PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL DEZEMBRO-2017/JANEIRO/FEVEREIRO-2018 Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural NOVEMBRO/2017
Região Sul estará sob influência de La Niña no verão 2017-2018 Durante o mês de novembro as observações meteo-oceanográficas sobre o Oceano Pacífico Equatorial mostraram um fortalecimento das características do fenômeno La Niña de forma acoplada das componentes oceânica e atmosférica. Essas características são identificadas tanto pela continuação do resfriamento das águas superficiais daquele oceano no decorrer do último mês, como na supressão da convecção na parte leste do Pacífico e aumento da convecção na região das Filipinas. Os modelos de previsão climática apontam para a manutenção de um fenômeno La Niña de fraca intensidade até o período de fevereiro/março de 2018. Em relação ao Oceano Atlântico Sul, as águas superficiais que se mantiveram com anomalia positiva de temperatura durante a maior parte do ano de 2017, entraram em um resfriamento contínuo entre os meses de outubro e novembro. Agora as águas adjacentes a costa dos Estados do sul do Brasil, Uruguai e Argentina se encontram dentro da normalidade climática para esta época do ano. Previsão Trimestral O trimestre dezembro, janeiro e fevereiro terá chuvas irregulares no tempo (pouca frequência diária) e no espaço (ocorrem em apenas alguns municípios), devido a menor quantidade de vapor d água na atmosfera prevista nesses meses para alimentar diariamente o processo de convecção, responsável pela formação das pancadas de chuva, as quais ocorrem normalmente a partir das 15 horas. A convecção deverá apresentar melhor distribuição de chuva junto a atuação dos cavados (zonas alongadas de baixa pressão atmosférica), em regiões de baixas pressões térmicas, e na passagem de frentes frias pelo oceano. Neste trimestre os sistemas de altitude, como os jatos, terão muito pouca ou nenhuma influência na intensificação das instabilidades. Em dezembro está prevista a presença de tempo instável com chuva entre os dias 03 e 04, devido a formação de um cavado seguido de uma frente fria. Em seguida, até o dia 15, o tempo se mantém estável, com mais nebulosidade, ocasionalmente, no norte da área da COPREL, nas imediações de Passo Fundo e Tapejara. Na segunda quinzena do mês o
processo convectivo começa a se estruturar em todo sul do Brasil, mas, na área da COPREL, as chuvas de verão deverão ocorrer com menor frequência e de maneira bem isolada. Um ou outro evento de chuva convectiva mais expressivo pode ocorrer quando uma frente fria estiver passando pela costa ou pelo oceano adjacente. Em consequência da maior estabilidade atmosférica na primeira metade do mês e do enfraquecimento da convecção na segunda quinzena, o total médio mensal tenderá a ficar abaixo da média, que normalmente é de 150 a 160 mm, na área de atuação da COPREL. Os meses de janeiro e fevereiro continuarão com as chuvas convectivas de verão de forma irregular no tempo e no espaço. Neste sentido, o total médio mensal tenderá a ficar abaixo da média, que normalmente é de 140 a 150 mm em janeiro e 150 a 160 mm em fevereiro, na área de atuação da COPREL. Em relação ao comportamento das temperaturas o trimestre apresentará grande amplitude térmica diurna, devido a presença de ar mais seco, pois as tardes terão umidade relativa do ar mínima em torno de 30% a 40%. Isso significa manhãs com temperaturas amenas e tardes ensolaradas e mais quentes. Sendo assim: as médias das temperaturas mínimas, que variam de 16 ºC a 19 ºC nos próximos meses, ficarão ligeiramente mais baixas; as médias das temperaturas máximas, que variam de 28 ºC a 31 ºC, ficarão acima da média climatológica, com previsão de ocorrência de muitos dias com temperaturas máximas extremas, com valores de 34-36 ºC nos municípios de abrangência da COPREL.
Comportamento climático - 2017 COMPORTAMENTO MENSAL DA PRECIPITAÇÃO EM 2017 CRUZ ALTA Valores em milímetro ANOMALIA Média 10 CLIMATOLOGIA (DESVIO) MESES anos* 2017 (1961-1990) 1961-2007- (2007-2016) 1990 2016 JANEIRO 119,7 144,6 229,8 +110,1 +85,2 FEVEREIRO 136,3 139,7 159,6 +23,3 +19,9 MARÇO 126,5 116,0 155,4 +28,9 +34,4 ABRIL 119,5 142,8 282,1 +162,6 +139,3 MAIO 108,1 124,5 411,2 +303,1 +286,7 JUNHO 116,3 143,9 136,2 +19,9-7,7 JULHO 139,7 160,4 12,2-127,5-148,2 AGOSTO 171 126,1 118,2-52,8-7,9 SETEMBRO 169,6 181,8 102,6-66,7-79,2 OUTUBRO 144,5 220,6 246,3 +101,8 +25,7 NOVEMBRO 124,6 152,5 196,0* 71,4 +43,5 DEZEMBRO 154,8 195,0 -- -- TOTAIS ANUAIS 1630,6 1847,9 1853,6 +419,0 +201,7 *Chuva acumulada até o dia 28 de novembro.
COMPORTAMENTO MENSAL DA PRECIPITAÇÃO EM 2017 PASSO FUNDO Valores em milímetro ANOMALIA CLIMATOLOGIA Média 10 anos (DESVIO) MESES 2017 (1961-1990) (2007-2016) 1961-2007- 1990 2016 JANEIRO 149,7 153,4 213,2 +63,5 +59,8 FEVEREIRO 165,8 137,6 188,2 +22,4 +50,6 MARÇO 134,9 138,4 180,8 +25,9 +42,4 ABRIL 99,7 121,3 296,5 +196,8 +175,2 MAIO 114,3 134,1 388,5 +264,2 +254,4 JUNHO 133,6 145,8 145,9 +12,3 +0,1 JULHO 161,8 197,2 19,5-142,3-177,7 AGOSTO 187,8 143,1 168,0-19,8 +24,9 SETEMBRO 197,7 171,2 66,0-131,7-105,2 OUTUBRO 152,9 212,2 275,8 +122,9 +63,6 NOVEMBRO 131,7 144,9 180,4 +48,7 +35,5 DEZEMBRO 173,2 172,1 -- -- TOTAIS ANUAIS 1803,1 1871,2 1942,4 +319,7 +251,6