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Autores: Fatima Proença, ACEP / Luís Vaz Martins, LGDH. Lisboa, 17 de Setembro de 2015

Transcrição:

SOBRE O DIA MUNDIAL A cada ano, no dia 12 de Junho, pessoas em todo o mundo reúnem-se para assinalar o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Este dia promove a sensibilização pública e política, angariando esforços para enfrentar o flagelo do Trabalho Infantil. O Dia Mundial em 2011 abordará o problema das crianças evolvidas em trabalhos perigosos, trazendo o tema para uma discussão global e convocando todos para agir com urgência. A OIT estima que há 215 milhões de crianças em situação de Trabalho infantil e dessas, 115 milhões estão diretamente envolvidas em trabalhos perigosos. Trata-se de atividades que, pela sua natureza ou pelas condições em que são realizadas, podem prejudicar a moralidade ou a saúde física ou mental da criança. Em alguns casos, o trabalho pode até colocar em risco a vida da criança. Dos 115 milhões de crianças envolvidas nessas atividades, 53 milhões têm entre 5 e 14 anos. Os outros 62 milhões têm entre 15 e 17 anos, o que representa quase metade de todas as crianças trabalhando nessa faixa etária. O trabalho infantil tem implicações no processo educativo das crianças, já que muitas crianças que trabalham não frequentam a escola ou abandonam a escola muito cedo, faltam muito, repetindo anos escolares ou tendo fracos resultados e fraco aproveitamento escolar. Em Maio de 2010, representantes de países, instituições da ONU, sindicatos e sociedade civil adotaram o Roteiro para Eliminação das Piores Formas de Trabalho Infantil na Conferência Global sobre Trabalho Infantil em Haia, enfatizando o papel da educação como estratégia-chave para tratar a questão do trabalho infantil. No Dia Mundial de 2011, as mensagens centrais são: É necessário enfrentar o trabalho infantil perigoso com urgência, para que se façam progressos em direção à meta global de eliminação das piores formas de trabalho infantil. Reconhecendo que o trabalho perigoso é parte do problema maior que é o trabalho infantil, é necessário intensificar os esforços globais, nacionais e locais contra todas as formas de trabalho infantil através da educação, proteção social e estratégias para promover o trabalho digno e produtivo para jovens e adultos. É necessário fortalecer as ações tripartidas em matéria de trabalho infantil perigoso, usando as normas internacionais e a experiência das organizações de trabalhadores e de empregadores na área da segurança e saúde e no contexto do trabalho digno. O componente central de qualquer estratégia política eficaz para a prevenção e eliminação do trabalho infantil é a educação obrigatória, de qualidade e publicamente financiada, aliada à proteção social e ao respeito das normas do trabalho. AS CONVENÇÕES DA OIT SOBRE TRABALHO INFANTIL A Convenção (N.º 138) da OIT sobre Idade Mínima, de 1973, exige que os Estados-membros definam por lei uma idade mínima para a admissão ao emprego que não seja inferior à idade de de terminar a escolaridade obrigatória, e em caso algum, inferior a 15 anos. No entanto, um Estado cuja economia e estruturas educativas estejam insuficientemente desenvolvidas poderá, inicialmente e sob certas condições, estabelecer uma idade mínima de 14 anos. As leis ou regulamentos nacionais podem permitir o emprego de crianças e adolescentes entre 13 e 15 anos em trabalhos leves que não sejam prejudiciais à frequência escolar ou à saúde e desenvolvimento da criança. Crianças entre 12 e 14 anos podem realizar atividades leves em países que tenham fixado a idade mínima em 14 anos. A Convenção (N.º 182) da OIT sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil, de 1999, apela a medidas imediatas e eficazes para assegurar a proibição e a eliminação das piores formas de trabalho infantil com a maior urgência. As piores formas identificadas são: Todas as formas de escravatura, ou práticas análogas, tais como a venda e o tráfico de crianças, a servidão por dívidas e a servidão, bem como trabalho forçado ou obrigatório, incluindo o recrutamento forçado ou obrigatório de crianças com vista à sua utilização em conflitos armados. A utilização, o recrutamento ou a oferta de uma criança para fins de prostituição, de produção de material pornográfico ou de espectáculos pornográficos. A utilização, o recrutamento ou a oferta de uma criança para atividades ilícitas.

Os trabalhos que, pela sua natureza ou pelas condições em que são exercidos, são susceptíveis de prejudicar a saúde, a segurança ou moralidade da criança. ENFRENTANDO O TRABALHO INFANTIL PERIGOSO As Convenções da OIT e suas respectivas Recomendações proporcionam um enquadramento que enfatiza a importância do acesso à educação e que assegura que crianças em idade legal para trabalhar o possam fazer em condições seguras. É responsabilidade das autoridades competentes, em consulta com as organizações de trabalhadores e de empregadores, determinar quais são as atividades perigosas no contexto nacional. A Recomendação (N.º 190) da OIT dá orientação sobre alguns fatores a serem considerados para se definirem quais as atividades perigosas. O trabalho perigoso inclui: trabalhos que expõem as crianças a maus tratos físicos, psicológicos ou sexuais; trabalhos efectuados no subsolo, debaixo de água, em alturas perigosas ou em espaços confinados; trabalhos efectuados com máquinas, material ou ferramentas perigosas, ou que implicam a manipulação ou o transporte de cargas pesadas; trabalhos que se efectuam em ambiente insalubre que possa expor as crianças a substâncias, agentes ou processos perigosos, ou a temperaturas, ruídos ou vibrações prejudiciais para a sua saúde; trabalhos que se efectuam em condições particularmente difíceis, por exemplo durante muitas horas ou de noite, ou para os quais a criança fica injustificadamente retida nas instalações do empregador. Baseado nesses elementos, o impacto do trabalho nas crianças pode variar de ferimentos leves até à incapacidade, ou mesmo até à morte. Além disso, alguns dos problemas físicos e psicológicos resultantes dessas atividades não são evidentes de imediato ou não vêm à tona por muitos anos, como é o caso de envenenamento por metais pesados ou de limitações no desenvolvimento intelectual e social das crianças. amplas. A nível mundial, 67 milhões de crianças em idade de frequentar a escola primária, das quais mais de metade são meninas, e 71 milhões de crianças em idade idade de frequentar a escola secundária não estão matriculadas em escolas. Muitas outras que estão matriculadas, não frequentam a escola regularmente, muitas vezes por causa de longas jornadas de trabalho ou pelos elevados custos escolares. O trabalho infantil perigoso não retira uma criança da pobreza. Já a educação de qualidade, sim. Proporcionar acesso à educação básica de qualidade, gratuita, obrigatória e para todas as crianças até a idade mínima para a admissão ao emprego é uma estratégiachave. É o primeiro passo em direção à eliminação de todas as formas de trabalho infantil. Além dos benefícios óbvios e imediatos decorrentes do encaminhamento de crianças em situação de trabalho infantil para a escola, a educação básica universal é um direito humano fundamental. A comunidade internacional tem vindo a debruçar-se este direito fundamental através de direito nacional e internacional. A importância da educação básica é central nas Convenções da OIT sobre Trabalho Infantil e na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. TRABALHO INFANTIL E EDUCAÇÃO O trabalho infantil perigoso não pode ser tratado isoladamente. É parte do problema global do trabalho infantil, que está intimamente ligado à falta de oportunidades educativas de qualidade para as crianças, e fatores ligados à pobreza, falta de proteção social e falta de oportunidades de trabalho digno para jovens e adultos. Desse modo, medidas para tratar a questão precisam também estar fundamentadas em respostas políticas mais

NO SINDICATO: O QUE SINDICATOS DE EDUCADORES PODEM FAZER PARA APOIAR O DIA MUNDIAL DE 2011 Os sindicatos de professores tem sido pioneiros no movimento de prevenção e eliminação do trabalho infantil. No Dia Mundial de 2011, recorremos à força e à dedicação dos sindicatos de professores para inspirar a comunidade global a juntar-se à luta contra o trabalho infantil. Dependendo dos contextos nacionais e locais, há muitas maneiras através das quais os sindicatos de professores podem apoiar o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Aqui estão algumas ideias: Se o seu sindicato tem um sítio da internet, promova o Dia Mundial e a ligação com o sítio do Dia Mundial da OIT: www.ilo.org/ipec Inclua o Dia Mundial na agenda de reuniões sindicais a nível nacional, regional e local, e discutam sobre como o sindicato pode dar apoio à causa. Distribua este panfleto nas filiais do seu sindicato. Considere a possibilidade de elaboração de um comunicado de imprensa por ocasião do Dia Mundial. Se o seu sindicato está associado a uma confederação nacional, levante a questão do trabalho infantil e da importância da educação de qualidade nas discussões da confederação. Se o Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) da OIT estiver presente no seu país, contacte o Escritório da OIT e discuta as possibilidades de cooperação. Se for o caso em seu país, realize uma campanha pela ratificação das Convenções (N.º 138) e (N.º 182) da OIT e inspire o governo nacional a desenvolver ou re-avaliar listas de trabalhos que são perigosos para as crianças. Trabalhe em parceria com outras organizações da sociedade civil, e instituições nacionais e internacionais envolvidas na prevenção e eliminação do trabalho infantil para orientar e incentivar a sensibilização pública e o compromisso para agir. Defenda iniciativas políticas que retirem as crianças do trabalho infantil e facilitem seu acesso à educação de qualidade. Considere a possibilidade de desenvolver atividades de cooperação entre sindicatos de professores que apoiem o objetivo de eliminação do trabalho infantil. Se o trabalho infantil não é um problema central em seu país, utilize os seus recursos para disseminar conhecimento e promover a sensibilização nos países que estão ativamente enfrentando o Trabalho Infantil. Divulgue o problema do trabalho infantil nas cadeias produtivas. Manifeste-se pelo direito à educação de qualidade para todas as crianças e adolescentes. NA SALA DE AULA: O QUE OS PROFESSORES PODEM FAZER PARA APOIAR O DIA MUNDIAL 2011 Oportunidades podem surgir para professores e outros educadores para discutir o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil com estudantes, possivelmente envolvendo os alunos em alguma atividade que possa ajudar a sensibilizar e apoiar esforços para prevenir e eliminar o trabalho infantil e para a importância da educação. A atividade mais adequada deve variar de acordo com a idade dos estudantes, mas abaixo estão algumas ideias. Pode haver outras! Mantenha o cata-vento girando, passe-o adiante! Divulgue. O cata-vento é um símbolo utilizado pela OIT na sua campanha contra o trabalho infantil. Se tiver acesso à Internet, visite o sítio da campanha do cata-vento em http://www.ilo.org/ipec/campaignandadvocacy/youthinac tion/pinwheel/lang--en/index.htm, descarregue o arquivo e faça seu próprio kit. Informe a comunidade. Baseado nos exemplos de placas de trânsito encontrados no seu país, convide estudantes a fazer as suas versões criativas de placas de alerta específicas para atividades perigosas. Se possível, concentre-se nos tipos de atividades perigosas que podem ocorrer no seu país. Faça um mapa corporal dos riscos. Oriente seus alunos a desenharem a forma de seus corpos numa folha de papel grande. Estimule uma discussão sobre como o trabalho perigoso pode afectar e causar ferimentos em várias partes do corpo, marcando ou colorindo o desenho de acordo com as suas conclusões. Dê atenção aos vários sistemas do corpo, tais como os sistemas respiratório e circulatório, e não se esqueça do órgão fundamental - o cérebro! Seja criativo. Conduza um exercício de sugestões de idéias para enumerar atividades profissionais, os riscos ligados a essas atividades, e as consequências que podem

ocorrer para a criança em ambientes de trabalho. Encoraje seus alunos a descrever as suas impressões através de desenhos, poemas ou cartas a representantes do governo. Compartilhe os resultados com a sua escola, o seu campus universitário e a sua comunidade como um todo. Coloque-se no lugar das crianças. Compartilhe imagens de trabalho infantil através das brochuras da campanha do Dia Mundial ou, se tiver acesso à internet, através da galeria de fotos da OIT em http://www.ilo.org/dyn/media/mediasearch.home?p_lang =en. Se possível, selecione imagens de crianças da sua região e aquelas que correspondem aproximadamente à idade dos seus alunos. Peça aos seus alunos para imaginarem as vidas dessas crianças, escrevendo um diário das suas atividades da hora de acordar até à hora de dormir. Mobilize os seus alunos para encenarem a vida de crianças em situação de trabalho infantil, transformando os diários que eles escreveram em peças teatrais ou actuações para a comunidade local. Encoraje a participação de todos. Envolva a sua comunidade escolar em eventos até ao Dia Mundial de 2011. Organize uma semana de sensibilização sobre trabalho infantil nas escolas locais e centros de atividades em crescendo até o dia 12 de Junho. No primeiro dia dessa semana, organize uma campanha Plante Uma Árvore com os estudantes e membros da comunidade para simbolizar a importância de dar a vida e acarinhá-la. Mobilize a sua vizinhança. Aproveite o talento e a criatividade das crianças e jovens da sua comunidade, encorajando-os a participar em atividades como espectáculos, eventos desportivos, exposições de arte, debates públicos e leitura de poesias para sensibilizá-los sobre o Dia Mundial. Envolva músicos locais, atletas, estudantes universitários, políticos, jornalistas e ativistas da comunidade, bem como os media, para inspirar uma parceria coletiva. Se tiver acesso à Internet, visite a página do programa ECOAR para mais ideias sobre como envolver os jovens em atividades de sensibilização: http://www.ilo.org/scream/. EDUCATION INTERNATIONAL TRABALHANDO COM A OIT PARA PREVENIR E ELIMINAR O TRABALHO INFANTIL A Education International (EI) é uma Federação Mundial de Sindicatos representando organizações de professores em todo o mundo. Atualmente, a EI representa 30 milhões de professores, trabalhadores em educação e académicos através de 396 organizações em 171 países e territórios. As organizações de professores são parceiros centrais nas iniciativas e esforços conjuntos para prevenir e eliminar o trabalho infantil e manter as crianças na escola. A EI disponibiliza uma rede de atores-chave que estão mobilizados contra o trabalho infantil a nível local e regional. A nível internacional, a EI tem promovido a sensibilização sobre a necessidade de se ligarem os esforços para prevenção e eliminação do trabalho infantil ao contexto da educação, unindo os seus membros em todo o mundo para combater o trabalho infantil e, de um modo mais amplo, mobilizando apoio dentro do movimento sindical, da sociedade civil e da comunidade educacional. Juntos, o IPEC e a EI têm trabalhado ativamente para promover a sensibilização sobre a questão do trabalho infantil e para colocar este tema nas agendas nacionais e internacionais. A EI encoraja seus membros a organizar atividades e eventos no contexto do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil de 2011 e a colaborar nesse evento com os Escritórios da OIT a nível regional e nacional.