Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral Instituto Superior de Agronomia



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hidrográficas estão separadas por uma linha que une pontos de maior altitude, o interflúvio ou divisor d água

Transcrição:

Análise Biofísica Clima Na região Norte o clima é muito diversificado e deve-se essencialmente à conjugação de três variáveis fundamentais: a orografia, a proximidade do oceano e a latitude. A influência da latitude é frequentemente perturbada pela morfologia do terreno, sendo que a altitude e a exposição das encostas explicam frequentemente a existência de contrastes climáticos bruscos entre zonas adjacentes. A região de Trás-os-Montes encontra-se sob a influência do maciço galaico-duriense que impede a penetração de massas de ar húmido oceânico para o interior. Assim, a quantidade de precipitação diminui de Poente para Nascente, embora se produzam variações locais devidas à altitude. Ainda nesta região verifica-se que, de Norte para Sul, a temperatura aumenta, o ar torna-se mais seco e o número de dias de geada diminui. Na região de Trás-os-Montes é possível identificar regiões climaticamente homogéneas frequentemente denominadas por Terra Fria e Terra Quente, em que o factor de diferenciação é, como o próprio nome indica, a temperatura. É possível também distinguir uma região de transição entre estas. As cidades de Chaves e Vila Real encontram-se na zona de transição, já que a sua temperatura média anual se encontra entre os 12,5-14ºC, mas a cidade de Vila Pouca de Aguiar e as serras do Alvão, Marão e da Padrela inserem-se na Terra Fria. Estas regiões estão intimamente relacionadas com a altitude, sendo que a terra de transição se encontra geralmente entre 350/400 metros e os 600 metros de atitude, e a Terra Fria se inicia geralmente a partir dos 600 metros.

Terra Fria, Terra Quente e zona de transição. MONTALEGRE CHAVES BRAGANÇA VILA REAL VILA POUCA DE AGUIAR MIRANDELA M. DOURO MOGADOURO RIO DOURO MONCORVO TERRA FRIA LAMEGO TERRA QUENTE ZONA DE TRANSIÇÃO O clima da área em estudo pode ser descrito por meio dos dados obtidos nas estações meteorológicas de Chaves, Vila Real e Pedras Salgadas, e nos postos udométricos de Vidago e Vila Pouca de Aguiar. Temperatura Temperatura Temperatura Estações Temperatura Mês mais Mês mais média mês média mês Climatológicas média anual (ºC) frio quente mais frio (ºC) mais quente (ºC) Chaves 12,5 5,3 Dezembro 20,6 Julho Pedras Salgadas 12,1 6,0 Janeiro 20,3 Julho Vila Real 13,4 6,4 Janeiro 21,4 Julho Verifica-se então que a temperatura média anual aumenta de Chaves para Vila Real, aumentando também a temperatura média do mês mais frio. O facto da temperatura média do mês mais quente não aumentar também de Norte para Sul (com a temperatura de Pedras Salgadas mais baixa que a temperatura de Chaves) terá a ver com fenómenos orográficos locais. O mês mais frio em Chaves é Dezembro enquanto que nas outras duas estações climatológicas é em Janeiro, no entanto o mês mais quente é, em todas, em Julho. Refere-se a grande amplitude térmica da região que expressa o carácter pouco moderado do clima.

Precipitação Estações Precipitaç Precipitação Mês com Precipitação Mês com Climatológicas Meses ão total máxima maior mínima maior e Postos secos (mm) (mm) precipitação (mm) precipitação Udométricos Chaves 715,2 Julho e Agosto 107,9 Janeiro 14,3 Julho Vidago 765,9 114,8 Fevereiro 11,6 Agosto Pedras Julho e 1041,8 Salgadas Agosto 147,0 Janeiro 12,2 Julho Vila Pouca de Aguiar 1503,7 219,8 Fevereiro 19,7 Julho Vila Real 1128,1 Julho e Agosto 165,5 Fevereiro 14,2 Julho Da análise do quadro anterior verifica-se que a precipitação diminui de Poente para Nascente, ou seja, de Vila Real para Chaves. A excepção é Vila Pouca de Aguiar, que apesar de se encontrar mais a Nascente que Vila Real tem precipitações mais elevadas devido à sua altitude. Outras variáveis climatológicas Humidade Insolação Neve Estações Nevoeiro Geada Granizo relativa do ar total ( nº Climatológicas ( nºdias/ano) ( nº dias/ano) ( nº dias/ano) (%) (horas) dias/ano) Chaves 63-78 2 318,8 32,5 55,5 0,5 1,1 Pedras Salgadas 56-71 2 423,8 21,6 124,8 2,7 8,4 Vila Real 63-86 2 435,2 20,6 32,4 2,6 3,6 O clima desta região é considerado em termos gerais húmido, com o período da tarde mais seco e quente que o período da manhã. Em termos de insolação, ou seja, do número de horas de sol por ano, esta é menor a Norte, em Chaves, e aumenta para Sul até Vila Real. É no entanto de referir que este fenómeno não está apenas relacionado com a latitude mas também com a localização depressionária da cidade de Chaves, que conduz à existência de nevoeiros frequentes especialmente no inverno. Em situações de continentalidade como as que se observam na área em estudo os nevoeiros são mais frequentes nas zonas de vale e da parte da manhã.

Os ventos dominantes nas estações climatológicas de Chaves e Vila Real são do quadrante Sudoeste, são geralmente fracos verificando-se situações de calmaria frequentes. Em Pedras Salgadas, a maior altitude, os ventos dominantes são do quadrante Sul, são mais fortes e as situações de calmaria são muito menos frequentes. Pode-se concluir a abordagem dos fenómenos climáticos expressando as características mais importantes do clima, que influenciam obrigatoriamente a vivência do espaço na área em estudo. Assim, a região onde se desenvolve o eixo Chaves - Vila Pouca de Aguiar - Vila Real é caracterizada por Invernos frescos e Verões moderados, amplitudes térmicas elevadas que resultam num clima pouco moderado a continental, níveis de precipitação elevados no Inverno e ocorrência significativa de orvalho e geada. Nas zonas mais altas, a partir dos 800 metros, é de prever a ocorrência de queda de neve. Da classificação climática de Koppen resulta que na região em estudo se verifica a presença de um clima mesotérmico húmido, com estação seca no Verão, sendo que o Verão é pouco quente mas extenso 1. Geologia A região Norte é, na sua maior parte, constituída por solos antigos cujo substrato pertence à Zona Centro Ibérica do Maciço Hespérico, que é considerado a ossatura central da Península Ibérica. A região em estudo insere-se na Sub-Zona da Galiza Média e Trás-os-Montes, caracterizada pelo predomínio dos maciços de granito, de vários tipos e idades. Esses maciços graníticos surgem a par de formações metassedimentares mais antigas e também das formações de recobrimento mais recentes. Os granitos caracterizam-se por dar origem a um relevo característico que se desenvolve em patamares ou terraços, enquanto que nos xistos ocorrem as variações mais bruscas de orografia. As formações de recobrimento, resultado da erosão e depósito em zonas depressionárias, surgem no sopé de zonas escarpadas, ao longo das linhas de água e, com maior expressão, na Veiga de Chaves. Nas linhas de água surgem depósitos modernos aluvio-coluvionares e na Veiga de Chaves, de solos altamente produtivos, verifica-se a existência de depósitos de terraços do período plistocénico. 1 Adaptado de IP3, Scut Interior Norte lanço Chaves ( Fronteira) / Vila Real ( IP4), vol. 4 Estudo de Impacte Ambiental, 4.2. Relatório Base, p.iv. 28.

Entre Chaves e Vilarinho das Paranheiras é o subtracto xistoso que prevalece, observando-se a presença de arenitos, calcoxistos e xistos negros do Sílurico. Este é o substracto que prevalece também nas serras da Pardela e do Alvão. A partir de Vilarinho das Paranheiras e no vale onde se desenvolve a antiga linha de comboio prevalece o subtracto granítico. Aqui, o granito biotítico em geral de grão médio a grosseiro e porfiróide é o subtracto dominante. Entre Parada de Aguiar e Tourencinho, no denominado vale de Vila Pouca de Aguiar, surge uma zona depressionária caracterizada pela existência de formações de recobrimento, novamente depósitos de terraços do período plistocénico. De Tourencinho a Vila Real são novamente os granitos, desta vez granitos de duas micas de grão médio a grosseiro, porfiróides, que prevalecem como substracto dominante. As principais linhas morfológicas da região de Trás-os-Montes são mais ou menos paralelas e de orientação NNE - SSW. É com esta orientação que surgem as serras que limitam a área em estudo.

Geomorfologia A geomorfologia da região entre Chaves e Vila Real é caracterizada essencialmente por uma situação de montanha, constituída pelas serras da Padrela e Falperra a Nascente e pelas serras do Alvão e do Marão a Poente. A serra da Padrela atinge 1147 metros de altitude máxima, a serra do Alvão sobre até aos 1329 metros de altitude enquanto que na serra do Marão se atingem os 1415 metros. À situação de montanha contrapõem-se vales profundos e férteis por onde correm as linhas de água da região e onde se pratica uma agricultura geralmente intensiva, como aqueles onde se localiza a área de estudo. Este sistema de serras integra-se no Planalto Transmontano, sendo que as serras de Nascente e de Poente são interrompidas por um fosso tectónico originado por um sistema de falhas e abatimentos de blocos. A Falha de Vila Real é a principal fractura da região, e é a responsável pelo referido fosso por onde corre a antiga linha de comboio. Esta falha atinge uma extensão longitudinal de cerca de 500 Km e é a sua conjugação com outras de direcções diferentes que permite a ocorrência dos fenómenos hidrogeológicos que se observam na região, nomeadamente a existência de importantes nascentes minerais e termais. As localidades de Chaves, Campilho, Vidago, Salus e Pedras Salgadas constituem uma importante rota no panorama das nascentes de água mineral do país, sendo que os principais centros hidrotermais da região são Chaves, Vidago, e Pedras Salgadas. Sabroso era também um centro hidrotermal que actualmente se encontra desactivado. As águas de Campilho tem como finalidade exclusiva o engarrafamento. Características hidrotermais de alguns dos centros termais existentes na região: Termas Caracterização bioquímica Indicações terapêuticas Utilização Caldas de Chaves Bicarbonatada, sódica, fluoretada, gasocarbónica Aparelho digestivo, doenças reumáticas e denças muscoesqueléticas. Banhos, ingestão. Termas de Vidago Bicarbonatada, sódica, ferruginosa, fluoretada, gasocarbónica Aparelho digestivo, respiratório, pele, sistema nervoso. Banhos, ingestão, engarrafamento. Termas de Pedras Bicarbonatada, Aparelho digestivo, Banhos, ingestão, Salgadas sódica, ferruginosa, doenças metabólico- engarrafamento.

fluoretada, gasocarbónica endócrinas. O fosso tectónico referido conduz à existência de depressões ou vales preenchidos por depósitos de cobertura de natureza aluvionar ou resultantes da meteorização. A depressão de Chaves é um exemplo deste fenómeno. A depressão de Chaves tem cerca de 10 Km de comprimento e 5 km de largura máximas. A sua região central, de solo aluvionar profundo e fértil é denominada a Veiga de Chaves e nela se encontra o Rio Tâmega, uma linha de água pouco encaixada. A região Sul desta depressão é fechada pelo levantamento do bloco granítico de Santa Bárbara, que obriga o rio a encaixar. A sul de Santa Bárbara individualizam-se as bacias hidrográficas de Vidago e de Pedras Salgadas. A bacia de Vidago corresponde a um vale de fractura. A bacia de Pedras Salgadas, de direcção de Norte para Sul, estende-se até Vila Pouca de Aguiar e é limitada a Nascente pela serra da Padrela e a Poente pela serra do Alvão. Na bacia de Vila Pouca de Aguiar localiza-se o troço mais a montante do rio Corgo, que acompanha a antiga linha de comboio e passa mais a jusante por Vila Real. Esta bacia é limitada a Nascente pela serra da Falperra e a Poente pela serra do Alvão. Nestas serras observam-se afloramentos e blocos de granito que acentuam a rusticidade da paisagem. A sul de Vilarinho de Samardã e até Vila Real o relevo suaviza-se e a altitude baixa atingindo-se a altitude média de 450 metros nesta cidade. O rio Corgo encaixa-se no fundo deste vale e a Serra do Marão encontra-se a Poente. Solos Os solos transmontanos são geralmente delgados e pobres, frequentemente sujeitos a fortes fenómenos erosivos, consequência, quer das formações geológicas dominantes, quer da orografia. Predominam na região transmontana os terrenos do precambrico-arcaico e os granitos, na zona em estudo são frequentemente granitos.

Nas zonas de montanha o solo é frequentemente erosionado pela precipitação e o substrato rochoso encontra-se à vista. Aqui os solos são, como já foi referido, delgados e pobres, Cambissolos e Leptossolos. São solos de fraca aptidão agrícola. Os Cambissolos húmicos de origem granítica são os mais abundantes na área em estudo, ocorrendo normalmente em zonas planas ou de declive moderado, húmidas e de altitude. Os Cambissolos húmicos de origem xistenta surgem apenas junto a a Vilarinho das Paranheiras. Os Leptossolos são solos delgados, com espessura inferior a 50 cm, que ocorrem pontualmente na área em estudo, especialmente mas zonas em que o substrato é o xisto e o declive é elevado. Nas zonas de vale e especialmente na veiga de Chaves e entre Parada de Aguiar e Tourencinho - as zonas depressionárias mais importantes - surgem fluvissolos dístricos (ácidos), originados pela acumulação de sedimentos transportados pela água. Existem também fluvissolos dístricos associados às principais linhas de água e seus afluentes, rio Tâmega, ribeira da Oura, rio Avelâmes e rio Corgo. Estes solos, de elevada espessura e fertilidade, possuem grande aptidão agrícola e são usadas nas culturas de regadio, inclusive nos lameiros. Vegetação A paisagem da área em estudo é caracterizada pelo domínio da ocupação agrícola do solo, que actualmente se encontra em regressão devido ao abandono dos campos por parte de uma população cada vez mais envelhecida. A vegetação potencial, aquela que ocorreria naturalmente na região e que se estabelece quando os campos agrícolas são abandonados, localiza-se actualmente em zonas de baldios e incultos e em galerias ripícolas que acompanham as linhas de água. As linhas e água apresentam galerias ripícolas geralmente bem conformadas e de grande interesse em termos de paisagem e de conservação da natureza. De entre estas destacam-se as do rio Corgo, que além disso se apresenta com fraco grau de poluição. As espécies arbóreas dominantes nas linhas de água são os Amieiros (Alnus glutinosa), o Choupo negro (Populus nigra) e diversas espécies de salgueiros (Salix atrocinera e Salix salvifolia, entre outras). Em termos de andar arbustivo dominam os silvados ( Rubus sp.), ocorrendo também por vezes o pilriteiro (Crataegus monogyna) e outras. Existem algumas manchas florestais de maior dimensão localizadas em Vidago e Pedras Salgadas, e outras manchas de menor dimensão que se encontram ao longo do percurso do antigo comboio. As

manchas florestais localizadas em Vidago e Pedras Salgadas são constituídas essencialmente por floresta mista de folhosas e resinosas, destacando-se de entre as folhosas o castanhal. De entre as manchas de menor dimensão mas de grande importância ecológica destacam-se os carvalhais, essencialmente de Quercus pyrenaica mas também de Quercus robur. Estes carvalhais apresentam frequentemente um subcoberto de vegetação herbáceo-arbustiva. Os Quercus suber ocorrem de forma pontual. Aos carvalhais de maior altitude estão por vezes associados vidoeiros, na proximidade das linhas de água, bem como o castanheiro, a aveleira, o loureiro e o azevinho, formando bosques mistos de folhosas. Os matos, formações muito marcantes na área em estudo, são constituídos por tojais (Ulex sp.), giestais (Cytisus sp. e Genista sp.), urzais ( Calluna sp. e Erica sp.) e sargaçais (Halimium allysoides), denunciando estes últimos uma etapa muito avançada de regressão dos carvalhais. Verifica-se a existência de algumas manchas de pinhal, Pinus pinaster em zonas de menor altitude e Pinus sylvestris em zonas mais altas. Os castanhais ocorrem também frequentemente. Entre Sigarrosa e Fortunho e na zona de Loivos verificaram-se dois grandes incêndios que destruíram a vegetação existente, este último no Verão de 2002. Estes incêndios devem-se às condições climáticas locais mas também à falta de limpeza das matas, em especial dos pinhais. Nas zonas de incêndio a vegetação encontra-se em regeneração, sendo que as formações dominantes são habitualmente tojais, giestais e urzais. Da vegetação potencial fazem parte espécies perfeitamente adaptadas às condições edafo-climáticas e orográficas locais, pelo que o seu estudo pode ser de grande importância para a vegetação a propor. No entanto, a intervenção na paisagem poderá ser marcada também pela presença de espécies ornamentais adaptadas às condições da zona. Para o estudo da vegetação potencial é importante o conhecimento da biogeografia, o modo como os seres vivos se dispõem geograficamente, e particularmente da fitogeografia, relativa à flora. A fitossociologia é o modo como a flora surge agrupada ao nível local. Em termos biogeográficos, a região em estudo insere-se nas seguintes categorias: Reino Holártico Região Mediterrânica Sub-região Mediterrânica-Ocidental Superprovíncia Mediterrânica Ibero-Atlântica Província Carpetano-Ibérico-Leonesa Sector Oresano-Sanabriense Subsector Margato-Sanabriense

Relativamente ao sector dominante e do qual decorre a maior parte da vegetação potencial, o Sector Oresano-Sanabriense, este integra-se nas unidades biogreográficas acima referenciadas e cujas características preponderantes e que se verificam na área em estudo se apresentarão de seguida. A Província Carpetano-Ibérico-Leonesa é dominada pela bacia hidrográfica do Douro e inclui a maior parte de Trás-os-Montes e uma parte significativa da Beira Alta. É limita da Oeste pelo planalto do Barroso e pelas Serras do Alvão e Marão, pelo que a área em estudo se integra nesta unidade. Nesta província dominam as rochas siliciosas câmbricas e pré-câmbricas, sobressaindo destas os xistos do complexo xisto-grauváquico e os granítos hercínicos. Na zona portuguesa desta província a vegetação potencial é constituída por carvalhais de Quercus pyrenaica, sobreirais de Quercus suber e mais raramente azinhais (de Quercus rotundifolia). Entre as comunidades arbustivas destacam-se os giestais e os estevais. O sector Oresano-Sanabriense é um território supra-mediterrânico sub-húmido a húmido, que no distrito administrativo de Vila Real inclui a Veiga de Chaves, a Serra da Padrela e a área planáltica que se prolonga do sopé da Serra do Marão até às proximidades dos troços inferiores dos rios Tinhela e Pinhão. Existe um elevado número de espécies de plantas vasculares cujas populações, em Portugal, são exclusivas ou estão quase totalmente incluídas neste sector. Os bosques característicos deste sector são de Quercus pyrenaica sendo que, à semelhança do que acontece por todo o país, a paisagem é dominada pelos matos que são urzais, giestais e o medronhal. Nas galerias ripícolas dos cursos de água temporários e dos cursos de água de regime torrencial com águas rápidas e turbulentas são constantes os salgueirais arbustivos. Os freixais foram praticamente extintos e substituídos por prados permanentes, os lameiros. Nas margens dos lameiros abundam silvados. É, no entanto, de referir que a zona depressionária onde se encontra a área de estudo é o limite de diversas unidades biogeográficas pelo que sofre a influência do Superdistrito da Terra Quente (inserido na Província Carpetano-bérico-Leonesa mas no Sector Lusitano-Duriense) e do Superdistrito do Alvão-Marão ( inserido no Subsector Miniense da região Eurosiberiana ). Deste facto resulta uma distribuição da vegetação potencial por vezes complexa em determinados troços da área em estudo. Assim, e na parte mais ocidental do distrito administrativo de Vila Real, a área de influência do Superdistrito da Terra Quente faz-se sentir especialmente numa faixa longitudinal em que o Quercus suber existe mas onde também se verificam matos em que dominam a Lavandula sp. e o Cytisus sp.

As serras do Alvão e do Marão integram-se no Superdistrito do Alvão-Marão e caracterizam-se pela presença de Quercus robur e de Quercus pyrenaica mas também de Pinus sylvestris em altitude, entre outras espécies. Em termos de carvalhais, e na área de estudo, destaca-se a dominância dos carvalhais constituídos por Quercus pyrenaica, seguidos dos povoamentos mistos de Quercus pyrenaica e Quercus robur e finalmente de carvalhais de Quercus robur. Refira-se que este tipo de habitat, o carvalhal Galaico- Português de Quercus robur e de Quercus pyrenaica que domina na Área Classificada do Sítio Alvão- Marão (a qual ainda faz parte da área em estudo) é um dos habitats considerados prioritários em termos de conservação da natureza e como tal é de grande valor e sensibilidade ecológica. Os sobreirais são raros ou encontram-se quase extintos, no entanto ocorrem pontualmente exemplares de Quercus suber na área em estudo de grande porte e valor. As azinheiras não ocorrem na área da envolvente à antiga linha de comboio. Algumas espécies de vegetação potencial características da região em estudo: Andar herbáceo - arbustivo Andar arbóreo Espécie Nome vulgar Espécie Nome vulgar Galeria ripícola Até 600 metros Carex sp. Alnus glutinosa Amieiro Juncus sp. Junco Frangula alnus Sanguinho da água Crataegus Fraxinus Pilriteiro monogyna angustifolia Freixo Molinia coerulea Populus nigra Choupo negro Rosa sp. Salix Rosa atrocinera; silvestre Salix salvofolia Salgueiro e outros. Rubus ulmifolius Silvado Ulmus minor Ulmeiro Scirpus sp. Bunhos Calluna vulgaris Urzes Arbutus unedo Medronheiro Chamaespartium Acer Carquejas tridentatum campestre Bordo comum Cytisus sp. Giestas Castanea sativa Castanheiro Erica sp. Urzes Cedrus atlantica Cedro Genista sp. Giestas Cupressus Cedro do lusitanica Buçaco Halimium sp. Sargaços Pinus pinaster Pinheiro bravo

A partir de 600 metros Lavandula sp. Rosmaninhos Quercus pyrenaica Carvalho negral Ulex sp. Tojos Quercus robur Carvalho roble; Quercus suber Sobreiro Bétula; Chamaespartium Betula Carquejas tridentatum celtiberica Vidoeiro Cytissus sp. Giestas Pinus sylvestris Pinheiro silvestre Erica sp. Quercus Urzes pyrenaica Carvalho-negral Genista sp. Halimium sp. Ulex sp. Giestas Sargaços Tojos

Hipsometria, Declives, Exposições e Hidrografia Hipsometria (MDT) Sobre a base altimétrica (curvas de nível) do IPCC à escala 1:25000, elaborou-se a carta hipsométrica, tendo sido definidas 12 classes de altimetria entre os 0 e os 1200 metros, correspondendo cada uma delas a um intervalo de 100 metros (Ver Figura HIP). A partir da cartografia produzida verifica-se que a região em estudo apresenta variações altimétricas consideráveis, motivadas pela alternância entre as cumeadas (zonas altas) e os talvegues (zonas baixas). Devido à morfologia do terreno é possível diferenciar três situações altimétricas específicas - as veigas de Chaves e entre Parada de Aguiar e Tourencinho, os vales aluvionares de Vidago e de Pedras Salgadas; o sistema de serras a Nascente, e o sistema de serras a Poente. A primeira situação corresponde às cotas mais baixas, encontrando-se associada à presença e acumulação de água a veiga de Chaves e de Parada de Aguiar - Tourencinho, e aos vales aluvionares acima referidos. É, no entanto, na veiga de Chaves que as cotas inferiores a 50m assumem maior expressão. A segunda situação assenta num conjunto de cotas mais elevadas correspondente às serras da Padrela (1147m) e Falperra, a Nascente da linha férrea. É na terceira situação que ocorrem os pontos mais altos da região, correspondendo a configurações de relevo marcadas desta vez pelo sistema serrano das serras do Alvão (1329m) e do Marão (1415m). Declives Os declives foram calculados sobre a base altimétrica (curvas de nível) do IGEOE, à escala 1:25000 e subdivididos em 5 classes de declives, apresentadas no quadro seguinte : Classes de Declives 0-3% 3-8% 8-16% 16-25% >25% A sua apresentação está referenciada na Figura DEC.

Os menores declives (0-3% e 3-8%) dominam na veiga de Chaves, que constitui uma área aplanada de grande extensão e regularidade, na veiga entre Parada de Aguiar e Torencinho, nos vales aluvionares do rio Tâmega, em Vidago, em Pedras Salgadas e ao longo dos seus principais afluentes ribeira da Oura e rio Avelãmes, e no vale do rio Corgo, em Vila Pouca de Aguiar. Esta classe de declives está essencialmente associada a planícies aluvionares. Nas restantes áreas, em especial entre Chaves e Vilarinho das Paranheiras, e entre Vilarinho de Samardã e Vila Real, predominam as classes de declives de 8-16% e 16-25%, apresentado declives máximos da ordem dos 30-40%, em que o relevo é caracterizado pela alternância das cumeadas com os vales encaixados a muito encaixados, com vertentes declivosas. Estes taludes encontram-se ocupados essencialmente por Pinhal Bravo e por vegetação arbóreaarbustiva de montanha. Em ambas as classes de declives é de notar as fortes limitações à implantação de actividades humanas, devendo a edificação ocorrer de forma pontual, e a actividade agrícola tem que recorrer a processos de armação do terreno e a práticas culturais realizadas segundo as curvas de nível, de modo a evitar grandes perdas de solo, tal como as que se verificam nos lameiros que apresentam um declive médio a suave (8-16%). Os maiores declives, superiores a 25%, são atingidos no cume das serras, em geral em encostas modeladas em formações xistosas, como é o caso do vale muito encaixado do rio Tâmega. Esta classe de declives é caracterizada pela grande sensibilidade à erosão, devido ao movimento de massas superficial ou profundo, devendo por isso ser evitadas a edificação ou a falta de vegetação. Deverão, por outro lado, ser tomadas medidas especiais que favoreçam a estabilização destas vertentes. A variação de classes ocorrida ao longo da linha férrea, contribui para definição de áreas com características muito diferenciadas em termos de susceptibilidade à erosão, onde a dinâmica fundamental é o movimento de massas superficial. Assim, no caso dos declives >25% deverão ser tomadas medidas especiais que favoreçam a estabilização destas vertentes. Exposições Como é sabido, diferentes exposições solares geram microclimas distintos, determinantes no conforto bioclimático e na natureza da vegetação a implantar. O conforto bioclimático varia de acordo com a exposição solar das diferentes vertentes. Assim, as vertentes expostas a Sul (no Hemisfério Norte) recebem uma maior quantidade de radiação ao

longo do ano, aumentando esta quantidade com o declive. Enquanto, as vertentes expostas a Norte apresentam valores muito baixos de radiação recebida, entre o Solstício de Inverno e os Equinócios, o que as torna desconfortáveis. Entre os quadrantes anteriores, encontram-se valores de radiação intermédios, que correspondem às exposições a Nascente e Poente. Nas vertentes expostas a Poente, os valores de temperatura do ar são superiores aos das exposições a Nascente, devido ao aquecimento das massas de ar acumulado ao longo do dia e há menor acumulação de orvalho. Quanto ao caso em estudo, algumas situações de microclima de vale, nas veigas de Chaves e entre Parada de Aguiar e Tourencinho e nos vales aluvionares, que são sobretudo influenciadas pela circulação e acumulação do ar frio, durante a noite. Este microclima é caracterizado por uma maior percentagem de humidade relativa durante a noite do que durante o dia. Verifica-se na análise da área percorrida pela linha férrea, a predominância das encostas expostas a Noroeste e a Oeste. Seguem-se, em termos de representatividade, as vertentes e vales aluvionares expostos a Norte e com um nível inferior, as áreas expostas a Este e a Sudeste. As exposições Norte, mais desfavoráveis em termos de conforto bioclimático, apresentam uma vegetação com menos densa e de características alpinas (ex. encosta das antigas estações Fortunho e Samardã). Hidrografia Em termos de hidrografia identificam-se, entre Chaves e Vila Real, quatro bacias hidrográficas independentes, as bacias de Chaves, Vidago, Pedras Salgadas e Vila Pouca de Aguiar. Estas bacias dispõem-se em patamares ou terraços sucessivos e possuem drenagem independente. A grande maioria das linhas de água da região transmontana são linhas de água encaixadas em vales profundos, caso de diversos troços dos rios e das ribeiras localizadas na área em estudo. A excepção são as zonas de veiga, onde o depósito de produtos provindos de montante ou de zonas de maior altitude suaviza o terreno nas zonas mais baixas. Na bacia de Chaves a linha de água de primeira é o rio Tâmega, na bacia de Vidago encontra-se a ribeira da Oura, em Pedras Salgadas evidencia-se o rio Avelâmes e a bacia de Vila Pouca de Aguiar tem como linha de água principal o rio Corgo. Todas são, em última, análise afluentes do Douro. O rio Tâmega nasce em Espanha, passa em Chaves e em Mondim de Basto e une-se ao Douro em Entre-os-Rios. O rio Corgo nasce no planalto de Vila Pouca de Aguiar, acompanha o traçado da antiga linha de comboio até Vila Real, e desagua no rio Douro junto à Régua