ANÁLISE DO VOLUME DE ENTULHO GERADO EM OBRAS DE EDIFICIOS MULTIFAMILIARES NA CIDADE DE CHAPECÓ/SC

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ANÁLISE DO VOLUME DE ENTULHO GERADO EM OBRAS DE EDIFICIOS MULTIFAMILIARES NA CIDADE DE CHAPECÓ/SC Cleber Bianchin 1, Andrea Menegotto 2 Resumo: Este trabalho discute a quantificação do volume de entulho gerado nas obras da região de Chapecó, será elaborada uma análise e quantificação do volume de entulho gerado nas obras de construtora de grande porte atuante na cidade de Chapecó/SC. O acompanhamento foi efetuado no período de Janeiro a Maio de 2011, e com uso de trena foi coletado as leituras de cada obra em períodos semanais. A construtora 1, possui controle de qualidade certificado pela ISO 9001/08, reutiliza materiais de entulho (classe A) na própria obra e armazena e vende papel/papelão (classe B) para cooperativa de reciclagem, nas obras da construtora 2 observou-se que apenas sacos de cimento são armazenados na obra e depois são vendido a cooperativa de reciclagem. Na construtora 1, a obra B se destacou na geração de entulho com volume final de 44,68 m³ e a obra A com 16,87 m³, logo a obra B gerou 62,2% a mais de entulho que a obra A. para construtora 2, a obra D, obteve maior destaque no volume final de 65,32 m³ e na obra C obteve 52,93 m³, a obra D gerou 19% a mais de entulho que a obra C. a obra A obteve-se maior índice 89%, na atividade de reboco, na obra B, a atividade de desforma obteve 100%, para obra C, aplicação de gesso obteve maior índice 72,2% e na obra D a atividade de reboco obteve 100%. Todos os índices de atividades foram comparados referentes à (18 leituras) período de acompanhamento. Pode-se concluir que a maior parte do entulho gerado ainda é depositada em aterros e que pouco é reutilizado na própria obra, a obra D se destacou na geração de entulho das demais, onde há que menos gerou entulho foi à obra A. Palavras-chave: Quantificação de entulho. Alvenaria estrutural e alvenaria convencional. Etapas construtivas. 1. Introdução O presente projeto tem por objetivo buscar a quantificação do volume de resíduos gerados em obras acompanhadas na região de Chapecó, analisando-as a partir da fase em que se encontram. Também se propôs fazer uma comparação entre as obras, identificando os índices de geração de entulho para as 4 obras acompanhadas. 1 Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, e-mail: bianchin@unochapeco.edu.br 2 Orientadora, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, e-mail: Andgio@unochapeco.edu.br

A resolução 307 do CONAMA, de 5 de julho de 2002, estabeleceu que os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final. Ainda ressalta que o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que sejam possíveis, as condições de reutilização e de reciclagem. Deve-se ser observado que na empresa 1, o entulho de classe A é reutilizado na própria obra, como por exemplo: a argamassa. Para o entulho de classe B, e armazenado na obra e depois são vendido para empresa de reciclagem da região, os demais entulhos são encaminhado a aterro da cidade conforme recomenda a resolução do CONAMA 307/02. Para a empresa 2, nas duas obras acompanhadas não e feito à reutilização de entulho, porem, observou que os entulhos de classe B, exemplo: papel/papelão são armazenados na obra e depois vendidos para empresa de reciclagem. Os demais entulhos são encaminhados para aterro da cidade conforme recomenda a resolução CONAMA 307/02. 2. MATERIAIS E METODOS Os rejeitos gerados nas obras são apresentados em função do período de acompanhamento independentemente da etapa construtiva em que as mesmas se encontravam, buscou-se apontar qual das leituras acompanhadas teve um volume de entulhos destacado em relação às demais. O período de acompanhamento compreendeu janeiro de 2011 a maio de 2011. Conforme a Tabela 01 que apresenta a descrição e as obras acompanhadas. Tabela 01: Descrição das obras acompanhadas NÚMERO DE OBRAS AVALIADAS ÁREA TOTAL (m2) Numero de pavimentos Apartamentos por andar CONSTRUTORA 1 OBRA A 19500 (2 torres) 11 4 OBRA B 6170 16 2 CONSTRUTORA 2 OBRA C 5537,04 11 2 OBRA D 7511,5 11 4

Para ambas as construtoras, a quantificação do volume dos resíduos foi realizada a partir de medições manuais com uso de trena, sendo efetuadas coletas de dados em períodos semanais. A medição foi volumétrica incluindo, portanto, os resíduos mais o volume de vazios existentes. A empresa 1 possuiu ISO 9001 certificada em 2008, assim os RCD s ficam depositados em um local próprio, sendo que, grande parte da argamassa (classe A), é reutilizada na própria obra, para isto, algumas vezes colocaram pedra brita na mistura com a argamassa para fazer regularização de contrapiso. Para os resíduos de classe B, como papel/papelão, eram depositados na obra e após certo tempo vendido para uma cooperativa de reciclagem da cidade. O restante dos demais resíduos da classe A, B e D foi retirado por uma das empresas licenciadas ambientalmente para remover estes materiais e transportá-los até um local adequado, assim como a Resolução 307/2002 recomenda. O inicio da coleta de dados na obra A começou com a obra em fase de acabamentos. Em relação à obra B, pode-se observar que os restos de argamassa, concreto e tijolos foram colocados debaixo da rampa de acesso da garagem para fins de aterramento. Para os demais resíduos, o procedimento foi idêntico. Na construtora 2, primeiramente constatou-se que nesta empresa não se reutiliza os materiais de classe A, também foi observado que os materiais de classe B, por vezes eram retirados por catadores de rua, ou então por envio a cooperativa de reciclagem da cidade. Normalmente o restante dos resíduos foi retirado por uma das empresas licenciadas ambientalmente para remover estes materiais e transportá-los até um local adequado, assim como a Resolução 307/02 recomenda. 3. Analise e resultados na empresa 1 Esta análise foi realizada em duas obras, sendo que os resultados para a obra A, se encontra na Tabela 02. Para facilitar a identificação das leituras, as mesmas foram dividas em dois períodos distintos, sendo uma delas de janeiro a março de 2011, e outro que se refere aos meses de abril e maio. Salienta-se que para cada período analisado das obras foram excluídas algumas leituras, foi observado que as leituras retiradas não apresentavam volume correspondente ao gerado durante período semanal, logo nas tabelas os valores que se apresentam na cor em cinza claro são os valores excluídos.

Tabela 02: Resultados do volume de resíduos (m3) para a obra A PERIODO MEDIA MEDIANA DESVIO PADRÃO 18/01 a 31/03 1,63 1,25 0,19 07/04 a 19/05 0,55 0,60 0,22 As coletas representadas numericamente de1 a 11, foram realizadas nos dias indicados na Tabela 03. A Tabela 04 apresenta as datas das coletas para os meses de abril a maio de 2011. Tabela 03: Datas das coletas de janeiro a março de 2011. Coleta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Data 18/1 26/1 02/2 09/2 16/2 23/2 02/3 10/3 16/3 24/3 31/3 Tabela 04. Datas das coletas realizadas Coleta 1 2 3 4 5 6 7 Data 07/4 14/4 20/4 28/4 05/5 12/5 19/5 Figura 01 Figura 02 Pode-se observar na Figura 01, que existem 3 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 1,92 m3 e o maior

de 3,75 m3, sendo respectivamente, 17,8 % e 130 % maiores que a media registrada no período. Analisando a coleta realizada em 10/03 leitura 8 (conforme tabela 09), percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi o contrapiso e reboco externo. A atividade que gerou menor volume foi a referente ao dia 26/01 - leitura 2 (tabela 09) e envolvia atividades de reboco, contrapiso e instalação hidráulica. idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente, Da sexta semana (23/02) a nona (31/03) semana de acompanhamento as atividades predominantes foram reboco externo e regularização do contrapiso. Na leitura 8 se deve o maior volume apresentado deste período devido o acumulo de entulho gerado nas duas torres no período semanal em execução desta obra. Para a leitura 2 o menor volume apresentado se deve que na leitura obteve-se entulho gerado constituinte de bloco sical e restos de argamassa, consequentemente gerando baixo volume. Pode-se observar que na figura 02, que existem 2 datas em que o volume o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 0,73 m³ e o maior 0,77 m³, sendo respectivamente, 32,7% e 40% maiores que a media registrada no período. Analisando a coleta realizada na leitura 1 (07/4), percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi o reboco e cobertura. A atividade que gerou menor volume foi a referente a leitura 2 (14/4) e envolvia reboco, contrapiso, cobertura e instalação de gás. quase idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente, para as 4 leituras de acompanhamento as atividades predominantes foram reboco externo, cobertura e regularização do contrapiso. Na leitura 1 se deve o maior volume apresentado deste período devido o acumulo de entulho gerado nas duas torres em execução desta obra. Para a leitura 2 o menor volume apresentado se deve que na leitura obteve-se entulho gerado constituinte de

porcelanato, bloco sical e restos de argamassa, consequentemente gerando baixo volume. Analisando o índice pelo período (18 leituras) de acompanhamento independente da fase construtiva foi presenciada atividade de reboco em (ocorrendo em 16 das datas acompanhadas), ou seja, 89%. A execução de contrapiso foi verificada que ocorreu atividades em 14 das datas, equivalente a 78%. Atividades relacionadas a execução de cobertura, ocorreram aproximadamente em 39%. Na atividade de execução hidro hidráulica, ocorreu em 4 das leituras (22% ), e a execução de tubulação de gás em 1 delas (5,5%). Os resultados para a obra B se encontram na tabela 05, para os dias das leituras são apresentados na tabela 03. Tabela 05: Resultados do volume de resíduos (m3) para a obra B PERIODO MEDIA MEDIANA DESVIO PADRÃO 18/01 a 31/03 3,56 2,62 0,47 07/04 a 19/05 2,53 2,31 1,15 Pode-se observar na Figura 03, que existem 3 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 5,19 m3 e o maior de 10,27 m3, sendo respectivamente, 46% e 188% maiores que a media registrada no período. Figura 03- Figura 04-

Observa-se que na coleta realizada na leitura 8, percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi levantamento de alvenaria convencional, montagem de forma e instalação de eletroduto. A atividade que gerou menor volume foi a referente à leitura 1 e envolvia atividades montagem de forma e levantamento de alvenaria. idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente, da primeira (18/01) a decima primeira (31/03) semana de acompanhamento as atividades predominantes foram atividades relacionada a montagem de forma e assentamento de alvenaria. Na leitura 9 se deve o maior volume apresentado deste período devido o acumulo de entulho gerado na semana e de entulho que estava armazenado dentro da obra. Para a leitura 1 o menor volume apresentado se deve que na leitura foi medido o volume de entulho gerado na semana e não o entulho vindo de semanas anteriores. Pode-se observar que na figura 04, que existem 2 datas em que o volume o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 2,94 m³ e o maior 4,52 m³, sendo respectivamente, 16% e 78,6% maiores que a media registrada no período. Analisando a coleta realizada na leitura 5 (05/5), percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários levantamento de alvenaria convencional e com bloco sical, montagem forma e atividade de desforma. A atividade que gerou menor volume foi a referente a leitura 4 (28/4) e envolvia montagem de forma e levantamento de alvenaria convencional. idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente, para as 5 leituras analisadas de acompanhamento as atividades predominantes foram levantamento de alvenaria e montagem de forma. Na leitura 5 se deve o maior volume apresentado deste período devido o acumulo de entulho gerado na semana e de desforma de laje. Para a leitura 4 o menor volume apresentado se deve que nesta leitura o volume apresentado foi descontado de

entulho que estava presente da semana anterior, consequentemente gerando baixo volume. Analisando o índice pelo período (18 leituras) de acompanhamento independente da fase construtiva em a obra se encontrava foi presenciada atividade de montagem de forma e desforma (ocorrendo em 18 das datas), ou seja, 100%. A atividade relacionada a levantamento de alvenaria convencional ocorreu em 17 das datas (94,4%) e de bloco sical ocorreu em 9 das datas (50%). Na execução da armação de aço, ocorreu em 2 das leituras (11%) e na execução de eletroduto presenciou-se em 1 das leituras (5,5%). 4. Analise e resultados na empresa 2 Para a empresa 2 a analise foi realizada em duas obras, sendo que os resultados para a obra C se encontram na Tabela 06. As leituras são apresentadas em dois períodos distintos da mesma forma que foi apresentado na empresa 1. Da mesma maneira que foi apresentado anteriormente, para a obra C as coletas são representadas numericamente de 1 a 11, foram realizadas nos dias indicados na Tabela 03. Tabela 06. Resultados do volume de resíduos (m3) para a obra C PERIODO MEDIA MEDIANA DESVIO PADRÃO 18/01 a 31/03 3,79 3,4 0,19 07/04 a 19/05 3,77 3,25 1,93 Figura 05- Figura 06-

Pode-se observar na figura 05, que existem 4 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 4,15 m3 e o maior de 6,64 m3, sendo respectivamente, 9,5 % e 75 % maiores que a media registrada no período. Observa-se que na coleta realizada na leitura 5, percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi aplicação de selante e gesso, instalação hidráulica, contrapiso e assentamento de porcelanato. A atividade que gerou menor volume foi a referente na leitura 2 e envolvia atividades assentamento de porcelanato, requadramento de portas e execução de contrapiso. quase idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente. Da primeira (18/01) a décima primeira (31/03) semana de acompanhamento as atividades predominantes foram aplicação de gesso, assentamento de porcelanato e de alvenaria convencional. Na leitura 5 se deve o maior volume apresentado deste período devido a mudanças de paredes em alguns apartamentos e grande presença de caixa de papelão de porcelanato. Para a leitura 2, que apresentou menor volume deste período é dado por causa das atividades de acabamento que foram realizada nesta semana, consequentemente atividade que gera pouco entulho. Pode-se observar que na Figura 06, que existem 2 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 4,95 m³ e o maior 6,76 m³, sendo respectivamente, 31,3% e 79,3% maiores que a media registrada no período. Analisando a coleta realizada na leitura 2 (14/4), percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi assentamento de porcelanato, requadramento e execução de contrapiso. A atividade que gerou menor volume foi a referente a leitura 7 (19/5) e envolvia levantamento de alvenaria, assentamento de porcelanato e aplicação de gesso. quase idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente,

para as sete leituras de acompanhamento as atividades predominantes foram assentamento de porcelanato e aplicação de gesso. Na leitura 2 se deve o maior volume apresentado deste período por causa do grande volume de gesso gerado na semana e de mudança de parede. Para a leitura 7 o menor volume apresentado se deve que nesta leitura o volume foi resultante do entulho gerado na semana sendo descontado com e volume de entulho que estava presente da semana anterior, consequentemente gerando baixo volume. Analisando o índice pelo período (18 leituras) de acompanhamento independente da fase construtiva que a obra se encontrava foi presenciada atividade de aplicação de gesso foi presenciada em 12 das datas acompanhadas, ou seja, 72,2%. A aplicação de porcelanato ocorreu em 12 das leituras, equivalente a 66,6% e para aplicação de pastilhas cerâmicas ocorreu em 2 das datas (11%). A atividade relacionada a cobertura e execução de contrapiso, ocorreram em 4 das datas (22%), e a para instalação elétrica e de requadramento de portas ocorreram em 5 das datas (28%). A atividade relacionada com pintura, ocorreu em 3 das datas (16,6%). Os resultados para a obra D se encontram na Tabela 07, para os dias das leituras são apresentados na Tabela 03. Tabela 07. Resultados do volume de resíduos (m3) para a obra D PERIODO MEDIA MEDIANA DESVIO PADRÃO 18/01 a 31/03 3,86 3,63 0,11 07/04 a 19/05 6,12 7,68 2,78 Pode-se observar na Figura 07, que existem 4 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 3,91 m3 e o maior de 6,38 m3, sendo respectivamente, 1,30% e 65,3 % maiores que a media registrada no período.

Figura 07 Figura 08- Observa-se que na coleta realizada na leitura 3, percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi reboco, execução de contrapiso e eletroduto. A atividade que gerou menor volume foi a referente a leitura 11 e envolvia atividades de levantamento de alvenaria, execução de contrapiso, assentamento de porcelanato e reboco. quase idênticas, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente. Da primeira (18/01) a décima primeira (31/03) semana de acompanhamento as atividades predominantes foram atividade relacionado a reboco e execução de contrapiso. Na leitura 3 se deve o maior volume apresentado deste período devido ao grande volume gerado da sobra de argamassa, corte de contrapiso e quebra de parede, consequentemente nesta leitura foi presenciado o maior volume de entulho. Para a leitura 11 que apresentou menor volume deste período pelo motivo de ter presenciado nesta leitura somente entulho de restos de madeira e argamassa. Pode-se observar que na Figura 08, que existem 3 datas em que o volume de resíduos medido supera o valor médio obtido, sendo o menor deles igual a 7,68 m³ e o maior 8,52 m³, sendo respectivamente, 25,5 % e 39,2 % maiores que a media registrada no período. Analisando a coleta realizada na leitura 5 (05/5), percebe-se que as atividades desenvolvidas pelos funcionários foi reboco e arremates. A atividade que gerou

menor volume foi a referente a leitura 6 (12/5) e envolvia instalação elétrica, arremates, reboco e contrapiso. semelhantes, porém o volume de resíduos gerados é completamente diferente, para as sete leituras de acompanhamento às atividades predominantes foram reboco, contrapiso e arremates. Na leitura 5 se deve o maior volume apresentado deste período por causa do grande volume de sobras de argamassa e de quebra de parede. Para a leitura 6 o menor volume apresentado se deve que nesta leitura foi resultante do volume constituinte de argamassa e sobras de plásticos. Analisando o índice pelo período (18 leituras) de acompanhamento independente da fase construtiva que a obra se encontrava foi presenciada atividade a atividade de reboco (ocorrendo em 18 das datas), ou seja, 100%. A execução de contrapiso ocorreu em 14 das datas (89%). A atividade de requadramento de portas e arremates ocorreu em 8 das datas (44%). Atividades relacionada a elétrica ocorreram em 5 das leituras (28%), e para levantamento de alvenaria convencional ocorreu em 4 das datas (22%). 5. Considerações A Pesquisa foi realizada em duas construtoras distintas da região de Chapecó-SC, onde a coleta de dados se realizou em duas obras de cada construtora. A análise das leituras será realizada com soma total do volume gerado no período de acompanhamento para cada obra, independentemente da etapa construtiva que nas obras foram executadas, sendo que o período de acompanhamento foi de 18 semanas consecutivas. No período de acompanhamento na obra A, a soma final das leituras coletadas obteve o volume total de 16,87 m³, gerando uma media normal de entulho por período semanal de 1,30 m³. Na obra B, a soma obteve um volume total de 44,68 m³, sendo que a obra gerou entulho na media de 3,19 m³ por período semanal. Da mesma forma para no período de acompanhamento a obra C, apresentou volume total de entulho de 52,93 m³, onde, na media gerou um volume de 3,78 m³

por período semanal. Já na obra D, o volume total de entulho foi de 65,32 m³, o que gerou volume em media normal de 4,67 m³, por período semanal. Logo se pode concluir que na empresa A, a obra B se destacou na geração de entulho, com uma vasta porcentagem no volume final de entulho gerado, ou seja, aproximadamente 62,2% há mais que a obra A, observa-se que esta empresa possui o controle de qualidade certificado pela ISO 9001/08. Na empresa B, a obra que se destacou foi à obra D, pois gerou um volume percentual maior do que obra C no valor de 19%. Deve-se observar que para esta empresa, os métodos construtivos não possuem controle de qualidade. Analisando o período de acompanhamento nas obras foi observado que algumas atividades obtiveram maior índice realizado no período, na obra A obteve-se o maior índice de 89%, na atividade de reboco, na obra B, a atividade de desforma obteve 100%, para obra C, aplicação de gesso obteve maior índice 72,2% e na obra D a atividade de reboco obteve 100%. Todos os índices de atividades foram comparados referentes à (18 leituras) período de acompanhamento. Referências CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Brasília. 2002. RESOLUÇÃO CONOMA n 307, de 5 de julho de 2002. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html >. Acesso em 23 de setembro de 2010.