Finanças Climáticas Annelise Vendramini Finanças Sustentáveis Gvces Outubro, 2017

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Transcrição:

www.gvces.com.br annelise.vendramini@fgv.br @VendraminiAnne Finanças Climáticas Annelise Vendramini Finanças Sustentáveis Gvces Outubro, 2017

Mudanças no ambiente físico

Mudanças no ambiente político e econômico

Países ratificaram o Acordo de Paris (de 197)

SETOR META NDC BRASILEIRA (2030) Floresta - Acabar com desmatamento ilegal (Amazônia). - Compensar supressão legal. - Reflorestar 12 milhões hectares. Energia - Aumentar uso biocombustíveis (até 18%). - 45% de renováveis no mix energético, incluindo: - Renováveis (ex. hidro) entre 28% e 33% no total do mix energético. - 23% de renováveis (ex. hidro) na geração eletricidade. - 10% ganhos de eficiência energética. Agricultura Indústria Transporte - Fortalecer Plano ABC: - Restaurar 15 milhões de hectares adicionais de pasto degradado. - 5 milhões de hectares de ILPF. - Tecnologias limpas, EE e infraestrutura de baixo carbono. - Medidas de eficiência, infraestrutura pública de transporte.

Mapa mundial da precificação de carbono 15% das emissões globais são cobertas por algum instrumento de precificação de carbono. Desta porcentagem, 9% são cobertas por um sistema de comércio de emissões Cerca de 40 nações e mais de 20 cidades, estados e regiões atribuem um preço sobre as emissões Mais de 100 NDCs* incluem iniciativas de precificação de carbono para auxiliar no atingimento de suas metas Fonte: Banco Mundial, 2017 Nota: NDCs: Contribuições Nacionalmente Determinadas para cumprimento do Acordo de Paris.

Precificação de carbono na América do Sul e México Tributação 2016 ----------------------- Colômbia México Tributação 2014 --------------------------- Projeto piloto de cap and trade 2017 Estuda modelo híbrido (cap and trade + tax) Chile Brasil Ministério da Fazenda estuda opções para precificar o carbono, o que reflete implementação tardia em relação a outros países da América Latina Tributação 2015 ------------------------------ Estuda modelo híbrido (cap and trade + tax) Na América Latina inicia-se o debate sobre um potencial mercado regional de carbono, a ser desenhado no âmbito da Aliança do Pacífico, formada por México, Chile, Colômbia e Peru Fonte: The Pacific Alliance, 2016

Precificação de carbono e o Ministério da Fazenda O Ministério da Fazenda, por meio do projeto PMR (Partnership for Market Readiness)*, estuda potenciais impactos de implementação de um modelo de precificação de carbono em diferentes setores da economia brasileira O projeto possui 3 componentes, previstos para serem finalizados em 2019 1. Estudos setoriais com avaliações qualitativas sobre impactos de precificação em competitividade 2. Avaliação de impacto na economia brasileira por meio de modelagem macroeconômica (modelo de equilíbrio geral) 3. Oficinas técnicas e disseminação de resultados Nota: A FEBRABAN é membro do Comitê Consultivo do Projeto PMR Brasil.

Cenário brasileiro: estudo da FIESP e GV Objetivo do estudo: Investigar potenciais impactos da precificação de carbono sobre a economia brasileira Indicar potenciais custos de adotar diferentes estratégias para o cumprimento dos objetivos de mitigação de GEE e explorar potenciais modelos de politicas públicas para a precificação de carbono http://az545403.vo.msecnd.net/uploads/2017/03/estudo-fiesp-mudanca-doclima.pdf

Riscos da mudança do clima framework TCFD A emissão de gases de efeito estufa (GEE), principal causadora da mudança do clima, gera uma série de riscos para o setor produtivo e consequentemente para o setor financeiro A Força-Tarefa sobre Divulgação Financeira Relacionada ao Clima (TCFD) do Financial Stability Board (FSB) apresenta um framework de riscos e oportunidades relacionados à mudança do clima O TCFD visa: Orientar sobre integração de riscos e oportunidades climáticas, bem como os cenários de transição alinhados com o Acordo de Paris Abordar formas de divulgação de impactos financeiros relacionadas ao clima para investidores, credores, seguradoras e outras partes interessadas

Riscos da mudança do clima framework TCFD Ex: Precificação de carbono Fonte: TCFD, 2017

Recomendações da Força-Tarefa Elementos centrais para disclosure em aspectos climáticos Escopo Governança Estratégia Gestão de risco Métricas e metas O Conselho supervisiona os riscos e oportunidades relacionados ao clima? Qual é o papel da administração/ dos gestores na avaliação e gerenciamento dos riscos e oportunidades? Quais são os riscos e oportunidades que a organização identificou no curto, médio e longo prazos? Quais são os impactos dos riscos e oportunidades nos negócios, estratégia, e planejamento financeiro da empresa? A empresa tem um processo para identificar, avaliar e gerir estes riscos? Como estes processos são integrados na estrutura geral de gerenciamento de riscos da organização? Quais métricas são utilizadas e como tais métricas estão alinhadas com a estratégia e o processo de gestão de riscos da empresa? Quais são as metas utilizadas pela empresa para gerir estes riscos e oportunidades? E como tem sido a performance da empresa em relação a essas metas? Fonte: TCFD-FSB

Financiamento Climático

Climate Finance ou Finanças Climáticas: Tornar os fluxos financeiros consistentes com o caminho para se obter o desenvolvimento baseado em baixa emissões de gases de efeito estufa e resiliente às mudanças do clima. Fonte: Paris Agreement, Article 2

Os recursos públicos internacionais dedicados a financiamento climático com base em resultados atingiram US$ 2,5 bilhões em 2015 Fonte: World Bank, Results-based Climate Finance in Practice, 2017

Socially Responsible Investments (SRIs): integração de certos aspectos não financeiros tais como éticos, sociais e ambientais, no processo de investimento: SRI EUA (2016) = US$ 8,72 trilhões AUM SRI Europa (2016) = 11 trilhões AUM Considerações dos investidores: Liquidez Risco Retorno Sustentabilidade Fonte: www.ussif.org / www.eurosif.org / Wallis & Klein

Emissões de Green Bonds US$ milhões 81.000 41.800 36.593 11.042 807 414 909 3.905 1.219 3.102 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Climate Bonds Initiative

Algumas emissões brasileiras de Green Bonds: Emissor Valor Uso principal dos recursos BRF 500 milhões Eficiência energética, redução de GEE, gestão de uso de água e resíduos. Suzano Papel e Celulose Suzano Papel e Celulose Fibria US$500 milhões R$1 bilhão US$700 milhões Gestão florestal, restauração de florestas nativas, redução de GEE. Manejo sustentável de florestas certificadas ou em vias de certificação. Manejo florestal sustentável, restauração de florestas nativas. CPFL Renováveis R$200 milhões BNDES Klabin US$1 bilhão US$500 milhões Desenvolvimento de plantas de energia eólica. Financiamento de energia solar e eólica. Manejo florestal sustentável, restauração de florestas nativas, energia renovável, eficiência energética. Fontes: FEBRABAN, GVces

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima Vinculado ao MMA, é um instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Financia projetos, estudos e empreendimentos que visem à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos da mudança do clima. Reembolsável (BNDES): 10 subprogramas (R$282,6 milhões de 2011 a 2016) 1. Mobilidade urbana 2. Cidades sustentáveis e mudança do clima 3. Máquinas e equipamentos eficientes 4. Energias renováveis 5. Resíduos sólidos 6. Carvão vegetal 7. Combate à desertificação 8. Florestas nativas 9. Gestão e serviços de carbono 10. Projetos inovadores Não reembolsáveis (MMA) (R$102 milhões de 2011 a 2016) 1. Desenvolvimento e difusão tecnológica 2. Adaptação no semi-árido 3. Adaptação da sociedade e ecossistemas 4. Monitoramento e avaliação Fonte: MMA, BNDES; Relatório de Avaliação do Fundo Clima de Dezembro de 2016

Programa ABC 90% 68% 63% 67% R$ 23,45 bilhões R$ 15,64 bilhões Fonte: GVces via Observatório do ABC

Montantes alocados pelo SFN na Economia Verde (31/12/2015) Representam 16,74% da carteira PJ dos bancos participantes Fonte: FEBRABAN

Financiamento para adaptação no Brasil https://www3.ethos.org.br/cedoc/financiamento-climatico/#.weoiuwhsziu

A alocação e aumento nos recursos para o financiamento climático dependem de: Sistemas robustos de MRV Instituições nacionais e infraestrutura que sustente a implementação das políticas climáticas Incentivos corretos para o setor privado Mercados eficientes Caminhos para dar escala aos esforços de mitigação e adaptação Fonte: World Bank, Results-based Climate Finance in Practice, 2017

Financiamento climático Annelise Vendramini Finanças Sustentáveis Gvces Outubro, 2017 www.gvces.com.br annelise.vendramini@fgv.br @VendraminiAnne