUE ATUA NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA *

SAÚDE E LIMPEZA PÚBLICA

HOSPITAL PUC-CAMPINAS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS COM IMPACTO AMBIENTAL E FINANCEIRO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS SUCEN

Tabela salarial: PROPOSTA SUBSÍDIO NÍVEL BÁSICO - SAÚDE. Anos Ref Degraus

Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Disciplina Saúde Ambiental

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA U.E.F.S DEPARTAMENTO DE SAÚDE PROGRAMA DE DISCIPLINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS Gabinete do Prefeito

IMPLANTAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DE UM CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL. ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Os vetores e sua relação com a saúde única: uma introdução ao estudo

DECRETO N , DE 15 DE ABRIL DE 2016

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Prefeitura do Campus USP de Ribeirão Preto Comissão de Controle de Vetores e Animais do Campus de Ribeirão Preto

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS-SP

Os vetores e sua relação com a saúde única: uma introdução ao estudo

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA E O CONTEXTO INTERNACIONAL. André Jean Deberdt Coordenação Geral de Fauna/IBAMA

MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Microcefalia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS PROFESSOR: DNIEBER CHAGAS DE ASSIS PLANO DE ENSINO

Ana Marise Pereira Gomes

Prazos de Garantia de Assistência Técnica

Informação, mobilização e responsabilidade social na dengue: espaço para ações educativas

TÍTULO: MÁ GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DOENÇAS RELACIONADAS: ESTUDO DE CASO COM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Controle de vetores e pragas urbanas

CONTROLE DE VETORES Procedimentos para eliminar cenários de riscos propícios ao desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti no Porto do Rio Grande.

BIOSSEGURANÇA. Diogo Domingues Sousa Gerente de Segurança e Saúde Ocupacional

Aedes: criadouros e soluções

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

VII CONCURSO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA PROFISSIONAL EM FARMÁCIA HOSPITALAR SBRAFH. ANEXO 3 Sugestões de Referências

WORKSHOP RESÍDUOS SÓLIDOS DESAFiOS PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SAÚDE E LIMPEZA PÚBLICA

Escrito por Assessoria de Comunicação Sex, 13 de Maio de :23 - Última atualização Sex, 13 de Maio de :56

PERSPECTIVAS DE NOVAS ESTRATÉGIAS NO CONTROLE DO AEDES AEGYPTI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS PROFESSORA: ALMERINDA DOS SANTOS PLANO DE ENSINO

Implantar o Relatório de Acompanhamento das Atividades de Empresas RAAE, para empresas de limpeza e higienização de reservatórios de água.

ESTADO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE ORIXIMINÁ SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO SEMDURB OPERACIONAL

RDC , BPF, HACCP, ISO 14001, ISO

PROJETO ESCOLA ZENÓBIA NA LUTA CONTRA O AEDES AEGYPTY

Pilar: Empresa (Rotina)

Vigilância em Saúde. Serviços. Vigilância Epidemiológica

EFEITO DO EXTRATO DAS PLANTAS CINAMOMO E PINUS ELLIOTTEI COMO AGENTE LARVECIDA FRENTE ÀS LARVAS DO AEDES AEGYPTI

Norma Regulamentadora nº 32

Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue

A BIOLOGIA DE TITYUS SERRULATUS: ACIDENTES E TOXINAS- UMA VISÃO GERAL.

FTST Formação Técnica em Segurança do Trabalho. Módulo de Hospitalar e Agroindústria AULA 3

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL DE NIQUELÂNDIA

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

Escola Estadual Irman Ribeiro de Almeida Silva. Serviço de Coordenação Pedagógica PROJETO AGENTE DE ENDEMIAS MIRIM

PÓS-GRADUAÇÃO EM COMPETÊNCIA EM CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CLIMA E DENGUE EM RECIFE - PE: CONSTRUÇÃO DE UM CLIMOGRAMA LÚDICO COMO RECUSO DIDÁTICO PARA AULAS DE GEOGRAFIA

Diretriz SNCC nº 3 Saneamento Básico

Sem conflito de interesse com relação aos conteúdos desta apresentação

AGENTE DE PORTARIA. - Controlar e orientar a entrada e saída de pessoas, veículos e materiais, exigindo a necessária identificação de credenciais;

PREFEITURA DE SANTANA DE CATAGUASES

PMOC Plano de Manutenção, Operação e Controle.

Construção do Canil Municipal de Cruzeiro-SP

A construção de um Website como ferramenta de educação em saúde e de combate ao mosquito da dengue (Aedes aegypti) em Salinas MG

Lei 6.433/77, Artigo 10, Inciso XIX. Lei 6.433/77, TÍTULO I - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES - Art São infrações sanitárias, Inciso IV.

Aedes: criadouros e soluções

A presença de insetos nos ambientes causa desconforto e pode transmitir doenças e causar contaminações.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA

Plano de Curso nº 168 aprovado pela portaria Cetec nº 125 de 03 /10 /2012. Qualificação: Qualificação Técnica de Nível Médio de AUXILIAR DE ENFERMAGEM

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

O PROFISSIONAL DE SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM AS PRÁTICAS EDUCATIVAS

Ministério Público do Estado de Mato Grosso Promotoria de Justiça de Água Boa

Aedes aegypti: temos competência para controlar, afinal somos Agentes de Saúde

01/11/2018. Vigilância em Saúde do Trabalhador HISTÓRICO HISTÓRICO HISTÓRICO

FTST Formação Técnica em Segurança do Trabalho. Módulo de Hospitalar e Agroindústria AULA 3 Prof.º Cleverson Luis

Biologia e Controle de Blattella germanica. Dr. Marcos R. Potenza IB/APTA/SAA

Não Deixe o Aedes Pegar Você de Surpresa

PROGRAMA DE ENSINO DE DISCIPLINA Matriz Curricular Generalista Resolução Unesp 14/2010, alterada pela Resolução Unesp 02/2013.

Semana Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAISÓPOLIS ESTADO DE MINAS GERAIS CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2018. RETIFICAÇÃO Nº 01 Ao Edital 01/2018

NOTA TÉCNICA Nº 01/2016 COSEMS/PB. Assunto: Interrupção de férias dos Agentes de Combate às Endemias e Agentes Comunitários de Saúde

Transcrição:

CONTROLE DE PRAGAS E VETORES DE DOENÇAS EM AMBIENTES ESCOLARES Jean Martins dos Santos (1); Carla Valéria Ferreira Tavares (2); Adamares Marques da Silva (3) 1 DEaD/IFPE/Polo Carpina/PE, e-mail:jeanbiologo25@gmail.com; 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernembuco- DEaD/IFPE, e- mail:carmem186@hotmail.com; 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernembuco- DEaD/IFPE, e- mail:coord.pesquisa.extensão@aed.ifpe.edu.br Resumo: O relato desta pesquisa tem o objetivo de enfatizar a importância do controle de pragas e vetores de doenças em ambientes escolares, assim como, as medidas de prevenção e aplicação da legislação sanitária pertinente nestes ambientes, a mesma foi conduzida de forma descritiva sobre as principais pragas e vetores (formigas, baratas, moscas, mosquitos, ratos e pombos), como também, as medidas preventivas e de controle de infestação, trata-se de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, uma vez que, foi desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos sobre o tema. O relato apresenta sugestões de ações que visam o desenvolvimento dos conhecimentos, das habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco aos indivíduos e suas relações sociais a partir do olhar integral e multidisciplinar no controle de pragas e vetores de doenças em ambientes escolares. As ações vão desde as contínuas organização e higiene nas dependências escolares por parte da gestão escolar, como também, ações pedagógicas que envolvam projetos ambientais nas aulas ciências, tanto no Ensino Fundamental II, como no Ensino Médio, com o objetivo de conscientizar os alunos em práticas de impedimento a atração, o acesso, o abrigo e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas. Diante disso, foi possível concluir que independente da condição, o controle integrado de pragas e vetores deve ter uma ação conjunta entre proprietário e/ou ocupante e a comunidade, para que as medidas preventivas evitem o acesso e a permanência de qualquer tipo de agente indesejável e que aplicação da legislação pertinente evitem agravos à saúde, prejuízos econômicos. Palavras- Chave: Controle de pragas, Legislação sanitária, Educação sanitária. 1. Introdução A sensibilização de autoridades e gestores de saúde para a implementação de parcerias entre órgãos ligados à limpeza urbana, ao saneamento, às obras públicas e à educação, é imprescindível para a implementação das medidas de controle. Aliado a isso, ações continuadas de educação ambiental e em saúde garantem a perenidade das mudanças geradas a partir das medidas de controle, de maneira que estas sejam incorporadas no dia-a-dia da população. (BRASIL, 2006) No âmbito escolar, por exemplo, entende-se o indivíduo e suas relações sociais a partir do olhar integral e multidisciplinar. Assim, as ações de promoção de saúde visam desenvolver conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco em todas as oportunidades educativas (OPAS, 1995; GONÇALVES et al, 2008).

A escolha da temática justifica-se pela possibilidade da transmissão de doenças a todas as pessoas relacionadas à área educativas, isto é alunos, funcionários e professores partir de pragas e vetores, destacando a importância da prevenção e controle destes agentes. Assim, idealizou-se o presente estudo com objetivo de enfatizar a importância do controle de pragas e vetores de doenças mais comuns nas redes educativas de ensino, como forma de identificar as pragas e vetores de doenças mais comuns, as medidas de prevenção e controle e expor a legislação sanitária pertinente. 2. Objetivo Geral Promover as ações que visam o desenvolvimento dos conhecimentos, das habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco aos indivíduos e suas relações sociais a partir do olhar integral e multidisciplinar no controle de pragas e vetores de doenças em ambientes escolares. 2.1 Objetivos específicos Apresentar informes sobre os tipos de pragas e seus vetores de doenças na comunidade escolares; a partir ações multidisciplinares; Promover ações continuadas de educação ambiental durante a abordagem do conteúdo, na perspectiva de orientar o aluno sobre as medidas de prevenção e controle de pragas; Aplicar atividades periódicas dentro do ambiente escolar para o controle e diminuição de pragas, com participação dos alunos, professores e funcionários. 3. Metodologia O estudo é caracterizado como sendo uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. O método de abordagem é qualitativo e de procedimento monográfico. Segundo Gil (2009) uma pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos; boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. A coleta de dados foi obtida por meio de pesquisa bibliográfica através de consultas em: manuais técnicos do Ministério da Saúde, livros técnicos, artigos científicos na Biblioteca Virtual

em Saúde e na base de dados Scielo (utilizando palavras-chave como formigas, Aedes aegypti e hospital, miíases humanas). Foram avaliados os tipos de pragas e vetores de doenças mais comuns, demonstrando quais podem acometer os alunos, funcionários e profissionais e, com isso expor as medidas de prevenção e controle de acordo com literatura pesquisada e legislação sanitária pertinente. 4. Resultados e discussão Devido às condições de higiene e saneamento em geral, até meados do século XX, problemas com pulgas, piolhos e percevejos de leitos eram frequentes em hospitais. Somente após o fim da 2ª Guerra Mundial, como consequência da descoberta das propriedades inseticidas do DDT, a abordagem química do controle de pragas, tanto na agricultura como nas áreas urbanas, cresceu e se fixou fortemente nos hospitais brasileiros. Este fato, aliado à melhoria das condições higiênicosanitárias e às mudanças decorrentes da intensificação do processo de urbanização, provocou uma mudança no perfil das pragas nos hospitais. Para exemplificar, pulgas, piolhos e percevejos são raros hoje em dia, mas formigas, por exemplo, que era pouco frequente, tornou-se comuns (BRASIL, 2009). As formigas são insetos sociais que vivem em colônias e aparecem praticamente em todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos. Como qualquer ambiente natural, os sistemas artificiais, entre eles os centros urbanos, podem ser colonizados e explorados por várias espécies (ZUBEN, 2006). Em relação às medidas de prevenção e controle, é necessário conhecermos o que serve de alimento e abrigo para cada espécie que se pretende controlar, e adotarmos as medidas cabíveis de forma a interferir nesse controle. Com a adoção dessas medidas estaremos mantendo os ambientes que frequentamos mais saudáveis, e estaremos evitando o uso de produtos químicos, os quais poderão estar eliminando não somente as espécies indesejáveis, como também outros espécies benéficas, contaminando a água e o solo, e que por si só não evitarão novas infestações (SILVA et al, 2003). No presente estudo, os insetos descritos como praga e vetor de doenças mais comuns nos ambientes escolares são: 1. Formigas, 2. Baratas, 3. Moscas, 4. Mosquitos, 5. Pombos, 6. Escorpiões. Além destes insetos, os ratos podem transmitir doenças, também considerados como praga urbana. 4.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE

Segundo Santiago (2002) nem sempre o problema com pragas começa onde está ocorrendo à infestação. Para corrigir este problema, não basta apenas aplicar um produto para controlar baratas, formigas ou ratos no local, pois agindo desta forma, apenas eliminamos as pragas que nossos olhos podem ver. Estabelecer um controle de pragas que seja efetivo é mais complexo que isso. É essencial uma visão ampla do problema, diagnosticada por um especialista em controle de pragas. Por exemplo, o controle de artrópodes depende essencialmente do conhecimento sobre sua etologia e biologia, principalmente acerca da capacidade de adaptação aos hábitos humanos (GAZETA et al., 2007). As principais medidas preventivas para o controle de pragas visam eliminar ou minimizar as condições ambientais que propiciem sua proliferação, que são: Água, Abrigo, Alimento e Acesso. Estas medidas são conhecidas como Plano de Eliminação dos (4 As) de acordo com (ZUBEN, 2006). Os estados e municípios devem promover a organização de um programa de controle dos animais peçonhentos de importância em saúde, definindo as atribuições e responsabilidades dos setores que compreendem a vigilância em saúde, juntamente com o serviço de controle de zoonoses, núcleos de entomologia e outros centros de referência em animais peçonhentos. 4.2 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA Algumas legislações que versam sobre o funcionamento dos estabelecimentos de saúde e sobre controle de pragas e vetores são: A Lei n 6.437 de 20 de agosto de 1977 que estabelece que os estabelecimentos de saúde não podem funcionar sem a licença do órgão sanitário competente ou contrariando normas legais e regulamentares pertinentes, pois configura infração sanitária, sob pena de advertência, interdição, cancelamento da licença e/ou multa. A Resolução RDC nº 52, de 22 de outubro de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que define o controle de vetores e pragas urbanas como um conjunto de ações preventivas e corretivas de monitoramento ou aplicação, ou ambos, visando impedir de modo integrado que vetores e pragas urbanas se instalem ou reproduzam no ambiente. Segundo esta resolução define-se pragas urbanas como sendo animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos à saúde, prejuízos econômicos, ou ambos; já os vetores são artrópodes ou outros invertebrados que podem transmitir infecções, por meio de carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão biológica) de microrganismos. 5 Considerações finais

Devido à falta de pesquisas nas áreas escolares relacionadas ao controle de pragas e vetores utilizamos compilados de artigos relacionados ao controle de pragas e vetores em ambientes hospitalares. Com isso, de acordo com análise descritiva realizada neste trabalho, esperamos que outros estudos relacionados aos ambientes escolares possam ser agregar mais alternativas ao combate destas pragas e vetores de doenças, pois assim estaríamos minimizando os prejuízos sociais, econômicos e ecológicos. Os insetos e roedores, além dos problemas relacionados à saúde, a credibilidade de um hospital infestado por estes agentes torna-se ruim e também pode haver o comprometimento de equipamentos e da rede elétrica, causando curtos-circuitos. Nesse sentido, como aprofundamento de estudos relacionados ao controle de pragas e vetores em ambientes escolares, sugerimos ações contínuas de organização e higiene nas dependências escolares por parte da gestão escolar, como também ações pedagógicas que envolvam projetos ambientais nas aulas ciências com o objetivo de conscientizar os alunos em práticas de impedimento a atração, o acesso, o abrigo e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas. As ações de medidas sanitárias podem ser manipuladas através de atividades em manter as áreas livres de sujidades e resíduos alimentares, conscientizar toda a escola a descartar o lixo com frequência e de maneira correta, manter as latas de lixo limpas em boas condições, desde que cobertas, executar a lavagem e o enxágue as latas de lixo regularmente, manter organizado e guardar adequadamente os alimentos para não atrair insetos e manter as áreas internas da escola e seus arredores livres de papel, papelão ou embalagens e materiais em desuso. 6 Referências AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Consulta Pública nº 76, de 23 de dezembro de 2008. Diário Oficial da União, Imprensa Nacional, Seção 01, Ano CXLV, n. 250, p. 126, publicado em 24 de dezembro de 2008. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências. Resolução RDC nº 52, de 22 de outubro de 2009. Diário Oficial da União, Ano CXLVI, Seção 01, n. 204, p. 61-62, publicado em 26 de outubro de 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de controle de roedores. Brasília, DF, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Diário Oficial, Imprensa Nacional, Seção 01, Ano CXXXVI, n. 89, p. 133-135, publicado em 13 de maio de 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Arquitetura na prevenção de infecção hospitalar. Brasília, DF, 1995. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue. 1º ed. Brasília, DF, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância do Culex quinquefasciatus. 3º ed. Brasília, DF, 2011. BRASIL, Ronaldo Facury. Controle de pragas em ambiente hospitalar. Entrevista pelo Portal da Enfermagem em outubro de 2009. Disponível em: Acesso em: 29. Ago. 2017. COSTA, Ediná Alves. Regulação e vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia (Org.); GURGEL, Marcelo. Epidemiologia & Saúde. 7º ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. p. 493-520. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4º ed. São Paulo: Atlas, 2009. 175p. MOTA, Suetônio. Saúde Ambiental. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia (Org.); GURGEL, Marcelo. Epidemiologia & Saúde. 7º ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. p. 383-399. NASCIMENTO, Edleuza Maria Ferreira do et al. Miíases humanas por Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera, Calliphoridae) em hospitais públicos na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Entomología y vectores. Rio de Janeiro, V. 12, n. 1, p. 37-51, 2005. PRADO, Marinésia Aparecida do et al. Enterobactérias isoladas de baratas (Periplaneta americana) capturadas em um hospital brasileiro. Revista Panamericana de Salud Pública, V. 11, n. 2, p. 93-97, 2002. SANTIAGO, Eduardo. Programa de controle integrado de vetores de zoonoses em hospitais, indústrias e outros ambientes sensíveis. p. 51. 2002. (Artigo técnico) SILVA, Elisabete Aparecida da et al. Animais sinantrópicos: manual do educador. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo, 2003. Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/home/museuescola/ensinomedio-sti/animais_sinantropicos.pdf. Acesso em: 30. Ago.2017. ZUBEN, Andréa Paula Bruno von. Manual de controle integrado de pragas. OPAS. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Educación para la salud: um enfoque integral. Washington: OPS; 1995. Campinas: Secretaria Municipal de Administração, 2006. GONÇALVES, F.D; CATRIB, A.M. F.; VIEIRA; N.V.F.; VIEIRA, L.J.E. de SOUZA - Health Promotion In Primary School. Interface V.12, n.24, Botucatu, 2008.