Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter spp: mecanismos de resistência e aspectos para a terapia. Beatriz M Moreira



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Transcrição:

Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter spp: mecanismos de resistência e aspectos para a terapia Beatriz M Moreira

Bactérias Gram-negativas nãofermentadores Pequena exigência nutricional amplamente encontrados no meio ambiente Exibem resistência natural e adquirida a múltiplos antibióticos Pacientes em uso de antibióticos são freqüentemente colonizados Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp. os NF mais freqüentemente isolados no laboratório clínico

NF em hospitais brasileiros Sentinela 20 lab., 36 hosp, 2 o sem 1998, 855 amostras Sentry 3 lab., 1997-1999, 3728 amostras NF BSI Todos os sítios Trato respiratório Inferior BSI P. aeruginosa 15% (3 o ) 13% (3 o ) 29% (1 o ) 8% (6 o ) Acinetobacter 10% (4 o ) 7% (7 o ) 11% (3 o ) 7% (7 o ) Sader, BJID 4:91, 2000 Sader, BJID 5:200, 2001

P. aeruginosa e Acinetobacter spp resistência natural Bombas de efluxo: 12 sistemas identificados no genoma de P. a., 4 caracterizados (Chuanchuen AAC 45:428, 2001) MexAB-OprM efluxo de cloranfenicol, tetraciclina, ác. nalidíxico, ciprofloxacina, novobiocina, macrolídeos e β- lactâmicos com exceção do imipenem AmpC (cefalosporinase de classe C) Enzimas que modificam aminoglicosídeos (P.a.: fosfotransferases que modificam neomicina e canamicina) (Mingeto, AAC 43: 727, 1999) Baixa permeabilidade (1/100 em relação a E. coli) (Yoshimura JB 152:636,1982)

Acinetobacter resistência natural > do que P. aeruginosa Drogas preferenciais sulbactam (afinidade à PBP2) carbapenemas

P. aeruginosa e Acinetobacter spp resistência adquirida Plasticidade genotípica produção de Bombas de efluxo AmpC permeabilidade modificação de porinas perda, alteração Aquisição de novas β-lactamases

P. aeruginosa resistência adquirida Mutação ureido carbox ceftaz imip merop quinol tetra cloranf AmpC R r R - - - - - MexEF- OprN - - - r/r r R - - MexAB- OprM r/r R r/r - r R RR RR OprD (D2) - - - R r - - - OprD + MexAB- OprM R R R R R R RR RR Livermore, JAC 47:247, 2001

β-lactamases em P. aeruginosa e Acinetobacter Classe Penicil. Primeiras cefalosp Cefal 3a geração βlac + inibidores Carbapenemas A B C D

β-lactamase de classe A em P. a. Não ESBL: plasmidiais, R às penicipinas antipseudomonas, carbenicilina, sem atuar em cef de 3a geração ou aztreonam TEM-1 identificada pela primeira vez em P.a. em 1969 PSE-1 e PSE-4 ESBL: PER (primeira relatada em 1991, 11% na Turquia), VEB (93% das amostras CazR no Vietnam), SHV, TEM, GES/IBC (hidrólise de imipenem)

ESBL em P. aeruginosa Brasil Weldhagen AAC 47:2385, 2003

ESBL em P. aeruginosa Weldhagen AAC 47:2385, 2003

ESBL - Acinetobacter PER (46% das amostras na Turquia) CTX-M2: 3 amostras de aspirado traqueal, Japão, 2002 R a cefotaxime S a cefotax + ác. clav. mesmo ribogrupo caz ctx ctx cla azt Nagano, JCM 42:3978, 2004

β-lactamase de classe D Não ESBL: OXA2 a 19 ESBL: OXA 18 derivadas de OXA 2 derivadas de OXA 10 R ceftazidima > R cefepima 11, 14 e 19 (pp ceftazidime) 17 (cefotaxime) OXA 1 e OXA 31 R cefepima > R ceftazidima e cefotaxime Carbapenemases: OXA 23 (8 amostras de Acinetobacter em Curitiba, em 2 hospitais, 5 óbitos) e OXA 24

Metalo-β-lactamases Japão - imp-1 Serratia marcescens 1994 Rastreamento de 3.700 amostras 1992-1994 132 R imipenem 15 Mbla com níveis variados de resistência Antibiótico imipenem meropenem ceftazidima aztreonam cipro genta amica tobra MIC 2(1) - 128(3) 8(1) - 128(7) 128(15) 4(2) - 128(2) 32(1) - 128(9) 4(2) - 128(10) 1(2) - 128(6) 4(1) - 128(9) Senda, AAC 40:349, 1996

Metalo-β-lactamases - níveis variados de resistência a carbapenemas Japão - imp-6, Serratia maecescens (1996) Antibiótico MIC Kcat/ Km IMP-6 IMP-1 Aztreonam 128 ~0 ~0 Cefotaxime >128 14,5 0,4 Imipenem 32 0,6 1,2 Meropenem >128 4,2 1,5 Yano, AAC 45:1343, 2001

Disseminação de P. aeruginosa produtora de SPM-1 Brasil, 2003 * genótipo SP Gales, JAC 2003

SENTRY: P. aeruginosa, 10 lab. América Latina (3 centros no Brasil - 48% das amostras) 1997-2001, sangue, infecção respiratória inferior, pele ITU Andrade, JAC 52:140, 2003

SENTRY: P. aeruginosa, 10 lab. América Latina (3 centros no Brasil) 1997-2001 contin. R a todos os agentes: 1997: 4% 2001: 17% OR 4,8 (2,6-9,0) Brasil contribuiu com 90% do total, correspondendo a 35% das amostras de 2001 Andrade, JAC 52:140, 2003

Testando a susceptibilidade a antimicrobianos - NCCLS Tabela 1: lista de antibióticos para testar rotineiramente para P.a. e Acineto., disco difusão Grupo A: ceftazidima, gentamicina, mezlocilina/ ticarcilina ou piperacilina Grupo B: amicacina, aztreonam, cefepima, ciprofloxacina/ levofloxacina, imipenem, meropenem, tobramicina Grupo C e grupo U - suplementares

Testando a susceptibilidade a antimicrobianos NCCLS - continuação Para S. maltophilia fornecer resultado apenas para levofloxacina, minociclina e trimetoprim/sulfametoxazol Para B. cepacia fornecer resultado apenas para ceftazidima, meropenem e minociclina Outros não-enterobacteriaceae testar apenas por determinação de MIC

Mbla é importante detectar? Diagnóstico de resistência provavelmente pouco importante observar susceptibilidade no antibiograma Importância epidemiológica deter a disseminação dos genes vários em integrons co-resistência, co-expressçao, coseleção vários surtos no Brasil conter disseminação de cepa epidêmica

Mbla diagnóstico laboratorial Princípio detectar diminuição da resistência (o marcador pode ser ceftazidima ou imipenem) na presença de quelante iônico (EDTA, ác. mercaptopropiônico) Disco aproximação E-teste

Teste de disco aproximação para detecção de Mbla - P. aeruginosa, ác-mercaptopropiônico ceftazidima CAZ MPA CAZ Arakawa, JCM 38: 40, 2000

E-teste (Walsh et al., JCM 2002, 40:2755 Amostra de Serratia marcescens produtora de IMP-1 imipenem com EDTA: (1 a 64μg/mL) imipenem com MPA: (1 a 64μg/mL) CAZ com EDTA: (0,016 a 256μg/mL)

E-teste: Imipenem+EDTA e Tazobactam+EDTA

Detecção de ESBL em nãoenterobacteriaceae Adição de ácido clavulânico inibe ESBL susceptibilidade ao β-lactâmico em teste Indução de AmpC hidrólise do β -lactâmico susceptibilidade ao β-lactâmico em teste ceftazidima imipenem cefepima

Detecção de ESBL em P. aeruginosa: duplo disco com clavulanato Falso negativo indução de AmpC Presença simultânea de metalo ou oxacilinase resistência à inibição por clavulanato (GES-2) mecanismos de resistência combinados impermeabilidade, efluxo ideal PCR (iniciadores para VEB, PER, GES, TEM, SHV), cuidado com pureza do DNA Weldhagen, AAC 47:2385, 2003

ESBL em P. aeruginosa: implicação terapêutica Tratamento mais apropriado não determinado modelo animal, PER imipenem+ amicacina combinação sinérgica para amostra susceptível a ambos cefepime e pip/tazo efeito inóculo in vivo experiência clínica com VEB tratamento com carbapenema determinação de MIC deve ajudar não se observou até hoje nenhuma amostra ESBL+ susceptível à ceftazidima resultado de TSA provavelmente é confiável (Nordmann, inform. pessoal) Weldhagen, Poirel e Nordmann, AAC 47:2385, 2003

Metalo em P. aeruginosa: susceptibilidade a antimicrobianos em amostras do Rio de Janeiro 28 amostras (21 clone A, 7 clone B), 1999-2000 Antibiótico N susceptível Amicacina 2 Aztreonam 5 Gentamicina, imipenem, meropenem, piperacilina/ tazobactam 1 cada (amostras diferentes) Ceftazidima, cefepima, ciprofloxacina, ticarcilina/tazobactam zero

Lembretes Dr. David Livermore, ICAAC 2004 Tobramicina o aminoglicosídeo mais ativo contra P.a. pode ser ativo contra amostra R a gentamicina e amicacina Aztreonam pode ser ativo contra amostra produtora de Mbla (outros mecanismos de R: efluxo, AmpC) Sinergismo: não tentar quando há resistência em alto nível para algum dos compostos (poderia tentar somente se houver resistência em baixo nível p. ex. R a imipenem por efluxo) Moxifloxacina a mais ativa das quinolonas (NF?)

Aztreonam em combinação com outros antibióticos 40 amostras de P. aeruginosa, MIC 1-16 μg/ml ausência de antagonismo sinergismo completo ou parcial fluoroquinolonas - 63,4% ceftazidima ou cefepime 75-85% imipenem indiferença em 65% Sader, Diagn Microbiol Inf Dis 47:547, 2003

Controlando a resistência: prioridade - controlar cepas epidêmicas - higienização de mãos: a medida isolada mais eficaz Boyce e Pittet, MMWR 51:1, 2002

Acinetobacter na America Latina disseminação de uma cepa América Latina 10 centros 826 amostras (Brasil 400), 1997-2001 níveis variados de resistência 8 cepas relacionadas a um ribogrupo disseminado em 3 países (Argentina, Brasil, Colômbia) Tognim, Int J Inf Dis 8:284, 2004

Acinetobacter na America Latina cont % resistência nos 3 centros do Brasil Ano 1997 1998 1999 2000 2001 Total Imipenem 13,6 12,5 4,5 8,6 2,2 8,5 Meropenem 14,8 12,5 3,0 5,2 3,3 8,3 Tognim, Int J Inf Dis 8:284, 2004

Acinetobacter na America Latina continuação Resistência a polimixina 6 amostras, todas do Brasil, BSI, dos 3 centros participantes somente uma amostra resistente também a carbapenemas Tognim, Int J Inf Dis 8:284, 2004

Surto de infecção por A. baumannii e P. aeruginosa no Brooklyn, NY R a imipenem nos EUA ~ 15% Estudo - 15 hospitais julho a setembro de 1999 A. baumannii 419 amostras 50% resistentes a imi ou merop (20-70%) atividade do imipenem 2x > que meropenem 25% destes S apenas a polimixina 5 amostras resistentes tb à polimixina Ribotipagem de 224 amostras R carbapenemas: 1 cepa representou 62% das amostras (140), encontrada nos 15 hospitais culturas de ambiente em 10 hospitais - + para A.b. resistente a carbapenemas em 7 Landman, Arch Intern Med 162: 1515, 2002

Surto de infecção por A. baumannii e P. aeruginosa no Brooklyn, NYcontin. 823 P. aeruginosa R imipenem em 24% - encontrado nos 15 hospitais (12-58%) atividade do meropenem 4x > que imipenem 6 amostras de 6 hospitais resistentes a todos os antibióticos 50% das amostras pertenciam a 3 cepas presentes em 5-105 hospitais Landman, Arch Intern Med 162: 1515, 2002

Controle de infecções resistentes o futuro está em nossas mãos