ESTUDO DO EQUILÍBRIO DE BIOSSORÇÃO DOS ÍONS Cu 2+ E Ni 2+ EM SISTEMA BATELADA PELO RESÍDUO DA EXTRAÇÃO DO ALGINATO DA ALGA SARGASSUM FILIPENDULA

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Transcrição:

ESTUDO DO EQUILÍBRIO DE BIOSSORÇÃO DOS ÍONS 2+ E 2+ EM SISTEMA BATELADA PELO RESÍDUO DA EXTRAÇÃO DO ALGINATO DA ALGA SARGASSUM FILIPENDULA P. Y. R. SUZAKI 1, L. M. M. JORGE 1, R. BERGAMASO 1, M. R. FAGUNDES-KLEN 2, S. J. KLEINÜBING 3, J. F. HONORIO 1 1 Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Química 2 Universidade Estadual do Oeste do Paraná, entro de Engenharias e iências Exatas 3 Universidade Estadual de ampinas, Faculdade de Engenharia Química e-mail: pedrosuzaki@hotmail.com RESUMO Este traalho avaliou a capacidade de remoção dos íons +2 e +2 em sistema atelada, utilizando como material iossorvente resíduo de extração do alginato da alga Sargassum filipendula, através de dados experimentais de euilírio e modelos de isoterma para representação e compreensão destes dados. A extração do alginato foi realizada pelo método de McHugh com rendimento de 16% e sora de resíduo de 46%. Os modelos de Langmuir, Langmuir-Freundlich e Jain & Snoeyink foram empregados na representação dos dados de euilírio. De acordo com o critério de Akaike, o modelo de Langmuir-Freundlich apresentou o melhor auste para os dados experimentais. O íon +2 apresentou maior afinidade com o material adsorvente, enuanto ue a remoção do íon +2 apresentou forte dependência com a presença do íon +2. 1 INTRODUÇÃO A contaminação de ecossistemas auáticos por metais pesados se tornou uma preocupação gloal devido a característica de alta toxicidade, natureza não iodegradável, alta capacidade de ioacumulação no corpo humano e de forma geral, em toda a cadeia alimentar (HE e SHEN, 2014. Metais pesados como o core e níuel estão entre os poluentes mais tóxicos presentes em efluentes provenientes de processos industriais. O core, mesmo em aixas concentrações, pode se depositar no cérero, pele, fígado e pâncreas causando sérios efeitos toxicológicos nos seres humanos, enuanto ue, o níuel pode causar dermatites, asma, náuseas e câncer (AL BAKHEET et al., 2013. Existem várias tecnologias disponíveis para a remoção de metais pesados em efluentes industriais como: precipitação uímica (GONZÁLEZ-MUÑOZ et al., 2006, tratamento eletrouímico (LU et al., 2015 e memranas (ZHU et al., 2015. A precipitação uímica é o processo mais utilizado, apresentando ons resultados de remoção em altas concentrações de metais. Em concentrações diluídas, o precipitado apresenta aixa cinética de sedimentação e muitas vezes, o processo não atinge os padrões exigidos pela legislação, sendo necessária a aplicação de outro processo para o polimento final do efluente (FU e WANG, 2011. Desta forma, tem-se uscado processos de tratamento complementares, capazes de atingir os limites de concentração de metais definidos pela legislação. O processo de adsorção se consolida como um dos métodos mais eficientes para remoção de poluentes em níveis de traço produzindo um efluente tratado de alta ualidade. As principais vantagens deste processo são a simplicidade de operação,

aixo custo em relação aos outros processos de separação e a não formação de lodo (ABDEL-ATY et al., 2013. Um fator chave no sucesso do processo de adsorção é a escolha adeuada do material adsorvente, ue deve apresentar como característica fundamental, além da alta capacidade de remoção, um aixo custo. Diferentes espécies de algas, especialmente as marrons, têm sido estudadas como adsorventes alternativos na remoção de metais pesados presentes em efluentes (BAKATULA et al., 2014. O principal constituinte da parede celular das algas marrons é iopolímero alginato, responsável pela resistência mecânica e grande parte da capacidade de adsorção das algas (SHARMA e GUPTA, 2002. O alginato apresenta grande importância comercial, sendo utilizado na indústria de cosméticos, alimentícia, têxtil e farmacêutica devido a suas propriedades geleificantes, de estailização e viscosidade (BERTAGNOLLI, SILVA e GUIBAL, 2014. O resíduo proveniente do processo de extração do alginato é descartado ou utilizado na produção de ração animal. Após a extração, o resíduo ainda possui muitos dos grupos uímicos componentes da alga, apresentando potencial de adsorção. Assim, a aplicação do resíduo da extração do alginato é interessante do ponto de vista econômico, pois agrega valor ao reeito de produção deste polímero. De forma geral, efluentes industriais são constituídos por uma mistura complexa de íons, ue uando sumetidos a um processo de adsorção, competem entre si pela ligação com os grupos funcionais do material adsorvente. Assim, torna-se essencial o conhecimento da seletividade do iossorvente para cada íon presente na solução (KLEINÜBING et al., 2011. O oetivo deste traalho é investigar a capacidade de remoção dos íons +2 e +2 em sistema inário por processo de iossorção em atelada utilizando o resíduo da extração do alginato. A discussão realizada com ase nos dados experimentais e nos modelos de isotermas de euilírio permitiu a avaliação do efeito competitivo em como da seletividade do sistema +2 - +2. 2 MATERIAIS E MÉTODOS A alga marinha Sargassum filipendula foi coletada na Praia das igarras, litoral norte de São Paulo. Após a coleta, a alga foi lavada com água destilada, seca em estufa por 24 h na temperatura de 60, triturada e separada em frações menores ue 1 mm. 2.1 Extração do alginato A extração do alginato foi realizada de acordo com o método de McHugh (1987. Inicialmente, 15 g da alga Sargassum filipendula foram colocadas em contato com solução de formaldeído (0,4% m/m so agitação por 30 minutos. O material foi lavado com água destilada e então colocado em contato com 500 ml de solução de Hl (0,1 mol L -1, so agitação por 2 horas. De acordo com Bertagnolli, Silva e Guial (2014, essas duas etapas de lavagem têm o oetivo de retirar os compostos fenólicos e clarificar o material. Na próxima etapa, a extração foi realizada com solução de caronato de sódio (2% m/v, com temperatura controlada em 60, so agitação por 5 horas. A mistura altamente viscosa foi filtrada a vácuo para a separação do resíduo do processo. O alginato presente no filtrado foi precipitado com solução de etanol na proporção 1 para 1 em volume. O rendimento da extração foi determinado pela Euação 1. ma lg, f % R a lg 100 (1 m a lg, i 2.2 Preparo do resíduo de extração para utilização como iossorvente ompostos orgânicos como proteínas e caroidratos, presentes nas algas marinhas,

podem ser dissolvidos durante o processo de adsorção e levar ao aumento do ph da solução (YANG e HEN, 2008. O processo de extração do alginato é realizado em meio ásico com caronato de sódio, ocasionando desta forma, um aumento do ph do resíduo deste processo. O aumento do ph pode causar a precipitação dos metais ou ainda a complexação dos metais com ligantes solúveis lierados pelo iossorvente, diminuindo a capacidade de remoção destes metais pelo processo de iossorção (KLEINUBING et al.2010. Desta forma, o resíduo da extração do alginato da alga marinha Sargassum filipendula, a ser avaliado na iossorção dos metais +2 e +2 sofreu um processo de acidificação. O tratamento ácido consistiu do auste do ph com solução de Hl (0,1 mol L - 1 até a estailização no valor de ph 4,0 da mistura entre 5 g do resíduo e 500 ml de água destilada. O resíduo, após este processo, foi seco em estufa a 60 por 24 horas e então armazenado para utilização posterior nos ensaios de iossorção. O rendimento de resíduo após todo o processo foi determinado pela Euação 2. mres, f % R res 100 (2 m a lg, i 2.3 Preparo do resíduo de extração para utilização como iossorvente As soluções sintéticas contendo os íons +2 e +2 foram preparadas a partir dos sais de (NO 3 2.3H 2 O e (NO 3 2.6H 2 O com grau de pureza analítica. O ph das soluções de metais pesados foi austado no valor 4 utilizando solução de HNO 3 (0,1 mol L -1. A concentração das soluções de metais foi determinada pelo método de espectrofotometria de asorção atômica, no euipamento Perkin-Elmer. 2.4 Euilírio de iossorção Para estudo do euilírio inário de remoção dos íons +2 e +2, ensaios de adsorção foram realizados com diferentes cominações de concentrações inicias destes íons (faixa de concentração entre 0 e 3 mmol L -1. ada uma destas cominações foi otida através da mistura entre uma solução de estoue monocomponente de +2 (4 mmol L - 1 e uma de +2 (4 mmol L -1 em proporção pré-definida. Os experimentos foram realizados com dosagem de adsorvente (resíduo de extração do alginato de 2 g L -1, agitação constante, temperatura controlada em 25, ph 4, por um período de 4 horas. Após o término do processo de adsorção, para cada ensaio, a fase líuida foi separada do adsorvente através de um sistema de filtração a vácuo. A concentração inicial e final da fase líuida de cada ensaio foi determinada pelo método de espectrofotometria de asorção atômica e a uantidade de metal removida no euilírio para cada metal ( foi calculada pela Euação 3. 0 V ( (3 m Os modelos de isoterma multicomponente de Langmuir (Euação 4, Langmuir-Freundlich (Euação 5 e Jain & Snoeykin (Euação 6 foram utilizados para representação dos dados experimentais de euilírio de iossorção dos íons +2 e +2 pelo resíduo de extração do alginato da alga Sargassum filipendula. m 1 m 1 1 m k ( ( k ( k (4a (4 (5a

1 ( m,2 m,2 1 ( 1 ( m k m,1 k m,2 1 ( k (5 (6a (6 A isoterma de Langmuir (1918 aseiase nas seguintes hipóteses: adsorção em monocamada; todos os sítios são euivalentes e a adsorção é uniforme; a adsorção de uma molécula num sítio desocupado independe dos sítios vizinhos ocupados. Adicionando-se as constantes k e k no numerador e denominador da isoterma de Langmuir otém-se a isoterma de Langmuir- Freundlich. De acordo com o modelo de isoterma de Langmuir, duas espécies uímicas (M 1 e M 2 competem pela ocupação do mesmo sítio. Jain & Snoeyink (1973 propuseram um modelo aseado na hipótese ue parte da adsorção ocorre sem competição. Assim, para m,1 > m,2, o número de sítios em ue não ocorre competição é dado pela diferença ( m,1 - m,2. O método de otimização por enxame de partículas (PSO, proposto por Kennedy e Eerhart (2001, foi utilizado na determinação dos parâmetros das isotermas inárias acima citadas. No processo de otimização, a função oetivo, representada pela Euação 7, foi minimizada. F OBJ N 1 N 1 Exp, Exp, Exp, Mod, Exp, Mod, 4 RESULTADOS E DISUSSÃO 2 2 (7 4.1 Rendimento da extração do alginato e geração do resíduo O processo de extração do alginato da alga marinha Sargassum filipendula seguindo o método proposto por McHugh (1987, apresentou rendimento de 16%, dentro da faixa estaelecida de 10 a 40% para extrações em algas marrons (DAVIS, VOLESKY e MUI, 2003. O resíduo de alga resultante corresponde a aproximadamente 46% da massa inicial da alga. Esse elevado percentual encoraa a utilização do resíduo como iossorvente em processos de remoção de poluentes. A massa perdida durante o processo pode ser explicada pela lavagem com formaldeído e ácido clorídrico, ue promovem a eliminação de composto fenólicos e de resuícios de crustáceos e minerais presentes na alga mesmo após a lavagem inicial pós-coleta. 4.2 Euilírio inário de iossorção A Taela 1 apresenta os parâmetros das isotermas, otimizados a partir dos dados experimentais de iossorção inária dos íons +2 e +2.utilizando resíduo da extração de alginato da alga marinha Sargassum filipendula. Taela 1 Parâmetros dos modelos de isotermas inárias de iossorção para o sistema +2 - +2. Isoterma Parâmetros m = 0,63 mmol g -1 = 2,00 L mmol -1 Langmuir = 0,87 L mmol -1 Função oetivo = 2,31 AI c = -195,78

Langmuir- Freundlich Jain & Snoeyink m = 0,67 mmol g -1 = 2,53 L mmol -1 = 1,01 L mmol -1 k = 1,30 k = 0,64 Função oetivo = 0,27 AI c = -265,19 m,1 = 0,67 mmol g -1 m,2 = 0,32 mmol g -1 = 1,69 L mmol -1 = 2,14 L mmol -1 Função oetivo = 2,02 AI c = -194,07 competição entre os íons +2 e +2 pela sua ocupação. Para avaliação da capacidade preditiva dos modelos de isotermas inárias, os valores de capacidade de iossorção calculados para cada modelo foram comparados com os valores otidos experimentalmente. Estes resultados são demonstrados na Figura 1. Figura 1 - Relação entre as capacidades de iossorção experimentais e calculadas a partir dos modelos de: (a Langmuir, ( Langmuir- Freundlich, (c Jain & Snoeyink. As constantes da isoterma de Langmuir apresentam significado físico. O parâmetro m com valor de 0,63 mmol g -1 representa o número total de sítios disponíveis no material iossorvente. O parâmetro representa a razão entre as taxas de sorção e dessorção do íon. Assim, valores elevados do parâmetro indicam forte afinidade do íon pelos sítios do material adsorvente. De acordo com a Taela 1, o valor de é superior ao valor de, indicando desta forma uma maior afinidade do primeiro metal com o material adsorvente. O modelo de Jain & Snoeyink (1973 fundamenta-se na hipótese ue parte da adsorção ocorre sem competição. A fração do íon +2 ue é removida sem competição é proporcional a diferença ( m,1 - m,2 = 0,35 mmol g -1. A fração da adsorção ue ocorre com competição entre os íons +2 e +2 é dada por m,2 = 0,32 mmol g -1. De acordo com os parâmetros do modelo de Jain & Snoeyink, os íons +2 apresentam uma maior afinidade pelos sítios ativos do material adsorvente do ue os íons +2, uma vez ue aproximadamente 52% da adsorção ocorre sem competição. Isto significa ue 52% do total dos sítios são acessíveis exclusivamente aos íons +2, enuanto ue, nos sítios restantes, ocorre uma

De acordo com a Figura 1, os modelos de Langmuir e Jain & Snoeyink representam de forma adeuada os valores de iossorção dos íons de maior afinidade com a iomassa. Todavia, estes dois modelos, apresentam grandes desvios para a predição dos íons de menor afinidade ( +2. O modelo de Langmuir-Freudlich descreve de forma adeuada a uantidade dos dois metais removidos pelo processo de adsorção. Para comparação estatística entre a capacidade de predição dos três modelos testados, o critério de Akaike para peuenas amostras (AIc foi utilizado (HURVIH e TSAI, 1989. Este critério, além de levar em conta o desvio médio dos resultados, penaliza modelos com excesso de parâmetros. De acordo com a Taela 1, o modelo de Langmuir-Freundlich apresenta o menor valor de AIc, sendo portanto, o melhor modelo avaliado na descrição dos dados de euilírio. As isotermas de iossorção inária podem ser representados graficamente por uma superfície tridimensional, na ual, a capacidade de iossorção do metal de interesse é descrita em função das concentrações de euilírio dos metais em solução. A Figura 2 apresenta os dados experimentais de iossorção inária +2 - +2 utilizando resíduo da extração do alginato e a superfície otida pelo modelo ue melhor representa estes dados (Langmuir- Freundlich. A análise da Figura 2 permite a avaliação do efeito competitivo e seletividade do iossorvente pelos íons metálicos avaliados. Na Figura 2-a, ue representa a capacidade de iossorção do íon +2 em relação a concentração em solução da mistura inária +2 +2, pode-se oservar através da inclinação da superfície, o efeito do íon competidor +2. A inclinação suave da superfície em relação ao eixo do íon +2 indica uma peuena influência deste íon na remoção do +2. Figura 2 Superfícies de sorção do modelo de Langmuir-Freundilich austados aos dados experimentai de euilírio dos íons (a +2 e ( +2 Na Figura 2-, ue representa a capacidade de adsorção do íon +2 em função da mistura inária, oserva-se uma acentuada inclinação da superfície em relação ao eixo do íon competidor +2. Assim, a capacidade de remoção do +2 diminui ruscamente com o aumento da concentração de +2. Na condição inária de (3 mmol +2 L -1 + 1 mmol +2 L -1 a capacidade de adsorção do íon +2 é de 0,56 mmol g -1 enuanto ue para condição de (1 mmol +2

+ 3 mmol +2 L -1 a capacidade de adsorção do íon +2 é de 0,24 mmol g -1. Na condição euimolar (3 mmol +2 L -1 + 3 mmol +2 L -1 a capacidade de iossorção decai para 0,52 e 0,10 mmol g -1 para os íons +2 e +2 respectivamente. Uma redução de aproximadamente 7% foi oservada na capacidade de remoção do íon +2 em presença do +2, enuanto ue, a presença do íon +2 reduz em 59% a capacidade de remoção do íon +2. Assim, oserva-se ue a remoção do +2 é pouco influenciada pela presença do +2. A presença do +2, mesmo em peuena uantidade, reduz significamente a capacidade de remoção do +2. De acordo com Davis, Volesky e Mucci (2003, os grupos caroxílicos são os mais aundantes nas algas marrons. Desta forma, os íons +2, com maior afinidade por esses grupos, serão preferencialmente adsorvidos em relação aos íons +2. L -1 4 ONLUSÕES O processo de extração do alginato da alga Sargassum filipendula apresentou rendimento de 16% com sora de resíduo de 46%. Este alto percentual de resíduo incentiva a utilização do material como adsorvente. Os dados de euilírio de adsorção do sistema inário +2 - +2 foram melhor representados pelo modelo de isoterma de Langmuir- Freundlich. O resíduo apresentou maior seletividade pelo íon +2 do ue para o íon +2. A remoção do íon +2 foi pouco afetada pela presença do +2 enuanto ue a presença do íon +2 apresentou forte iniição na remoção do +2. NOMENLATURA % R a lg Rendimento percentual da extração do alginato - Massa de alginato extraída [g] ma lg, f m lg, - Massa inicial de alga [g] a i R res % Rendimento percentual de geração de resíduo m, Massa do resíduo após o processo de res f extração e acidificação [g] apacidade de iossorção do íon no euilírio [mmol g -1 ] V Volume de solução [L] oncentração inicial do íon [mmol L -1 ] 0 oncentração do íon no euilírio [mmol L -1 ] m Massa de iossorvente (g m - apacidade máxima de iossorção [mmol g -1 ] - onstante de euilírio de iossorção do íon [L mmol -1 ] k - onstante adimensional do modelo de Langmuir-Freundlich N - Número de dados experimentais AI c Parâmetro do critério de Akaike para peuenas amostras REFERÊNIAS ABDEL ATY, A. M.; AMMAR, N. S.; ABDEL GHAFAR, H. H.; ALI, R. K. Biosorption of cadmium and lead from aueous solution y fresh water alga Anaaena sphaerica iomass. Journal of Advanced Research, v.4, p. 367 374, 2013. AL BAKHEET, S. A.; ATTAFI, I. M.; MAAYAH, Z. H.; ABD-ALLAH, A. R.; ASIRI, Y. A.; KORASHY, H. M. Effect of long-term human exposure to environmental heavy metals on the expression of detoxification and DNA repair genes. Environmental pollution (Barking, Essex : 1987, v.181, p.226 32, 2013. BAKATULA, E. N.; UKROWSKA, E. M.; WEIERSBYE, I. M.; MIHALY-OZMUTA,

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