FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof. Ms. Carolina Vicentini

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Transcrição:

FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Prof. Ms. Carolina Vicentini

Macro e Microcirculação Sistema Circulatório Macrocirculação Vasos de maior calibre Vasos de condução Microcirculação Vasos de menor calibre Vasos de nutrição

Microcirculação Características gerais: A microcirculação exerce a principal função da circulação: as trocas entre os tecidos e o sangue circulante.

Microcirculação Trocas entre os tecidos e o sangue circulante. (Moléculas, íons, água...) Dependente da necessidade metabólica. Dependente de pressões locais. - PC: Pressão Capilar (saída de nutrientes do capilar para LEC). - PCOLI: Pressão Coloidosmótica das Proteínas do liquido Intersticial (atrai para interstício substâncias e nutrientes de acordo com necessidade). - PCOP: Pressão Coloidosmótica das Proteínas do Plasma (retorno do líquido para interior da capilar). - Ptec: Pressão Tecidual (contribui para homeostase local) - PV: Pressão Venosa

EFEITOS CIRCULATÓRIOS (continuação) PERMEABILIDADE MEMBRANAL: PV PC PCOLI Ptec PCOP ONDE; PC: Pressão Capilar PCOP: Pressão Coloidosmótica das Proteínas do Plasma PCOLI: Pressão Coloidosmótica das Proteínas do liquido Intersticial PV: Pressão Venosa

Estrutura da microcirculação e do Sistema capilar Artéria nutridora Ramificam-se Arteríolas Capilares Metarteríloas Ramificam-se

FISIOLOGIA VALVULAR REVISÃO ANATOMICA

Valvas Cardíacas

Valvas Cardíacas

Dinâmica Valvar Valva Tricúspide Valva Mitral Valva Aórtica Valva Pulmonar

FISIOLOGIA VALVULAR VÁLVULAS LOCALIZAÇÃO RUÍDOS MITRAL (BICÚSPIDE) AE - VE 1º TRICÚSPIDE AD-VD 1º AÓRTICA VE-ARTÉRIA AORTA 2º PULMONAR VD-ARTÉRIA PULMONAR 2º

RUÍDOS CARDÍACOS 1º RUÍDO: CONTRAÇÃO DO MÚSCULO VENTRICULAR + FECHAMENTO DAS VALVAS ÁTRIO VENTRICULARES. PELO TURBILHONAMENTO SANGUÍNEO. (MITRAL E TRICÚSPIDE) 2º RUÍDO: FECHAMENTO DAS VALVAS AÓRTICA E PULMONARDURANTE A DIÁSTOLE VENTRICULAR.

ÁREAS DA AUSCULTA CARDÍACA ÁREA AÓRTICA: LADO DIREITO DO ESTERNO 2º ESPAÇO INTERCOSTAL ÁREA PULMONAR: NO LADO ESQUERDO DO ESTERNO, NO 2º ESPAÇO INTERCOSTAL. ÁREA TRICÚSPIDE: NO LADO ESQUERDO DO ESTERNO, NO 4º ESPAÇO INTERCOSTAL. ÁREA MITRAL: LADO ESQUERDO DO ESTERNO, NO 5º ESPAÇO INTERCOSTAL.

PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Pressão Arterial Sistêmica - Força que o sangue exerce nas paredes das artérias. - Pressão é pulsátil Cada batimento cardíaco (sístole) é lançado um jato de sangue nas artérias. - Pressão é sistólica e diastólica P. Sistólica: pressão máxima atingida (100 140mmHg) P. Diastólica: pressão mínima atingida (60 90mmHg) - Pressão pulso (Pressão diferencial) É a diferença entre as pressões sistólica e diastólica (varia entre 30 e 50 mmhg).

PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICO, ADULTO EM REPOUSO = 100 a 140mmHg. PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICO, ADULTO EM REPOUSO = 60 a 90mmHg. PA = DC x Rpt/RVS

LEMBRETE!!!! DEBITO CARDÍACO = EJEÇÃO SISTOLICA DE SANGUE/MINUTO É DE APROXIMADAMENTE 5 LITROS EM UMA PESSOA ADULTA NORMAL EM REPOUSO. O DC É UM DOS FOTORES DETERMINANTES DE PRESSÃO ARTERIAL. O DC ALTERA DE ACORDO COM A VARIAÇÃO DE 2 FATORES: FATOR CRONOTRÓPICO E FATOR INOTRÓPICO.

- Fator cronotrópico: Variação da frequência de contrações sistólicas/minuto. Taquicardia DC - PA Bradicardia DC - PA - Fator ionotrópico: Variação da força de contração. Depende da capacidade metabólica do miocárdio Eficiência cardíaca. Força sistólica Volume de saída de sangue em cada sístole DC PA

FORMULA DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA PA = DC x Rpt/RVS DC= DÉBITO CARDÍACO Rpt = Resistência Periférica Total RVS= Resistência Vascular Sistêmica

Resistência Periférica Total (Rpt) ou / Resistência Vascular Sistêmica (RVS) Resistência imposta pelo diâmetro dos vasos. Principal determinante à resistência ao fluxo é o espaço disponível para a passagem do sangue. PA = DC x Rpt/RVS Vasoconstrição Vasodilatação Rpt / RVS Rpt / RVS PA PA

Vasoconstrição Normal Vasodilatação Resistência Fluxo sanguíneo

Vasoconstrição

CONSEQUÊNCIAS

IMPORTANTE!!!! HIPERTENSÃO: VALORES SISTÓLICO ACIMA DE 140mmHg e a DIASTÓLCA ACIMA DE 90mmHg, CRONICAMENTE. HIPOTENSÃO: DIMINUIÇÃO CRÔNICA DOS VALORES SISTÓLICOS, MENORES QUE 100mmHg.

O que ocorre quando esta verificando no método auscultatório? 1 ruído de korotkoff Ultimo ruído de korotkoff

VEIAS X PRESSÃO

FATORES QUE INTERFEREM NA PA Fatores Fisiológicos Fatores Patológicos Idade Sexo Estilo de vida Herança genética Disfunções: Renais Cardíacas Hormonais Nervosas

Regulação da Pressão Arterial Sistêmica Curto Prazo Longo Prazo Alteração aguda da PA Alteração crônica da PA - Reflexo barorreceptor - Ativação de quimiorreceptores - Regulação do volume sanguíneo - Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA) - Isquemia SNC - Aldosterona

Regulação da Pressão Arterial Sistêmica Curto Prazo - Alteração aguda da PA Reflexo barorreceptor O reflexo barorreceptor é o controle Homeostático primário da pressão arterial. Estiramento das terminações nervosas localizadas nas paredes das grandes artérias (arco aórtico e bifurcação da carótida comum). Estímulo barroreceptor Nervos glossofaríngeo (IX PC) e vago (X PC) inibem centro vasomotor excitam núcleo motor do vago Trabalho cardíaco Diâmetro do vaso PA

Regulação da Pressão Arterial Sistêmica Curto Prazo - Alteração aguda da PA Ativação de quimiorreceptores Situados nas paredes das grandes artérias (arco aórtico e bifurcação da carótida comum). Sensíveis à falta de oxigênio e ao excesso de gás carbônico e íons H. PA O 2 CO 2 e H + Quimiorreceptores PA Quimiorreceptores PA

Regulação da Pressão Arterial Sistêmica Curto Prazo - Alteração aguda da PA Isquemia SNC Mecanismo protetor de fluxo sanguíneo insuficiente para o cérebro. PA Atividade simpática Vasoconstrição Resistência Centro vasomotor Atividade parassimpática Débito cardíaco PA

Regulação da Pressão Arterial Sistêmica Longo Prazo Alteração crônica da PA - Regulação do volume sanguíneo - Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA) INTEGRAÇÃO DO SISTEMAS CIRCULATÓRIO E RENAL - Aldosterona Controle da sede e apetite por sal e controle da excreção (diurese e natriurese). Controle de água e eletrólitos (afeta volume e [ ] de líquidos corporais (principalmente LEC).

PULSO DE PRESSÃO ARTERIAL / PRESSÃO DIFERENCIAL Quando se palpa uma artéria, o pulso arterial é percebido como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A expansão é devida à distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos.

PULSO DE PRESSÃO ARTERIAL / PRESSÃO DIFERENCIAL MENOR NORMAL MAIOR 30 a 50 mmhg PRESSÃO ARTERIAL CONVERGENTE PRESSÃO ARTERIAL DIVERGENTE FLUXO SANGUINEO LENTO/ TECIDO PREJUDICADO/ ACIDOSE/TROMBOSE

PULSO RADIAL (em repouso/min) IDADE FREQUÊNCIA FETO 140-160 RECÉM NASCIDO 130-140 ATÉ 1 ANO 110-130 2 a 5 anos 90-115 6 a 10 anos 80-105 ADULTOS 60-90

Locais As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: Artéria radial, Carótidas, Braquial, Femoral, Pediosa, Temporal, Poplítea Tibial posterior.

Pulso Radial Poplítea Pulso Femoral Pulso Braquial Pulso Carotídeo