Fórum FAAP de Discussão Estudantil 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento



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Transcrição:

Fórum FAAP de Discussão Estudantil 2015 PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 1

03, 04, 05 e 06 de junho de 2015 São Paulo www.faap.br forumfaap_com@faap.br (11) 3662-7262

CONSELHO DE CURADORES Presidente Sra. Celita Procopio de Carvalho Integrantes Dr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno Dr. Octávio Plínio Botelho do Amaral Dr. José Antonio de Seixas Pereira Neto Sra. Maria Christina Farah Nassif Fioravanti Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-Presidente Dr. Antonio Bias Bueno Guillon ASSESSORIA DA DIRETORIA Assessor Administrativo e Financeiro Sr. Tomio Ogassavara Assessor de Assuntos Acadêmicos Prof. Rogério Massaro Suriani Diretor do Conselho de Ensino Prof. Victor Mirshawka

ORGANIZADORES Secretariado Victor Dias Grinberg Secretário-Geral Acadêmico José Victor Rosa Vilches Secretário-Geral Administrativo STAFF ADMINISTRATIVO André de Melo Reis Bueno Filho Diretor Financeiro Henrique Tilelli de Almeida Anacleto Diretor de Estrutura Julia Pereira Borges Diretora de Comunicação STAFF ACADÊMICO Agência Internacional de Energia Atômica Raquel Pereira Silva Dell Agli Taís Duarte Grecco Isabela de Oliveira Maia Assembleia Geral das Nações Unidas Leticia Astolfi Santana Madalena Rodrigues Derzi Carolina Andreosi Rachel Naddeo Gomes Gabriele Sampaio Comitê de Imprensa Julia Pereira Borges Priscila Tiemo Lopes Kawakami Victoria Junqueira F. Ribeiro Conselho de Direitos Humanos Júlio César Bardini Cuginotti Bethânia Kopke Carolina de Faveri Siqueira Conselho Europeu Thayná Mesquita de Abreu Yann Lucas Siqueira Severo Victoria Fontes Rodrigues Corte Internacional de Justiça Luana Assunção Teodoro Souza Marcela da Costa Valente Natália Brazinski de Andrade Gabriella Caterina Longobrado Counter-Terrorism Committee Guilherme de Pinho Vieira Silva Renato Gonzales Raposo de Mello Matheus D`Agostino Martins Gabinete Russo Thaís Mingoti Dutra Rafael Facuri Villela Thiago Godoy Organização Internacional do Trabalho Gabriela Lotaif Manoela Meirelles V. de Azevedo Organização Mundial da Saúde Guiliano Guidi Braga Maiara Mayumi Ribeiro Shimote Rayanne C. Morales Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Bárbara Ilana Molitor Perini Fernanda Alves de Oliveira Jéssica Tozatti Terceiro Setor Fernanda Cardoso de Oliveira Bruno Rossetto Carolina Comitre União das Nações Sul-Americanas Giovanni de Oliveira Furlani Heitor P. Felippe Marcos Vinícius Alexandre Santos United Nations Security Council Renan Yukio Nakano Gabriella Lemos Brackman Luiza Oliveira Damasceno 4

CARTA DE APRESENTAÇÃO Aos senhores delegados e professores, Sejam bem-vindos ao XI Fórum FAAP de Desenvolvimento Estudantil, realizado pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). É com muito prazer que apresentamos esse ano o comitê do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que terá como foco discutir o futuro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Esperamos que aproveitem esse ano tudo o que o XI Fórum FAAP tem a oferecer, e esperamos que os senhores adquiram experiências para o futuro que desejam seguir. Dedicamos um ano todo para proporcionar um comitê de qualidade, e é com muita alegria que agradecemos todos por estarem fazendo parte da nossa história. Lembramos que estaremos a disposição antes do evento para tirar qualquer dúvida que possa surgir sobre o comitê ou relacionado ao guia de estudos. Em breve entraremos em contato com os senhores. Nos vemos em junho! Atenciosamente, Bárbara Ilana Fernanda Oliveira Jéssica Tozatti 5

HISTÓRICO DO COMITÊ O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) foi criado em 1965 por meio de resolução do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). Inicialmente, seu objetivo era o de coordenar as ações do Programa das Nações Unidas de Assistência Técnica e do Fundo Especial das Nações Unidas, criados em 1949 e 1958, respectivamente. O comitê como conhecemos hoje foi estabelecido em 1971 por meio de uma resolução da Assembleia Geral, que prescreveu a fusão desses dois programas. O aumento da preocupação com o desenvolvimento se deu aos poucos. Além da reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial e da atenção que pediam os países recém-independentes para incluir seu desenvolvimento na agenda internacional, nas décadas de 40 e 50 foi também notável a necessidade dos países em desenvolvimento de se industrializarem constatação que deu início a apoios e cooperação dos Estados em algumas áreas do desenvolvimento econômico. Esse processo fez com que as Nações Unidas declarassem que a década de 60 seria a Década do Desenvolvimento, que teve como objetivo reduzir a desigualdade entre países mais desenvolvidos e menos desenvolvidos. Apesar de muitos países terem prosperado economicamente, na condição de vida das pessoas no geral não houve melhorias, o que levou todos a crer que, além do auxílio financeiro, a falta de recursos humanos adequados também atravancava o desenvolvimento fato que deu espaço para a criação, entre outros programas, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. A década de 70 foi nomeada como a Segunda Década do Desenvolvimento, desenvolvendo não só a economia, mas condições sociais como educação e saúde. Nesses anos deu-se início a pesquisas de estratégias de desenvolvimento, que tinham em comum a ideia de que era preciso atender as necessidades humanas básicas, gerar empregos e reduzir a pobreza. Em 1973, tirando vantagem da Crise do Petróleo, os países menos desenvolvidos aproveitaram o momento em que, pela primeira vez, conseguiram influenciar países mais desenvolvidos para exigir algumas mudanças na economia mundial, que foram debatidas em fóruns e nas Nações Unidas, mas que, no entanto, não promoveram o impacto e resultados esperados pelos países menos desenvolvidos. Mais adiante, nos anos 80, a crise da dívida deu espaço para a promoção das influências neoliberais e, mais uma vez, a ONU teve um papel marginal, sem ser capaz de apresentar uma agenda para lidar com as novas questões trazidas pela crise. A fim de participar mais ativamente do desenvolvimento e das mudanças socioeconômicas no cenário mundial e de rebater as críticas de que o PNUD era um comitê sem estratégias definidas para o desenvolvimento, o Programa, no início da década de 90, concentrou-se em definir um perfil para si, passando por diversas reformas. Foi em meados dessa década que o PNUD introduziu o conceito de Desenvolvimento Humano que se baseia na ideia de que para estimar o avanço na qualidade de vida de uma sociedade é preciso olhar além do desenvolvimento econômico e considerar também as dimensões sociais, culturais e políticas. Foi com base nesse conceito que foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDH), publicados anualmente desde então pelo Fundo. O IDH nasceu com o objetivo de se contrapor ao PIB (Produto Interno Bruto) indicador de desenvolvimento que considera apenas a dimensão econômica e de aprimorar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano. Atualmente esse índice é calculado a partir da expectativa de vida (saúde), acesso ao conhecimento (educação) e o padrão de vida (renda). Os RDHs são feitos de modo claro e objetivo para que não só governos mas também todos os outros possam compreender as análises feitas sobre assuntos relevantes na agenda interna- 6

cional e questões políticas e participar das soluções dos problemas propostos, uma vez que a premissa da criação do RHD é de que as pessoas são a verdadeira riqueza da nação e seu objetivo é conscientizar a população sobre o desenvolvimento humano. Uma década depois, nos anos 2000, o PNUD assumiu também a responsabilidade de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (os ODMs) conjunto de oito metas que pretendem reduzir a pobreza pela metade até 2015 e tornar o mundo um lugar melhor para se viver ajudando e coordenando as ações das nações focando-se em promover a governança democrática, redução da pobreza, prevenção de crises e recuperação, desenvolvimento sustentável e prevenção de HIV/AIDS. Atualmente o PNUD é reconhecido como o maior fundo de desenvolvimento, tendo como missão ajudar os países em seus esforços para alcançar o desenvolvimento humano e para tanto trabalha em parceria com governos, iniciativa privada e indivíduos, criando programas de erradicação da pobreza, empoderamento das mulheres e proteção dos direitos humanos, visando sempre fortalecer a cooperação internacional. HISTÓRICO DO PROBLEMA Visando combater a extrema pobreza e outros males da sociedade, em setembro do ano de 2000 em Nova York - Estados Unidos, 191 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), além de 147 Chefes de Estado, firmaram um acordo que deveria ser cumprido dentro do prazo de 15 anos, e que posteriormente seria conhecido como os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Esses objetivos visam promover o desenvolvimento de países que sofrem diversos problemas e assim, ajudar a combatê-los. Os objetivos são: 1. Redução da pobreza; 2. Atingir o ensino básico universal; 3. Igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; 4. Reduzir a mortalidade infantil; 5. Melhorar a saúde materna; 6. Combater o HIV/Aids, malária e outras doenças; 7. Garantir a sustentabilidade ambiental; 8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Os países deveriam cumprir esses objetivos através de políticas de medidas que correspondam às necessidades apresentadas em cada região, e que sejam aplicadas com uma participação efetiva do estado. Considerado o mais importante compromisso internacional em prol do desenvolvimento e do fim da pobreza e fome no mundo, a declaração utilizou como base princípios de direitos humanos, além de direto ao desenvolvimento Direito ao Desenvolvimento (Resolução 41/123 de 1986, da Assembleia Geral da ONU). A cada ano que passa devem ser feitos Relatórios Nacionais de Acompanhamento dos ODM por cada nação, mostrando o progresso da mesma. Acelerando o progresso do cumprimento desses objetivos, no ano de 2010 as nações se reuniram novamente para analisar o andamento dessas metas, e criaram medidas que acelerariam ainda mais o processo. Foi assegurado que valores como liberdade, igualdade, solidariedade, tolerância, respeito pela natureza e responsabilidade comum fossem transformados em ações, frisando sempre as metas estabelecidas. Além disso, todas as nações deveriam se unir e, em conjunto, ajudar outros países que se encontram em dificuldade no âmbito internacional para chegarem a um objetivo final. Este ano o comitê do Programa 7

das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) tem como foco a revisão e o desenvolvimento de novos objetivos do milênio, que deverão ser cumpridos nos próximos 15 anos, tendo em vista que o prazo para o cumprimento dos objetivos anteriores acaba no ano de 2015. O PNUD atua hoje com projetos que contribuem para o progresso dos ODM. Vale ressaltar que é essencial não só o Estado estar disposto a cumprir as metas, como também a população de cada país, que possui um papel fundamental na estrutura de uma nação. Caberá aos senhores delegados a revisão de todos os Objetivos do Milênio estabelecidos no ano de 2000, visando tanto o cumprimento dos mesmos quando a relevância para os dias atuais. Porém, o comitê terá como foco o desenvolvimento de novas metas que serão adotadas nos próximos anos, onde as mesmas poderão permanecer iguais ou poderão também ser modificadas. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA A Organização das Nações Unidas (ONU) criou no ano de 2000 oito metas que seriam conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), e que deveriam ser cumpridas até o ano de 2015. O planejamento visava incentivar as nações a se empenharem na melhoria das condições de vida para a população. Para uma melhor compreensão do que são essas metas, iremos explicar cada uma delas para que seja do entendimento de todos o que deverá ser feito, e qual foi o intuito da criação da meta. Objetivo 1. Acabar com a fome e a miséria O primeiro objetivo do milênio tem como principais metas: reduzir, até 2015, pela metade o número de pessoas que vivem na extrema pobreza e que passam fome e criada posteriormente numa revisão dos objetivos que foi realizada na segunda metade da década de 2000 garantir trabalho para todos, incluindo mulheres e jovens. São consideradas em estado de extrema pobreza as pessoas que tem de viver com menos de US$ PPC 1,25 por dia, que somam US$ PPC 38,00 por mês. Em reais esses valores correspondiam, em 2012, a R$ 2,36 e R$ 71,75. Os PPC (Paridade de Poder de Compra) são uma taxa de conversão que indica quantos reais são necessários para comprar um mesmo produto que seria comprado por US$ 1,00; são sempre calculados pelo Banco Mundial. Até 2008, o número de pessoas vivendo nessas condições baixou de 47% para 24% da população mundial, porém há ainda cerca de 850 milhões de pessoas que passam fome e vivem com menos de US$ 1,00. O fato que preocupa muitos que analisam a evolução desses objetivos é que a grande maioria dessas pessoas esta concentrada em alguns poucos países, especialmente os em desenvolvimento, como a Índia (que representa 32,9% da população que vive nessas condições) e a China (12,8%); além disso há ainda uma enorme preocupação com as crianças uma em cada sete ainda vive desnutrida. Objetivo 2. Educação básica de qualidade para todos O segundo objetivo tem como meta garantir que todas as crianças, sejam meninos ou meninas, tenham acesso a um estudo primário de qualidade. A educação primária é estabelecida pelo ISCED (International Standard Classification of Education) e corresponde, no Brasil, do 1º ao 6º ano do ensino fundamental Segundo relatórios das Nações Unidas, não será possível alcançar a meta até 2015. Nos primeiros anos as nações se empenharam em garantir que todas as crianças estivessem estudando, especialmente em regiões em desenvolvimento, reduzindo o número de pessoas fora da escola de 100 milhões em 2000 8

para 60 milhóes em 2007. Após esse grande passo o problema pareceu ficar de lado e, de 2007 para 2012 foram colocadas na escola apenas 2 milhões de crianças. Dessas 58 milhões de crianças que seguem sem escola, 50% vive em áreas de conflito e não têm boas condições de vida fato que aumenta em três vezes em relação a crianças mais ricas a chance de não estar na escola. Ainda comparando as crianças mais pobre com as mais ricas, meninas são ainda mais privadas da chance de estudar, principalmente nas zonas rurais, onde são colocadas para trabalhar muito mais cedo do que meninas que vivem nas cidades. Crianças com problemas de aprendizagem ou outro que dificulte para elas o acompanhamento numa escola regular também acabam ficando sem escola, pois os países não são preparados para ensinar elas uma vez que precisam de mais atenção. Apesar da estagnação que ocorreu em 2007 e da perspectiva de não alcançar a meta, houve sim uma grande evolução. Ainda que muitas crianças ainda estejam sem estudar, muitas conseguiram, e inclusive a escolaridade dos adultos melhorou. Objetivo3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher O terceiro objetivo visa, primeiramente, a igualdade dos gêneros no acesso a educação. No ensino primário essa meta foi quase toda alcançada, havendo somente alguns países que não a atingiram alguns onde há mais meninas e outros onde há mais meninos estudando. Na educação secundária a diferença já é muito maior; em grande parte da Ásia foi atingido o equilíbrio entre os gêneros, com exceção de países como Palestina e Afeganistão. Na Oceania, parte da Ásia e África-subsaariana a participação das mulheres ainda é menor, enquanto na América Latina e no Caribe são elas quem tem maior participação. Na educação terciária existem disparidades em todas as regiões, sendo mais difícil encontrar países onde se encontra essa equivalência. No mercado de trabalho a participação das mulheres também vem aumentando representam, segundo o relatório das Nações Unidas de 2013, 40% dos assalariados do setor não-agrícola; ocupam três vezes mais que os homens os cargos de meio-período, que ajudam na produtividade do trabalho e dão condições mais flexíveis para a mulher trabalhar. Por outro lado apenas 59,5% das mulheres acimada de 15 anos trabalham, contra 80,9% dos homens. Quanto a participação política, ainda há também muito para ser alcançado; a representação política tem crescido aos poucos. É necessário que os partidos políticos deem mais espaço para as mulheres e a promoção do fim da violência contra a mulher. Objetivo4. Reduzir a mortalidade infantil Essa meta tem uma estratégia global para reduzir a dois terços o número de mortalidade na infância quando comparado ao nível de 1990, e para isso, leva em conta três medidores: a taxa de mortalidade na infância (para menores de 5 anos), a taxa de mortalidade infantil (para menores de 1 ano) e a proporção de crianças até 1 ano que foram vacinadas contra sarampo. Dessa maneira, é importante ressaltar que o primeiro indicador expressa o número de óbitos nessa faixa etária para cada mil nascidos, fazendo assim, uma estimativa do risco de morte nos cinco primeiros anos. De acordo com o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a taxa mundial de mortalidade na infância caiu 47% em 22 anos. Entre 1990 e 2012, o índice passou de 90 para 48 mortes por mil nascidos vivos. Ainda que essa evolução signifique que 17 mil crianças deixaram de morrer a cada dia, muito ainda deve ser feito para atingir a meta global de 75% de redução na taxa. Só no ano de 2012, 6,6 milhões de crianças menores de 5 anos morreram ao redor do mundo por doenças evitáveis. (PNUD, 2014) 9

Desse modo, pode-se perceber que a probabilidade de uma criança morrer antes dos cinco anos foi quase cortada pela metade ao longo das duas últimas décadas, mas para que esse número continue a crescer, há muita coisa para fazer ainda, e uma boa iniciativa é apartir de um maior cuidado com o aleitamento materno. Assim, pode-se perceber a direta relação entre esse cuidado especial com a sáude física, mental e psíquica da criança, que promovem uma estratégia para diminuição de óbitos infantis. Foi comprovado que os cuidados iniciais com o leite materno podem gerar uma diminuição de 13% de mortes até os cinco primeiros anos de vida. Além disso, o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de 2013, a Organização das Nações Unidas mostra uma grande ineficácia de muitos países em relação a registros de estastísticas vitais, ou seja, registro de nascimento e morte, e isso pode ser um problema dentro do desenvolvimento da meta, pois não se tem total conhecimento do problema e não é possível estimar seu tamanho. Então, em função disso, para aprimorar os objetivos quanto à mortalidade infantil, a ONU estimula todos os países a aprimorarem tais sistemas de informação. E não deve esquecer-se de medidas que mostrem a importância do reconhecimento do aleitamento materno, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 1990 que protege e apoia a amamentação, melhorias nas condições sanitárias e sociais, e mudanças demográficas, que são responsáveis por parte do sucesso da quarta meta, e ações e serviços de sáude relacionados ao pré-natal, ao parto, ao puerpério e em relação ao sarampo, que é grande responsável por mortes no primeiro ano de vida da criança. Objetivo5. Melhorar a saúde materna O quinto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM 5) é a melhoria na saúde materna, e para isso, tem duas metas globais para serem atingidas até 2015: a redução da mortalidade materna a três quartos do que era em 1990 e a universalização do acesso à saúde sexual e reprodutiva. Porém, de acordo com o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013, quando se fala a respeito da redução ocorrida desde 1990, o mundo não alcançará ambas as metas até 2015: Nos países em desenvolvimento, a mortalidade materna caiu de 440 para 240 óbitos por 100 mil nascidos vivos, uma redução de 45% entre 1990 e 2010. Na América Latina, que apresenta uma situação consideravelmente melhor, o percentual de queda foi semelhante, passando de 130 para 72 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos. A meta B também não será alcançada, pois a percentagem de partos atendidos por profissionais de saúde treinados um dos seus principais indicadores era de aproximadamente 66% no mundo em desenvolvimento em 2011, e apenas 51% das gestantes realizavam ao menos quatro consultas de pré-natal. (Ibid, ibidem) Sendo assim, o principal indicador da primeira meta do ODM 5 é a razão de mortalidade materna (RRM). O motivo de números tão elevados se dá em conta das causas obstétricas diretas, como complicações que surgem durante a gravidez, parto ou puerpério e resultantes de intervenções, omissões, tratamento incorreto ou de eventos associados a qualquer um desses fatores apresentados. E o segundo indicador dessa mesma meta, é a percentagem de partos que são realizados em ambientes propícios, como hospitais ou estabelecimento da saúde. 10

E quanto à segunda meta do quinto objetivo, o primeiro indicador é a taxa de prevalência do uso do anticoncepcional e o segundo é a taxa de fecundidade das adolescentes, que tem uma relação direta com o primeiro. Então desse modo, pode-se concluir que para reduzir a taxa de morte materna, deve-se associar uma maior atenção qualificada ao parto e à assistência de emergência e também ao acesso a serviços de atenção pré-natal e de planejamento familiar. E em relação aos cuidados oncológicos, a fim de diagnosticar precocemente um câncer de mama ou de colo uterino. Além disso, também vale destacar um incentivo às campanhas de vacinação gratuitas contra o HPV nas escolas e nos postos de saúde. Objetivo 6. Combater o HIV/AIDS, malária e outras doenças Para o sexto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM 6) as nações precisam alcançar três metas específicas: interromper a propagação do HIV/aids e diminuir sua incidência até 2015; universalizar o acesso ao tratamento do HIV/aids até 2010 e reduzir a incidência da malária e outras doenças, como a tuberculose, até 2015. O Relatório ODM de 2013 considera que o mundo não conseguiu alcançar a meta B de universalizar até 2010 o tratamento de pacientes com HIV/aids. Em 2011, nos países em desenvolvimento, a terapia chegava a apenas 55% das pessoas que necessitavam. A ONU reconhece, no entanto, a expansão do acesso ao tratamento nos últimos anos e salienta que a universalização é possível, desde que haja disposição política para promovê-la. Os dados do Relatório também mostram que a meta A já foi alcançada. Nos países em desenvolvimento, de 2001 a 2011, o número de novas infecções anuais por HIV para cada 100 pessoas de 15 a 49 anos caiu de 0,09 para 0,06. Apesar da redução significativa da disseminação da doença, a ONU alerta para a infecção de 2,5 milhões de pessoas todos os anos. (Ibid, ibidem) Para a primeira meta, entre pessoas de 15 a 49 anos a propagação do HIV/aids deve diminuir e deve ocorrer a inverção da tendência atual, deve- -se estimular o uso do preservativo em práticas sexuais de alto risco para homens e mulheres, tem que ter um aumento na porcetagem da população de 15 a 24 anos que tenha conhecimento adequado e integral sobre a doença. No caso do acesso ao tratamento para todas as pessoas que necessitem, deve-se levar em conta a porcentagem de portadores da doença com infecção avançada que já possuem acesso a medicamento, como o site oficial do PNUD mostra: O acesso à terapia antirretroviral (ART) para as pessoas infectadas pelo HIV tem aumentado dramaticamente. ART salvou 6,6 milhões de vidas desde 1995. Expandindo sua cobertura pode salvar muitos mais. Além disso, o conhecimento sobre o HIV entre os jovens precisa ser melhorado para impedir a propagação da doença. (Ibid, ibidem) E finalmente, para a terceira meta, devem-se estudar as taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à malária, a porcentagem de crianças menores de cinco anos que dormem protegidos por mosqueteiros com inseticida, a porcetagem de crianças menores de cinco anos com febre que são tratados com medicamentos adequados contra malária, as taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à tuberculose, e por fim, a proporção de casos de tuberculose detectados e curados no âmbito de tratamentos de curta duração sob vigilância direta. Quanto a tuberculose e outras doenças, estimular pesquisas relacionadas à população de cada país e como está sendo afetada. 11

Objetivo7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente A meta de número 7 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio tem como foco promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a perda da biodiversidade biológica e reduzir pela metade, até o ano de 2015, a proporção da população sem acesso à água potável e esgotamento sanitário. É evidente que o problema que o mundo enfrenta atualmente sobre o desmatamento e a perda da biodiversidade, sendo alimentado pelo aquecimento global, assombra qualquer nação. O propósito da criação dessa meta foi promover uma melhora desse problema para que futuras gerações não sofram tanto do impacto que ela poderá causar se nada for feito. A diversidade biológica é o recurso do qual dependem famílias, comunidades, nações e gerações futuras e é o elo entre todos os organimos existentes na terra. O patrimônio natural da Terra é composto por plantas, animais, terra, água, a atmosfera e os seres humanos e, atualmente, utilizamos 25% a mais de recursos que o planeta é capaz de fornecer 1. O acesso à água é outro fator preocupante, pois no mundo só existem 3% de água doce potável para o ser humano, e a perda desse acesso já é um problema real para diversas nações do globo. A escasses de água no mndo é agravada em virtudade da desiguldade social e da falta de manjeo e usos sustentáveis dos recursos naturais. A questão é que atualmente a população enfrenta um grave problema em relação a falta de água, pois 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não tem acesso a água tratada, enquanto 1 bilhão e 800 milhões (43% da população mundial) nao possuem servicos adequados de saneamento básico 2. O desenvolvimento da meta possui como foco algumas ações básicas do dia-a-dia, mas que são de extrema importância, como fazer campanhas de uso racional de água e energia, plantar árvores nas ruas, implementar coletas seletivas nas escolas e nas comunidades, contribuir com a limpeza da cidade, reaproveitar a água já utilizada, economizar e participar do incentivo que é essencial para a população de uma nação 3. Objetivo 8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento A meta de número 8 tem como objetivo avançar no desenvolvimento de um sistema comercial financeiro não discriminatório; tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento; formular e executar estratégias que ofereçam aos jovens um trabalho digno e produtivo; tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial de comunicação e de informações 4. Cada país possui o seu Índice de Desenvolvimento (IDH), que é a referência mundial para avaliar o desenvolvimento humano a longo prazo. Ele vai de 0 a 1, e é feito a partir de três variáveis: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão de vida decente. Também existem algumas sugestões para resolver o problema de países menos desenvolvidos, que precisam de uma melhora na qualidade de vida. Para isso, é necessário promover o interesse da população para promover o desenvolvimento do país, além de divulgar, organizar ideias para dar continuidade a iniciativa. É fundamental também exercer o seu papel de cidadão e participar de ações que promovam o desenvolvimento, para assim alcançar o objetivo do milênio. 12

PANORAMA Alemanha É um dos países que está passando por dificuldades para conseguir colaborar com as metas do milênio. Assim, o governo alemão, que se comprometeu a destinar, até 2015, 0,7% do seu Produto Interno Bruto para ajudar a atingir as metas do desenvolvimento do milênio, diz que esse percentual não é um compromisso, mas uma meta acertada com outros países europeus. (SCHOSSLER, Alexandre. DW. 2014) Não é uma promessa, mas um objetivo comum. Não conseguiremos atingir o objetivo intermediário de 0,51%. Em 2009 chegamos a 0,36%. Estávamos num bom ritmo de recuperação, mas aí veio a crise econômica, disse Manfred Konukiewitz, do Ministério alemão da Ajuda ao Desenvolvimento. (Ibid, ibidem.) Até 2015, é preciso acelerar o ritmo dos esforços, afirmou Peter Krämer, representante da UNICEF na Alemanha. Segundo ele, os países mais poderosos, ou seja, os do G8 e G20 devem reconhecer a seriedade do problema e ver que também há vantagens para eles no cumprimento das metas. E, além disso, ele calcula que a Alemanha precise disponibilizar mais 1,5 bilhão de euros anuais para que as metas de educação sejam alcançadas. (Ibid, ibidem.) Angola Quanto ao cumprimento das metas de combate à fome estabelecida no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), que devem ser atingidos até 2015 a Angola se destaca como uma exceção positiva. Nos últimos dois anos, o país diminuiu em 21% o número de pessoas que sofrem de desnutrição, segundo o estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A respeito do avanço desse e de países vizinhos, o diretor-geral da FAO diz que: Isso mostra que, mesmo em situações adversas, quando temos políticas para promover o desenvolvimento agrícola - especialmente dos pequenos agricultores, como foi feito em Gana - elas dão resultados imediatos na redução do número de famintos. (BELINCANTA, R.; CAULYT,F. DW. 2012). Armênia Pobreza tem sido um assunto de grande desenvolvimento na Arménia por algum tempo, em especial entre o ano da independência (1988) e 1999. No início dos anos 90, a incidência de pobreza era estimada em mais ou menos 55%, enquanto a incidência de pessoas muito pobres era de 23%. Desde 1999 a recuperação da economia fez com que houvesse um declínio na incidência de pobreza para 35% e do segundo tópico para 6,4% em 2004. Desse modo, com a ajuda das Metas do Bélgica luta contra poluição ambiental. (GROENEWOLD, G.; SCHOORL, J. UNHCR., sem data) Bélgica Apenas cinco países doadores atingiram ou ultrapassaram a meta da ONU relativa à ajuda pública, a Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega e Suécia. Porém, o ano de 2010 foi o marco para países membros do Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos pertencentes à União Europeia. Esses países haviam concordado em atingir um total de 0,56% de PNB, e entre eles, a Bélgica apresentou 0,7% de Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) (ONU, 2010). Além disso, apesar de possuir grande desempenho em algumas metas, o órgão inter-regional do meio ambiente da Bélgica declarou estado de alerta, devido ao alto nível de poluição ambiental no país. (IN- DEPENDENT EUROPEAN DAILY EXPRESS, 2013) 13

Brasil Esse país atingiu excelentes resultados e aparece como um líder em muitas áreas. O Brasil não se destaca somente pelo compromisso em atingir os Objetivos do Milênio, mas também pelo seu empenho em apoiar outros países. Em algumas áreas, definiu para si mesmo compromissos mais ambiciosos que os das Metas do Milênio. (POIRIER, M. 2014) Nesse sentido, o Brasil segue na vanguarda do debate sobre o Complexo Produtivo da Saúde, setor esse, que emprega 10% dos trabalhadores e se responsabiliza por 8% do PIB. (Ibid, ibidem) O Brasil alcançou metas como a redução da população urbana sem acesso a água, porém, em relação à população rural, os níveis de cobertura ainda são muito deficitários. As metas de redução da pobreza extrema e da fome já foram alcançadas e superadas pelo Brasil, que criou metas próprias, mais ousadas do que as da ONU, para esse objetivo específico. Grande parte do atingimento das metas é resultante de políticas públicas do Brasil, que não foram criadas por acaso, tais como políticas sociais e econômicas que, por meio da estabilidade, favoreceram os pobres. Os programas de transferência de renda foram fundamentais no combate à fome e à pobreza extrema, disse Jorge Abrahão. (UNICEF BRASIL, Sem data) O diretor enfatizou que embora os objetivos da ONU e do Brasil tenham sido alcançados em relação à fome e à pobreza extrema, persistem disparidades regionais que precisam ser combatidas. Em relação à educação, alguns objetivos, como a redução da razão na inclusão de meninos/meninas no ensino fundamental, foi alcançada, porém é preciso elevar o nível do ensino público. O Brasil se propôs uma meta mais ousada para a inclusão na educação para todos, mas ainda há uma deficiência no processo escolar, onde as falhas são muitas, afirmou o diretor do Ipea. (Ibid, ibidem) Bulgária A Bulgária é um país de renda média, que passou por uma grave crise na década de 1990. Desde que começou o processo de adesão à União Europeia em 2000, tornando-se membro da UE em 2007, o Governo búlgaro aprovou a Abordagem Eurostat para medir a pobreza em termos relativos: as pessoas com rendimentos abaixo de 60% da renda média são consideradas extremamente pobres (ao contrário de pobreza absoluta, definida pela linha de pobreza de US $ 1 ou US $ 2 por dia). Esta abordagem também é consistente com os critérios da UE. Em 2001, o rendimento médio mensal por pessoa na Bulgária foi de 91 euros e a proporção de pessoas com rendimentos inferiores a 55 euros foi de 15%. Assim, os objetivos para 2015 são aumentar o rendimento médio mensal de 91,00 a 280,00, mantendo a proporção de pessoas abaixo da linha de pobreza para não mais do que 15%. Além disso, uma meta adicional é reduzir o desemprego juvenil de 35% em 2001 para 25% em 2015 e desemprego de longa duração de 9,6% para 7% até 2015. (MCLEOD, D.,tradução nossa, 2007) Canadá Desde setembro de 2000, os 189 países membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram a Declaração do Milênio, apenas três países das Américas conseguiram cumprir as metas chamados de Desenvolvimento do Milênio Metas (ODM) levantou a ser cumprida em um prazo não superior a 2015, para libertar nossos companheiros homens, mulheres e crianças das condições abjetas e desumanas da pobreza extrema (SAPONOTÍCIAS, 2012). Dentre esses poucos países encontra-se o Canadá. Além disso, visando o alcance das Metas do Milénio sobre saúde materna infantil, o governo do Canadá anunciou um apoio de 20 milhões de dólares para capacitação técnica do Ministério da Saúde de Moçambique, com ajuda de quatro agên- 14

cias da ONU. A respeito, o representante da ONU em Moçambique disse que As ações de reforço e complementaridade incluirão a prevenção e o tratamento da malária, bem como o tratamento da má nutrição, através de melhor acesso ao pacote de nutrição básica e de campanhas para o aleitamento exclusivo. (HUFFPOST, 2013) China O sucesso estatístico do combate à pobreza se deve principalmente às profundas mudanças socioeconômicas experimentadas pela China nos últimos anos. (MAST-KIRSCHINING, U. 2011) Assim, o progresso global no combate à pobreza e à fome remonta, principalmente, ao fato de a populosa China ter melhorado muito nesse setor e basicamente em consequência de seu programa de desenvolvimento nacional. (WERKHAUSER, N. 2014) Congo A grande maioria das pessoas que vive com menos de 1,35 USD por dia pertencem a duas regiões: Sul da Ásia e África Subsaariana. Em 2010, quase dois terços da pobreza extrema encontravam-se nestes cinco países: Índia, China, Nigéria, Bangladesh e Congo, sendo que 5% encontravam-se na República Democrática do Congo. (ONU, 2014) Além disso, o ano de 2013 foi marcado pela continuação de várias crises relacionadas com os refugiados, resultando em números nunca vistos desde 1994. Os conflitos ocorridos durante o ano, como a na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, no Mali, na República Árabe Síria, e na zona fronteiriça entre o Sudão do Sul e o Sudão, entre outros, forçaram uma média de 32 000 pessoas por dia a abandonar as suas casas e a procurar proteção noutro lugar. (Ibid, Ibidem.) Coreia do Sul O país ganhou destaque entre 21 países em desenvolvimento com o recebimento do Prêmio Internacional Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), criado para incentivar os países no cumprimento das metas do milênio, por ter realizado projetos de apoio à infância e combate à pobreza realizada em comunidades da Coréia do Sul. (CDES, 2007) Cuba O PNUD apoiou a resposta de Cuba ao HIV e AIDs desde 1998. Inicialmente, focado na obtenção de recursos para as atividades de educação comunitária e centros de recursos de prevenção de HIV. Com o advento do Fundo Global, o PNUD assumiu o papel de principal fornecedor de subsídios à Cuba no combate à tuberculose e HIV/AIDS. Estas bolsas de prevenção e tratamento do fundo, mobilização da comunidade e de apoio, e de programação com as principais populações afetadas. Tratamento anti- -retroviral está atualmente disponível em 47 pontos de venda em toda Cuba, e 98% das pessoas que vivem com HIV recebem AR, significativamente maior do que a média para a região do Caribe (67%). Mais de um milhão de pessoas vulneráveis, incluindo jovens, mulheres, homossexuais, transgênicos e profissionais do sexo são alcançadas por programas baseados na comunidade a cada ano. A subvenção do Fundo Global de TB gerido pelo PNUD apoiou campanhas de conscientização e de prevenção entre comunidades em risco, incluindo as pessoas que vivem com o HIV, idosos, deficientes e doentes psiquiátricos; treinados profissionais de saúde para melhorar o diagnóstico e tratamento da TB; e reforçou a rede de laboratórios TB em todo o sistema nacional de saúde. (UNDP. Sem data). 15

Equador O Equador cumpriu oito dos 12 Objetivos do Milênio propostos pelas Nações Unidas em prol do desenvolvimento, outras três metas estão em processo e somente uma é um desafio para o país andino, informou o representante no Equador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Diego Zorrilla. (MIRANDO A AMÉRICA LATINA, 2014) Segundo a declaração dos Objetivos do Milênio da ONU, o país sul-americano alcançou os desafios de erradicação da pobreza, erradicação da fome (desnutrição), incremento de matrículas na educação básica, a eliminação das desigualdades entre sexos em todos os níveis de ensino. Também cumpriu com a redução da mortalidade de crianças menores de cinco anos, com o imperativo de evitar a propagação do vírus HIV (Sida/Aids), com a redução da incidência do impaludismo e tuberculose e com o acesso universal sustentável a serviços de água e saneamento. (Ibidi, Ibidem) As três metas em progresso respondem ao acesso universal à saúde reprodutiva, acesso a medicamentos antirretrovirais e a alcançar um trabalho decente para todos. O desafio que o Equador deverá alcançar até 2015 é a redução da mortalidade materna. (Ibid, Ibidem) Estados Unidos Devido à crise econômica de 2009 e a instabilidade da economia americana nos últimos anos, os Estados Unidos membro do acordo ODA (Official Development Aid), que prevê que cada país participante doe 0,7% do seu Produto Interno Bruto para países mais carentes falhou em alcançar a meta proposta. No entanto o país foi fundamental na materialização de outros projetos que incentivam o progresso. Junto com o Departamento Britânico para Desenvolvimento, criou um novo fundo GIF, Fundo da Inovação Mundial para empresas e ONGs a procurar soluções inovadoras para os desafios globais do desenvolvimento. Etiópia Com uma política que se concentrou na melhoria da qualidade de vida da população rural e alto comprometimento do governo em agir por essas pessoas, a Etiópia viu grandes mudanças em relação a saúde em seu país. Por meio de treinamentos e equipamentos oferecidos pelo UNICEF e pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), os etíopes construíram programas e promoveram a saúde nas regiões mais carentes. Assim foi possível identificar um grande avanço na redução da mortalidade infantil, que caiu de cerca de 240 para 68 a cada mil nascidos vivos. Além da quarta meta, o país também avançou, ainda que pouco, na luta para melhorar a saúde das gestantes, tida como uma das piores do mundo apenas 6% das mulheres grávidas tem acesso a cuidados médicos. O país ainda foi apontando em 2013 pelo diretor-geral da ONU para a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) como uma das nações a caminho de alcançar a meta do ODM1 de reduzir a extrema pobreza pela metade. Federação Russa Como um dos países mais ricos do mundo, a Rússia auxilia no progresso dos Objetivos do Milênio por meio de contribuições voluntárias a diversos programas das Nações Unidas e doações a países mais carentes, incentivando sempre discussões sobre a mudança de clima e combate a AIDS, malária e tuberculose, dando foco ainda maior para programas contra a fome. Além dessas contribuições a Rússia se une ao restante dos países do grupo BRICS e a UNES- CO a fim de apoiar o progresso mundial da educaçã. 16

Fiji A região do Pacífico é heterogênea no que se refere à busca dos Objetivos do Milênio. Ao passo que uma parte dos países alcançou diversas metas propostas, outros ainda estão no caminho para muitas e alguns que não estão nem perto de alcança-las. Fiji está entre as nações que progrediram. A partir de uma política que uniu estratégias para prevenir doenças infantis e serviço obstétrico de qualidade, a saúde das mulheres grávidas melhorou e a mortalidade infantil, até 2012, havia caído de 28 para 18 a cada mil nascidos vivos. Além disso, Fiji elegeu em 2014 oito mulheres para ocupar assentos no parlamento dando as mulheres 16% da representatividade, o que significa um grande passo, ainda que apenas inicial, no empoderamento das mulheres. Finlândia A Finlândia faz parte do tratado entre diversos países que tem como finalidade contribuir, doando 0,7% de seu PIB, para o progresso dos Objetivos do Milênio. O país tem focado sua ajuda nos países africanos e tem chamado atenção para a necessidade de proteger o meio ambiente. França A França também faz parte do tratado ODA (Official Development Aid) assinado por diversos países. Sua maior participação é no norte da África para onde vai mais da metade de suas contribuições. Além disso o país destina grande parte do dinheiro para programas para educação e meio ambiente. Guatemala Na América Latina e no Caribe no geral, houve um grande desenvolvimento dos Objetivos do Milênio, mas quando olhadas mais de perto essas regiões apresentam enormes disparidades. A Guatemala mostrou evolução quanto a mortalidade infantil e a melhoria na saúde das gestantes em áreas rurais o número de mulheres que fizeram partos em lugares adequados subiu de 22,3% para 42% e o número de crianças desnutridas caiu de 73% para 60%. Apesar dos avanços na área da saúde o país teve dificuldade em oferecer educação básica para todos, no empoderamento das mulheres e em outros objetivos, o que acaba por ser uma barreira em conseguir cortar a pobreza extrema pela metade. Holanda A Holanda faz parte de um tratado entre diversos países que tem como fim destinar 0,7% do seu PIB para ajuda externa em atingir os Objetivos do Milênio. De todos os países que se comprometeram, a Holanda é um dos cinco únicos que conseguiram alcançar a meta junto com Dinamarca, Luxemburgo, Noruega e Suécia. Indonésia A Indonésia ficou bem próxima de ou conseguiu alcançar quase todas as metas propostas em 2000. O país atingiu a meta de educação básica para todos e a de empoderar as mulheres e promover igualdade de gêneros. A taxa de mortalidade infantil caiu de 97 para 44 mortes a cada mil nascidos vivos; em relação a saúde materna não foram feitos muitos avanços. O acompanhamento pré-natal melhorou e é disponibilizado para mais mulheres, mas a taxa de mortes na hora do parto não alcançou a meta de esperada de reduzir de 390 para 102 a cada cem mil. Irã Comparando o processo de desenvolvimento desde 1990, o país teve o segundo mais rápido desenvolvimento entre as nações. Nas áreas da educação, melhoria na saúde das gestantes e das crianças o Irã teve grandes avanços, levando educação tam- 17

bém para meninas e mulheres. O problema nessas áreas é a falta de oportunidade de empregos e de representação das mulheres nas decisões. O país tem grandes chances de alcançar quase todos os ODM com exceção do sétimo qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Irlanda Assim como muitos outros países da União Europeia, a Irlanda comprometeu-se a doar 0,7% de seu Produto Interno Bruto para o desenvolvimento dos Objetivos do Milênio, dando maior apoio e assumindo a liderança no combate a AIDS e a fome. O país não alcançou até então a meta e doou 0,45% do seu PIB. Lesoto O país é reconhecido no mundo por estar entre os dez melhores em relação à equidade de gêneros; poucos sabem que, apesar de as mulheres terem consciência de que a educação é o fator fundamental para que possam continuar com grande participação no governo e no mercado, cada vez menos meninas tem ido à escola depois dos 13 anos. Isso acontece porque as mães e avós dessas meninas não tem dinheiro para bancar a escolar, que é paga depois dessa idade, e seus pais não estão presentes, pois cada vez mais homens morrem de AIDS. Quanto a reduzir a pobreza extrema pela metade, a taxa de mortalidade infantil e melhorar a saúde das gestantes, o país ainda não tomou nenhuma medida que o colocasse perto de alcançar os objetivos. Libéria Conhecida oficialmente como República da Libéria, é localizada na África Ocidental e possui uma população de 3.955.000 milhões de habitantes. Seu IDH chega a 0,412, considerado baixo, que é considerado baixo, e seu PIB é em torno de 2,9 bilhões de dólares. Ao analisarmos os Objetivos do Milênio, em relação a 7a meta, o país enfrenta grandes problemas com o meio-ambiente, principalmente com a deflorestação, erosão dos solos e poluição da costa. Marrocos Oficialmente Reino de Marrocos, o país se localiza no extremo noroeste da África e possui uma população estimada em 33.757.175 milhões de habitantes, com um PIB em torno de 241,677 bilhões de dólares. A economia do país é uma das melhores da África, e se esforça para manter um IDH de 0,617, considerado médio. Relacionando a meta 1 e, consequentemente a meta 4, segundo relatórios da ONU, essa região do mundo foi a única que apresentou um aumento entre os anos 1990 e de crianças abaixo do peso, onde se estimam que de 27 milhões chegou a 32 milhões. Mesmo assim, até o ano de 1990 a região vinha demonstrando uma melhora no número de crianças desnutridas. Montenegro Montenegro se localiza no Sudeste da Europa, e está atualmente em uma negociação para se tornar parte da União Europeia. Com 684.736 mil habitantes, possui um PIB de 6,944 bilhões de dólares, e um IDH de 0,789, considerado elevado. O país enfrenta um grande problema relacionado a fome, onde se encaixa na quarta posição dos países que não atingem o mínimo de calorias necessárias para uma pessoa, também fazem parte dessa lista a Albânia, Bósnia- Herzegovina, Bulgária, Roménia, entre outros. Nepal Com 30.430.267 milhões de habitantes, o Nepal é conhecido por ser um país pobre, com IDH de 0,540, considerado baixo. É reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura por ser um país com grande acervo monu- 18

mental e valor histórico. Seu PIB chega a 66,918 bilhões de dólares e suas fontes de crescimento se dão pela agricultura, construção civil e outros serviços. Em relação a meta 3, o país vem demonstrando progresso, porém há muito a ser feito. Até o ano de 2012, países do sul da Ásia desenvolveram uma educação primária de igualdade entre os gêneros. Porém, o Nepal ainda está para alcançar essa meta, pois é possível ainda encontrar uma desigualdade por metade da população ainda favorecer o gênero feminino. Nicarágua Localizado na América Central, nos últimos anos a Nicarágua vêm mostrando um estável crescimento econômico e estabilidade política. Com 5.465.100 milhões de habitantes, possui um PIB estimado em 19,827 bilhões de dólares e um IDH de 0,614, considerado médio. O país conta com uma enorme diversidade biológica, onde o turismo tem uma grande importância. A Nicarágua demonstrou e, continua demonstrando, grande progresso em relação a meta de número 3. Ao analisarmos em uma escala global, 57% das mulheres do país ocupam cargos ministeriais que antes não eram viáveis para esse gênero, onde os homens eram mais favorecidos. Níger Oficialmente República do Níger, é localizado na África Ocidental e possui 17.138.707 milhões de habitantes. É considerada a maior nação da África Ocidental, onde o Deserto de Saara ocupa mais de 80% do território. Com o IDH mais baixo do mundo, de 0,337, sua economia foca no setor de subsistência e exportação de matérias prima, gerando um PIB de 17,666 bilhões de dólares. Em relação a meta de número 4, o Níger possui alguns progressos, mas ainda enfrenta um tremendo desafio pois a região, além de possuir a maior taxa de mortalidade do mundo, se localiza onde nas próximas décadas se espera que cresça a taxa de natalidade. Até 2012, uma a cada dez crianças não sobreviveram até o seu aniversário de 5 anos. Noruega Com 5.136.700 milhões de habitantes, a Noruega é considerada o melhor país do mundo em desenvolvimento humano e o melhor para se viver. Possui um IDH de 0,944, considerado muito elevado. Seu PIB é de 282,174 bilhões de dólares A Noruega, também por ser conhecido como um país em desenvolvimento, tem destaque na meta de número 8, que diz respeito ao desenvolvimento para todos. Paquistão A República Islâmica do Paquistão é considerado o sexto país mais populoso do mundo, com 182.490.721 milhões de habitantes. Com um IDH considerado baixo, de 0,537, e um PIB de 884,204 bilhões de dólares, o Paquistão possui uma economia semi-industrializada, além de uma agricultura bem integrada. Em relação a meta de número 4, que é reduzir a mortalidade infantil, o país ainda enfrenta grandes problemas. Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2011, 6,9 milhões morreram no mundo, sendo que metade dessas mortes ocorreram em países como Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China. Reino Unido Atualmente o Reino Unido é conhecido por possuir a 7a maior economia mundial. Com 58.789.194 milhões 19

de habitantes, o país possui influências econômicas, culturais e militares, e é redigido por um governo parlamentarista. Com uma área total de 244.820 km2, tem como PIB total 2,434 trilhões de dólares e um IDH de 0,892, considerado muito elevado. O Reino Unido atingiu a meta de número 8 em relação ao desenvolvimento, e continua crescendo desde então. Suécia A Suécia possui uma população que chega a 9.415.295 milhões de habitantes. Considerada o terceiro maior país da União Europeia, possui um IDH de 0,898, considerado muito elevado, e um PIB de 434,175 bilhões de dólares. A Suécia é membro fundador da ONU, além de também fazer parte da União Europeia desde 1995. Em relação a meta de número 3, que diz respeito a igualdade entre os gêneros e a valorização da mulher, o país mostra grande desenvolvimento, sendo um dos que mais trabalham com o desenvolvimento da meta. Cerca de 39,7% das mulheres possuem um assento parlamentar. Suíça Oficialmente Confederação da Suíça, o país é uma república federal com mais de 8.014.000 milhões de habitantes. A Suíça é um dos países mais ricos do mundo, com um PIB que chega a 444,702 bilhões de dólares. Além disso, também é considerado um dos melhores países para se viver, com um IDH de 0,917, considerado muito elevado. Vale lembrar que o país é sede de várias organizações internacionais, como o Fórum Econômico Mundial, Organização Mundial do Comércio (OMC), o segundo maior escritório das Nações Unidas, entre outros. No último relatório publicado da ONU sobre as metas do milênio, a Suíça afirmou que o progresso realizado nos últimos dez anos foi misto. Avanços consideráveis foram alcançados na redução pela metade do número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia, na tentativa de garantir educação básica universal, na eliminação das disparidades entre sexos na educação primária e secundária e no acesso à água potável, explica Martin Dahinden, diretor da Agência Suíça para Desenvolvimento e Cooperação (DDC, na sigla em francês). Tanzânia A Tanzânia é conhecida oficialmente como República Unida da Tanzânia, e possui uma população de 40.213.162 milhões de habitantes. Se localiza na África Ocidental e é conhecida por ser a casa do Monte Kilimanjaro, destino popular entre os turistas. Possui um IDH em torno de 0,488, considerado baixo, e um PIB que chega a 39,262 milhões de dólares. Sobre a meta número 1, o governo da Tanzânia estabeleceu um sistema de vigilância global a pobreza, e usou as informações do ODM para melhorar sua estratégia de redução da mesma. O país aumentou também o investimento no setor da agricultura, a fim de combater a pobreza rural e garantir segurança alimentar para a sua população. Já em relação a meta 2, o governo atingiu plenamente os requisitos básicos para uma educação primária e saúde básica. DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL O DPO deve ser entregue por toda delegação e versar sobre a visão do país acerca dos Objetivos do Milênio. Deve conter no documento o atual estágio do seu Estado em relação às metas, qual o maior problema que enfrenta, quais metas foram alcançadas e quais estão progredindo; dados estatísticos básicos como PIB (Produto Interno Bruto), IDH (Indíce de Desenvolvimento Humano), índice de pobreza, assim por diante, bem como quais eventuais conflitos ocorreram que impediram/ 20