MAPEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NA MICROBACIA DO RIO LAMBARI, MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS - MG

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Transcrição:

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG MAPEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NA MICROBACIA DO RIO LAMBARI, MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS - MG Thomaz Alvisi de OLIVEIRA 1 ; Allan Arantes PEREIRA 1 Mireile Reis dos SANTOS 1 ; Kaio Cesar da SILVA 2 RESUMO O objetivo deste trabalho foi mapear o uso e ocupação da terra na microbacia do rio Lambari, contextualizada no município de Poços de Caldas, sul do estado de Minas Gerais. Este trabalho é parte do projeto Indicadores de Sustentabilidade da Bacia do Rio Lambari que visa avaliar a sustentabilidade em agroecossitemas dos agricultores familiar desta região, produtores de café. Os resultados ora apresentados complementam os índices indicativos das áreas de preservação permanente e uso e ocupação da terra. INTRODUÇÃO A expansão das fronteiras agropecuárias têm aumentado significativamente a fragmentação dos ecossistemas florestais. Estes ecossistemas sofrem pressão por parte do setor agropecuário sendo, portanto, alvo de preocupação constante por parte de pesquisadores ambientais, seja em termos de preservação do patrimônio genético e da diversidade biológica ou no estabelecimento de estratégias de manejo e exploração comercial sustentável. Esta preocupação tem sido transmitida à sociedade pela comunidade científica por meio de estudos e projetos que salientam a importância da proteção dos remanescentes florestais como últimos redutos para a manutenção de populações naturais e sua diversidade genética, temática recorrente nos trabalhos voltados ao planejamento ambiental. Neste sentido, o mapeamento do uso e ocupação da terra é uma das possibilidades ao planejamento do ambiente, conforme o objetivo que se deseja alcançar. Apoiado pela classificação digital de imagens de satélite e técnicas de 1 Docentes do IFSULDEMINAS Câmpus Poços de Caldas/MG, email: allan.pereira@ifs.ifsuldeminas.edu.br; thomaz.oliveira@ifs.ifsuldeminas.edu.br; mireile.santos@ifs.ifsuldeminas.edu.br 2 Aluno do curso Técnico em Meio Ambiente do IFSULDEMINAS CAMPUS Poços de Caldas/MG

geoprocessamento, esses trabalhos têm sido cada vez mais eficazes no que tange aos diagnósticos e prognósticos orientados à determinada área. Entre as vantagens desta técnica, destaca-se a possibilidade de incorporar os dados em um sistema de informações geográficas e utilizá-las posteriormente, a fim de promover um monitoramento ambiental dessas áreas. Assim, o objetivo deste trabalho foi classificar o uso e ocupação da terra na microbacia do rio Lambari, subsidiada pela utilização de técnicas de sensoriamento remoto, como subsídio para o planejamento ambiental desta área. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo: A área de estudo deste projeto é a microbacia do rio Lambari, localizada no município de Poços de Caldas, sul do estado de Minas Gerais. (Figura 1) Figura 1 Contexto locacional da bacia hidrográfica do rio Lambari, junto ao município de Poços de Caldas e ao estado de Minas Gerais. A área tem uma extensão territorial de 5.824,5 ha e é caracterizada pela atividade predominante de cafeicultura. Os remanescentes florestais são característicos do domínio do bioma mata atlântica e a fitofisionomia é pertencente à floresta estacional semidecidual (CARVALHO e SCOLFORO, 2008), assentada por sobre terrenos alçados a altitudes que variam de 870 m a 1598 m.

Mapa do uso e ocupação da terra. As informações sobre o uso e ocupação do da terra foram obtidas por meio do processamento digital de imagens provenientes do satélite RapidEye, com resolução espacial e 6,5 m e um pixel de 5x5m depois de orto-retificado. O tempo de revisita deste satélite é de um dia (off-nadir) e 5,5 dias (nadir). O sensor é multiespectral com cinco bandas (Red, Green, Blue, Red-Edge, Near IR) e a resolução radiométrica das imagens é de 12 bits. (FELIX et al., 2009). As imagens RapidEye são comercializadas com pré-tratamento de correção geométrica de alta precisão (REIS, 2012) e foram adquiridas junto ao Laboratório de Manejo Florestal da Universidade Federal de Lavras por meio de uma parceria com o IFSULDEMINAS Campus Poços de Caldas. A imagem é um recorte da bacia do rio lambari na cena 2329008, de 23 de maio de 2010. O mapeamento da cobertura e uso da terra foi obtido através da classificação orientada a objeto, por meio do software ENVIZOOM 4.7. Para a segmentação da imagem, utilizou-se a ferramenta Feature Extration que utiliza critérios de escala de homogeneidade entre os pixels, a fim de segmentar e delimitar os objetos com características de reflectância semelhantes. Após a segmentação, foram coletadas amostras dos objetos e aplicado o algoritmo de vizinho mais próximo, com base nas características espectrais das cinco bandas e o NDVI de cada objeto. As classes de interesse deste trabalho são: café, floresta nativa, eucalipto, curso d água e outros (pastagem, lavoura, benfeitorias, estradas, etc). As etapas do processamento de dados estão ilustradas na Figura 2. Figura 2: Fluxograma da metodologia de classificação da bacia do rio Lambari.

RESULTADOS E DISCUSSÃO A classificação das imagens e posterior refinamento dos dados resultou no mapa de uso e ocupação da terra, apresentado pela Figura 3. Figura 3: Mapa de uso e ocupação da terra na bacia hidrográfica do rio Lambari, Poços de Caldas-MG. Segundo o mapeamento da área, a principal ocupação da terra está na classe outros, representada por pastagem, benfeitorias, lavouras, estradas. Esta área representa 2.689 ha. Os remanescentes de Florestas nativas correspondem a segunda maior classe de ocupação da terra, com um total de 1.815 ha. Pelo mapa, podemos observar que a maior concentração de Florestas nativas se encontra na porção oeste da bacia, enquanto que a parte leste é a mais defasada.

O café é a principal atividade agrícola da região, ocupando uma área de 1.259 ha. Esta informação pode auxiliar na previsão de safra da região. Um acompanhamento das áreas de cafezais ao longo do tempo pode subsidiar algumas análises, como a sazonalização das áreas de plantio, em função da oscilação no preço do café. O reflorestamento se encontra restrito à porção sudeste da bacia, correspondendo a uma área de 197 ha. A silvicultura é uma atividade crescente no município de Poços de Caldas, podendo este número aumentar ao decorrer do tempo. Trabalhos complementares visando o monitoramento desta área poderão corroborar com esta hipótese. A Tabela 1 mostra as classes de uso da terra bem como suas respectivas áreas de ocupação na bacia do rio Lambari. Tabela 1: Classes de usos da terra da bacia do rio Lambari e suas áreas de ocupação. Classes de Uso da Terra Área em ha Classe Outros 2689 Floresta Nativa 1815 Cafezais 1259 Reflorestamento 197 CONCLUSÕES Através de técnicas de classificação digital de imagens, foi possível mapear o uso e ocupação da terra. Estes dados devem ser utilizados para a análise da sustentabilidade em agroecossistemas dos produtores rurais familiares da bacia do rio Lambari. As etapas subsequentes preveem o mapeamento das áreas de preservação permanente e a verificação dos usos conflitivos na unidade de área analisada e a suscetibilidade ambiental da bacia com uma análise integrada do uso e ocupação do solo e o relevo. AGRADECIMENTOS Nossos agradecimentos a EMATER Unidade VerdeMinas pela parceria na realização deste trabalho e ao IFSULDEMINAS pelo apoio financeiro que possibilitou a execução do mesmo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, L. M. T.; SCOLFORO, J. R. S. Inventario florestal de Minas Gerais: monitoramento da flora nativa 2005-2007. Lavras: UFLA, 2008. 318 p. FELIX, I. M.; KAZMIERCZAK, M. L.; ESPINDOLA, Rapid e a nova gera o de satélites de bserva o da erra n imp sio Brasileiro de ensoriamento Remoto (SBSR), 14, 2009, Natal. Anais eletrônicos, rtigos, p - ispon vel em http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr%4080/2008/11.17.14.18/doc/7619-7622.pdf>. Acesso em: 11 de agosto. 2013. REIS, Aliny Aparecida dos et al. Land use and occupation analysis of Permanent Preservation Areas in Lavras County, MG. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 36, n. 3, p.300-308, 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s1413-70542012000300005>. Acesso em: 15 ago. 2013.