UMA NOVA MANEIRA DE AGIR NO MUNDO
Para mudar as coisas que a gente quer, eu acho que essa revolução não vai vir de pessoas de cargos superiores. Não é uma revolução partidária, nem armada, não é uma guerrilha. Eu acho que é uma revolução das pessoas, da sociedade, cada um fazendo a sua parte. Eu acho que é essa a grande revolução desse país. UMA NOVA MANEIRA DE AGIR NO MUNDO
Eu acredito na potência modificadora que o ser humano tem. UMA NOVA MANEIRA DE AGIR NO MUNDO
UMA NOVA MANEIRA DE AGIR NO MUNDO Múltiplas revoluções silenciosas transformam o mundo de forma lenta e gradual MICRORREVOLUÇÃO MICRO- REVOLUÇÕES QUEBRA DE HIERARQUIAS NOVAS CAUSAS E ATORES MULTIPLICAM-SE E SE ESPALHAM POR TODO O PLANETA QUESTÕES SOCIAIS, AMBIENTAIS, CULTURAIS GANHAM TANTA IMPORTÂNCIA QUANTO AS POLÍTICAS E ECONÔMICAS CADA UM ASSUME SUA PARTE EM SUAS AÇÕES COTIDIANAS A SOMA DAS PEQUENAS AÇÕES DE TODOS RESULTA EM MACRO-TRANSFORMAÇÕES
RAÍSA, 22, RECIFE Ao invés de atuar unicamente dentro de um grande movimento, acredita que pode ser mais efetiva ao se envolver em múltiplas causas e reforçar diversos grupos. Meu papel é estar transformando dentro do que posso, começo pela minha casa, parto para meus vizinhos e assim por diante...
RESPOSTAS AOS DRIVERS 01 TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DAS PESSOAS 02 HERÓIS REAIS 03 VISÃO ABRANGENTE E COTIDIANA DE POLÍTICA MICRORREVOLUÇÕES 04 A FORÇA DOS PROJETOS INDEPENDENTES
TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DAS PESSOAS 1 Crença que a força transformadora da sociedade pode vir muito mais das pessoas que se organizam dentro de suas realidades do que das instituições formais. Agora temos que pensar em mudar de baixo, em relação a responsabilidade individual, acho que isso é incontestável. E a gente tem que começar a mudar em pequenas atitudes. Os problemas que estão me afetando são globais, as coisas que eu estou envolvida são temas mundiais. Eu me sinto uma cidadã global.
S ON H O B R A SILE IRO B O X 1 8 24 TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DAS PESSOAS 1 Queremos Descontentes com a falta de shows de qualidade na cidade, um grupo de cariocas resolveu parar de esperar iniciativas de empresas e produtores e resolveu criar um movimento independente para trazer bandas para o Rio. Munidos de um website e um grande potencial de disseminação, eles já conseguiram fechar quatro shows em poucos meses, e criaram um novo formato que pode salvar a agenda cultural do Rio.
HERÓIS REAIS Jovens demonstram grande descrédito nas vias políticas formais e não elegem mais como seus exemplos os grandes heróis revolucionários ou mártires. Eles se inspiram e se espelham cada vez mais em pessoas reais do seu cotidiano. O meu irmão, ele atuava no movimento estudantil e tudo o mais, foi vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, aí eu percebia ele fazendo as coisas e fui me identificando. Meu professor de música, músico lá da região, ele me ensinou a arte, fazer música, tudo que eu aprendi ate meus 16 anos foi com o mesmo professor e ele foi um pai que eu não tive em casa. 2 Acho que quem mais faz são as pessoas anônimas. A gente vê o resultado do que elas fazem, mas não conhecemos o nome.
HERÓIS REAIS 2 MV Bill e Júnior (Afroreggae) José Júnior veio de origem humilde, trabalhou como motoboy, entregador de jornal e até aviãozinho do tráfico. Descrevia-se como um eterno perdedor. Hoje, está à frente de uma das maiores iniciativas culturais do país, o AfroReggae, e se tornou uma das principais figuras das comunidades carentes do Rio de Janeiro. Sua luta contra o tráfico atrai admiradores e desafetos, que já o levaram para uma cama de UTI, em coma.
VISÃO ABRANGENTE E COTIDIANA DE POLÍTICA 3 Jovens enxergam que política não é feita apenas pelas vias institucionais de partidos ou em Brasília. Perdem o medo de falar sobre o tema e assumem essa responsabilidade em várias esferas de suas vidas: no consumo, na internet, no trabalho, dentro de casa, entre amigos etc. Todo trabalho, sem nenhuma exceção, é político. Então é só a gente tomar consciência disso, reivindicar isso como um processo político. Acho que esse é o desafio agora: como é que a gente cria intersecções entre a política que a gente leva o nosso dia-a-dia e Brasília? Vamos reaproximar esse negócio. Atos políticos, pra mim, são muito mais conversas como essas e atitudes que você tem, trabalhos em comunidades, projetos, ter ideias e ir atrás delas. Dou muito mais valor pra isso como ação política do que qualquer outra coisa. Fazer política é também doar um livro, doar um pouquinho do que aprendeu, passando adiante, fazer uma ação social. Mas, ao mesmo tempo, é importante votar ainda.
S ON H O B R A SILE IRO A FORÇA DOS PROJETOS INDEPENDENTES Como a atuação social deixou de ser vista como algo necessariamente partidário ou institucionalizado, os jovens passam a valorizar cada vez mais os projetos em que podem se engajar mais facilmente, sem a necessidade de contratos formais ou de filiação ideológica rígida. Eu acho que é uma questão de as pessoas se encontrarem nas outras, verem os ideais que têm em comum, e daí nasce o projeto, ideia, empresa o que for. Quem está tocando a economia solidária no país não são os partidos políticos, são os movimentos de base, movimentos de moradores. A questão ambiental no Brasil também não são os partidos, são os movimentos, são instâncias onde a comunidade local se articula. B O X 1 8 24 4