DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS - DPU 1. CONTROLE REPRESSIVO PELO PODER LEGISLATIVO

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Transcrição:

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA II Professora: Dra. Vânia Hack de Almeida Data: 21.01.1020 PONTO 1: Controle Repressivo Pelo Poder Legislativo PONTO 2: Controle Jurisdicional De Constitucionalidade PONTO 3: Controle Difuso De Constitucionalidade PONTO 4: Controle Concentrado De Constitucionalidade 1. CONTROLE REPRESSIVO PELO PODER LEGISLATIVO CONTROLE REPRESSIVO PELO PODER LEGISLATIVO?! O exemplo dado é do Senado quando suspende a eficácia da lei. Porém, é o STF quem decide pela inconstitucionalidade, ou não, da norma. Ressalta-se que a doutrina diverge nesse ponto. Exemplo2. Artigo 49, V, da CF: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa Aqui há um controle de legalidade. Se a lei contrariar a norma, diretamente será em relação à resolução, e, indiretamente, em relação à constituição. Parte da doutrina entende tratar-se de controle de constitucionalidade. Quanto às Medidade Provisòrias. Artigo 62, 5º. Controle de constitucionalidade preventivo e não repressivo, pois o Poder legislativo age em não permitir a conversão em lei da MP, com efeito ex tunc. 2. CONTROLE JURISDICIONAL DE CONSTITUCIONALIDADE 2.1 DIREITO CONTITUCIONAL brasileiro adota dois sistema de controle: Sistema Misto ou Híbrido de Constitucionalidade. Quanto aos orgãos de constitucionalidade, nosso controle não é misto, pois somente o Poder Judiciário faz controle repressivo. Agora, no que tange as vias de controle de constitucionalidade, o mesmo é misto, pois ocorre direta e indiretamente. 2.2 Artigo 52, X, da CF: 1

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Finalidade de transformar em erga omnes uma decisão que, inicialmente, tem efeito inter partes (origem no comum law americano). 3. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE, INDIRETO, JUDICIAL, SUBJETIVO, CONCRETO, INCIDENTAL OU VIA DE DEFESA Foi o primeiro controle de constitucionalidade brasileiro, ingressou através da CF de 1891 (Rui Barbosa). Difuso, pois qualquer Juiz poderá decidir de ofício, no seu caso concreto, e afastar a inconstitucionalidade da norma. Nos Tribunais, incide uma regra especial, consagrado no artigo 97, da CF. Necessidade, pois, de o pleno ou órgão especial decidir, por maiorira absoluta, pela inconstitucionalidade da norma, visando a segurança jurídica. Não haverá necessidade do incidente de constitucionalidade se o órgão fracionário enteder que a norma é constitucional, apenas se ela for inconstitucional. Alguns tribunais, implicitamente, declaravam a inconstitucionalidade simplismente não aplicando a norma, deste fato adveio a Sumula Vinculante do STF, nº 10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. Assim, o Princípio da Reserva de Plenário vincula todos os membros daquele Tribunal. O STF, a partir dos anos 90, passou a atenuar tal princípio, dispensando a suscitação do incidente de inconstitucionalidade quando se vincular a precedente do STF, artigo 481, parágrafo único, CPC. Art. 481. Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento; se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno. Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Cumpre lembrar que as Turmas Recusais não possuem órgão especial ou reuniao do pleno, pois a decisão é apenas uma revisão feita por órgão da mesma hierarquia. 2

3.1 EFEITOS DA DECISÃO DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS - DPU Efeitos inter partes Eficácia ex tunc Reclamação 4335. O Ministro Gilmar Mendes, tratando sobre a Lei de Crimes Hediondos, nesta decisão, entendeu que a eficácia é para todos, independentemente de resolução do Senado Federal, pois dita resolução teria, hoje, apenas o efeito de dar publicidade. Essa questão ainda não foi resolvida. 3.2 ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO: Artigo 52, X, da CF sofre uma mutação informal, de modo que o controle de constitucionalidade difuso que ataca o caso concreto possui decisao que alcança efeito contra todos. O Senado poderá editar uma Resolução Suspensiva da execução da norma, objeto incidente da demanda, passando a ter efeito erga omnes. A doutrina denomina este fenômeno de Abstrativização do Controle Difuso. Possui a finalidade de impedir a multiplicação dos processos. No caso dos tributos, só receberá os tributos cobrados indevidamente quem ingressar com demanda própria, ou seja, gera multiplicidade de processos idênticos. A resolução não é obrigatória, é uma faculdade do Senado Federal, portanto não cabe Mandado de Injunção. 3.3 SÚMULA VINCULANTE. Confronto entre princípios constitucionais, pois limita a magistratura, mas dá segurança jurídica aos julgados. Artigo 103-A, CF: Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. 3

3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso." Controvérsia judicial relevante: decisões contraditórias entre as várias instâncias pelas quais um mesmo processo tramita, o que demonstra clarividente a insegurança jurídica atribuída a esta variação de decisões em um mesmo caso concreto. A súmula vinculante faz preponderar a insegurança jurídica. O 3º do mesmo artigo traz a idéia de Garantia do efeito vinculante. Frente ao descumprimento de súmula vinculante, cabe RECLAMAÇÃO, art. 102, I, alínea l da CF: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; A Lei nº 11.417/06 regulamenta a súmula vinculante, disciplina a edição, revisão e cancelamento de súmula vinculante. A publicação da súmula no Diário Oficial é o termo inicial da súmula vinculante. O art. 2º, 2º da Lei 11.417, acrescentou a exigência de manifestação do Procurador Geral da República. Quanto artigo 3º, cuidar o inciso VI (Defensor Público Geral da União, que nao possui legitimidade para as vias do controle concentrado - ADI) e XI (os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares). Essa legitimação foi atribuída de maneira objetiva, ela consiste em um munus público, em restabelecer a segurança jurídica (a integridade do ordenamento jurídico constitucional), ou seja, não postula direito próprio. Olhar também o 1º (Município também possui legitimidade para propor. Porém, nesse caso, a legitimidade possui caráter subjetivo, ou seja, ele deve ser parte no processo e o proporá incidentalmente. AMICUS CURIAE. O 4º, do artigo 3º, vem disciplinada a participação do amcus curiae. 4

Possibilidade de um terceiro trazer informações importantes para a resolução do processo. Não é parte no processo, mas possui interesse. Democratiza a questão da súmula vinculante. Admitido também na ADI, ADC e na ADPF, conforme o entendimento do STF. 2º No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. A súmula vinculante tem eficácia imediata, mas o STF, por razões de segurança jurídica ou excepcional interesse público pode MODULAR OS EFEITOS. Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. a decisão de inconstitucionalidade afasta a nulidade absoluta da norma, esta é considerada inconstitucional, mas produz efeitos jurídicos válidos. Permite que, mesmo inconstitucional, a norma produza efeitos jurídicos válidos. Revogada ou modificada a lei. Permite-se a revisão e o cancelamento da súmula. O Art. 5º da lei restringiria essa possibilidade, mas este dispositivo deve ser interpretado como apenas uma das possibilidades. Art. 5º Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme o caso. Art. 6º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão. Entende-se que não é apenas nessas situações. Necessário fazer uma interpretação conforme. As vezes, a alteração da própria jurisprudência faz alterar a súmula, ou ainda, até a evolução social. A possibilidade de reclamação é reiterada no art. 7º da lei. Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. 5

1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 2º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso. Quanto ao parágrafo primeiro do referido artigo, alguns autores entendem que esse dever de esgotar a via administrativa, seria inconstitucional, pois a CF não fez tal restrição. Juizo de retratação das turmas para adequarem a decisao do Supremo Tribunal. REPERCUSSÃO GERAL. Art. 102, 3º da CF Repercussão Geral: discussão constitucional que não interesse apenas às partes do caso concreto, mas repercute numa série de outras ações sobre a mesma matéria. 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. A Lei 11.418 acrescentou os art. 543-A e 543-B ao CPC, disciplinando a repercussão geral. O 1º do art. 543-A conceitua a repercussão geral: questões relevantes que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo. 1º Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. 2º O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência da repercussão geral. 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal. 4º Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral por, no mínimo, 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário. 5º Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 6º O Relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 6

7º A Súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão. São necessários 8 votos para afirmar que o recurso não possui repercussão geral. Se pelo menos 4 Ministros decidirem pela existência da repercussão geral, será dispensada a remessa ao Plenário. O 6º do art. 543-A admite a presença do Amicus curie. Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão geral será processada nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto neste artigo. 1º Caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte. 2º Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerarse-ão automaticamente não admitidos. 3º Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se. 4º Mantida a decisão e admitido o recurso, poderá o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Regimento Interno, cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada. 5º O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal disporá sobre as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros órgãos, na análise da repercussão geral. A decisão valerá para todos os demais recursos, por isso a importância da seleção dos recursos representativos. O Tribunal de origem, após a decisão do STF, pode se retratar ou declarar os recursos prejudicados. Os Tribunais não estão obrigados a este juízo de retratação. No JEC também cabe Recurso Extraordinário. Assim, o controle difuso, hoje, não é mais apenas o controle do caso concreto, devido a repercussão geral. Súmula 640 do STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. Súmula 343 do STF: Não cabe ação rescisória por ofensa a literal dispositivo de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais. 7

A súmula não admite a ação rescisória, mas se tratando de matéria constitucional, afasta-se a súmula 343 que, hoje, vale apenas para matéria infraconstitucional. Com esse entendimento, relativiza-se a coisa julgada COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL. O termo inicial da ação rescisória, conforme a opinião da professora, deve ser contado a partir da decisão do STF, mas a questão é polêmica. Art. 741, único do CPC: Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre: II - inexigibilidade do título; Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. 4. CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE O controle concentra-se num Tribunal constitucional, o STF. A competência é originária, privativa e exclusiva do STF. O controle é direito porque o pedido é unicamente a declaração da inconstitucionalidade. Busca afastar a norma do ordenamento jurídico, expurgando o ato viciado que contraria a constituição. O processo é dotado de natureza objetiva, porque falta a subjetividade do controle difuso. Nesse controle não existe partes manifestando seus interresses. O Poder Judiciário brasileiro, enraizado na doutrina americana de nulidade absoluta, passa a dar eficacia ex tunc a declaração de inconstitucionalidade. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE L.9.698 1. Natureza do processo. No sentido processual comum, nao há partes. Por isso, somente os legitimados podem agir em representatividade perante a sociedade. O controle concentrado busca apenas saber se uma norma é compatível ou não com a constituição. Não há, por conseguinte, intervenção de terceiros, pois não há partes. Então incabível que terceiros sejam inseridos no processo para pleitear direitos próprios. 8

Artigo 102, inciso 1º, a, CF: Artigo 125, 2º, CF. DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS - DPU Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. Ex: art. 94, XII, d da CE: Art. 95 - Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: XII - processar e julgar: d) a ação direta da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual perante esta Constituição, e de municipal perante esta e a Constituição Federal, inclusive por omissão; Declarada a inconstitucionalidade do trecho tachado na ADI nº 409-3. D.J.U., 26/04/02. Lei municipal em face da CF? As contituições estaduais preveem a competência de o TJ julgar. O STF ja declarou (ADI 409) a impossibilidade de o TJ julgar, pois o STF é o guardião da CF. Em suma, não existe possibilidade de ADI contra lei municipal em face da CF. Poder constituinte decorrente. Poder de os estados membros elaborarem a sua própria constituição. O STF exige uma simetria compulsória dos princípios decorrentes do ordenamento juridico constitucional. Ou seja, uma norma municipal contrariando uma constituição estadual. Porém, a norma contrariada é uma reprodução integral de uma norma da CF. Nesse diapasão, discute-se se o TJ estaria usurpando a competência do STF? (Reclamação 383) torna-se possivel esta ADI, mas a decisão não será definitiva e contra ela cabe RE ao STF. Assim, preserva-se a competencia do STF. EMENTA: Reclamação com fundamento na preservação da competência do Supremo Tribunal Federal. Ação direta de inconstitucionalidade proposta perante Tribunal de Justiça na qual se impugna Lei municipal sob a alegação de ofensa a 9

dispositivos constitucionais estaduais que reproduzem dispositivos constitucionais federais de observância obrigatória pelos Estados. Eficácia jurídica desses dispositivos constitucionais estaduais. Jurisdição constitucional dos Estadosmembros. - Admissão da propositura da ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local, com possibilidade de recurso extraordinário se a interpretação da norma constitucional estadual, que reproduz a norma constitucional federal de observância obrigatória pelos Estados, contrariar o sentido e o alcance desta. Reclamação conhecida, mas julgada improcedente. (Rcl 383/SP). Norma contrária à CE e à CF. Suspende o processo no TJ e a decisão no STF vincula a decisão futura do TJ. LEGITIMADOS: podem propor ADI e ADC. Incisos IV e V (dada pela EC45 legitimidade do DF). Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; V - o Governador de Estado; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Acerca do DF. Artigo 42, da CF. Se a lei distrital for de competência municipal, não será cabível ADI em face da CF. Vínculo de pertinência temática para alguns legitimados. Matéria deve dizer respeito a matéria desses legitimados: entidades de classe; mesa da Ass. Legislativa; Governador de Estado ou Distrito Federal. Os demais são considerados legitimados universais. 10

Lei 9868 regulamenta a ADI. O Artigo 2º reproduz o artigo 3º e trata dos requisitos da petição inicial. Artigo 3º. Requisitos da petição. Atos concretos dotados de generalidade, abstração e impessoalidade, caracteristicas que compoem o conceito de lei, via de regra, podem ser atacados por ADI e ADC. Não é apenas a lei stricto sensu que admite a ADI, pode ser qualquer ato legislativo, desde que revestido de normatividade. Quanto à lei, para o STF independe de a lei possuir todas essas caracteristicas normativas, podendo ser, de qualquer modo, objeto de ADI. Das leis, MP, atos primários de regulamentação da CF, não exigem essas características. Exige-se apenas dos atos normativos. O STF exige o confronto direto entre atos normativos e a CF. Por isso, os atos regulamentares nao adentram como objeto de controle de constitucionalidade, pois antes, o cofronto será de legalidade. Também nao cabe contra atos revogados; preciso que o ato esteja vigindo. Também pelo mesmo motivo, não cabe contra atos anteriores a constituição. STF não está adstrito aos argumentos do requerente - CLÁUSULA DE PEDIR ABERTA - o Supremo pode declarar a inconstitucionalidade por razão diversa das argüidas. O agravo é o único recurso admitido em ADI, pois decisão monocrática do relator. Não cabe recurso porque cabe ao relator submeter ao sua decisão para ser referendada ou não pelo Pleno. Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. Artigo 5º. Uma vez proposta, não se admite desistência: Artigo 6º. Pode concordar com a inconstitucionalidade. Art. 6º O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. Artigo 7º. Admite-se a interevenção de terceiro, apenas na figura de um assitente litisconsorcial e ainda, deve ser um dos legitimados do artigo artigo 103, da CF. Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. 11

2º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Admite-se a figura do amicus curiae. Artigo 103, 3º, da CF. Presença obrigatória do Advogado Geral União. Curador especial da presunção de constitucionalidade, seja o ato federal ou estadual, mesmo que o autor da inconstitucionalidade seja o Presidente da República. Agora, o AGU não está obrigado a defender a presunção de constitucionalidade, quando houver interesse da União, pois ele preponderantemente é representante dela. Já na ADC não haverá a declaração do AGU, pois visa a constitucionalidade. Assim, como também não é necessário na ADI por Omissão, pois não há lei a ser defendida. É possível ao PGR opinar pela improcedência da ação, que ele mesmo propôs, como fiscal da lei. Art. 8º Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. O art. 22 e seguintes se aplicam para a ADI e a ADC. O art. 22 se refere ao quorum de instalação, mínimo de 8 Ministros (2/3). Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. Para a decisão propriamente dita, todavia, serão necessários somente 6 Ministros. Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. Para a decisao de constitucionalidade ou nao, necessario a presença de 8 ministros e o voto de no minimo 6 pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma. EFEITO DÚPLICE ou NATUREZA AMBIVALENTE.artigo 24. Tanto a ação direta como a declaratória podem ter decisão de inconstitucionalidade ou constitucionalidade. 12

Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não admitindo também a ação rescisória. Só quando o STF rediscutir a matéria, em questão de ordem. Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Em sede de controle concetrado, não é necessário a edição de Resolução Suspensiva, assim como na súmula vinculante, pois em ambos os casos, há efeito ex tunc e erga omnes. EFEITO REPRESTINATORIO. Como a lei anterior não foi validamente revogada, porque a norma inconstitucional não produziu qualquer efeito jurídico válido, ou seja, a norma anterior é aplicada. Não se trata de uma típica repristinação, mas de efeito repristinatório. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO OU CONSEQUENCIAL. 13