MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN AUDITORIA GERAL

Documentos relacionados
AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO - CESSÃO DE SERVIDOR

Cessão e requisição de servidor público federal

Movimentação Externa Temporária - Disposição

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998

RELATÓRIO FINAL DE AUDITORIA. Superintendência de Gestão de Pessoas - SUGEPE

Medida Provisória nº de de 2008

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

DECRETO Nº /2015 DE 05 DE JANEIRO DE O Prefeito Municipal de Querência - MT, no uso de suas

ORIENTAÇÃO NORMATIVA SRH Nº 2, DE 23 DE FEVEREIRO DE CAPÍTULO I DO DIREITO E DA CONCESSÃO

RH EM AÇÃO INFORMATIVO Nº 01

Contribuição Sindical. Conceito

REGULAMENTO/COGEP Nº 001, DE 1º DE JUNHO DE ª Edição Atualizada em 29 de janeiro de 2013.

ORIENTAÇÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS NO ÂMBITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº. 01/2013

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

NORMA PROCEDIMENTAL PROGRAMAÇÃO, REPROGRAMAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE FÉRIAS. Servidores docentes e técnico-administrativos da UFTM.

AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04, DE 20 DE OUTUBRO DE 2014.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS

NORMA DE FÉRIAS. RES. nº 1628/09. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

AGÊNCIA REGULADORA DE ÁGUAS, ENERGIA E SANEAMENTO BÁSICO DO DISTRITO FEDERAL PUBLICADA NO BOLETIM ADMINISTRATIVO Nº 03, DE 02/02/2015, PÁGINAS 03 A 08

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO GABINETE

DECRETO nº de

Informações sobre afastamento para qualificação e licença para capacitação

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR

FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

CHAMADA PÚBLICA 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE MATINHOS Estado do Paraná CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Secretaria de Recursos Humanos

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

LEI N 7.350, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2000 D.O

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL GOIÂNIA ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

RESOLUÇÃO N 49, DE 27 DE SETEMBRO DE 2012

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA GOVERNADORIA

RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÂO DEL REI Secretaria Municipal de ADMINISTRAÇÃO Departamento de Recursos Humanos

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 06/2003 DG/DNIT DO DIREITO E DA CONCESSÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 85, DE 26 DE JULHO DE 2010

PORTARIA RIOPREVIDÊNCIA Nº. 148 DE 09 DE FEVEREIRO DE 2009.

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013.

REGULAMENTO PARA CONCESSÃO DE BOLSA DE ESTUDO - UNISUL

Instrução Normativa PROEX/IFRS nº 13, de 17 de dezembro de 2013.

Ao Colendo Plenário. A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Canoas apresenta o seguinte projeto de resolução:

DECRETO Nº 524, DE 02 DE JULHO DE 2003.

NORMA DE FÉRIAS - NOR 304

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011

Sistema de Concessão de Diárias e Passagens - SCDP. Operacionalização - Solicitação de Viagem

PORTARIA NORMATIVA Nº 199 / 2011

DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 91, inciso III, da Constituição Estadual e,

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

REGULAMENTO/DIGEP Nº 002, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014.

POLÍTICA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

CHAMADA PÚBLICA 2014

MINISTÉRIO DA DEFESA GABINETE DO MINISTRO PORTARIA NORMATIVA Nº 1.247/MD, DE 2 DE SETEMBRO DE 2008

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições, D E C R E T A CAPÍTULO I - DA JORNADA DE TRABALHO

Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego.

Gestão de Pessoas - 4w

DECRETO N.º , DE 30 DE JANEIRO DE (DOE n.º de 31 de janeiro de 2001 p.3/5)

Parágrafo único. Os servidores docentes podem candidatar-se somente em caso de formação de mestrado ou doutorado.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 23 DE AGOSTO DE 2011

considerando o Decreto nº 6.114, de 15 de maio de 2007; considerando a Portaria/MEC nº de 02 de setembro de 2008;

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

RESOLUÇÃO Nº 03, DE 10 DE MAIO DE 2011

I - Técnico de Apoio Fazendário e Financeiro, integrando a categoria funcional de Profissional de Apoio Operacional;

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, DECRETA:

Orientações aos estagiários sobre a jornada de trabalho

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE RORAIMA

CHAMADA PÚBLICA 2015

NOTA TÉCNICA Nº 016/2013

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA GP N. 2, DE 12 DE MARÇO DE 2013

MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCAS DO RIO VERDE CONTROLE INTERNO

CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES

Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Criada pela Lei No de 24 de abril de 2002 Pró-Reitoria de Administração

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Fundação Instituída nos termos da Lei de 21/10/1966 São Luís Maranhão

DECRETO Nº , DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009.

NORMA DE ESTÁGIO PROBATÓRIO PARA SERVIDOR DOCENTE DA UNIFEI

IN RECURSOS HUMANOS ÍNDICE 09/2011 AUXÍLIO-TRANSPORTE GENERALIDADES 1 1/2 NORMAS GERAIS 2 1/5 BENEFICIÁRIOS 3 1/1 PAGAMENTO 4 1/3

SE Brasília/DF Jan./ ex. 10,5x29,7cm Editora MS/CGDI/SAA OS 2013/0124

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MEC - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Comissão de Treinamento & Desenvolvimento

INSTRUÇÃO NORMATIVA-TCU Nº 68, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011


RELAÇÕES ENTRE O IFRS E AS FUNDAÇÕES DE APOIO AUTORIZADAS PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC) E PELO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (MCTI)

REGULAMENTO DA FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO

Parecer sobre indenização por dispensa de FC na integralização da GAE

Transcrição:

Relatório de Auditoria Interna Consolidado nº 05/2015- AUDGE Ação 3.2 Cessão/Requisição dos servidores do IFRN

Entidade: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 1. RESULTADOS DOS EXAMES: 1.1 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 1.1.1 SUBÁREA: FOLHA DE PAGAMENTO 1.1.1.1 ASSUNTO: Avaliar os controles das Cessão/Requisição dos Servidores 1.1.1.1.1 Ação 3.2 PAINT/2015: Cessão/Requisição dos Servidores Março/2015

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN é composto por 01 Reitoria e 21 (vinte e um) Campi sendo dois na fase de construção, sendo a Unidade Gestora da Reitoria 158155/26435 quem descentraliza os recursos orçamentários para os respectivos Campi, através das unidades gestoras executores no Sistema de Administração Financeiros- SIAFI. ITEM CÂMPUS UG UASG 01 REITORIA-Parelhas e Lajes 158155 26435 02 CEARÁ MIRIM 154838 26435 03 CANGUARETAMA 154839 26435 04 SÃO PAULO DO POTENGÍ 154840 26435 05 NATAL-CENTRAL 158369 26435 06 CAICÓ 158370 26435 07 CURRAIS NOVOS/PARELHAS 158366 26435 08 IPANGUAÇU 158367 26435 09 JOÃO CÂMARA/LAJES 158373 26435 10 MACAU 158375 26435 11 MOSSORÓ 158365 26435 12 NATAL-ZONA NORTE 158368 26435 13 NATAL- CIDADE ALTA 152711 26435 14 NOVA CRUZ 152757 26435 15 PARNAMIRIM 152756 26435 16 PAU DOS FERROS 158374 26435 17 SANTA CRUZ 158372 26435 18 SÃO GONÇALO DO AMARANTE 154582 26435 19 APODI 158371 26435 20 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA-EAD 158369 26435 Os resultados apresentados neste relatório foram gerados pelas ações de controle executadas pela Auditoria Interna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, conforme relação a seguir: EQUIPE DA AUDITORIA INTERNA DO IFRN. NÚCLEO REITORIA AUDIN/DIGPE Deliany Vieira de Alencar Maia Auditora Interna/DIGPE Mat. SIAPE 1729684 Zeneide de Oliveira Bezerra Peixoto Chefe da Auditoria Geral/IFRN

AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE GOVERNO:

1. INTRODUÇÃO: O Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001 regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. O ato infralegal (decreto) definiu os institutos relacionados à dispersão dos servidores no âmbito da administração pública, sob a forma de cessão ou requisição. Pela doutrina, tais definições se enquadrariam na denominada interpretação autêntica heterônoma, pois advindas de ato normativo distinto da norma-origem dos institutos. A cessão só poderá ocorrer para exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou nos casos definidos em lei específica. Ainda em consonância com a legislação em vigor, a cessão deverá ser realizada mediante portaria de cessão publicada no Diário Oficial da União DOU. A autoridade competente para a emissão da portaria de cessão dependerá do órgão cessionário. Nos casos de cessão/requisição para o Poder Executivo Federal, a competência para emissão desta portaria é do dirigente máximo do órgão cedente. Nos demais casos, a competência é, por delegação, do dirigente de gestão de pessoas do órgão setorial do SIPEC, no caso do IFRN, o MEC. Registre-se que nos casos de cessão/requisição paras órgãos ou entidades dos Estados, Distrito Federal ou Municípios, o ônus da cessão será de responsabilidade do cessionário, o qual deverá providenciar o ressarcimento devido ao órgão cedente, nos casos do servidor optar pelo recebimento de sua remuneração no órgão de origem. Nos casos de cessão/requisição por outro órgão federal, o ônus da cessão será de responsabilidade do órgão de origem do servidor. Nos casos acima citados, que há necessidade de ressarcimento dos valores remuneratórios pagos ao servidor cedido ou requisito, o órgão cedente deve, mensalmente, apresentar ao cessionário planilha com os valores remuneratórios, os quais precisam ser ressarcidos até o mês subsequente, nos termos do art. 4º, 1º, do Decreto nº 4.050/2001. É importante deixar assente que, ainda em consonância com o disposto no artigo acima citado, a inobservância do teor do dispositivo supracitado acarreta o término da cessão, devendo o órgão cedente notificar pessoalmente o servidor, para que este se reapresente ao trabalho no órgão de origem. Destaque-se que, de acordo com o disposto no Decreto nº 4.050/2001, a cessão/requisição será concedida pelo prazo de até um ano, podendo ser prorrogado quando houver anuência das entidades ou órgãos envolvidos, cedente e cessionário. No que tange, a requisição realizada pela Justiça Eleitoral, a Nota Técnica Consolidada nº 02/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP dispõe que a prorrogação da requisição só poderá ocorrer por mais um ano, ou seja, uma única vez. Caso persista a necessidade de requisição, esta deverá recair em outro servidor, que ainda não tenha sido requisitado por esta justiça especializada, de modo a não prejudicar o vínculo institucional com o órgão de origem do servidor. a) Cessão: Ato autorizativo para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, ou para atender situações previstas em leis específicas, em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem alteração da lotação no órgão de origem.

b) Requisição: Ato irrecusável, que implica a transferência do exercício do servidor ou empregado, sem alteração da lotação no órgão de origem e sem prejuízo da remuneração ou salário permanentes, inclusive encargos sociais, abono pecuniário, gratificação natalina, férias e adicional de um terço. c) Reembolso: Restituição ao cedente das parcelas de remuneração ou salário, já incorporadas à remuneração ou salário do cedido, de natureza permanente, inclusive encargos sociais. d) Órgão Cessionário: Órgão onde o servidor irá exercer suas atividades. e) Órgão Cedente: Órgão de origem e lotação do servidor cedido. Requisitos básicos: Para a viabilidade jurídica da Cessão e/ou Requisição, há de se observar determinados requisitos indispensáveis à sua validade e eficácia. Portanto, para a cessão/requisição de servidor deverão ser atendidos determinados pressupostos básicos: a) ser servidor ocupante de cargo ou emprego público de provimento efetivo; b) não estar cumprindo Estágio Probatório, ressalvadas as cessões irrecusáveis, previstas em lei específica (Parecer AGU/GQ nº 162, de 15.09.98), e aquelas para o exercício de cargo DAS 4, 5, 6 e de Natureza Especial; c) não estar respondendo a Processo Administrativo - Disciplinar; d) não pertencer aos Grupos Ocupacionais com impedimento (cargos técnicos no caso da Justiça Eleitoral e outros) para cessão ou encontrar-se dentro das exceções previstas na legislação pertinente; e) atender às demais determinações previstas na legislação e; f) haver anuência da chefia imediata e do titular da unidade. Servidor em estágio probatório: O art. 20 da Lei n. 8.112/90 dispõe que ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: I - assiduidade; II disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. Tendo em vista a alteração trazida pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998, que estabeleceu o período de três anos para aquisição da estabilidade, o período de duração do estágio probatório também deve ser de três anos. Conforme o 3º do art. 20 da Lei n. 8.112/90, o servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para

ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. Verifica-se que em razão dos princípios gerais que regem a interpretação e a aplicação do direito, os órgãos consultivos da Administração Pública tem-se posicionado no sentido de aplicação das leis especiais em detrimento das gerais, o que possibilitaria a viabilidade de outras exceções em relação à cessão de servidor em estágio probatório. Portanto, não houve limitação aos casos de cessões previstas em legislações específicas, e nem o poderia, uma vez que a cessão, nesses casos, se dará para atender situações excepcionais interesse público (...). Isto posto, desde que não haja vedação na legislação específica que regulamente o cargo público e exista concordância dos órgãos envolvidos é possível a cessão de servidor, estável ou não (em estágio probatório). (Nota Técnica nº 520/2009/COGES/DENOP/SRH/MP). Prazo. Regra Geral. Em regra a cessão/requisição será concedida pelo prazo de até um ano, podendo ser prorrogado no interesse dos órgãos ou entidades cedentes e cessionários. Não havendo impedimento legal, é viável prorrogações sucessivas desde que obedecidos os pressupostos legais para tanto. Autorização: A cessão será formalizada mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. Ocorrendo a cessão entre órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, será autorizada pelo Ministro de Estado ou autoridade competente de órgão integrante da Presidência de República, a que pertencer o servidor. Quando a cessão for para órgão ou entidade dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou de outro Poder da União, deverá ser autorizada pelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil SIPEC, ficando condicionada à anuência do Ministro de Estado ou autoridade competente de órgão integrante da Presidência da República. Modalidades: A cessão/requisição de servidor dar-se-á nas seguintes situações: a) para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança; e b) independente do exercício de cargo em comissão ou função de confiança, nos casos previstos em lei específica. Reembolso: Reembolso é a restituição ao cedente das parcelas de remuneração ou salário, já incorporadas à remuneração ou salário do cedido, de natureza permanente, inclusive encargos sociais. Poderão ser objeto de reembolso outras parcelas decorrentes de legislação específica ou resultantes do vínculo de trabalho, tais como: gratificação natalina; abono pecuniário, férias e seu adicional, provisões, gratificação semestral e licença prêmio. Na hipótese de o servidor cedido à empresa pública ou sociedade de economia mista optante pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.

Leis específicas: Nos demais casos, apesar da denominação requisição, que pressupõe a idéia de irrecusabilidade, a análise para a concessão deve ser mais criteriosa, já que a cessão advém de situações excepcionais, cujos requisitos estão estabelecidos e devem ser obedecidos conforme a lei. a) Requisição para a Justiça Eleitoral Lei nº 6.999, de 07 de junho de 1982 Para a Justiça Eleitoral, por exemplo, a Lei nº 6.999, de 07 de junho de 1982 exige: a) prazo máximo da requisição será de um ano; b) não poderá superar a quantidade de 1 servidor requisitado para cada 10 mil ou fração superior a 5 mil eleitores inscritos na Zona Eleitoral; c) as requisições para as Secretarias dos Tribunais Eleitorais serão feitas por prazo certo, não excedente de 1 (um) ano, ressalvando os casos de nomeações para cargos comissionados. No entanto, se os requisitos legais não estiverem presentes no procedimento de cessão ou mesmo no curso da estada do servidor na entidade ou órgão cessionário, o desligamento deverá ser feito. Além disso, a lei impõe limitações em razão da função exercida no órgão cedente, pois salvo na hipótese de nomeações para cargos comissionados, não serão requisitados ocupantes de cargos isolados, de cargos ou empregos técnicos ou científicos, e de quaisquer cargos ou empregos do magistério federal, estadual ou municipal. b) Requisição para a Advocacia Geral da União Lei n. 8.682, de 14 de julho de 1993 Com relação às requisições da AGU, estas somente serão irrecusáveis até que seja constituído o quadro de pessoal de atividades auxiliares da Advocacia Geral da União. O art. 5º da Lei nº 8.682, de 14 de julho de 1993 é clara ao condicionar a irrecusabilidade à criação do quadro próprio de pessoal da AGU, medida já efetivada pelo poder público. Desta forma, percebe-se a que a irrecusabilidade é condicional: cessa no momento da criação e preenchimento de cargos dos próprios quadros (Lei nº 8.682, de 14 de julho de 1993). Leia mais: http://jus.com.br/artigos/21640/cessao-e-requisicao-de-servidor-publicofederal#ixzz3vjdz2cbx

1. INTRODUÇÃO: Em conformidade com o Anexo I, item 3.2 do Plano Anual de Auditoria Interna 2015 Avaliar os controles de vigência das Cessão dos servidores requisitados e/ou cedidos para órgãos federais, estaduais e municipais e seu devido ressarcimento quando for o caso, assim como em estrita observância a Ordem de Serviço nº 04/2015-AUDGE, a Auditoria Interna vem apresentar a V.Sa., o resultado dos exames realizados no período de 06/02/2015 a 09/03/2015 totalizando 154 horas. É pertinente mencionar que nenhuma restrição foi imposta aos trabalhos da auditoria interna. A auditoria teve como objetivo avaliar 30% das Cessões e/ou requisições dos servidores no âmbito do IFRN a partir do período de 2013, bem como avaliar os controles internos desenvolvidas pela Diretoria de Gestão de Pessoas, para acompanhar, gerenciar e controlar a vigência das cessões e/ou requisitos dos servidores deste IFRN. Os trabalhos foram efetivados em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, assim como a norma interna aplicada ao objeto auditado. 2. ESCOPO Os exames tiveram como escopo avaliar 30% das Cessões e/ou requisições dos servidores no âmbito do IFRN a partir do período de 2013. Considerando que a listagem extraída, dia 09/02/2015, do sistema SIAPE quanto aos servidores que encontravam-se em cessão, demonstrou a existência de 15 servidores cedidos no âmbito do IFRN, onde apenas 6 (seis) tiveram sua cessão/requisição iniciada a partir de 2013, motivo pelo qual esta auditoria resolveu analisar 100% (cem por cento) dos processos de cessão/requisição iniciados a partir de 2013. A avaliação realizada desenvolveu-se a nível de análise documental e aplicação de check list, após o que fora solicitado justificativa para os achados visualizados na presente auditoria. 3. METODOLOGIA APLICADA AOS TRABALHOS Os trabalhos de auditoria desenvolveram-se em três fases planejamento, execução e relatório normalmente serão seguidas de um ou de vários trabalhos de acompanhamento de implementação de planos de ação de melhorias. A fase de planejamento foi realizada pela AUDGE/RE resultando na produção do check list, aplicado na fase de execução pela AUDIN/DIGPE. Para realizar a presente auditoria foi adotada a técnica exame dos registros e indagação Escrita ou oral a qual foi desempenhada da seguinte forma:

Nesse trabalho serão aplicados os seguintes procedimentos de auditoria: Exame dos registros: sistema SIAPE, legislação nacional aplicável a matéria, orientações da Secretaria de Gestão Pública (SEGEP), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Analise documental: Processos Administrativos de concessão e prorrogação de cessão/requisição. Indagação Escrita ou Oral: Solicitar justificativa pelos achados visualizados e solicitar documentos comprobatórios. 4. LEGISLAÇÃO BÁSICA APLICADA: Lei nº 8.112/90; Lei nº 6.999/1982; Decreto nº 4.050/2001; Instrução Normativa nº 10, de 30/11/1993; Nota Técnica Consolidada nº 02/2014-SEGEP. 5. RESULTADO DOS EXAMES: 5.1. GESTÃO DE PESSOAS 5.1.1. SUBÁREA: ÁREA DE RECURSOS HUMANOS 5.1.1.1. ASSUNTO: CESSÃO / REQUISIÇÃO 5.1.1.1.1. INFORMAÇÃO 01: A maioria dos processos administrativos analisados, para não dizer todos, possuem problemas quanto a correta formalização processual, pois não encontram-se integralmente numerados e com a aposição dos carimbos devidos. Apesar de trata-se de uma falha formal, esta fragiliza os controles internos, uma vez que documentos podem ser suprimidos dos autos sem que reste evidente esta subtração, assim como outros elementos posteriores podem ser inseridos facilmente, de modo a macular a idoneidade processual. Neste sentido, insiste-se na necessidade de cada servidor que manipula os processos administrativos passe a realizar a devida instrução e formalização processual, carimbando e numerando todas as folhas dos autos. Esta formalização deve fazer parte da rotina de qualquer setor administrativo, pois traz segurança para o servidor executante da movimentação processual, bem como para a Administração Pública.

5.1.1.1.2. CONSTATAÇÃO Nº 01: Requisição com prazo vencido. CAUSA: Ausência de portaria de prorrogação da cessão/requisição. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: A portaria de prorrogação da servidora havia sido emitida pelo órgão cedente. Porém, considerando que o Ministério da Educação é o órgão competente para emitir tal portaria, àquela que havia sido emitida equivocadamente foi tornada sem efeito. No momento o processo de prorrogação encontra-se no MEC para emissão da Portaria. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: Considerando o teor da Nota Técnica Consolidada nº 02/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, verifica-se que a autoridade competente para emissão dessa portaria de requisição para o TRE é o MEC, por isso a portaria do IFRN foi tornada sem efeito, por vício de competência. Todavia, em análise ao processo acima identificado, observa-se que a prorrogação desta requisição só foi solicita em 20 de novembro de 2014, por meio de ofício emitido em 18 de novembro de 2014, ou seja, dois meses após findo o prazo da requisição anterior, haja vista que esta iniciou em 18 de setembro de 2013, com a apresentação da servidora requisitada no Egrégio Tribunal. Registre-se que não é juridicamente possível prorrogar algo que teve seus efeitos extintos ante ao decurso do prazo, contudo, em observação ao procedimento previsto na citada nota técnica consolidada, observa-se que esta situação poderá ser contornada com a publicação, em boletim de serviço, do período compreendido entre o fim da requisição e o dia anterior ao da publicação da portaria de prorrogação, desde que fique comprovada a frequência da servidora no órgão cessionário. Todavia, é imprescindível que a Administração adote providências para melhor controlar o prazo das cessões de seus servidores, evitando que casos como este se repitam. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se que o IFRN abstenha-se de realizar prorrogações de cessão/requisição após findo o prazo estabelecido na portaria de concessão da cessão/requisição. RECOMENDAÇÃO Nº 02: Recomenda-se que o IFRN oficie o TRE/RN, a fim de informar a frequência da servidor, cuja matrícula SIAPE é 1542824, durante este período posterior ao fim da cessão e anterior à data da possível prorrogação. RECOMENDAÇÃO Nº 03: Recomenda-se que o IFRN adote mecanismos eficientes de controle das cessões/requisições de seus servidores, cobrando mensalmente a frequência destes, bem como o ressarcimento da remuneração, quando for o caso.

5.1.1.1.3.CONSTATAÇÃO Nº 02: Servidor em exercício em outro órgão sem a devida autorização legal. CAUSA: Ausência de controle dos prazos da cessão/requisição. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: O cadastro das cessões dos servidores é realizado no SIAPE. Todavia, nesse cadastro não é possível informar a data final ou prazo previsto da cessão. Tal lacuna do sistema impede que esta Coordenação tenha um controle eficaz quanto ao térmico do afastamento. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: Por mais que o sistema SIAPE não esteja adaptado para realizar o acompanhamento dos prazos das cessões/requisições nele cadastradas, o órgão não se exige do dever de manter controle sobre tais prazo de vigência, mesmo que o faça por meio de planilha ou mesmo que crie em seu sistema informatizado um módulo que auxilie nesta obrigação de efetivo controle. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se que o IFRN adote mecanismos eficientes de controle das cessões/requisições de seus servidores, cobrando mensalmente a frequência destes, bem como o ressarcimento da remuneração, quando for o caso. 5.1.1.1.4. CONSTATAÇÃO Nº 03: Ausência de notificação do servidor para retornar as suas atividades no órgão, findo o prazo da requisição. CAUSA: Ausência de controle dos prazos da cessão/requisição. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Está Coordenação falhou ao não enviar documento formal solicitando que a servidora retornasse às suas atividades no órgão de origem. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: Apesar de ainda ser possível sanar a situação de irregularidade em que se encontra a servidora, em exercício em outro órgão sem a devida autorização formal, conforme procedimento previsto na Nota Técnica Consolidada nº 02/2014/ CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, observa-se que tal falha não ocorreria caso a unidade mantivesse um controle efetivo sobre os prazos das cessões/requisições de seus servidores. Apesar de compreender as nuances legais para a criação da requisição, que é temporária e excepcional, o servidor continua a pertencer ao quadro permanente desta Instituição de Ensino, motivo pelo

qual deve-se adotar as providências cabíveis para gerenciar esta força de trabalho, não dando ensejo que o seu servidor permanece em outro órgão além do prazo expressamente autorizado por portaria publicada no Diário Oficial da União. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se que o IFRN adote mecanismos eficientes de controle das cessões/requisições de seus servidores, cobrando mensalmente a frequência destes, bem como o ressarcimento da remuneração, quando for o caso. RECOMENDAÇÃO Nº 02: Recomenda-se ao IFRN que acompanhe o prazo das cessões/requisições de seus servidores e solicite o imediato retorno deste quando os efeitos da cessão/requisição forem extintos por decurso de prazo ou qualquer outra coisa. 5.1.1.1.5. CONSTATAÇÃO Nº 04: Ausência de comprovante de frequência em todo o período da requisição. CAUSA: Ausência de controle das cessões e requisições efetivadas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em anexo as frequências enviadas pelo TRE. Ver CD Anexo II. Em anexo as frequências enviadas pela Prefeitura de Tibau do Sul/RN. Ver CD Anexo IV. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: Em análise aos documentos comprobatórios da frequência da servidora requisitada (Matrícula SIAPE nº 1542824), verifica-se que não há qualquer controle periódico, por parte deste IFRN, sobre a frequência desta no TRE, haja vista que dito tribunal não enviou, nem lhe foi solicitado a frequência da servidora nos meses de out/2013, nov/2013, fev/2014, mar/2014, set/2014, nov/2014, dez/2014 e jan/2015. Em análise aos documentos comprobatórios da frequência do servidor cedido, matrícula SIAPE nº 277337, verifica-se que não há qualquer controle periódico, por parte deste IFRN, sobre a frequência deste na Prefeitura Municipal de Tibau do Sul, haja vista que dito Município não enviou, nem lhe foi solicitado a frequência do servidor nos meses de nov/2013, abr/2014, set/2014, out/2014, jan/2015. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se que o IFRN adote mecanismos eficientes de controle das cessões/requisições de seus servidores, cobrando mensalmente a frequência destes, bem como o ressarcimento da remuneração, quando for o caso.

RECOMENDAÇÃO Nº 02: Recomenda-se ao IFRN que solicite ao TRE/RN e à Prefeitura Municipal de Tibau do Sul a frequência dos servidores cedidos/requisitados nos meses citados acima, além de outros que, eventualmente, ainda não tenha sido enviado, adotando as providências cabíveis em caso de ausência não justifica da servidora ao serviço no órgão cessionário. 5.1.1.1.6. CONSTATAÇÃO Nº 05: Ausência de comprovação integral dos ressarcimentos dos valores devidos a título de remuneração do servidor cedido ao Município. CAUSA: Ausência de controle das cessões e requisições efetivadas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Este Instituto recebe mensalmente as guias de recolhimento da União juntamente com os comprovantes de ressarcimento por parte da Prefeitura de Tibau do Sul/RN. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: Em análise aos documentos colacionados no CD anexo ao processo nº 23421.005990.2015-10, verifica-se que não há comprovante dos ressarcimentos devidos ao IFRN nos seguintes meses: abr/2013 (proporcional), jun/2013, dez/2013, abr/2014 e jan/2014. Registre-se que há a emissão de GRU em favor do IFRN para a competência do mês de ago/2013, contudo, o comprovante de pagamento não corresponde ao número de referência constate na GRU citada, logo, entende-se que não resta comprovado o ressarcimento dos valores devidos no mês de ago/2013. Destaque-se que, de acordo com o Decreto nº 4.050/2001, art. 4º, 1º, o órgão cedente possuí a obrigação de mensalmente apresentar ao cessionário o valor a ser reembolsado, discriminado as parcelas remuneratórias do servidor cedido, de modo que o pagamento de tal valor deve ser efetuado até o mês subsequente. Registre que o descumprimento do procedimento descrito acima, implica o término da cessão, nos termos do art. 4º, 2º, devendo o servidor cedido retornar ao órgão de origem para retornar suas atividades normais a partir da notificação pessoal expedida pela entidade cedente. É importante deixar assente que a responsabilidade pelo cumprimento do disposto nos 1º e 2º do art. 4º, do Decreto nº 4.050/2001 é do dirigente máximo do órgão, conforme previsão do 3º, do citado art. 4º. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se ao IFRN que oficie o Município cessionário (Tibau do Sul/RN) para que este providencie o pagamento integral do ressarcimento devido em razão da cessão de servidor portador da Matrícula SIAPE nº 277337.

RECOMENDAÇÃO Nº 02: Recomenda-se ao IFRN que adote as providências cabíveis para o retorno imediato do servidor cedido (Matrícula SIAPE nº 277337), em razão do descumprimento do disposto no art. 4º, 1º, do Decreto nº 4.050/2001, nos termos previsto no 2º, do já mencionado art. 4º. 5.1.1.1.7. CONSTATAÇÃO Nº 06: Ausência de registro de ponto do servidor após o encerramento da cessão. CAUSA: Ausência de controle das cessões e requisições efetivadas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: De acordo com a Portaria Nº 2543/2014- RE/IFRN que tornou sem efeito a Portaria 2349/2014-RE/IFRN, o servidor encontra-se desenvolvendo suas atividades no Campus Natal Central. ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA: De acordo com as consulta realizadas no sistema SIAPE, SiapNet e SUAP, além dos documentos apostos no processo administrativo nº 23421.042259.2014-86, verifica-se que o servidor não encontra-se cedido, pois teve sua cessão tornada sem efeito através da Portaria nº 2.543/2014-Reitoria/IFRN, de 17 de dezembro de 2014. Contudo, observa-se que o dito servidor não tem registro de ponto desde período bem anterior a publicação da portaria de cessão nº 2349/2014-Reitoria/IFRN, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi tornada sem efeito posteriormente. Registre-se que todo servidor deste IFRN encontra-se obrigado ao registro regular de sua frequência diária, salvo ao servidores detentores de cargos de gestão, conforme ressalva constante no decreto nº 1.590/1995, portanto, para todos os efeitos, o servidor encontra-se a mais de 30 dias consecutivos sem registro de ponto e mais de 60 dias alternados com as férias, sem registro de ponto. RECOMENDAÇÃO Nº 01: Recomenda-se ao IFRN que adote as providências cabíveis para a apuração das ausências do servidor, matrícula SIAPE nº 2770077, realizando os descontos remuneratórios, quando cabíveis, bem como a abertura de processo disciplina em caso de constatação de ausências não justificadas.

5. CONCLUSÃO: A realização do programa de auditoria de avaliação das cessões/requisições teve como propósito verificar se o IFRN vem mantendo regular controle sobre a execução destas, bem como se encontra-se executando as normas pertinentes ao caso. Em face dos exames realizados, bem como da avaliação da gestão efetuada, no período a que se refere o presente trabalho de auditoria, constatamos fragilidades. Ainda assim, foram constatados que os atos e fatos da referida gestão comprometeram ou causaram prejuízo à Fazenda Nacional, ante à inexistência de controles efetivos quanto à frequência de seus servidores e ao ressarcimento das verbas remuneratórios devidas em razão da cessão de servidor ao Município de Tibau do Sul/RN. Está auditoria interna avalia como deficiente o controle interno instalado na Diretoria de Gestão de Pessoas para acompanhamento das cessões/requisições, conforme observações realizadas, de modo que necessita de pronto melhoramento para minimizar a ocorrência de riscos. Zeneide de Oliveira Bezerra Peixoto Chefe da Auditoria Geral/IFRN Mat. SIAPE: 41846