Exposição Mandela: de Prisioneiro a Presidente Angola 2014 1 Eu sou dono e senhor de meu destino; Eu sou o comandante de minha alma. Invictus - William E Henley
«Nos ficávamos um bocado aborrecidos com as notícias, porque era sempre a mesma coisa: primeiro eram as notícias de guerra, que não eram diferentes quase nunca, só se tivesse havido alguma batalha mais importante, ou a UNITA tivesse partidos uns postes. Ai já dava risa, porque tudo mundo ia dizer na mesa que o Savimbi era o Robin dos Postes. Depois tinha sempre algum ministro ou pessoa do Birô político a dizer mais umas coisas. Depois vinha o intervalo com a propaganda das FAPLA. Ah, é verdade, as vezes também falavam da situação na África do Sul, lá do ANC, enfim, isso eram nomes que uma pessoa ia apanhando ao longo dos anos. Também se aprendia muita coisa, porque a propósito disso, por exemplo, do ANC, é que o meu pai nos explicou quem era o camarada Nelson Mandela, e eu fiquei a saber que havia um país chamado África do Sul onde as pessoas negras tinham que ir para casa quando tocava a campainha as seis da tarde, que elas não podiam andar no machimbombo com outras pessoas que não fossem negras também, e até fiquei bem espantado quando o meu pai me disse que este camarada Mandela já estava preso há não sei quantos anos. Foi também assim que percebi porquê que os sul-africanos eram nossos inimigos, e que o facto de nos lutarmos contra os sul-africanos significava que nos estávamos a lutar contra alguns sul-africanos, porque de certeza que essas pessoas negras que tinham um machibombo especial para elas não eram nossas inimigas. Então também percebi que, num país, uma coisa é governo, outra coisa é povo. Bom Dia Camaradas, 2003, Ondjaki 2 A história contemporânea da África do Sul pode ser dividida em duas fases: antes e depois de Nelson Mandela. O antes se refere ao tempo em que o país, ao tolerar o regime de segregação racial conhecido como apartheid - ao longo de quase quatro décadas - foi considerado pela Comunidade Internacional um Estado fora da lei.
O depois, inicia em 1990 quando Mandela depois de passar 27 anos na prisão (por sua oposição a este nefasto regime) é livre e confunde o mundo ao buscar a reconciliação entre as raças polarizadas da África do Sul, defendendo os princípios de construção da nação e de governança cooperativa. De fato, Nelson Mandela, como resultado de sua capacidade de dirigir a África do Sul durante o período de seu renascimento, foi reconhecido como um negociador internacional benevolente e pacificador por excelência. O resultado é que Mandela conseguiu o que parecia impossível: mudou as mentes de milhões de pessoas. Não apenas na África, mas em todo o mundo. Assim, Mandela escreveu seu nome na história recente da humanidade com a simplicidade dos grandes homens, redundando na recuperação do prestígio da África do Sul como uma grande potência do continente africano. 3 A exposição Mandela: de Prisioneiro a Presidente Depois de experimentar seu primeiro sucesso em 2008, no Apartheid Museum em Joanesburgo, por ocasião do 90º aniversário de Nelson Mandela, a exposição Mandela: de Prisioneiro a Presidente já foi apresentada na Suécia, Argentina, França e Peru, alcançando a cifra de 1,1 milhão de visitantes. A exposição esta sendo traduzida para o português e vai ser apresentada em cinco cidades do Brasil em 2014. Agora, a exposição Mandela: de Prisioneiro a Presidente, chega em Angola, com o apoio do Ministério da Cultura. A exposição é organizada em torno de seis temas, cada um ilustrando uma faceta da vida e compromisso de Nelson Mandela: A pessoa / O camarada / O líder / O Prisioneiro / O Negociador / O Estadista. A exposição retrata a vida de Nelson Mandela através vários temas, da sua infância até a presidência. Esta consiste de 50 painéis, com fotografia e texto, e 11 filmes mostrados em televisores em vários lugares na exposição.
A exposição tem dois formatos: Formato grande: 50 painéis de 3m de largura x 2.2m de altura imprimidos num têxtil e amarrados em quadros de alumínio (formato utilizado na França e no Brasil) Formato pequeno: 45 painéis imprimidos no alumínio de 1.2m de largura x 1m de altura (formato utilizado na América do Sul e nos Estados Unidos) As condições de financiamento permitirão de decidir qual formato deve ser utilizado. O melhor seria que o formato grande seja apresentado em Luanda (5 semanas), e o formato pequeno circule no país em 2014, nas seguintes localidades: Huambo (2 semanas), Benguela (2 semanas), Lubango (2 semanas) e Malanje (2 semanas). A vinda da exposição sera também a oportunidade de apresentar o recente filme Mandela: a long walk to freedom, nos cinemas das cidades. 4 Orçamento Kz US$ 1 Produção da exposição Grande 6,000,000 60,000 Africa do Sul Pequena 4,000,000 40,000 Africa do Sul Impressão do catálogo 1,000,000 10,000 Africa do Sul 2 Direitos copyright 2,000,000 20,000 Fotografia e vídeos 3 Honorários Apartheid Museum 2,000,000 20,000 4 Transporte Aéreo 3,000,000 30,000 Africa do Sul - Angola Terrestre 5,000,000 50,000 Angola - Províncias 5 Instalação da exposição Luanda 1,500,000 15,000 Capitais provinciais 2,000,000 20,000 5,000 x 4
6 Aluguer equipamento audiovisual 3,000,000 30,000 6 Publicidade/comunicação Luanda 4,000,000 40,000 Capitais provinciais 4,000,000 40,000 10,000 x 4 6 Coordenação geral 3,000,000 30,000 5,000/mês x 6 7 Viagens Africa do Sul 1,500,000 15,000 3 viagens 8 Audit 2,500,000 25,000 Sub-total 42,000,000 420,000 9 Custos administrativos 4,200,000 42,000 10% sub-total Total 46,200,000 462,000 Financiamento / Patrocínio Kz US$ 1 Logo na bandeira, no catálogo e na 100,000 SONANGOL comunicação social 2 Logo no catálogo 50,000 ENDIAMA 3 Contribuição in-kind ENSA BANCOS TOTAL CHEVRON TAAG Caminhos de Ferro Imagens da exposição 5
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