Programa de Proteção ao Emprego PPE Definição de regimento, critérios de adesão e funcionamento
Kurzarbeit curto tempo de trabalho O Kurzarbeit é antigo na Alemanha. Ele fez a sua primeira aparição antes da Segunda Guerra Mundial. Logo após a queda do Muro de Berlim e a Reunificação, a decadência da economia na porção leste do país levou a uma expansão sem precedentes do sistema. Em 1991, cerca de 1,6 milhão de trabalhadores foram incluídos no esquema, a maioria no leste. Os defensores do esquema afirmam que, apesar de representar um gasto a mais para o governo, o Kurzarbeit ajuda a desonerar os cofres públicos, já que é mais barato pagar complementos salariais do que o total de uma parcela inteira de seguro-desemprego. Além disso, os patrões e os empregados continuam a contribuir para a previdência. O PPE vai incluir 50 mil trabalhadores até 2016 e vai custar cerca de 94,8 milhões de reais ao Fundo de Amparo do Trabalhador. É apenas uma fração do que foi observado na Alemanha. Somente em 2009, o governo alemão gastou cerca de 6 bilhões de euros (21,7 bilhões de reais) no programa.
Estimativa: PPE x Seguro-Desemprego Para 50 mil trabalhadores, despesas com SD superariam em R$ 190,8 milhões às do PPE PPE: redução de 30% da jornada de trabalho durante 6 meses Gasto do governo com PPE (R$) [A] 112.500.000 Salário médio (R$) 2.500 Salário no PPE (R$) 2.125 Redução salarial (R$) 750 Gasto do governo por trabalhador (R$) 375 Número de Trabalhadores 50.000 Contribuições sociais durante o PPE (R$) [B] 181.307.244 Despesa líquida com PPE (R$) [C=B-A] 68.807.244 Gasto com SD (R$) [D] 259.643.790 Número de Segurados 50.000 Gasto com SD - Despesa líquida com PPE (R$) [E=D-C] 190.836.546
Quem pode aderir: 1. Empresas; 2. Em dificuldades econômico-financeiras; 3. Que esgotarem a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas. 4. CNPJ há pelo menos 2 anos (ao menos da matriz); 5. Regularidade fiscal, previdenciária e com relação ao FGTS; 6. Nos últimos 12 meses, contados do mês anterior à solicitação de adesão ao PPE, apresentarem resultados do Indicador Líquido de Emprego (ILE) de até 1%, calculado com base nos dados do CAGED/MTE: ILE = Admitidos (12 meses anteriores) Desligamento (12 meses anteriores) x 100 Estoque de Empregados no 13º mês anterior à solicitaçao do PPE
ILE: Será considerada em situação de crise econômicofinanceira a empresa cujo Indicador Líquido de Empregos (ILE) for igual ou inferior a 1%. Apurado com base nas informações da empresa disponíveis no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, o índice consiste no percentual representado pela diferença entre admissões e desligamentos, acumulada nos doze meses anteriores ao da solicitação de adesão ao PPE, em relação ao estoque de empregados.
Como acontece a habilitação 1. Adesão pode ser feita até 31 de dezembro de 2015, com validade por 12 meses; 2. A Empresa e Sindicato celebram o Acordo Coletivo de Trabalho Específico (ACTE) para adesão ao PPE. a) Para tanto a empresa deve, primeiro, requerer ao sindicato negociação específica; b) Apresentar proposta indicando os percentuais de redução da jornada de trabalho; de redução da remuneração; os estabelecimentos ou os setores da empresa a serem abrangidos pelo PPE; relação dos trabalhadores abrangidos, identificados por nome, números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e no Programa de Integração Social PIS; c) Provar ao sindicato que foram esgotados os períodos de férias, inclusive coletivas, e os bancos de horas. d) Propor a constituição de comissão paritária composta por representantes do empregador e dos empregados abrangidos pelo PPE para acompanhamento e fiscalização do Programa e do acordo. e) Exigir que as propostas sejam aprovadas em assembléia dos empregados, com eleição dos representantes da comissão paritária;
Como acontece a habilitação 3. Aprovado pelos empregados, será elaborado um ACTE Acordo Coletivo de Trabalho Especifico, contendo as seguintes cláusulas: I - o período pretendido de adesão ao PPE; II - os percentuais de redução da jornada de trabalho e de redução da remuneração; III - os estabelecimentos ou os setores da empresa a serem abrangidos pelo PPE; IV - a relação dos trabalhadores abrangidos, identificados por nome, números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e no Programa de Integração Social - PIS; e V - a previsão de constituição de comissão paritária composta por representantes do empregador e dos empregados abrangidos pelo PPE para acompanhamento e fiscalização do Programa e do acordo. 4. Elaborado o ACTE, a Empresa realiza o registro do ACTE e anexa a relação nominal dos trabalhadores no Sistema Mediador da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do MTE, que emitirá o MR.
Como registrar o ACTE
Como registrar o ACTE
Como registrar o ACTE
Como fazer a solicitação de adesão
Como fazer a solicitação de adesão
Como fazer a solicitação de adesão https://www.youtube.com/watch?v=twxoj_trjkk
Como acontece o pagamento 8. A Empresa se dirige à agência da CAIXA escolhida para relacionamento quanto ao PPE. 9. A Empresa envia, mensalmente, arquivo de dados dos beneficiários do PPE, para análise da SE-CPPE e informação à CAIXA. 10. A CAIXA realiza rotinas operacionais de pagamento e de liberação de recursos às Empresas. 11. A CAIXA solicita transferência de recursos ao MTE. 12. A CAIXA recebe e credita os recursos às Empresas para pagamento dos benefícios aos empregados, por meio da folha de salários. 13. A CAIXA disponibiliza informações das operações ao MTE. 14. A CAIXA apresenta ao MTE a prestação de contas anual. 15. O MTE analisa a prestação de contas anual.
MANUTENÇÃO DO PROGRAMA Por exemplo, numa redução de 30% da jornada, um trabalhador que recebe hoje R$ 2.500,00 de salário e entra no PPE passará a receber R$ 2.125,00, sendo que R$ 1.750,00 pagos pelo empregador e R$ 375,00 pagos com recursos FAT. SIMULADOR... http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2015/07/simulador-comoficam-os-salarios-com-o-programa-de-protecao-ao-emprego-4802204.html
MANUTENÇÃO DO PROGRAMA Para entrar no programa, empresas precisam ter contratado, no máximo, 1% a mais do que demitiram nos últimos 12 meses as empresas que aderirem ao PPE não poderão dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida temporariamente enquanto vigorar a adesão. No final do período, o vínculo trabalhista será obrigatório por prazo equivalente a um terço do período de adesão. Quem aderir ao PPE fica proibido de dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE e, após o seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão. Assim, se a adesão se o PPE durar seis meses, o trabalhador terá estabilidade por mais dois meses após seu término. Se o PPE durar 12 meses, a estabilidade será de 4 meses.
MANUTENÇÃO DO PROGRAMA No período, as aderentes não poderão contratar empregados para executar, total ou parcialmente, as mesmas atividades exercidas pelos trabalhadores abrangidos pelo Programa, exceto nos casos de reposição ou aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa nos termos do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho e desde que o novo empregado também seja abrangido pelo Programa. Uma comissão paritária, composta por representantes do empregador e dos empregados abrangidos pelo PPE, acompanhará e fiscalizará a aplicação do Programa e o acordo.
MANUTENÇÃO DO PROGRAMA Contribuição Previdenciária e FGTS Em relação as obrigações das empresas, a partir de 1º de novembro deste ano a Contribuição Previdenciária (da empresa e do empregado) incidirá também sobre o valor da complementação paga pelo FAT. Já sobre o FGTS, no período em que a empresa estiver no PPE, esse incidirá sobre o salário complementado (salário efetivamente recebido, com redução proporcional, somado com a complementação paga através do FAT).