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Transcrição:

RELATÓRIO icfo

SUMÁRIO MENSAGEM INICIAL 1. HIGHLIGHTS icfo 2 Trimestre de 2017 2. O ÍNDICE NACIONAL 3. O ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CFO icfo 4. RELATÓRIO ANALÍTICO A. Principais preocupações B. Expectativas macroeconômicas C. Perspectivas de investimentos D. Perspectivas de financiamentos E. Perspectivas de resultados Nível setor e nível empresa 1 2 3 5 5 6 7 10 12 5. APÊNDICE

MENSAGEM INICIAL A mensuração do nível de confiança de uma economia é um dos elementos centrais para o processo decisório de qualquer executivo. Sua formação se dá pela soma das confianças de todos os agentes econômicos, que são pessoas, empresas, governos nacionais e estrangeiros, que no conjunto de suas expectativas determinam um nível de confiança para sustentar suas ações. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e a Saint Paul Escola de Negócios, uniram representatividade e rigor técnico, e apresentaram a toda a comunidade de executivos de finanças e à sociedade brasileira o Índice de Confiança do CFO, o icfo. As primeiras edições tiveram a contribuição exclusiva e fundamental do IBEF-SP. É com grande satisfação que comunicamos que esta edição do 2º trimestre de 2017 passa a contar com respondentes do IBEF a nível nacional. Essa conquista reforça sobremaneira a importância e a representatividade do índice. A partir dessa edição, o icfo passa a contemplar portanto as expectativas dos CFOs de todo o país. Assim, o IBEF nacional e a Saint Paul cumprem seus respectivos propósitos, de contribuir com seus stakeholders e com a sociedade. Prof. Dr. José Cláudio Securato, Presidente da Saint Paul Escola de Negócios Prof. Dr. Adriano Mussa Diretor Acadêmico e de Pesquisas da Saint Paul Escola de Negócios

1. Highlights icfo 2º trimestre 2017 Esta edição traz uma relevante modificação ao icfo: a base de respondentes foi ampliada para outros Estados brasileiros além de São Paulo, e o índice passa a ter abrangência nacional. Entretanto, essa mudança não prejudica a análise da evolução histórica do índice, pois as expectativas em geral mostraram-se uniformes e consistentes. O icfo referente ao 1º trimestre de 2017 ficou no patamar de 117,7 pontos, dentro de uma escala que varia de 20 a 180, sendo 100 a neutralidade quanto à confiança dos CFOs. Verificase uma leve diminuição no nível de otimismo dos CFOs na comparação entre o 1º e o 2º trimestre de 2017, indo de 122,8 para 117,7 pontos. O nível de otimismo verificado para este trimestre está no mesmo patamar verificado no último trimestre de 2016. A leve queda nos níveis de otimismo indica forte influência dos acontecimentos econômicos e políticos ocorridos nos últimos meses: o choque de incerteza provocado pelas delações premiadas das operações da Polícia Federal e os sinais mistos de recuperação da atividade econômica parecem ter peso na tomada de decisão dos gestores. Em linha com a evidência mencionada acima, merece destaque que a preocupação dos CFOs retorna para as questões político-regulatórias. Essas preocupações, que vinham em constante queda ao longo dos últimos trimestres, retomam força. Nesta edição, esses foram os fatores que mais se destacaram em termos de evolução (preocupação com ambiente político, estrutura tributária, políticas governamentais e aspectos regulatórios), que em conjunto ocupam as preocupações dos CFOs com a frequência de 39,3%, com representatividade 22% maior àquela verificada para os mesmos quesitos no trimestre anterior. Apesar disso, expectativas em relação a algumas variáveis macroeconômicas melhoraram: houve, por exemplo, diminuição nas projeções de inflação agora com expectativa de que a inflação de 4,4% para os próximos 12 meses. Pela primeira vez na história do icfo, verificase que os CFOs esperam inflação abaixo da meta de inflação definida no país para o ano. No que se refere às expectativas quanto à Selic, esta também permanece em queda, chegando ao patamar de 8,7% (ante 9,5% no período anterior). Já para o PIB, espera-se crescimento de 0,6%, em linha com as expectativas apresentadas na edição anterior. Em relação às decisões corporativas, nota-se que os CFOs estão menos otimistas em relação ao ROE para os próximos 12 meses: 38,4% esperam manutenção de ROE (ante 28% no trimestre anterior) e 54,5% esperam aumento do ROE (ante 62%). Verificou-se que o aumento da base de respondentes pode ter contribuído nesse movimento, dado que os CFOs de outras regiões têm expectativas mais conservadoras do que aquelas verificadas para o estado de São Paulo. Esse conservadorismo regional também ocorreu de forma semelhante nas expectativas quanto às receitas futuras de suas empresas. Já no que se refere à variação de quadro de funcionários/terceiros, outras regiões estão mais expansionistas: em SP, 26% dos respondentes esperam reduzir quadros, enquanto em outras regiões apenas 10,5% esperam redução. No que diz respeito às fontes de financiamento, em linhas gerais não houve modificações na expectativa de uso de fontes de recursos para financiar os investimentos, com forte propensão ao uso de recursos próprios. Porém, destaca-se que com a ampliação da base de respondentes para nível nacional, observa-se uma concentração ainda maior de expectativa de uso de recursos em caixa, em detrimento de operações de captação nos mercados nacional e internacional, por empresas geograficamente mais distantes dos centros financeiros.

2. O Índice Nacional A edição do 2º trimestre de 2017 trouxe uma relevante modificação ao icfo. Com muita satisfação, a Saint Paul Escola de Negócios e o IBEF vêm comunicar que o icfo deixa de ser um índice de abrangência restrita ao estado de São Paulo, e passa a ser um índice de abrangência nacional, contando com o comprometimento não apenas do IBEF-SP, mas também do IBEF Nacional. Nesta edição foi possível contar com base de respondentes fora de São Paulo suficiente para construção de um índice com significância estatística para ser chamado de Nacional. Para as próximas edições, com a adesão de maior quantidade de respondentes do IBEF Nacional, espera-se que a participação de outras regiões cresça continuamente na formação do índice. O gráfico a seguir mostra a distribuição de respondentes dessa nova coleta, por macrorregião inclui-se o estado de São Paulo separadamente apenas para fins de comparação com amostras de edições anteriores: Distribuição Regional dos Respondentes 7% 15% 15% 64% São Paulo Sudeste (exceto SP) Sul Nordeste Com o objetivo de verificar se há variação significativa dentre as expectativas dos respondentes que compunham a edição anterior em comparação com a nova coleta de dados, esta seção apresenta os cálculos do icfo separadamente para as amostras de São Paulo versus Outros (grupo que compreende todos os demais estados). Nesse sentido, o gráfico a seguir apresenta o Índice de Confiança icfo bem como os seus respectivos componentes para as duas amostras, e mais a versão oficial considerando a base completa nacional.

Índice de Confiança do CFO - análise de amostras 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 117,7 117,7 117,9 117,2118,6114,9 114,9114,3 116,0 121,1 122,7 120,2 icfo icfom icfos icfoe Nacional - oficial São Paulo Outros O que mais chama a atenção é o fato de que as expectativas dos CFOs são bastante equilibradas não há diferença relevante independentemente de sua abrangência ser Paulista ou Nacional. Esta evidência é importante do ponto de vista metodológico, pois sustenta que houve uma ampliação de amostra para nível nacional sem que isso no entanto prejudique a análise da evolução histórica do índice. Dessa forma, pode-se continuar analisando a evolução do índice desde sua primeira edição, sem qualquer porém. Esse resultado já era esperado quando se analisa o componente Macroeconômico do icfo (icfo M), pois este, por definição, contém um fator nacional de peso que contribui para que as expectativas sejam convergentes, independentemente do Estado dos respondentes. No entanto, seria aceitável encontrar diferenças nas expectativas dos CFOs quando analisando a confiança em nível setorial e empresarial, dado que é possível que haja questões regionais que influenciem as opiniões dos gestores. O alto nível de equilíbrio verificado para o índice é um sinal de que as expectativas dos CFOs para os próximos 12 meses tanto em nível macroeconômico, como setorial e empresarial são convergentes para as diferentes regiões que participaram da pesquisa, não havendo diferenças significativas. Comentários adicionais a respeito das diferenças regionais encontram-se no Apêndice, ao final do relatório. 3. O índice de confiança do CFO - icfo O icfo tem como objetivo captar a confiança dos CFOs quanto ao desempenho futuro do país e dos negócios no Brasil. Para tanto são verificadas as suas expectativas quanto a

macroeconomia, o seu setor de atuação e a sua empresa de atuação, para os próximos 12 meses. A periodicidade do icfo é trimestral e essa edição refere-se ao segundo trimestre de 2017. 180,0 Índice de Confiança do CFO - icfo 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 117,4 122,8 107,6 117,7 87,4 93,0 icfo - 1T16 icfo - 2T16 icfo - 3T16 icfo - 4T16 icfo - 1T17 icfo - 2T17 O icfo referente ao 2º trimestre de 2017 ficou no patamar de 117,7 pontos, dentro de uma escala que varia de 20 a 180, sendo 100 a neutralidade quanto à confiança dos CFOs. Verifica-se uma leve piora no nível de otimismo dos CFOs entre o 1º e o 2º trimestre do ano de 2017, indo de 122,8 para 117,7 pontos. Verifica-se que o leve otimismo que havia sido conquistado no primeiro trimestre de 2017 foi cancelado nesta edição, com a confiança do CFO voltando para patamar equivalente àquele do 4º trimestre de 2016. Apesar disso, a evolução do icfo desde a primeira edição, referente ao 1º trimestre de 2016, indica uma tendência de alta na confiança. O crescimento médio do índice ficou em 6,2% (CAGR do icfo desde o primeiro trimestre de 2016). Nota-se, portanto, que o CFO permanece otimista em relação ao desempenho do futuro do país, setor e empresa para os próximos 12 meses. O icfo é composto por 3 diferentes indicadores, que têm o objetivo de capturar 3 distintas dimensões da percepção da confiança dos respondentes: i. icfo M: índice de confiança em relação à macroeconomia; ii. icfo S: índice de confiança em relação ao setor de atuação de sua empresa; iii. icfo E: índice de confiança em relação à empresa em que atua.

icfo: Macroeconomia, Setor e Empresa 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 122,3 123,0 126,0 121,1 118,9 112,2 113,6 121,2 117,2 121,3 99,5 115,6 114,9 91,5 92,8 107,8 75,3 43,8 icfo - 1T16 icfo - 2T16 icfo - 3T16 icfo - 4T16 icfo - 1T17 icfo - 2T17 icfom icfos icfoe icfo - 2T16 icfo - 3T16 icfo - 4T16 icfo - 1T17 icfo - 2T17 icfo 93,0 107,6 117,4 122,8 117,7 icfom 75,3 92,8 113,6 121,2 117,2 icfos 91,5 107,8 115,6 121,3 114,9 icfoe 112,2 122,3 123,0 126,0 121,1 O gráfico acima apresenta as magnitudes dos três componentes do icfo, bem como sua evolução em relação às edições anteriores. Com base na análise do gráfico, percebe-se que todos os componentes do icfo tiveram variação negativa no período na comparação com o trimestre anterior. Entretanto, percebe-se certa estabilidade na percepção dos CFOs quando observados os últimos três trimestres. Pelo terceiro trimestre consecutivo, os três componentes do icfo encontram-se em estágio otimista - as perspectivas para os próximos 12 meses encontram-se acima da neutralidade (100 pontos) no que se refere à economia, setor e também empresa, reforçando o otimismo continuado dos CFOs, ainda que em ligeira menor intensidade. O componente icfo M demonstra ligeira piora no otimismo em comparação com o trimestre anterior. Entretanto, desde a primeira edição referente ao 1º trimestre de 2016, nota-se o indicador indo de 43,8 para 117,2 (2º trimestre de 2017), em um crescimento médio ao trimestre de 21,8%, extremamente elevado. A retomada da confiança verificada nos últimos três semestres mostra sinais de estagnação, possivelmente devido à deterioração do quadro político e ao constante incerteza em relação à atividade econômica. Para a avaliação dos CFOs quanto ao desempenho futuro do setor em que atuam, nota-se também uma piora no patamar do indicador, que passou de 121,3 para 114,9 na comparação com o 1º trimestre do ano, retornando a patamar similar ao verificado no 4º trimestre de 2016.

Por fim, para o componente relacionado ao desempenho das empresas, o icfo E, verifica-se também uma queda, com o índice passando dos 126 para 121,1 pontos. Reitera-se aqui a parada no crescimento dos níveis de confiança que vinha se configurando desde a primeira edição do índice. As expectativas dos CFOs com relação ao setor que atuam e a própria empresa são as mais baixas desde o índice verificado no 3º trimestre de 2016, muito possivelmente em função do choque de incerteza causado pelas delações premiadas das operações da Polícia Federal divulgadas no mês de maio de 2017 e pelos sinais mistos de recuperação da atividade econômica evidenciados no trimestre. 4. Relatório analítico A. Principais preocupações da liderança Preocupações da Liderança Demanda mercado interno Ambiente Político Estrutura tributária Competitividade e atuação da concorrência Políticas governamentais / setoriais Câmbio Aspectos regulatórios Atração, retenção e motivação de talentos Custo da mão-de-obra Juros Acesso a recursos financeiros (funding) Liquidez Custo dos insumos Inflação Demanda mercado externo 7,2% 6,2% 6,2% 5,9% 5,6% 4,6% 4,3% 3,0% 2,0% 1,3% 1,0% 10,5% 9,5% 15,4% 17,4% No 2º trimestre de 2017 foram verificadas algumas modificações relevantes nas preocupações da liderança quando comparadas às do 1º trimestre do mesmo ano. As principais foram: i. Verificou-se um aumento significativo nas preocupações com relação ao ambiente político, com este componente passando da quarta para a segunda colocação. As preocupações com as políticas governamentais e setoriais, por sua vez, passaram da décima para a quinta colocação. Quando analisando em conjunto os quesitos de preocupação com ambiente político, estrutura tributária, políticas governamentais e aspectos regulatórios que constituem as preocupações político-regulatórias dos CFOs verifica-se que essas preocupações aparecem com frequência de 39,3% para os respondentes, com representatividade 22% superior

àquela verificada para os mesmos quesitos no trimestre anterior. Em conjunto, esses fatores indicam bastante correlação com a deterioração da conjuntura política recente no país, deflagrada especialmente pelas delações premiadas nas operações da Polícia Federal e seu impacto direto no aumento das incertezas. Os sinais mistos de recuperação da economia também parecem contribuem para esse cenário. ii. As preocupações com o custo da mão-de-obra passaram da quinta para a nona colocação, o que talvez possa ser um reflexo das perspectivas de aprovação da reforma trabalhista pode ter impactado positivamente as percepções dos CFOs. iii. As preocupações com a demanda do mercado interno continuam a figurar em primeiro lugar, o que vem sendo uma evidência consistente ao longo das edições do icfo. B. Expectativas macroeconômicas Resultados 2º trimestre 2017 Resultados 1º trimestre 2017 IPCA Taxa de Câmbio (R$/US$) Selic Meta PIB IPCA Taxa de Câmbio (R$/US$) Selic Meta PIB MÉDIA 4,4% 3,30 8,7% 0,6% 4,7% 3,24 9,5% 0,6% DESVIO 1,6% 0,5 1,7% 0,7% 1,0% 0,2 1,0% 0,6% COEFICIENTE DE VARIAÇÃO 0,4 0,1 0,2 1,2 0,2 0,0 0,1 0,9 As expectativas com relação à inflação e à taxa de juros mantém o ritmo de queda, acompanhando a tendência já estabelecida nos últimos trimestres. As expectativas para o crescimento do PIB, entretanto, permanecem estáveis na comparação com o trimestre anterior, no patamar de 0,6%, apesar do ligeiro maior coeficiente de variação nas respostas. Entretanto, ao contrário do que foi verificado no último relatório, quando nenhum CFO apresentou expectativa de redução no PIB, para este trimestre 5% dos respondentes projetam redução no PIB e 13,5% acreditam que neste ano o país não apresentará crescimento econômico. As expectativas para a SELIC corroboram a tendência de queda na taxa de juros verificada ao longo dos últimos meses, e vale destacar que este é o segundo trimestre consecutivo em que as expectativas de juros permaneceram abaixo de dois dígitos. As expectativas para a taxa de câmbio passaram de R$3,24 no primeiro semestre de 2017 para R$3,30 no segundo. Essa variação é pouco significativa, o que sugere certa manutenção nas expectativas dos CFOs quanto ao câmbio.

C. Perspectivas de investimentos I. Fatores determinantes nas decisões de investimentos Crescimento do mercado interno Carga tributária Custo Operacional Aspectos regulatórios Taxa de Juros (Selic Meta) Risco de Crédito Taxa de câmbio Risco Brasil Taxa de Inflação Crescimento do mercado externo Taxa de juros do mercado internacional 7% 4% 11% 5% 18% 4% 20% 10% 23% 60% 18% 23% 57% 19% 25% 56% 18% 22% 50% 27% 37% 47% 17% 29% 29% 42% 25% 28% 46% 89% 84% 78% 70% Muito Importante / Importante Média Importância Pouca importância / Sem importância Os principais fatores determinantes nas decisões de investimentos sofreram poucas modificações em relação à edição anterior da pesquisa, e os 4 fatores mais relevantes para mais de 70% dos respondentes continuam sendo: Crescimento do mercado interno, Custo Operacional, Carga tributária e Aspectos regulatórios. Destaca-se novamente a importância e a preocupação das empresas quanto a fatores relacionados a intervenções governamentais na economia real (Carga tributária e Aspectos regulatórios), que estão dentre as 4 maiores preocupações, com consistência ao longo de todas as edições da pesquisa. Apesar das incertezas, ressalta-se a ligeira queda da preocupação quanto ao risco soberano, uma vez que Risco Brasil passou a ser indicado como muito importante por 50% dos respondentes, ante 55% do trimestre anterior. As preocupações com aumento de carga tributária aumentaram consideravelmente: 84% dos respondentes consideraram esse fator como muito importante para as decisões de investimento no 2º trimestre de 2017, ante 75% verificados no trimestre anterior. Considera-se que as preocupações com elevação de carga tributária são justificadas, pois o Governo Federal deve anunciar aumento de impostos em breve para tentar cumprir a meta fiscal de 2017, efeito que já vem sendo antecipado pelos CFOs.

II. Destino dos investimentos Investimento em TI 9,2% 6,8% 6,5% 20,7% Ampliação da capacidade instalada Novas linhas / unidades de negócios Pesquisa e desenvolvimento (P&D) 11,3% 17,9% Outro 13,7% 13,9% Aquisição/modificações de terrenos, imóveis e veículos Fusões e aquisições Abertura de novas unidades/lojas O gráfico acima mostra que a expectativa dos CFOs quanto ao destino dos investimentos apresenta relativa pulverização, o que é condizente com a formação da base de respondentes, composta por empresas dos mais diferentes segmentos da economia, com maior peso do setor de serviços. As principais considerações a esse respeito são: O primeiro destino dos investimentos passou a ser em Tecnologia da Informação, com 20,69% das frequências. Se considerarmos esse efeito em conjunto com Pesquisa e Desenvolvimento, chega-se à intenção de destinar 34,41% dos recursos para aumento de produtividade ou maior eficiência, uma preocupação bastante justificada em tempos de turbulência da atividade econômica. Essa evidência também é consistente quando comparando com as expectativas de edições anteriores da pesquisa. O segundo lugar para destino de recursos refere-se a ampliação de capacidade instalada, com 17,92% de frequência. Seguindo o padrão estabelecido em edições anteriores, os primeiro e segundo lugar (TI e Capacidade instalada) se mantém dentre as 2 primeiras posições em destinos dos investimentos. A destinação de recursos para abertura de novas lojas (o que não deixa de ser um tipo de ampliação de capacidade), entretanto, ganhou representatividade, passando de 3,1% no 4º trimestre de 2016 para 6,5% no 2º trimestre de 2017. Por fim chama a atenção a maior destinação de recursos para Fusões e Aquisições, com 6,76% dos destinos no 2º trimestre de 2017, ante 4,00% no trimestre anterior. Essa variação indica um aumento nas expectativas de investimentos dessa natureza, o que pode representar um indício de retomada das operações no Mercado de Capitais, ainda que as perspectivas de captação estejam mais tímidas do que o esperado no início de 2017.

17,6% 20,8% 19,8% 20,5% 23,2% 26,6% 26,7% 23,7% 28,7% 39,1% 37,7% 55,8% 52,5% 50,8% 56,5% RELATÓRIO icfo Esses efeitos e demais variações em relação à mesma pesquisa no trimestre anterior podem ser analisados na tabela a seguir, que sintetiza as principais considerações. DESTINO DOS INVESTIMENTOS 2T17 1T17 Variação Investimento em TI 20,7% 21,7% -1,0 p.p. Ampliação da capacidade instalada 17,9% 22,0% -4,1 p.p. Novas linhas / unidades de negócios 13,9% 13,9% 0,0 p.p. Pesquisa e desenvolvimento (P&D) 13,7% 13,8% -0,1 p.p. Outros 11,3% 14,6% -3,3 p.p. Aquisição/modificações de terrenos, imóveis e veículos 9,2% 5,0% 4,2 p.p. Fusões e aquisições 6,8% 4,0% 2,8 p.p. Abertura de novas unidades/lojas 6,5% 4,9% 1,6 p.p. III. Variações no quadro de funcionários e terceiros O gráfico a seguir compara as expectativas de variação no quadro de funcionários / terceirizados. Expectativa de variação do quadro de funcionários/terceiros Redução Manutenção Aumento 2º trim16 3º trim16 4º trim16 1º trim17 2º trim17 Neste quesito verifica-se certa estabilidade das expectativas quando comparados os resultados da pesquisa nos trimestres anteriores, havendo apenas ligeiro aumento de otimismo indicando leve retomada de contratações. Os CFOs mantiveram uma postura neutra em relação ao quadro de funcionários. Esse perfil de manutenção nos quadros pode estar associado ao elevado nível de incertezas já mencionado anteriormente.

D. Perspectivas de financiamentos I. Origens de recursos para o Financiamento dos Investimentos (CAPEX) Origem de recursos para o financiamento dos investimentos (CAPEX) Recursos em caixa 27,0% Reinvestimentos de lucros 21,2% Empréstimos bancários 17,8% Aportes de capital de sócios 14,1% Operações estruturadas Emissões de dívidas no mercado doméstico 6,6% 8,7% Emissões de dívidas no mercado internacional 4,1% Emissões de ações no mercado doméstico Emissões de ações no mercado internacional 0,4% 0,0% Em relação às fontes de financiamentos, ao se somar Reinvestimentos de lucros, Aporte de capital dos sócios e emissões de ações, totaliza-se 35,7% das frequências totais, indicando que o uso de capital próprio é a primeira opção que mais aparece nas respostas dos CFOs como fontes de financiamentos dos investimentos para os próximos doze meses. O número é estável em relação à edição anterior, de 36%. Os endividamentos (Emissões de dívidas nos mercados locais e internacionais com Empréstimos bancários) se encontram na segunda posição, com 28,5% das frequências de origem de recursos para financiamento dos investimentos (ante 28,7% na edição anterior). Por fim, verifica-se ligeiro aumento na perspectiva de uso de Recursos em caixa, com 27,0% das frequências (ante 25,7%), e ligeira diminuição das Operações estruturadas, com 8,7% (ante 9,6%). Em linhas gerais, portanto, pode-se afirmar que as estratégias de financiamento dos CFOs se mantiveram constantes em relação ao trimestre anterior. ORIGEM DOS INVESTIMENTOS 2T17 1T17 Variação Recursos em caixa 27,0% 25,7% 1,3 p.p. Reinvestimentos de lucros 21,2% 22,1% -0,9 p.p. Empréstimos bancários 17,8% 19,1% -1,3 p.p. Aportes de capital de sócios 14,1% 13,2% 0,9 p.p. Operações estruturadas 8,7% 9,6% -0,9 p.p. Emissões de dívidas no mercado doméstico 6,6% 6,6% 0,0 p.p. Emissões de dívidas no mercado internacional 4,1% 2,9% 1,2 p.p. Emissões de ações no mercado doméstico 0,4% 0,7% -0,3 p.p. Emissões de ações no mercado internacional 0,0% 0,0% 0,0 p.p.

Conforme já ressaltado em edições anteriores, o fato do uso de Recursos em caixa e o uso de capital próprio somarem 62,7% das expectativas de usos de fontes de financiamentos (ante 61,8% na edição anterior) pode ser entendido como um importante sinalizador do conservadorismo nas decisões de estrutura de financiamento de projetos para os próximos períodos. No que se refere ao custo do endividamento, uma parcela ligeiramente maior dos gestores prevê seu aumento para os próximos 12 meses, quando comparando aos últimos dois trimestres. Ainda assim, como a maior parte dos respondentes (82,1%) esperam manutenção ou redução no custo de capital, pode-se entender que os CFOs esperam que o menor patamar de taxas de juros para os próximos 12 meses tenda a se refletir no curto prazo em redução do custo de capital das empresas. Dessa forma, nota-se ligeira deterioração no perfil das expectativas em relação ao endividamento quando comparando ao trimestre anterior, mas reforçamos que os CFOs ainda se mantêm otimistas nesse sentido. Custo do Endividamento 32,50% 17,9% 13,6% 7,8% 51,0% 47,7% 42,50% 44,0% 41,2% 38,6% 38,1% 25,00% Aumento Manutenção Redução icfo - 3º trim 16 icfo - 4º trim 16 icfo - 1º trim 17 icfo - 2º trim 17 E. Perspectivas de resultados nível setor e nível empresa O gráfico a seguir contrastam as perspectivas dos CFOs verificadas na pesquisa referente ao 2º trimestre de 2017 com aquelas referentes ao 1º trimestre de 2017:

Receitas - Setor 63,6% 55,3% 27,3% 34,0% 9,1% 10,7% Redução Manutenção Aumento icfo - 1º trim 17 icfo - 2º trim 17 O nível de confiança dos CFOs quanto às expectativas para as receitas em nível setorial dos próximos 12 meses apresentou relativa diminuição: uma maior parte dos respondentes projeta manutenção do nível de receitas do setor (34,0% ante 27,3% no trimestre anterior) e uma menor porcentagem projeta aumento (55,3% ante 63,6% no trimestre anterior). A ligeira diminuição nos níveis de otimismo pode estar relacionada ao aumento das incertezas em relação a atividade econômica, conforme vem sendo mencionado ao longo deste relatório. Ainda assim, ressalta-se a postura otimista dos CFOs, que em geral esperam expansão de seus setores de atuação nos próximos 12 meses. No que se refere às expectativas quanto às receitas das suas empresas de atuação para os próximos 12 meses, nota-se que não há modificação relevante quando comparando com os resultados do trimestre anterior. Os CFOs ainda se mantêm fortemente otimistas, com 68% esperando aumento das receitas de suas empresas, 20,4% esperando manutenção, e apenas 11,7% esperando decréscimo. Receitas - Empresa 70,9% 68,0% Nível de Preços 38,2% 52,4% 52,7% 36,9% 9,1% 11,7% 20,0% 20,4% 9,1% 10,7% Redução Manutenção Aumento icfo - 1º trim 17 icfo - 2º trim 17 Redução Manutenção Aumento icfo - 1º trim 17 icfo - 2º trim 17 Um efeito chama especial atenção, no que se refere ao nível de preços esperados para os próximos 12 meses. Na comparação com o 1º trimestre de 2017, uma parcela significativa dos CFOs passou a projetar manutenção no nível de preços (52,4% ante 38,2%), e a parcela de respondentes projetando algum aumento diminuiu

consideravelmente (36,9% ante 52,7%). Essa projeção condiz com as menores expectativas de inflação para os próximos 12 meses, já mencionada anteriormente. Além disso, chama a atenção que esta foi a primeira edição do icfo desde seu lançamento em que a expectativa de manutenção no nível de preços superou as expectativas de aumento. No que se refere a ROE, houve um aumento significativo na proporção de respondentes que esperam manutenção do ROE (38,4% ante 28,0%), e a parcela de gestores que projetam aumento de rentabilidade caiu 8,6% (54,5% ante 62,0%). Apesar disso, a quantidade de respondentes pessimistas nesse quesito diminuiu: enquanto no 1º trimestre de 2017 10% dos gestores projetava uma redução na rentabilidade, no 2º trimestre de 2017 apenas 7,1% o fazem. Return on Equity - ROE 55,40% 62,0% 54,5% 39,30% 38,4% 28,0% 5,40% 10,0% 7,1% Redução Manutenção Aumento icfo - 4º trim 16 icfo - 1º trim 17 icfo - 2º trim 17

5. Apêndice Conforme mencionado na segunda seção do relatório, a partir desta edição houve mudança na coleta de dados para o icfo, com a inclusão das opiniões de gestores de empresas situadas em diferentes Estados brasileiros. Desta forma, todos os itens relevantes da pesquisa foram analisados considerando dois cortes da base de dados: São Paulo versus outros Estados. Fez-se esta análise com o objetivo de verificar se houve alguma variação representativa e que merecesse destaque. Além de pequenas diferenças de menor impacto, chamam a atenção os pontos destacados a seguir. Expectativas quanto a quadro de colaboradores/terceirizados: gestores de outros Estados estão em média mais otimistas do que os gestores de São Paulo, indicando menor intenção de redução do que os paulistas, e maior intenção de manutenção ou aumento de quadros. Essa diferença pode estar relacionada às diferenças de custo da mão-de-obra entre São Paulo e as outras localidades. 60,0% 50,0% Expectativa de variação de quadro de funcionários/terceirzados (São Paulo e outros Estados) 47,4% 57,1% 40,0% 30,0% 26,0% 26,6% 32,4% 20,0% 10,0% 0,0% 10,5% Redução Manutenção Aumento São Paulo Outros Expectativas quanto às receitas de suas empresas: percebe-se mais conservadorismo em regiões mais afastadas de grandes centros financeiros.

Receitas - Empresa (São Paulo e Outros Estados) 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 72,7% 59,5% 30,0% 20,0% 10,0% 9,1% 16,2% 18,2% 24,3% 0,0% Redução Manutenção Aumento São Paulo Outros Expectativas quanto à margem EBITDA: novamente, percebe-se mais conservadorismo de regiões mais afastadas de grandes centros financeiros. Margem Ebitda (São Paulo e Outros Estados) 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 68,8% 52,8% 38,9% 23,4% 7,8% 8,3% Redução Manutenção Aumento São Paulo Outros Expectativas quanto ao ROE: também nesse quesito, maior nível de otimismo verificado no estado de São Paulo.

60,0% 50,0% ROE (São Paulo e Outros Estados) 44,4% 57,1% 50,0% 40,0% 34,9% 30,0% 20,0% 10,0% 7,9% 5,6% 0,0% Redução Manutenção Aumento São Paulo Outros Destinos de investimentos: respondentes do estado de São Paulo atribuem maior importância a operações de Fusões e Aquisições do que respondentes dos demais estados e regiões o que pode ser considerado condizente com o maior porte das empresas do Estado. Destino dos Investimentos (São Paulo e Outros Estados) Investimento em TI Ampliação da capacidade instalada Novas linhas / unidades de negócios Pesquisa e desenvolvimento (P&D) Outro Abertura de novas unidades/lojas Aquisição/modificações de terrenos, Fusões e aquisições 16% 14% 14% 12% 15% 10% 12% 5% 8% 6% 11% 5% 8% 19% 21% 23% São Paulo Outros Origens de financiamentos: para São Paulo, os empréstimos bancários são a 2ª origem de recursos para os próximos 12 meses. Já para os demais estados, essa opção aparece na 5ª posição (atrás de aportes de capital dos sócios e reinvestimento dos lucros). Além disso, origens de recursos relacionadas ao mercado de capitais (emissão de ações e debêntures) são consideradas praticamente irrelevantes nos demais estados, enquanto em São Paulo têm ligeira relevância.

Origem de recursos para o financiamento dos investimentos (CAPEX) (São Paulo e Outros Estados) Recursos em caixa Empréstimos bancários Reinvestimentos de lucros Aportes de capital de sócios Operações estruturadas Emissões de dívidas no mercado doméstico Emissões de dívidas no mercado internacional Emissões de ações no mercado doméstico 0,0% 0,6% 0,0% 12,3% 11,9% 9,4% 7,4% 7,5% 4,9% 6,3% 18,1% 18,5% 20,6% 25,6% 29,6% 27,2% Emissões de ações no mercado internacional 0,0% São Paulo Outros Nos demais quesitos não mencionados acima, as expectativas para São Paulo ou demais estados estão equilibradas, sem diferenças relevantes que mereçam destaque especial. Nesta edição, por hora, ainda não houve contribuição estatisticamente significante de outros estados individualmente para que fosse possível analisar o índice por Estado. Para as próximas edições, espera-se que seja possível analisar os resultados da pesquisa para cortes estaduais ou regionais com maior nível de detalhes, condicionado ao crescimento das bases de respondentes regionais.

COORDENAÇÃO Prof. Dr. Adriano Mussa, sócio e diretor acadêmico e de pesquisas da Saint Paul Escola de Negócios Rubens Batista Junior, vice-presidente de comunicação e marketing do IBEF SP EQUIPE Prof. Me. André Nardy Profa. Me. Bianca Piloto Sincerre Profa. Dra. Bruna Losada Pereira Profa. Me. Eliane Teixeira Profa. Me. Mariana Calabrez Oreng Prof. Dr. Sydnei Marssal Contato: pesquisa@saintpaul.com.br