AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÃO - ANATEL SUPERINTENDÊNCIA DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA CONSULTA PÚBLICA N.º 246, DE 11 DE SETEMBRO DE



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Transcrição:

Porto Alegre, 07 de outubro de 2000 AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÃO - ANATEL SUPERINTENDÊNCIA DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA CONSULTA PÚBLICA N.º 246, DE 11 DE SETEMBRO DE 2000 Proposta de Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) SAS, Quadra 06, Bloco H - Edifício Ministro Sérgio Motta, 2º andar - Biblioteca CEP 70313-900 - Brasília - DF Fax: (061) 312-2002 Ref.: Consulta Pública n.º 246, de 11 de setembro de 2000, sobre a Proposta de Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia. Prezados Senhores: Atendendo à Consulta Pública n. 246, de 11.09.2000, que versa sobre a proposta de Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia, o escritório Campos e Saldanha vem, através da presente, encaminhar a Vossas Senhorias os anexos comentários e sugestões ao texto do referido Regulamento. A possibilidade de colaborar para a melhoria e o enriquecimento do texto da proposta deste Regulamento, cumpre frisar e enaltecer, só se tornou viável devido à saudável, legítima e, acima de tudo, democrática iniciativa da ANATEL em ouvir a sociedade, o que se coaduna cada vez mais com a responsabilidade pública e regulatória da mesma, verdadeira homenagem ao Estado Democrático de Direito. Solicita-se que eventuais e futuras comunicações decorrentes da presente, sejam encaminhas ao Dr. Fernando Rodrigues Silva, no seguinte endereço: Av. Carlos Gomes, 651,

conj. 901, Cep. 90.480-003, Tel. (0xx51)328.1610, Fax (0xx51)3288789 e e-mail fsilva@camposesaldanha.com.br. Atenciosamente, Marco Antônio Bezerra Campos OAB/RS 14.624

COMENTÁRIOS À PROPOSTA DE REGULAMENTO DO SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA, SOB CONSULTA PÚBLICA DE N.º 246 DE 11 DE SETEMBRO DE 2000. Inicialmente, é dever salientar a louvável criação deste Regulamento, pioneiro na convergência de telecomunicações. A tão próxima abertura do mercado, e a desregulamentação do setor, que permitirá a competição das empresas em todos serviços, orientam a iniciativa desta e. Agência na elaboração da norma, ampliando as opções para transmissão com conteúdo múltiplo que, pelas características da tecnologia digital, pode comportar todos seus tipos, não importando o meio. Eis aí, aliás, a importância do Regulamento referir (i) a obrigatoriedade de interconexão entre as redes de suporte do SCM e entre estas e as redes de outros serviços de telecomunicações (artigo 7º); (ii) a utilização pelos interessados das redes de suporte do SCM para provimento de serviços de valor adicionado (art. 8º); (iii) o direito de acesso das prestadoras de SCM às redes de outras prestadoras de serviço de telecomunicações e vice-versa (art. 9º e único), e (iv) o compartilhamento de infra-estruturas pelas empresas de SCM (art. 63, I), matérias relevantíssimas para o efetivo desenvolvimento deste serviço. Outro ponto que merece destaque diz respeito a exclusão do serviço de TV por Assinatura no SCM. Não fossem os percalços político-legislativos quando da elaboração da Lei Geral das Telecomunicações para alterar a Lei do Cabo, este Regulamento poderia perfeitamente abarcar os serviços da TV paga, prescindindo a elaboração de Regulamento exclusivo para disciplinar o serviço, cuja nova denominação será Serviço de Comunicação Eletrônica de Massas por Assinatura SCEMA.

Passamos, a seguir, à análise dos dispositivos do Regulamento: DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 3º Retirar a limitação à prestação do SCM aos serviços de telecomunicações exclusivamente fixos e ampliar o acesso ao SCM ao grupo caracterizado pela mesma atividade específica. Além disso, permitir a troca de informações àquelas que se utilizarem deste serviço. Art. 3º O Serviço de Comunicação Multimídia é um serviço de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a troca ou oferta de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço. DISPOSITIVO COMENTADO: único do art. 3º Conforme acima referido, por haver a divisão dos SCM e dos serviços de TV por Assinatura, necessária a distinção expressa de que o SCM distingue-se das modalidades de TV paga, sobretudo porque o SCEMA ainda não existe, e mesmo depois de criado, não abrangeria os contratos de concessão vigentes, até a expiração de seus prazos. Nesse sentido, sugere-se que se incluam expressamente os serviços de TV por Assinatura. Parágrafo único. Distinguem-se do Serviço de Comunicação Multimídia, o Serviço Telefônico Fixo Comutado destinado ao uso do público em geral (STFC), o Serviço Móvel Celular, o Serviço Móvel Pessoal, o Serviço de Radiodifusão, o Serviço de TV a Cabo, o Serviço de Distribuição de Sinais

Multiponto (MMDS) e o Serviço de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite (DTH). DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 4º, I Complementação da redação do dispositivo, Incluir o termo voz à definição. I - Informações Multimídia: são sinais de áudio, vídeo, dados, sons, voz, imagens e texto passíveis de transmissão ou recepção dos assinantes do SCM. DISPOSITIVO COMENTADO: Art.. 4º, XI Aperfeiçoamento da redação do dispositivo. XI Área de atendimento do Assinante: Conjunto de Localidades nas quais o assinante e seus grupos caracterizados por atividade específica são atendidos pela prestadora de SCM. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 6º Parece-nos óbvio que a utilização dos recurso de numeração só ocorrerá quando necessária

Art. 6 o. A utilização de recursos de numeração pelas redes de suporte à prestação do SCM será regida pelo Regulamento de Numeração, aprovado pela Resolução n 83, de 30 de dezembro de 1998, e pelo Plano de Numeração específico do SCM. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 8º O Regulamento assegura o direito dos interessados no uso das redes de suporte do SCM para provimento de serviços de valor adicionado, não delimitando as condições do uso mútuo e preço, muito embora já tenha regulado matéria análoga em outras normas, tais como Regulamento Conjunto de Compartilhamento de Infra-Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP e o Regulamento para Compartilhamento de Infra-Estruturas entre empresas de Telecomunicações que aliás estabelece uma tabela de preços evitando os conhecidos abusos. Dessa forma, até que a ANATEL regule exclusivamente a matéria, sugere-se a menção destes regulamentos no texto, orientando os procedimentos e condições, tal como o fez no artigo 7º, onde trata da conexão. Art. 8º É assegurado aos interessados o uso das redes de suporte do SCM para provimento de serviços de valor adicionado, de forma não discriminatória, a preços e condições justos e razoáveis, devendo ser observado, até a publicação de Regulamento específico da ANATEL, o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP, aprovado pela Resolução n.º 001 de 24 de novembro de 1999 e o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura entre Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Resolução. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 9º

O Regulamento prevê o direito de compartilhar a rede de outras operadoras de telecomunicações, não delimitando as condições do uso mútuo e preço, muito embora já tenha regulado matéria análoga em outras normas, tais como Regulamento Conjunto de Compartilhamento de Infra- Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP e o Regulamento para Compartilhamento de Infra- Estruturas entre empresas de Telecomunicações que aliás estabelece uma tabela de preços evitando os conhecidos abusos. Dessa forma, até que a ANATEL regule exclusivamente a matéria, sugere-se a menção destes regulamentos no texto, orientando os procedimentos e condições, tal como o fez no artigo 7º, onde trata da conexão. Art. 9º As prestadoras de SCM têm direito de acesso às redes de outras prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo, de forma não discriminatória, a preços e condições justos e razoáveis, devendo ser observados, até a publicação de Regulamento específico da ANATEL, o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra- Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP, aprovado pela Resolução n.º 001 de 24 de novembro de 1999 e o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura entre Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Resolução. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 10º De modo a delimitar a livre fixação do valor de acesso às redes de telecomunicações, convém referir o Regulamento para Compartilhamento de Infra-Estruturas entre Empresas de Telecomunicações, que estabelece tabela de preços pré-fixada, evitando os conhecidos abusos. Dessa forma, até que a ANATEL regule exclusivamente a matéria, sugere-se a menção deste regulamento no texto, orientando os limites da remuneração do uso comum das redes.

Art. 10. A remuneração pelo acesso às redes entre as prestadoras de SCM e as demais prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo deve observar os critérios de cálculos estabelecidos no Regulamento para Compartilhamento de Infra-Estruturas entre Empresas de Telecomunicações, até a publicação de regulamento específico instituído pela ANATEL DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 12º Deve existir um parâmetro para que seja fixado o preço de uma autorização pelo poder público Art. 12 o. A Agência estabelecerá o valor a ser pago pela autorização, bem como as condições de seu pagamento, devendo-se sempre considerar a real potencialidade econômica da área de autorização pretendida. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 13º Para uma análise técnica e específica e evitar as concentrações econômicas no mercado das telecomunicações, sugere-se a faculdade da ANATEL submeter ao CADE atos que envolvam tal matéria. Art. 13. Visando promover e preservar a justa e ampla competição e impedir a concentração econômica do mercado, a Anatel poderá

estabelecer restrições, limites ou condições a empresas ou grupos empresariais quanto à obtenção e transferência de autorizações de SCM, facultando-a submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica CADE para análise e julgamento. DISPOSITIVO COMENTADO: 26º, 5º Estipular uma referência para o início da contagem do prazo 5 o. Na hipótese do parágrafo anterior, as demais pessoas que manifestem interesse no uso de radiofrequências, serão convocadas pela ANATEL para apresentar, se for o caso, no prazo de trinta dias contados do recebimento da notificação da Agência, os documentos enumerados no Anexo I e II. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 38 É indispensável que o Poder Público adote o mesmo critério para si e para os seus administrados, no que tange à obediência às disposições contidas nas normas legais. Art. 38 A ANATEL, após o recebimento dos documentos de pedido de transferência de autorização, terá o prazo improrrogável de três meses para analisá-lo e, se for o caso, emitir os atos necessários à sua efetivação, que serão automaticamente emitidos se a Agência não proceder à análise dos documentos no prazo acima estabelecido. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 41

O protocolo junto ao órgão competente (Junta Comercial ou cartório) é o único evento que não enseja qualquer tipo de dúvida quanto à data de sua ocorrência. Art. 41. A transformação do tipo societário e a modificação da denominação social das prestadoras de SCM e de suas sócias diretas e indiretas, também deverão ser comunicadas a esta Agência, no prazo máximo de 20 (vinte) dias após o protocolo junto ao órgão competente para o seu registro. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 42 O termo formalização é muito vago. Art. 42. Os Acordos de Sócios, que regulam as transferências de quotas/ações, bem como o exercício do direito de voto, das prestadoras de SCM e os de suas coligadas ou controladoras, deverão ser encaminhados a esta Agência, para fins de registro, em até quinze dias após a sua assinatura pelas partes envolvidas. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 47 No nosso entender, o prazo de instalação é muito mais abrangente do que o prazo de início de operação do sistema.

Art. 47. Concluída a instalação do sistema, antes de entrar em funcionamento em caráter definitivo, a prestadora, com a finalidade de testa-lo e ajustá-lo, poderá operar em caráter experimental, pelo período máximo de noventa dias, desde que comunique à ANATEL, com antecedência mínima de cinco dias úteis, não podendo extrapolar o início do prazo de início de operação do sistema. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 44º e seguintes O Regulamento não prevê a possibilidade de prorrogação do prazo para implementação do SCM, mesmo nas hipóteses em que, involuntariamente e tendo empenhado esforços a obedecer o prazo, não consegue cumpri-lo. Sugere-se, pois, a inclusão de artigo que preveja tal proteção à operadora. Art. O prazo previsto no art. 44 poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo doze meses, se as razões apresentadas para tanto forem julgadas relevantes pela ANATEL. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 45º O artigo em exame prevê prazo somente para a operadora, omitindo o prazo de análise do Projeto de Instalação pela ANATEL. Levando-se em conta a fluência do prazo para início das atividades por parte da operadora previsto no art. 44 -, deve-se fixar um período de exame à ANATEL, evitando que, futuramente, a Agência levante alguma irregularidade nas instalações, bem como que diminua o prazo da operadora para implementação do serviço. Art. 45. A prestadora deverá, num prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir do ato de autorização, entregar à Anatel, um resumo do Projeto de Instalação, como pré-condição para a emissão de autorização

para instalação do sistema, devendo a Agência analisá-lo no prazo máximo de 30 dias. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 48 É indispensável que o Poder Público adote o mesmo critério para si e para os seus administrados, no que tange à obediência às disposições contidas nas normas legais Art. 48. Antes de iniciar a exploração comercial do serviço, a prestadora deverá solicitar à ANATEL, a qual terá um prazo de 15 (quinze) dias a partir do recebimento para se manifestar, a emissão de Licença de Funcionamento pelo menos 15 (quinze) dias antes do inicio da operação, devendo instruir o requerimento com os documentos constantes do Anexo V deste Regulamento. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 55 É imprescindível o estabelecimento de prazo para agilizar o processo decisório, especialmente quando a delonga provoca prejuízo econômico. Art. 55. Não havendo acordo entre as prestadoras, a ANATEL, por solicitação de pelo menos uma delas, e levando em conta a melhor forma de atender ao interesse público, indicará, no prazo de 30 dias contados da data do recebimento da solicitação, as modificações necessárias nas características técnicas das estações licenciadas ou de estação pretendida.

DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 60º Convém especificar e relacionar a não discriminação da prestação do serviço com critérios de metas de expansão de rede e de caráter econômico, equilibrando o principio da universalização, tal como previsto no art. 70, I deste Regulamento. Art. 60. A prestadora deve prestar o serviço em condições isonômicas a todos os assinantes, especialmente não efetuando discriminação baseada em localização dentro da área de prestação do serviço, salvo nos casos em que a pessoa se encontra em localidade ainda não atendida pela rede. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 63º, I O artigo acima prevê o direito de empregar equipamentos e infra-estrutura que não lhe pertencem, não delimitando as condições do uso mútuo e preço, muito embora já tenha regulado a matéria em outras normas, tais como Regulamento Conjunto de Compartilhamento de Infra-Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP e o Regulamento para Compartilhamento de Infra-Estruturas entre empresas de Telecomunicações que aliás estabelece uma tabela de preços evitando os conhecidos abusos. Dessa forma, até que a ANATEL regule exclusivamente a matéria, sugere-se a menção destes regulamentos no texto, orientando os procedimentos e condições, tal como o fez no artigo 7º, onde trata da conexão.

Art. 63. Constituem direitos da Prestadora, além dos previstos na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, na regulamentação pertinente e os discriminados no termo de autorização para prestação do serviço: I - empregar equipamentos e infra-estrutura que não lhe pertençam, devendo ser observado nestas relações jurídicas, até a publicação de Regulamento específico da ANATEL, o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura da ANATEL, ANEEL e ANP, aprovado pela Resolução n.º 001 de 24 de novembro de 1999 e o Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura entre Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Resolução. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 65º O dispositivo veda a oferta de vantagens a clientes na compra de pacotes, por considerar tal prática uma venda casada, o que, na realidade, não ocorre. Não se trata de venda casada, onde o cliente para adquirir certo produto deve adquirir outro, mas sim de benefício na aquisição de serviços independentes, situações absolutamente distintas. A permanência da redação impediria o oferecimento de promoções aos clientes. A impropriedade da ressalva é comprovada no art. 73, XV deste Regulamento, pelo que, quando trata do tema, em nada refere a vedação do oferecimento de vantagens em caso de aquisição de mais de um serviço. Art. 65. É vedado à prestadora condicionar a oferta do SCM à aquisição de qualquer outro serviço, aplicação ou facilidade, oferecido por seu intermédio ou de suas coligadas, controladas ou controladoras.

DISPOSITIVO COMENTADO: 3º do art. 69º Seria encargo inoportuno a operadora efetuar desconto em caso de interrupção por culpa do assinante ou por falta de pagamento do serviço. O dispositivo prevê os casos de interrupção e desconto, mas omite um direito legalmente garantido às operadoras, sendo mister suas inclusões. 3º A prestadora não será obrigada a efetuar o desconto se, comprovadamente, a interrupção do serviço ocorrer por motivos de caso fortuito, força maior, falta de pagamento ou culpa do assinante. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 70º, II O Inciso refere que a operadora deverá informar o assinante com antecedência razoável questões pertinentes a preços, condições de fruição e suas alterações. Entendemos impróprio a utilização da expressão antecedência razoável, sobretudo porque o único do art. 62 já estabelece o prazo dessas informações. Art. 70. As prestadoras de SCM têm a obrigação de: III - disponibilizar ao assinante informações relativas a preços, condições de fruição do serviço, bem como suas alterações, observado os prazos previstos no único do artigo 62 deste Regulamento.

DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 70º, IV Seria encargo inoportuno a operadora efetuar desconto em caso de interrupção por culpa do assinante ou por falta de pagamento do serviço. O dispositivo prevê os casos de desconto, mas olvida um direito legalmente garantido às operadoras. Além disso, ao final do inciso é referido do termo programação, quando, entendemos, o mais adequado seria mencionar somente serviço disponível/mês. Art. 70. As prestadoras de SCM têm a obrigação de: IV - descontar do valor da assinatura o equivalente ao número de horas ou fração superior a trinta minutos de serviço interrompido em relação ao total médio de horas de serviço disponível/mês, salvo os casos de caso fortuito, força maior, falta de pagamento e culpa do assinante. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 73º, III Convém especificar e relacionar a não discriminação da prestação do serviço com critérios de metas de expansão de rede e de caráter econômico, equilibrando o principio da universalização, tal como previsto no art. 70, I deste Regulamento. Art. 73. O assinante do SCM têm direito, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável:

III - ao tratamento não discriminatório quanto às condições de acesso e fruição do serviço, salvo nos casos em que a pessoa se encontra em localidade ainda não atendida pela rede. DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 73º, VII Tendo em vista os contratos celebrados entre as operadoras e terceiros, visando disponibilizar determinados serviços aos seus clientes, convém estipular um prazo de suspensão ou interrupção até o retorno do serviço. Art. 73. O assinante do SCM têm direito, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável: VII - à suspensão ou interrupção do serviço prestado, respeitadas as estipulações da operadora, ou de qualquer aplicação específica do serviço, quando solicitar; DISPOSITIVO COMENTADO: Art. 74º, III Visando adequar à prática o dever do assinante na aquisição e utilização do serviço, é prudente acrescer ao dispositivo o pagamento da taxa de adesão e mensalidades. Art. 74. Constituem deveres dos assinantes:

III - efetuar o pagamento da adesão e mensalidades, referentes à prestação do serviço, observadas as disposições deste Regulamento; DISPOSITIVO COMENTADO: único Art. 81 Como no caso de conversão a pretendente já é uma regulada da Agência, certamente todas as provas de sua habilitação jurídica, técnica e econômico-financeira e regularidade fiscal fazem parte da documentação arquivada na ANATEL e periodicamente renovada. Parágrafo único: O interessado deverá protocolizar requerimento na Agência, solicitando a conversão de que trata o caput deste artigo, no prazo máximo de 90 (noventa) dias após publicação deste Regulamento no Diário Oficial da União, dispensando-se nos casos de conversão a apresentação dos documentos previstos no art. 15 deste regulamento.