A Diplomacia Cultural no (2008) Cultural Diplomacy in Maria Susana Arrosa Soares Aline Santa Cruz, Cybele Ratacasso, Natália Coêlho e Raísa Galindo
Maria Susana Arrosa Soares Professora de Ciências Sociais na Universiade Federal do Rio Grande do Sul; Doutorado em Estudos Latinos-Americanos pela Universidad Nacional Autonoma de Mexico; Atua principalmente nos temas: mercosul e integração latino-americana. Natália - 1
Introdução Natália - 2 A cultura ingressou na agenda do no final dos anos 90, passando assim a ser objeto de discussão do bloco; Não existe uma diplomacia cultural dentro dos países integrantes do ; O predomínio é de relações culturais espontâneas, como o turismo; Os Estados-membros ao não possuírem uma diplomacia cultural, revelam a prevalência no de estratégias inspiradas pelo hard power e a subvalorização do soft power.
A Diplomacia Cultural no Mundo A França foi pioneira nesse campo ao criar a Oficina de Escolas de Obras em 1909, podendo assim coordenar sua ação cultural estrangeira; A Espanha se empenha principalmente em criar uma nova imagem, moderna, organizada e dinâmica; A Inglaterra criou o British Council em 1934 para promover cooperação cultural, educacional e técnica; Os Estados Unidos criaram em 1940 a Oficina do Coordenador de Assuntos Inter-Americanos. Natália - 3
A cultura no Raísa - 1 As atividades e iniciativas culturais, em grande parte, tem tido sua origem em relações pessoais e raramente de políticas culturais externas dos países; O tema cultural tem tido papel de destaque limitado e não é considerada um pilar da política exterior dos países do bloco; A diplomacia cultural ainda não chegou aos países do ; Há a predominância de uma diplomacia tradicional ("diplomacia do silêncio"); A falta de uma diplomacia cultural nos países do, articulada com a diplomacia tradicional é um dos principais obstáculos para a construção de uma sociedade civil no
A cultura no Raísa - 2 Somente políticas culturais externas, com forte apoio dos Estados, com objetivos claros e com operadores culturais qualificados, podem colocar os capitais culturais nacionais a serviço das relações com o exterior; Argentina e Brasil: desde 1996, o Instituto do Serviço Exterior da Nação da Argentina (ISEN) e o Instituto Rio Branco do ministério de Relações Exteriores do Brasil, vêm intensificando o intercâmbio de alunos e de professores de ambas instituições; A cultura como instrumento para o fortalecimento de blocos regionais, auxiliando na criação e no aprofundamento do o diálogo e da confiança entre as nações que integram o
Ações institucionais no campo cultural no Aline - 1 1991: Tratado de Assunção - Não faz referência à cultura, nem à educação, ao desenvolvimento cientifico e tecnológico ou às indústrias culturais > Constituição do Mercado Comum 1992: Reunião Especializada em Cultura - Promover a difusão da cultura dos Estados Partes, estimulando o conhecimento mútuo dos valores e das tradições culturais de cada Estado Parte 1995: Reunião de Buenos Aires fez-se, pela primeira vez, referência ao Cultural - mencionou-se a dimensão cultural do processo de integração; e a Reunião de Ministros e Responsáveis de Cultura (RMC) - foro negociador em substituição ao anterior
Ações institucionais no campo cultural no Aline - 2 O otimismo inicial teve vida curta: 1995-1996 - As ações aprovadas, incentivadas ou recomendadas foram: - Aprovar a realização de dois cursos de capacitação - Aprovar a criação de um Centro de Documentação Musical do - Assinar o Protocolo de Integração Cultural do - Criar o Parlamento Cultural do (Parcum) - estrutura institucional e apoio legislativo ao Cultural
Ações institucionais no campo cultural no Aline 3 -Realizar um Inventário do Patrimônio Histórico e Artístico; que cada Estado-parte solicitasse a apresentação de projetos de interesse comum à Unesco na busca de parcerias - Criar o Patrimônio Cultural do - Criar o selo Cultural, definindo as instâncias administrativas necessárias para a implementação em cada país
Ações institucionais no campo cultural no Aline 4 A partir da VI Reunião (1998), predominou o tratamento genérico das questões culturais: Não se avançou na criação de instâncias de circulação cultural e nem no incentivo ao estabelecimento de parcerias com organismos internacionais, como a Unesco Em vez de formular novas proposições, a RMC limitouse a ratificar, reiterar, reafirmar, ressaltar e destacar a importância dos Estados-membros apoiarem projetos na área cultural Não houve da parte dos países a formulação de projetos no campo cultural regional, permanecendo cada um deles concentrados em temas relativos às culturas nacionais
Ações institucionais no campo cultural no Aline 5 2003: um novo órgão foi criado pelo Grupo Mercado Comum na área cultural: a Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do (Recam) Nenhuma das iniciativas previstas pelos idealizadores da RECAM deu origem a projetos elaborados para atingir os objetivos propostos
Ações institucionais no campo cultural no Aline - 6 Resultados decepcionantes: A abordagem à cultura não teve o propósito de desenvolver ações que propiciassem a construção de uma identidade coletiva regional Nem as diplomacias nacionais nem outros representantes governamentais no Bloco reconheceram alguma relevância ao papel da cultura no futuro do Bloco De caráter formal, não estimulou discussões sobre a política cultural do Bloco para estimular o desenvolvimento de atividades culturais envolvendo atores ligados ao campo da cultura dos países do Bloco Os interesses comerciais têm prevalecido sobre as questões culturais, políticas e sociais, relegadas a um plano secundário e seu tratamento postergado para um futuro incerto
O papel dos atores nãogovernamentais no campo da cultura Associação de Universidade do Grupo de Montevidéu Rede Mercocidades Bienal do Programa DocTV Iberoamérica Cybele - 1
Conclusões Cybele 2 Posição subordinada dos departamentos ou direções de assuntos culturais A cultura tem sido pouco valorizada e pouco utilizada para o estabelecimento de pontes e relações de confiança entre os países Diplomacia cultural deverá aumentar a comunicação entre suas populações Conhecimento da história, da cultura e da economia dos países é essencial Diplomacia cultural exige a constituição de equipes integradas por experts com formação acadêmica de alto nível em temas culturais Resistência dos setores burocráticos em compreender que toda política cultural é uma política pública
Referências Bibliográficas ESCOBAR, Ticio. 15 Años del Mercosur: el debe y el haber de lo cultural, 2006. Disponível em: <http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/outros/texto- TicioEscobar.doc> Acesso em: 5 maio.2017, 16:31. GETINO, Octavio. Aproximación al mercado cinematográfico del Mercosur.[2005?] Período 2002-2005. Disponível em: <http://www.recam.org/estudios/mercado_intra_completo.doc> Acesso em: 21 maio.2017, 14:13. SOARES, M.S.A. (2008). A diplomacia cultural no. Revista Brasileira de Política Internacional, 51(1): 53-69.