22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
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- Vinícius César Stachinski
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1 GERAÇÃO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE OBRA METROVIÁRIA Katia Harue Kamimura Fabíola Pagliarani Lucas Campaner Alves Flavia Rodrigues 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
2 INTRODUÇÃO A construção civil é uma das indústrias que mais consome recursos naturais e geram resíduos; Um dos fatores que propicia esta elevada geração é a tecnologia construtiva adotada no Brasil; O gerador dos resíduos de construção civil é responsável por todo seu gerenciamento (CONAMA nº 307/2002).
3 OBJETIVO Diante deste cenário, este trabalho tem por objetivo identificar os resíduos sólidos gerados em uma obra metroviária e verificar as destinações realizadas pelas empresas construtoras, visando apontar oportunidades de melhoria no gerenciamento de resíduos desse tipo de obra.
4 DIAGNÓSTICO
5 DIAGNÓSTICO Licenciamento ambiental da expansão da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo (EIA-RIMA, PBA); Plano de Controle Ambiental da Obra: - Geração e a destinação dos resíduos provenientes das atividades de obra; O gerenciamento e o controle são realizados através do Certificado de Destinação Final; Período dos dados analisados: dezembro de 2011 a março de 2016.
6 DIAGNÓSTICO Como cada local de destinação possui uma metodologia diferente de quantificação dos resíduos, os CDFs foram apresentados tanto em volume como em massa; Para efeito de comparação, depois de observado que alguns CDFs apresentam as duas unidades de medida, foi desenvolvida uma tabela de conversão dos principais tipos de resíduos gerados para realidade da obra em estudo; Período considerado para elaboração da tabela de conversão: dezembro de 2014 a dezembro de 2015.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO Principais tipos de resíduos sólidos gerados Densidade média calculada (kg/m³) Orgânicos 66,44 Material Misto 521,13 Entulho 497,08 Madeira 483,32 Metal 269,46
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO Mat. misto - Rec.; 3,57% Metal; 2,87% Outros; 1,44% Orgânico; 3,35% Perigoso; 1,33% Perigoso Entulho Mat. misto - Não Rec.; 25,16% Madeira; 16,71% Entulho; 45,57% Madeira Mat. misto - Não Rec. Mat. misto - Rec. Metal Figura 1 Composição percentual dos resíduos sólidos gerados nas obras.
9 RESULTADOS E DISCUSSÃO No que se refere ao material misto, seu estudo fica prejudicado uma vez que este não pode ser classificado, por se tratarem de resíduos coletados sem segregação nas frentes de obra. Ocorre, principalmente, por falta de espaço físico nos canteiros. De modo geral, 34% em massa de todo resíduo gerado é encaminhado para empresas que realizam a sua reciclagem.
10 RESULTADOS E DISCUSSÃO Não reciclado Reciclado Figura 2 Resíduos sólidos gerados e a sua respectiva proporção percentual.
11 RESULTADOS E DISCUSSÃO Papelão 0,07% Óleo Lubrificante 0,10% Óleo 0,00% Papel 1,76% Metal 9,09% Mat. misto - Rec. 11,30% Plástico 1,06% Madeira 49,93% Pneu 0,02% Papel/Papelão 0,28% Entulho Sacos de cimento 0,35% Entulho 26,03% Lâmpada 0,01% Lâmpada Madeira Mat. misto - Rec. Metal Óleo Óleo Lubrificante Papel Papelão Plástico Pneu Sacos de cimento Vidro Figura 3 Fração de resíduos reciclados gerados nas obras.
12 RESULTADOS E DISCUSSÃO Orgânico 5,00% Plástico 0,29% Sacos de ciment o 0,05% Entulho EPI não contaminado Madeira Mat. misto - Não Rec. Mat. misto - Não Rec. 37,51% Entulho 55,68% Orgânico Plástico Sacos de cimento Madeira EPI não 1,39% contaminado 0,08% Figura 4 Fração de resíduos não reciclados gerados nas obras.
13 RESULTADOS E DISCUSSÃO O entulho, principal resíduo sólido gerado na obra, possui baixa percentagem de reciclagem; O beneficiamento do entulho visa a obtenção de elementos de função não-estrutural como agregado miúdo para revestimento, enchimento em projetos de drenagem, enchimentos em geral, Sub-base ou material de base para construção rodoviária, entre outros (ABRECON, 2016; PORTO; SILVA, 2008).
14 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas obras de expansão da Linha 5 - Lilás o uso de agregados recicláveis foi pouco significativo, não sendo quantificados; Quando utilizados, foram empregados na pavimentação de acessos e áreas de tráfego internas de alguns canteiros, tanto por meio de material adquirido externamente, quanto por meio de entulho processado dentro da própria obra; A principal dificuldade identificada para se ter um aumento do uso de agregados recicláveis no projeto em estudo é relativa à garantia da qualidade do material.
15 CONCLUSÃO Identificação de todo resíduo gerado numa obra de metrô; Obra em São Paulo (canteiros dimensionados para pequenas áreas); Dificuldade na segregação e armazenamento; Destinação sustentável? Entulho = volume x (re)utilização; Madeira: teor de reciclagem de 95%
16 CONCLUSÃO Desafio de obras de infraestrutura: conseguir meios de se garantir a qualidade quanto às propriedades físicas e o desempenho do agregado reciclado; Criar meios de se utilizar agregados em serviços menos nobres, como pavimentação das vias de acesso e regularização dos canteiros, no concreto magro e outros fins não estruturais;
17 CONCLUSÃO Na contratação de uma obra deste porte: exigir que as contratadas repensem soluções/meios para se melhorar as ações de rotina (triagem/segregação); Empresas que avançarem no reaproveitamento destes resíduos, assim como aquelas que identificarem meios de se melhorar as ações durante a geração dos resíduos e ainda de garantir a qualidade do material reciclado certamente obterão ganhos econômicos e, sobretudo ambientais.
18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (ABRECON). Mercado do Entulho Disponível em: < Acesso em: 15 jul INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL (IBAM). Manual de gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, p. PORTO, M. E. H. C.; SILVA, S. V. Reaproveitamento dos entulhos de concreto na construção de casas populares. In: XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Rio de Janeiro: 2008.
19 GERAÇÃO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE OBRA METROVIÁRIA Katia Harue Kamimura - khkamimura@metrosp.com.br Fabíola Pagliarani - fabiola.pagliarani@primeng.com.br Lucas Campaner Alves lucas.alves@primeng.com.br Flavia Rodrigues flavia.rodrigues@primeng.com.br 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
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