Nota Técnica nº 123/2005



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Transcrição:

Nota Técnica nº 123/2005 Recomendações para adequação de ESCOLA EM MADEIRA atendida pelo PAPE Tendo em vista o grande número de edificações escolares construídas em madeira nas regiões atendidas pelo FUNDESCOLA, a presente nota técnica tem como objetivo orientar as intervenções em escolas desse tipo, a serem executadas com recursos do Programa. Observação: Todos os elementos construtivos em madeira, citados abaixo, deverão ser executados com madeira oriunda de certificação florestal, com manejo ade quado e obedecendo a legislação ambiental brasileira vigente. Preferencialmente, esses produtos deverão ter o selo da certificação, produzidos com madeira de florestas certificadas. Ressalta-se que poderão, também, ser utilizadas madeiras de espécies exóticas destinadas à comercialização como pinus e/ou eucalipto. 1. SALA DE AULA No ambiente sala de aula, está sendo priorizada a utilização de materiais construtivos de qualidade, visando maior segurança, salubridade, durabilidade, facilidade de manutenção e conforto ao ambiente escolar, sem esquecer a especificidade de materiais peculiares de cada região. Assim como nas escolas construídas em alvenaria, ressalta-se que nas salas de aula adequáveis, onde alguns materiais e componentes estejam em bom estado de conservação, faz-se necessário apenas a correção e recuperação destes, desde que não comprometam os aspectos funcionais, estéticos e de conforto ambiental da sala de aula. 1.1 Especificação de serviços e materiais 1.1.1 Pé-direito A altura mínima deverá ser de 2,60m para obter melhor conforto térmico. Recomenda-se nas regiões Norte e Nordeste, quando possível, um pé-direito mínimo de 3,00m.

1.1.2 Coberturas Estruturas Deverão ser executadas em madeira de 1 a categoria (maçaranduba, peroba, cedrinho, angelim, jatobá ou outras com mesmas características de resistência). A madeira deverá ser resistente ao apodrecimento e ao ataque de insetos, previamente tratada com material ignífugo 1 /imunizante. Telhamento Deverá ser, preferencialmente, em telhas cerâmicas de primeira categoria. No caso de ser executada em telha ondulada de fibrocimento ou metálica (alumínio, aço galvanizado) deve-se obrigatoriamente pensar na criação de um colchão de ar com forro, de modo a garantir melhor conforto termo-acústico. Serão aceitas também coberturas em cavaco, desde que devidamente protegidas contra a ação de insetos, fungos e umidade. Sugere-se o uso de sub-cobertura, tipo manta plástica, na cor branca de modo a evitar infiltrações e melhorar o conforto térmico. Forro Deverá ser em madeira, devidamente protegida contra a ação de fungos e insetos. O mesmo poderá ser instalado nivelado no plano horizontal ou inclinado, acompanhando a declividade do telhado. No caso de recuperação de forros existentes de madeira, recomenda-se obedecer ao padrão original, visando a resistência e o aspecto estético. 1.1.3 Esquadrias Nas esquadrias devem sempre ser considerados os aspectos de segurança, durabilidade e manutenção. Todas as peças de madeira deverão receber tratamento imunizante. Janelas As janelas poderão ser de madeira (ipê, canela, mogno, cerejeira ou jatobá) ou metálicas. As mesmas deverão permitir a ventilação natural mesmo quando fechadas. Para tal recomenda -se o uso do tipo basculante, pivotante ou veneziana. Os critérios da ventilação cruzada deverão ser respeitados, colocando-se obrigatoriamente as aberturas em paredes opostas e paralelas. Para iluminação natural, recomenda-se um vão mínimo de abertura com área equivalente a 1/5 da área do piso. Para ventilação natural, a proporção deve ser de, no mínimo, 1/10 da área do piso. Portas As portas deverão ter dimensões mínimas de 0,80x2,10m e poderão ser em madeira maciça, prensada e tarugada ou semi-oca, devidamente protegidas contra a ação da umidade. 1 Substância que inibe a combustão.

1.1.4 Revestimentos As paredes das salas de aula das edificações escolares em madeira estarão isentas da aplicação de revestimento, desde que as tábuas das paredes estejam devidamente aplainadas, lixadas e protegidas contra a ação de insetos, fungos e penetração de água, seguido de pintura até o teto. 1.1.5 Pisos Cerâmico Poderá ser utilizado em edificações escolares onde o piso for apoiado em laje ou diretamente no solo. O piso cerâmico a ser aplicado deverá ser de alta resistência, assentado sobre uma camada de regularização, com grau de absorção II e resistência mínima à abrasão PEI 4, ter dimensões padrão de 20x20, 30x30 ou 40x40. Cimentado reguado/desempenado Deverá ser executado sobre base perfeitamente limpa e lavada. O cimentado deve conter argamassa com traço 1:3 (em volume cimento e areia). A superfície deve ser dividida em painéis de 0,90 x 0,90 mediante sulcos profundos ou juntas de madeira. O sarrafeamento, desempeno e moderado alisamento deve ser feito quando a argamassa ainda estiver plástica. Deverá ser aplicado, na seqüência, pintura específica para piso. Madeira O piso em madeira deverá ser devidamente seco e resistente à ação de fungos e insetos através da aplicação de produto insolúvel em água, conservando a madeira contra o ataque de cupins e apodrecimento. A superfície deverá ser perfeitamente lixada, recebendo, na seqüência, pintura específica ou cera para madeira. 1.1.6 Instalações elétricas Iluminação A iluminação das salas de aula deverá ser uniforme em todos os planos de trabalho, obedecendo ao parâmetro de iluminância de 300 lux. Utilizando-se como exemplo, uma sala de aula de 48,00m², poderá ser alcançada a seguinte configuração: 01 luminária fluorescente completa 2x40W a cada 8m²; 01 luminária fluorescente completa 2x20W a cada 4m²; 01 luminária fluorescente compacta de 20W a cada 2,65m²; Por questões de economia, deverá ser feita uma perfeita distribuição nos comandos (interruptores) de modo a manter acesas somente as luminárias da área que esteja sendo utilizada. Para uma sala com 48m² de área, utilizando luminárias fluorescentes de 2x40W, deverão ser previstos: Pontos de luz: no mínimo 06 (seis) pontos;

Luminárias fluorescentes 2x40W completa (lâmpada, reator, starter e soquete) 06 (seis) unidades Interruptor com 03 (três) teclas 01 (uma) unidade. Cada tecla comandando 02 luminárias; Interruptor com 02 (duas) teclas 01 (uma) unidade. Cada tecla comandando dois ventiladores de teto ou um ventilador de parede. Eletrodutos Os eletrodutos aparentes, deverão ser em PVC rígido na cor pr eta devidamente fixados na parede com braçadeiras metálica a cada 80cm ou eletroduto de ferro galvanizado. Poderá ser utilizada canaleta plástica de sobrepor em PVC, desde que devidamente fixada na parede. Estão vedadas as instalações elétricas com fiação aparente e/ou eletroduto corrugado flexível. 1.1.7 Pintura Pintura em paredes As paredes internas das salas de aula deverão ser obrigatoriamente pintadas com esmalte sintético ou tinta a base de óleo, em cores claras, sendo aplicado previamente fundo de acabamento fosco. A superfície deverá ser devidamente lixada e isenta de farpas. Está vedado o uso de pintura a cal ou similar, até o teto. Pintura em esquadrias Em esquadrias de madeira, a pintura deverá ser em esmalte sintético ou tinta a base de óleo, sendo aplicado previamente fundo de acabamento fosco sobre a superfície devidamente lixada e isenta de farpas. Em esquadrias metálicas 1.1.8 Quadros Quadro-de-giz Deverá ter dimensão mínima de 3m², ser fixado a uma altura de 0,80cm em relação ao piso acabado, contendo moldura e aparador de giz. Além disso, deve estar centralizado para evitar a reflexão pela incidência de raios solares. O posicionamento do mesmo na sala de aula deve levar em consideração a maior incidência de luz natural, evitando a projeção de sombra sobre o plano de trabalho dos alunos. Recomenda-se o uso de fórmica, na cor escura, para fabricação do quadro-degiz. Quadro de aviso Deverá ser em fórmica branca ou cortiça.

2. SANITÁRIOS OBSERVAÇÃO: As recomendações abaixo referem-se a uma unidade escolar abastecida por água e energia elétrica. Caso contrário, deverão ser observadas as dicas constantes no Anexo. O ambiente destina-se à higiene dos alunos, professores e funcionários da escola, durante o período das aulas, e da comunidade escolar, durante as reuniões e atividades festivas. O FUNDESCOLA, nessa etapa está financiando a adequação de sanitários para alunos, cujo dimensionamento está associado à quantidade de bacias sanitárias definida em função do número de usuários. Caso seja possível, na escola deverá existir, pelo menos, 01 bacia sanitária adequada ao portador de necessidades especiais para uso de ambos os sexos. O(s) sanitário(s) adequado(s) deverá(ão) ser dotado(s) de barras de apoio, ligado(s) a uma rota acessível e dimensões mínimas de 1,50x1,50, conforme recomendações na NBR 9050/2004. A menor escola a receber intervenção de adequação deve ter pelo menos 01(um) sanitário ligado aos ambientes da escola por uma rota acessível. Rota Acessível: trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas portadoras de necessidades especiais. A rota acessível externa pode incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas, etc. A rota acessível interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores, etc. 2.1 Especificação de serviços e Materiais 2.1.1 Pé-direito A altura mínima deverá ser de 2,60m para obter melhor conforto térmico. Recomenda-se nas regiões Norte e Nordeste, quando possível, um pé-direito mínimo de 3,00m. 2.1.2 Coberturas Estruturas Deverão ser executadas em madeira de 1 a categoria (maçaranduba, peroba, cedrinho, angelim, jatobá ou outras com as mesmas características de resistência). A madeira deverá ser resistente ao apodrecimento e ao ataque de insetos, previamente tratada com material ignífugo 2 /imunizante. 2 Substância que inibe a combustão.

Telhamento Deverá ser, preferencialmente, em telhas cerâmicas de primeira categoria. No caso de ser executada em telha ondulada de fibrocimento ou metálica (alumínio, aço galvanizado) deve-se obrigatoriamente pensar na criação de um colchão de ar com forro de modo a garantir melhor conforto termo-acústico. Serão aceitas também coberturas em cavaco, desde que devidamente protegidas contra a ação de insetos, fungos e umidade. Sugere-se o uso de sub-cobertura, tipo manta plástica, na cor branca de modo a evitar infiltrações e melhorar o conforto térmico. Forro Deverá ser em madeira, devidamente protegida contra a ação de fungos e insetos. O mesmo poderá ser instalado nivelado no plano horizontal ou inclinado, acompanhando a declividade do telhado. No caso de recuperação de forros existentes de madeira, recomenda -se obedecer ao padrão original, visando a resistência e o aspecto estético. 2.1.3 Esquadrias Nas esquadrias devem sempre ser considerados os aspectos de segurança, durabilidade e manutenção. Janelas As janelas poderão ser de madeira (ipê, canela, mogno, cerejeira, jatobá ou madeira com características de resistência similares), proporcionando ventilação (1/10 da área do piso) e iluminação natural (1/8 da área do piso) no ambiente. As aberturas para iluminação e ventilação deverão ser guarnecidas de janelas que permitam a abertura do tipo veneziana, pivotante ou basculante em madeira ou metálicas. Portas As portas para os portadores de necessidades especiais deverão ser de 0,80x2,10m para os boxes com dimensões acima de 1,50x1,70m e de 1,00x1,80m para os boxes com dimensões de 1,50x1,50m. Deverão ser assentadas a 0,15m acima do piso acabado. As portas poderão ser em madeira maciça, prensada e tarugada ou semi-oca, devidamente protegidas contra a umidade. Ferragens Devem ser de padrão superior de acordo com a Norma da ABNT NBR 12.931. Para porta dos boxes, recomenda-se tarjeta simples e resistente. 2.1.4 Revestimentos As paredes dos sanitários de edificações escolares em madeira estarão isentas da aplicação de revestimento cerâmico, desde que as tábuas estejam devidamente aplainadas, lixadas e protegidas contra a ação de insetos, fungos e penetração de água, além de pintadas.

No caso de escolas mistas (executadas em alvenaria e madeira), as paredes do(s) sanitário(s) deverão receber revestimento cerâmico nas paredes em alvenaria até o teto, aplicado após emboço, com argamassa ou pasta de cimento colante até a altura do forro. A cerâmica deverá ser de boa qualidade, apresentar resistência mínima à abrasão PEI 3, ter dimensões padrão de 10x10cm ou 20x20cm, sugerindo-se, preferencialmente cores suaves como: branco, verde, azul, amarelo. Devese evitar o emprego de cerâmicas decoradas. Divisórias Deverão ter altura mínima de 1,80m e serem elevadas a 0,15m do piso acabado. 2.1.5 Pisos Cerâmico Poderá ser utilizado em edificações escolares onde o piso for apoiado em laje ou diretamente no solo. O piso cerâmico a ser aplicado deverá ser de alta resistência, assentado sobre uma camada de regularização, com grau de absorção II e resistência mínima à abrasão PEI 4, ter dimensões padrão de 20x20, 30x30 ou 40x40. Cimentado reguado/desempenado Deverá ser executado sobre base perfeitamente limpa e lavada. O cimentado deve conter argamassa com traço 1:3 (em volume cimento e areia). A superfície deve ser dividida em painéis de 0,90 x 0,90 mediante sulcos profundos ou juntas de madeira. O sarrafeamento, desempeno e moderado alisamento deve ser feito quando a argamassa ainda estiver plástica. Deverá ser aplicado, na seqüência, pintura específica para piso. Madeira O piso em madeira deverá ser devidamente seco e resistente à ação de fungos e insetos através da aplicação de produto insolúvel em água, conservando a madeira contra o ataque de cupins e apodrecimento. A superfície deverá ser perfeitamente lixada, recebendo, na seqüência, pintura específica ou cera para madeira. 2.1.5 Instalações Elétricas As instalações elétricas deverão atender às seguintes Normas Técnicas da ABNT : NBR 5410/NBR 5411: Instalações elétricas de baixa tensão NBR 5413: Iluminância de interiores. Ponto de Luz Deverão ter iluminação artificial de, no mínimo 150 lux e potência de 8w/m². Pode-se ter como exemplo:

01 luminária fluorescente completa 1x40W a cada 8m²; 01 luminária fluorescente completa 2x20W a cada 8m²; 01 luminária fluorescente compacta de 20W a cada 5m²; Ponto de interruptor Deverá ter 01 interruptor de uma tecla simples para cada 02 luminárias. Eletrodutos Os eletrodutos aparentes, deverão ser em PVC rígido na cor preta devidamente fixados no paramento com braçadeiras metálicas a cada 80cm ou eletroduto de ferro galvanizado. Poderá ser utilizada canaleta plástica de sobrepor em PVC desde que devidamente fixada na parede. Estão vedadas as instalações elétricas com fiação aparente e/ou eletroduto corrugado flexível. 2.1.6 Instalações Hidro-sanitárias As instalações hidro-sanitárias deverão atender as seguintes normas técnicas da ABNT: NBR 5626: Instalação predial de água fria NBR 5651: Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação tubos e conexões em PVC, tipo DN Requisitos Esgotos Prever ramais de esgoto sanitários separados para cada 3 bacias sanitárias. Deverá ter 01 caixa sifonada e 01 ralo de limpeza de acordo com o projeto de adequação. Louças Bacia sanitária Deverá ter uma bacia sanitária e uma papeleira para cada 40 alunos. Lavatório Deverá ter 01 lavatório para cada 30 alunos. Recomenda-se 01 saboneteira para cada 02 lavatórios e 01 cabideiro para cada lavatório. Metais Torneira Deverá ter 01 torneira para cada lavatório Válvula/Caixa de descarga Deverá ter 01 válvula ou caixa de descarga para cada bacia sanitária. Barra de apoio para portador de necessidades especiais Deverão ser 02 barras por bacia sanitária adequada ao portador de necessidades especiais, conforme recomendações da Norma NBR9050/2004. As barras deverão ser fixadas com parafusos diretamente na estrutura (montantes de madeira).

2.1.6 Pinturas Pintura em paredes As paredes internas dos sanitários deverão ser obrigatoriamente pintadas em esmalte sintético, sendo aplicado previamente fundo de acabamento fosco. A superfície deverá ser devidamente lixada e isentas de farpas. Está vedado o uso de pintura a cal ou similar. Pintura em esquadrias Deverá ser em esmalte sintético, sendo aplicado previamente fundo de acabamento fosc o. A superfície deverá ser devidamente lixada e isentos de farpas. Brasília, 20 de setembro de 2005. ------------------------------------------------- Rodolfo Oliveira Costa Coordenador Geral de Estudos e Análises ------------------------------------------------- Cláudia Maria Videres Trajano Técnica em infra-estrutura ------------------------------------------------- Tiago Lippold Radünz Consultor

ANEXO I Recomendações para adequação de sanitários em escolas sem redes de abastecimento de água e energia elétrica. Em escolas onde inexiste redes de abastecimento de água e energia elétrica, deve-se seguir as seguintes recomendações para adequação do sanitário, em edificação externa à escola: No caso de sanitários com fossa seca, deverão ser previstas unidades separadas por sexo, devidamente fechadas com divisórias em madeira e/ou alvenaria, com porta de acesso com largura mínima de 0,60m e trava para fechamento; As unidades sanitárias deverão ser cobertas com telha cerâmica, fibrocimento, metálica ou cavaco de madeira, com inclinação que permita o escoamento adequado das águas pluviais; Recomenda-se a previsão de aberturas para ventilação e iluminação natural, com área mínima de 1/8 da área útil do piso; Deverá ser previsto chaminé para evacuação de gases (em tubo de PVC, Ø75cm), a partir da fossa seca, com saída 30cm acima da cumeeira da cobertura; A unidade sanitária deverá estar situada a uma distância mínima de 15m do corpo principal da edificação escolar, preferencialmente do lado oposto à cozinha e distante da horta (se existir) e área de abastecimento de água No caso de fossa seca, deve-se prever tampa em concreto ou madeira para fechamento da mesma, evitando a entrada de animais e a evacuação de gases.