CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS: PERCEPÇÃO DOS GESTORES, DOCENTES E DISCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS



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Transcrição:

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS: PERCEPÇÃO DOS GESTORES, DOCENTES E DISCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Adriana de Oliveira Santos Weber os.adriana@gmail.com Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia Avenida Lourival Melo Mota, s/n 57072-900 Maceió-AL Alan Pedro da Silva alanpedro@ic.ufal.br Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia Avenida Lourival Melo Mota, s/n 57072-900 Maceió-AL Carlos André Vieira da Silva Júnior - cavsjunior94@gmail.com Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia Avenida Lourival Melo Mota, s/n 57072-900 Maceió-AL Fernando Fortes Melro Neto x_fernando@hotmail.com Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia Avenida Lourival Melo Mota, s/n 57072-900 Maceió-AL Maria Caroline Souza Valeriano maria.caroline@outlook.com Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia Avenida Lourival Melo Mota, s/n 57072-900 Maceió-AL Resumo: Este trabalho teve como objetivo discutir os primeiros resultados e perspectivas obtidos do programa Ciência sem Fronteiras sob o ponto de vista dos gestores, docentes e discentes da Universidade Federal de Alagoas. Para atingir o objetivo proposto foram realizadas entrevistas com os vários intervenientes envolvidos e pesquisas em sites relacionados ao Programa, identificando suas contribuições em seu primeiro anos de implantação, além de estabelecer um diagnóstico sobre os aspectos que precisam ser revistos e aprimorados para os anos seguintes. Nessa perspectiva, foi identificado um programa cuja filosofia é extremamente benéfica e útil para a realidade do nosso país possibilitando que estudantes brasileiros adquiram conhecimento e experiências de tal forma que sejam aplicados no Brasil, promovendo um ambiente mais internacionalizado, gerando oportunidades de cooperação e desenvolvimento tecnológico. Ainda se percebe várias falhas do programa, como a falta de sintonia entre a universidade de origem, o colegiado do curso, a assessoria internacional e a universidade de destino, e a falta de uma regulamentação mais efetiva. Entretanto, como o programa é muito novo não se tem um banco de dados relevante que nos permita tirar conclusões definitivas, por isso tem-se o objetivo de retroalimentar esses dados ao longo do desenvolvimento do programa. Palavras-chave: Intercâmbio, Ciências Sem Fronteiras.

Abstract: This study aimed to discuss the first results and perspectives obtained of the program Science without Borders from the point of view of managers, professors and students of the Federal University of Alagoas. To achieve the proposed objective interviews were conducted with various stakeholders involved and research in sites related to the program, identifying their contributions in their first years of implementation, and establishing a diagnosis on the aspects that need to be reviewed and improved in subsequent years. In this perspective, it was identified a program whose philosophy is extremely beneficial and useful to the reality of our country enabling Brazilian students acquire knowledge and experiences so that they are applied in Brazil, promoting a more internationalized environment, creating opportunities for cooperation and technological development. Still sees several flaws in the program, such as lack of harmony between the home university, the college course, the international advisory and destination university, and the lack of regulation more effective. However, as the program is very new do not have a relevant database that allows us to draw definitive conclusions, so has the objective to provide feedback data throughout the development of the program. Keywords: Exchange, Science without Borders. 1 INTRODUÇÃO Estamos vivendo na era da globalização, da informação e das novas tecnologias. A globalização, que é o conjunto das transformações de ordem econômica, política e social, vem ocorrendo no mundo todo nas últimas décadas. Ela está centralizada na integração dos mercados, e os países acabam abrindo-se ao comércio e ao capital internacional. Com a globalização, ocorreram profundas mudanças e o conhecimento se expandiu. Dessa maneira, o mercado de trabalho não está mais restrito às fronteiras geográficas do país, agora não existem mais fronteiras, o mercado se tornou global. ((MARX; ENGELS, 2001, pg. 49). Como Karl Marx previu no seu Manifesto do Partido Comunista de 1848, o mercado de trabalho não possui mais barreiras geográficas e esse fato exige que o estudante comece a se preparar para esse novo mercado global já durante a sua graduação e através do programa Ciência sem Fronteiras o acesso do estudante a universidades mundiais se tornou bem mais fácil. Criado através da iniciativa conjunta dos ministérios da educação, ciência e tecnologia e inovação o programa federal Ciência sem Fronteiras, tem como objetivo a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, visando uma maior competitividade brasileira, prioritariamente nas áreas que dizem respeito à tecnologia, por meio de intercâmbio e mobilidade acadêmica. Este programa contempla alunos da graduação e pós-graduação que querem ter uma experiência internacional; promove parcerias com pesquisadores e cientistas de todo o mundo, além de atrair jovens talentos para a ciência. O programa foi recentemente

prorrogado até 2015 e prevê a utilização de até 101 mil bolsas de estudos para todos os níveis supracitados (O PROGRAMA, 2013). Intercâmbio é uma troca de experiências, aprendizado e cultura que dá ao aluno uma nova compreensão do mundo. O intercâmbio é, atualmente, uma estratégia de formação pessoal e profissional necessária para o indivíduo que deseja obter sucesso na nova sociedade em que vivemos que requer do cidadão um comportamento local/global que possibilite a compreensão da parte e do todo. O presente trabalho tem por objetivo avaliar como o programa Ciência sem Fronteiras está atuando na capacitação dos estudantes e, consequentemente, na melhoria dos cursos de engenharia da Universidade Federal de Alagoas. O Programa Ciência sem Fronteiras vem se consolidando aos poucos nas universidades no âmbito da internacionalização, e ainda não se pode avaliar precisamente o impacto que este vem causando na ciência brasileira como um todo. No entanto, alguns sinais de avanço começam a surgir, e algumas perspectivas vêm se desenhando. Além disso, através deste programa, as universidades têm recebido um número maior de propostas e convites de universidades e centros de excelência estrangeiros, e por conta disso, oportunidades começam a surgir (SOARES, 2012). 2 METODOLOGIA UTILIZADA PARA ANALISE DO PROGRAMA A estratégia de pesquisa utilizada foi a survey. A pesquisa survey pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações sobre características, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, indicado como representante de uma população-alvo, por meio de um instrumento de pesquisa, normalmente um questionário (TANUR apud PINSSONEAULT; KRAEMER, 1993). Para realização da pesquisa foram aplicados três questionários enviados aos três principais grupos os quais estão ligados diretamente a todo o processo que envolve o programa Ciências sem Fronteiras, são eles: os 12 alunos já beneficiados pelo projeto em questão; as coordenadoras dos cursos em que os alunos que foram entrevistados estudam (curso de Engenharia Civil, Engenharia Química e Engenharia Ambiental); o terceiro grupo consiste no Assessor de Intercâmbio Internacional da UFAL e Coordenador do Programa Ciências sem Fronteiras na UFAL. O questionário direcionado aos estudantes consistia em sete perguntas: 1. O que te incentivou a fazer intercâmbio? 2. Como você soube da existência dos programas? 3. Como foi a tramitação do processo para liberação do intercâmbio? 4. A) Cite 5 pontos positivos do seu intercâmbio. B) cite 5 pontos negativos do seu intercâmbio. 5. Como foi a escolha das disciplinas a serem pagas no intercâmbio? 6. Houve algum suporte por parte das universidades durante o processo? 7. Sugestões para melhoria do programa O questionário direcionado às coordenadoras dos cursos consistia em quatro perguntas:

1. Qual a importância do programa Ciência sem Fronteiras e dos demais programas de mobilidade acadêmica para a melhoria do nosso curso? 2. Como se dá o processo de acompanhamento para os estudantes que irão e também para os que já estão no intercâmbio? 3. Qual a política adotada pelo colegiado para aproveitamento das disciplinas cursadas pelo aluno no intercâmbio? 4. Sugestões para melhoria do programa O questionário direcionado ao coordenador do programa e ao responsável pela Assessoria Internacional da UFAL consistia em 3 perguntas: 1. Qual a diferença do programa ciências sem fronteiras para os outros intercâmbios? 2. Panorama: antes do Programa Ciência sem Fronteiras x depois do Ciência sem Fronteiras Sugestões para melhoria do programa 3 RESULTADOS E INTERPRETAÇÕES Utilizando a metodologia citada acima, foi analisada cada resposta dos questionários formulados. Para facilitar a compreensão e organização desses resultados foram desenvolvidos gráficos, como visto a seguir. Pelas respostas dos alunos participantes do programa tem-se o fato de poder estudar no exterior e conhecer novas culturas como os motivos mais citados, sendo cada um com 38%, em segundo lugar temos a prática de uma segunda língua como o segundo motivo mais lembrado, com 19% e, em último, com 5%, a oportunidade de ampliar seu networking como podemos ver na figura 1. Figura 1 Incentivos para fazer o intercâmbio

1. O que te incentivou a fazer intercâmbio? 5% Estudar no exterior 19% 38% 38% Conhecer novas culturas Praticar uma segunda língua Networking Na segunda pergunta notou-se que a grande maioria dos alunos participantes souber do programa através de professores, sendo citado 42% das vezes, dos alunos souberam pela internet, souberam através de amigos e apenas 8% através de familiares, como se pode ver na figura 2. Figura 2 Meios para conhecimento da existência do programa 2. Como você soube da existência dos programas? 8% 42% Professores Internet Amigos Familiares

Na pergunta 3, pode-se perceber que boa parte dos alunos tiveram dificuldades durante o processo burocrático, pois 67% descreveram como um processo complicado enquanto 33% dos alunos passaram por um processo simples como nota-se na figura 3. Figura 3 Tramitação do processo 3. Como foi a tramitação do processo para liberação do intercâmbio? 67% 33% Rápido e sem complicações Complicações burocráticas Cultura e experiência acadêmica no exterior foram os pontos positivos mais lembrados na quarta pergunta, com cada. Empatados em segundo lugar, com 18% cada, networking e crescimento pessoal. Cultura foi lembrada 10% das vezes e por último, com 5%, a possibilidade de obter novos conhecimentos e trazê-los para o Brasil. Figura 4 Pontos positivos do intercâmbio 4. A. Cite 5 pontos positivos do seu intercâmbio. Cultura Networking 4% 18% Experiência acadêmica no exterior 10% 18% Conhecer novos países Trazer novos conhecimentos para o Brasil Crescimento pessoal

As dificuldades com a língua foi citada 24% das vezes como um dos pontos negativos, em seguida, com 19%, vem o não aproveitamento das disciplinas no retorno ao Brasil, lembrada 14% das vezes vem o atraso no pagamento das bolsas, empatadas com 10% o atraso do curso no Brasil e a difícil comunicação com os responsáveis pelo programa Ciência sem Fronteiras e por último, com 9%, a ausência de auxílio na universidade. Figura 5 Pontos negativos do intercâmbio 4. B. cite 5 pontos negativos do seu intercâmbio. Não aproveitamentos das disciplinas Ausência de auxílio da universidade 14% 10% 14% 10% 19% 24% 9% Dificuldade com a língua Dificuldade no convívio com a população local Atraso do curso no Brasil Atraso no pagamentos das bolsas Difícil comunicação com o pessoal do Csf A grande maioria dos alunos, 67%, obteve apoio por parte da UFAL na escolha das disciplinas a serem pagas, dos alunos contaram com o apoio da universidade estrangeira e apenas 8% escolheram as disciplinas sem nenhum auxílio. Figura 6 Escolha das disciplinas a cursar durante o intercâmbio

5. Como foi a escolha das disciplinas a serem pagas no intercâmbio? 67% 8% Com o auxílio da universidade estrangeira Com o auxílio da UFAL Sem auxílio Dos 12 alunos entrevistados, 9 contaram com o apoio da UFAL e/ou da universidade estrangeira enquanto 3 não obtiveram auxílio da UFAL e/ou da universidade estrangeira. Figura 7 Suporte por parte das universidades durante o processo não sim Auxílio da Universidade estrangeira Auxílio da UFAL 0 2 4 6 8 10 Quanto às sugestões para melhoria do programa 33% dos alunos não indicaram sugestões, a melhoria da comunicação foi indicada das vezes como uma melhoria, empatados com 17% das citações a orientação nas disciplinas a serem cursadas e mais transparência no processo de seleção e por último, com 8%, a oferta de auxílio na obtenção da moradia. Figura 8 Sugestões dos alunos para melhoria do programa

7. Sugestões para melhoria do programa Auxílio na moradia 33% 17% 8% 17% Melhorar a comunicação Orientação nas disciplinas a serem cursadas Mais transparência no processo de seleção Sem sugestões Na perspectiva do coordenador do programa na UFAL, o Programa Ciência sem Fronteiras tornou o intercâmbio estudantil muito mais acessível aos estudantes, pois antes do programa os programas disponíveis na Universidade para intercâmbio estudantil necessitavam do estudante um conhecimento internacional prévio o que dificultava muito o processo e para o Programa Ciência sem Fronteiras isso não é necessário. O responsável pela assessoria internacional da Universidade ressaltou o aumento no número de bolsas em comparação aos programas já existentes antes da criação do Programa Ciência sem Fronteiras que eram, em sua grande maioria, de incentivo privado e, além disso, o valor recebido pelo aluno no Programa Ciência sem Fronteiras é bem maior possibilitando a idade qualquer aluno independente de sua classe social. Segundo as coordenadoras dos cursos as vantagens do programa consistem em gerar ao aluno a oportunidade de uma experiência acadêmica no exterior, possibilitar a participação em pesquisas de renome internacional gerando um amplo networking ao estudante além de poder complementar seu currículo com disciplinas não oferecidas na UFAL. Quanto ao acompanhamento ao estudante elas reconhecem que precisa ser melhorado, ainda não há regras estabelecidas para o acompanhamento do aluno que participa do programa. Por falta de uma institucionalização do programa o caso de cada aluno é analisado individualmente e, no entanto as disciplinas pagas no exterior nem sempre são aproveitas e acabam sendo colocado como carga flexível o que acaba atrasando o curso, porém apesar do atraso gerado as coordenadoras julgam uma ótima oportunidade, pois enriquece muito o currículo do aluno. Também ressaltou-se que já existe uma comissão responsável para a institucionalização do programa que estabelecerá regras para o acompanhamento que cada unidade acadêmica deve oferecer a seus alunos e também as regras para aproveitamento de disciplinas pagas no exterior. 5 CONCLUSÃO: Este trabalho detectou, através de uma pesquisa realizada entre alunos do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas (CTEC), que as universidades estrangeiras estão se mostrando interessadas em criar um bom relacionamento com os Brasileiros que se dispuseram a sair do País, de tal forma que os alunos foram muito

bem recebidos e ainda mantém relacionamento com alunos e pesquisadores os quais tiveram contato enquanto estiveram participando do programa. Além disso, o Brasil está criando uma massa crítica de alunos/profissionais com uma rede de contatos e com um conhecimento técnico diferenciado, promovendo um melhor ambiente para se cooperar com universidades estrangeiras. No entanto, também de acordo com a pesquisa que foi realizada neste trabalho, alguns aspectos podem ser aprimorados, para que os alunos possam obter um maior aproveitamento dentro das ambições do governo e da ciência brasileira, tais como: (i) Os alunos poderiam ser mais bem orientados no sentido de trabalhar em pesquisas acadêmicas relevantes. (ii) O governo poderia negociar a participação de projetos já sincronizando com as necessidades locais e regionais da origem do aluno. (iii) Os alunos poderiam ser orientados melhor no sentido de vincular o seu aprendizado, obtido durante o programa, imediatamente no momento do seu retorno ao Brasil, em um projeto financiado pelo governo, por exemplo. (iv) O contato entre o governo e as universidades de origem deveria ser maior, no sentido de definir o melhor jeito de auxiliar o aluno e como será dado o apoio necessário, antes, durante e depois do intercâmbio. Nesse sentido, se faz necessário analisar os principais pontos dos intercâmbios já ocorridos, desse modo poderá ser verificado os principais aspectos que devem ser revistos no programa, pesquisando, por exemplo, se os problemas do primeiro ano foram corrigidos já no ano seguinte, se as universidades estrangeiras estão cumprindo o que se dispuseram a fazer e se estão dando o devido suporte aos alunos brasileiros, quais problemas ainda continuam a existir desde o começo e quais os novos problemas que surgem com a constante expansão do programa, quais pontos ainda devem ser alinhados com as universidades de origem, entre outras questões que só serão descobertas se forem mantidas uma analise e uma busca por aperfeiçoamento constante para o Ciências sem Fronteiras. Devido a pouca idade do programa ainda temos poucos dados para subsidiar a pesquisa, porém deve-se destacar que se tem o objetivo de retroalimentar o banco de dados à medida que novos estudantes retornem ao Brasil. REFERÊNCIAS Intercâmbio: conceitos, importância e experiências. Disponível em: <http://www.puccampinas.edu.br/dre/intercambio/>. Acesso em: 30 mai 2013. MARX. K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Martin Claret, 2001. PINSONNAULT, A.; KRAEMER, K. L. Survey research in management information systems: an assessement. Journal of Management Information System, 1993. SOARES, M. UFAL pretende ampliar intercâmbio de ideias na Alemanha. Disponível em:<http://www.ufal.edu.br/noticias/2012/11/ufal-pretende-ampliar-intercambio-deideias-na-alemanha>. Acesso em: 10 jun. 2013.

O programa Ciência sem Fronteiras. Disponível em <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/o-programa >. Acesso em: 30 maio 2013.