RESUMO. Palavras-Chave: mapas mentais, percepção, lugar e representação ABSTRACT

Documentos relacionados
VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO RURAL POR MEIO DO TURISMO RURAL

Volume 16, janeiro a junho de 2006 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A PERCEPÇÃO FENOMENOLÓGICA, ATRAVÉS DE MAPAS MENTAIS

Educação do Campo e Sociologia da Infância: representações, lugares e contextos. Andréia Sol Lisandra Ogg Gomes

Palavras-chave: Geografia, Ensino; Fotografia Aérea com Pipa; Cidade; Urbano.

OBJETIVOS CONTEÚDOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DE GEOGRAFIA: A IMPORTÂNCIA E AS DIFICULDADES DE ENSINAR GEOGRAFIA

Transformação, institucionalização e conflito nas esferas espacial, econômica, social e política

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PAISAGEM NO ENSINO DA GEOGRAFIA

Colégio Santa Dorotéia

A MAQUETE COMO POSSIBILIDADE INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO/RS

Conteúdos e Didática de História

LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL 1

Representação de áreas de riscos socioambientais: geomorfologia e ensino

APLICAÇÃO DA SOLUÇÃO CARTOGRÁFICA COLEÇÃO DE MAPAS NO MAPA DE ZONAS VEGETACIONAIS MUNDIAIS (WALTER, 1986)

O PAPEL DA MONITORIA EM CARTOGRAFIA NA FORMAÇÃO DISCENTE

PLANO DE CURSO I EMENTA

A IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA ALUNOS COM DEFICIENCIA VISUAL: o papel da Cartografia Tátil

Por um turismo para as comunidades locais. For a tourism for local communities. Leticia Bartoszeck Nitsche (NITSCHE, L. B.) *

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

O processo de ensino e aprendizagem em Ciências no Ensino Fundamental. Aula 2

PROVA TEMÁTICA/2013 GERAÇÃO CONTEMPORÂNEA: desafios e novas possibilidades

CARTOGRAFIA GERAL. Por que o ser humano já na Pré-História construía estas representações?

ATIVIDADES DE DESENHO APLICADAS À GEOGRAFIA: O USO DO PONTO DE FUGA PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOÇÕES DE ESPAÇO TOPOLÓGICO

A UTILIZAÇÃO DOS MAPAS MENTAIS NA REPRESENTAÇÃO DO LUGAR

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

REDESCOBRINDO O LUGAR A PARTIR DE MAPAS MENTAIS

Disciplina FLG 141: Introdução à Cartografia Prof a Fernanda Padovesi Fonseca

ESTRUTURA, FORMATO E OBJETIVOS DA ESCOLA DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO (EPEM)

Descobertas sociocientíficas: refletindo sobre o currículo

Uma palavra sobre a terminologia

Disciplina: Desenvolvimento sócio-espacial e dinâmica urbana. Profa. Dra. Silvia Ap. Guarnieri Ortigoza

ATLAS MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES: A SITUACÃO DO ENSINO DE CARTOGRAFIA

OS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA NO PROCESSO DE ENSINO DE COORDENADAS POLARES 1. Angeli Cervi Gabbi 2, Cátia Maria Nehring 3.

MAPA MENTAL: ESTUDO DO LUGAR COMO RECURSO DIDÁTICO NA ESCOLA DOUTOR JOSÉ CURSINO DE AZEVEDO NA CIDADE DE MARABÁ-PA. ¹

GEOGRAFIA DAS IMAGENS: A FOTO QUE FALA

Education and Cinema. Valeska Fortes de Oliveira * Fernanda Cielo **

A CONSTRUÇÃO DE MAQUETES NO ENSINO DE GEOGRAFIA: ESTUDO DE CASO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

USINAS HIDRELÉTRICAS NA AMAZÔNIA: a relação de afetividade dos atingidos com os lugares impactados pela UHE Belo Monte na cidade de Altamira/PA

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS / CONCEITOS CICLO COMPLEMENTAR

Metas Curriculares de Geografia. Documento de apoio

Vamos brincar de construir as nossas e outras histórias

ARTIGO. As concepções de desenvolvimento e aprendizagem na teoria psicogenética de Jean Piaget.

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CRÉDITO: 04

Geografia - 6º AO 9º ANO

O DESPERTAR DA SUSTENTABILIDADE NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PRODUÇÃO E POLÍTICA CULTURAL

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Medianeira PLANO DE ENSINO CURSO ENGENHARIA DE AMBIENTAL MATRIZ 519

SIMPÓSIO NACIONAL: GEOGRAFIA, PERCEPÇÃO

Perfil do Aluno Final do 1.º Ciclo Ano letivo 2016/2017

Anais Semana de Geografia. Volume 1, Número 1. Ponta Grossa: UEPG, ISSN PAISAGEM E IDENTIDADE: ALGUMAS ABORDAGENS

Tempos Modernos, Tempos de Sociologia Material desenvolvido pela Editora do Brasil, não avaliado pelo MEC.

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE NA SUPERAÇÃO DE DIFICULDADES ESCOLARES REFERENTES A LEITURA E ESCRITA.

A construção do mapa temático em sala de aula

O PAPEL DAS INTERAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Disciplina que trata da concepção, produção, disseminação e estudo de mapas. (Associação Cartográfica Internacional, 1991);

Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas

Elaboração de Projetos

LEITURA DA GEOGRAFIA

Competência Objeto de aprendizagem Habilidade

MÉTODOS INTERDISCIPLINARES APROXIMANDO SABERES MATEMÁTICOS E GEOGRÁFICOS

Documento de Apoio às Metas Curriculares de História e Geografia de Portugal

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NAS SÉRIES INICIAIS: UMA PROPOSTA PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

CARTOGRAFIA COMO POSSIBILIDADE DE METODOLOGIA INTERDISCIPLINAR

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

FENÔMENO DE CONGRUÊNCIA EM CONVERSÕES ENTRE REGISTROS: CARACTERIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONGRUÊNCIA E NÃO-CONGRUÊNCIA

Territórios e Regionalização. Professor Diego Alves de Oliveira

H1. Conhecer o objetivo do estudo da Geografia para entender o espaço em que vive.

Projeto: Brincando Eu também Aprendo.

Atividade: A matemática das plantas de casas e mapas.

Educação, tecnologia, aprendizagem exaltação à negação: a busca da relevância

DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE DIADEMA NÚCLEO PEDAGÓGICO ANOS INICIAIS. Diretoria Regional de Ensino de Diadema - Núcleo Pedagógico

A percepção sócio-ambiental do espaço geográfico curitibano: notas introdutórias. 1

OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

Psicologia da Educação. A Teoria Sociocultural do desenvolvimento e da Aprendizagem

Para uma análise do livro didático de química proposto pela SEED, por meio de processos cognitivistas, primeiro faremos um pequeno exercício.

A SEQUÊNCIA DIDÁTICA PROPOSTA PARA A TRILHA INTERPRETATIVA DA EMBRAPA DE DOURADOS/MS TRILHA DA MATINHA

EMENTA OBJETIVOS DE ENSINO

A GEOGRAFIA HUMANISTA E A FENOMENOLOGIA META

Belo Horizonte: nossa cidade, nossa história

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRENDER E ENSINAR CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação do PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Ciências Naturais

Aula A GEOGRAFIA CONTEMPORÂNEA II. META Perceber as principais tendências da geografia brasileira

FOTOGRAMETRIA E FOTOINTERPRETAÇÃO

OFICINAS PEDAGOGICAS: COMO FORMA DE AUXILIO NO APRENDIZADO DOS EDUCANDOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA

GEOGRAFIA. 2.1 Base Estrutural da Geografia

Os elementos que compõem um mapa

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Aula5 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE EM GEOGRAFIA HUMANA E FÍSICA. Rosana de Oliveira Santos Batista

O mal-estar na Liderança: inovações perdidas Porque Educação Executiva Insper Cursos de Curta e Média Duração Educação Executiva

RESOLUÇÃO. Parágrafo único. O novo currículo será o 0006-LS e entrará em vigor no 1º semestre letivo de 2018.

ABORDAGEM METODOLÓGICA EM GEOGRAFIA: A PESQUISA DE CAMPO*

UML (Linguagem Modelagem Unificada) João Paulo Q. dos Santos

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio

APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA FÍSICA ATRAVÉS DO USO DE MAQUETES

Técnicas de Cartografia Digital

Ensinar e aprender História na sala de aula

HABILIDADES DO 1 o TRIMESTRE DE os ANOS

O CURRÍCULO ESCOLAR EM FOCO: UM ESTUDO DE CASO

Transcrição:

MAPAS MENTAIS - UMA FORMA DE REPRESENTAR A COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DO LUGAR OLIVEIRA, Nilza Ap. da Silva 1 R: Catulo da Paixão Cearense, 35 nilollyver@yahoo.com.br Curitiba-Pr RESUMO O artigo leva a uma reflexão sobre o papel e a importância dos mapas mentais na representação do lugar, instigando um novo olhar na forma de compreender e interpretar o lugar, enfocando assim, seu significado no ensino, em especial no que se refere à localização geográfica. Fornece também conceitos fundamentais, abordagens e características sobre os mapas mentais, bem como a relação deste com a percepção. De acordo com o referencial teórico, percebe-se que essa metodologia é de grande importância, principalmente dentro da Geografia, pois proporciona meios para que o educador possa fazer uma avaliação diagnóstica do aprendizado de seus alunos de forma menos tradicional e mais dinâmica, no caso aqui, sobre a representação de lugar, mas na verdade os mapas mentais constituem-se em uma metodologia que pode ser utilizada em vários outros segmentos para facilitar a comunicação e o aprendizado. As principais questões abordadas dizem respeito à compreensão e interpretação de lugar, o lugar na Geografia, lugar, percepção e mapas mentais, a Topofilia e Topofobia. Palavras-Chave: mapas mentais, percepção, lugar e representação ABSTRACT The article takes to a reflection on the paper and the importance of the mind maps in the representation of the place, instigating a new to look at in the form to understand and to interpret the place, being thus focused, and its meaning in education, special as for the geographic localization. It also supplies basic concepts, boardings and characteristics on the mind maps, as well as the relation of this with the perception. In accordance with the theoretical reference, perceives that this methodology is of great importance, mainly inside of Geography, therefore it provides ways so that the educator can make a diagnostic evaluation of the learning of its student of less traditional and more dynamic form, in the case here, on the representation of place, but in the truth the mind maps consist in a methodology that can be used in several other segments to facilitate to the communication and the learning. The main boarded questions say respect to the understanding and interpretation of place, the place in Geography, place, perception and mind maps, the Topofilia and Topofobia. Key-Words: mind maps, perception, place and representation 1 Professora Mestre em Geografia, formada pela UFPR em 2006, atuando no nível de Ensino Médio e Fundamental pela SEED.

1-Introdução Os lugares são pontos existentes no planeta onde os humanos desenvolvem atividades cotidianas e através das relações sociais, da cultura e da diversidade dão-lhe significado; Podendo ser um bairro, uma casa, uma rua, etc. Oliveira (1998), apud Kozel (2001, p.154), define lugar como a dimensão mais concreta do espaço da qual ninguém pode desligar-se, por ser o espaço das relações imediatas, proveniente de uma multiplicidade de tempo e relações referentes a um domínio territorial específico. Os Mapas mentais constituem-se em imagens espaciais que as pessoas têm de lugares conhecidos, direta ou indiretamente. As representações espaciais mentais podem ser do espaço vivido no cotidiano. Estes são ferramentas, entre outras coisas, de pensamento, de organização, de visualização, de integração de conhecimentos. Assim como uma ferramenta comum expande sua força física e em geral sua capacidade de realizar consertos e produzir objetos, também os mapas mentais expandem sua inteligência nesses aspectos (ARCHELA, et al.2004). 1.1 Objetivo Este trabalho tem como objetivo principal proporcionar aos leitores maior informação sobre a importância e utilização dos mapas mentais no ensino de Geografia, como uma metodologia de simples aplicação, bastante moderna e que vai de encontro aos desafios atuais, que é a busca incessante de compreender as transformações do meio. 1.2 Abordagens sobre Mapas Mentais A base teórica deste estudo encontra-se pautada sob a ótica do geógrafo humanista Yi-Fu Tuan, o psicólogo suíço Jean Piaget, Merleau-Ponty, a geógrafa Lívia de Oliveira, entre outros, que fundamentam os novos trabalhos sobre temas relacionados aos mapas mentais. Os mapas mentais são representações do vivido, são os mapas que trocamos ao longo de nossa história com os lugares experienciados. No mapa mental, a representação do saber percebido, o lugar se apresenta tal como ele é, com sua forma,

histórias concretas e simbólicas, cujo imaginário é reconhecido como uma forma de apreensão do lugar (NOGUEIRA, 1994 apud SIMIELLI, 1999). Os mapas mentais revelam como o lugar é vivido e compreendido pelos cidadãos. Nogueira (2002) cita o trabalho dos geógrafos Yves André e Antoine Bailly, no qual, os mapas mentais são representações do real e são elaborados por um processo que relaciona percepções próprias visuais, audiovisuais, olfativas, lembranças, coisas conscientes ou inconscientes. Petchenick (1995), afirma que toda percepção é também pensamento, toda razão é também invenção. Ressalta que apesar das ciências estarem avançadas, ainda não existe uma teoria completa para a leitura de mapas. Para a autora, a leitura do mapa não consiste em simplesmente uma soma de comparações perceptivas simples, de tamanho ou valor simbólico. Apesar de nos últimos anos várias teorias novas terem surgido e influenciado a cartografia, elas ainda não foram suficientes para tornar mais eficaz o processo de leitura de mapas. Ainda seguindo esta linha de pensamento, a autora afirma que está surgindo um novo enfoque, formado através do processo mental do homem que cada um constrói ao longo da vida. Sob este ponto de vista, os meios de comunicação, tal como a linguagem e os mapas, não carregam significados, ou melhor, eles desencadeiam o processo. Para ela os mapas mentais não são simplesmente arranjos de mapas cartográficos, eles vão muito além do que se pode observar através do olhar, é uma representação integrada, englobando várias representações que ajudam a interpretar a realidade ao redor. Piaget afirma que, em todos os níveis de desenvolvimento cognitivo, as informações fornecidas pela percepção e também pela imagem mental, servem de material bruto para a ação ou para a operação mental. Por sua vez, essas atividades mentais exercem influência direta ou indireta sobre a percepção, enriquecendo e orientando o seu funcionamento, à medida que se processa o desenvolvimento mental (PIAGET apud OLIVEIRA, 1976). O processo de desenvolvimento mental passa por etapas que se realizam, mais cedo ou mais tarde, em função das experiências e do meio onde o indivíduo adquire informações que refletem diretamente na percepção. De acordo com Cavalcanti (1998), o desenvolvimento do mapa mental, no ensino sistematizado, objetiva avaliar o nível da consciência espacial dos alunos; ou seja, entender como compreendem o lugar que vivem. Nesse sentido, a partir de mapas

mentais, pode-se conhecer os valores previamente desenvolvidos pelos alunos e avaliar a imagem que eles têm do seu lugar. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs, a compreensão geográfica das paisagens significa a construção de imagens vivas dos lugares que passam a fazer parte do universo de conhecimento dos alunos, tornando-se parte de sua cultura (PCN, 1997). Através das abordagens apresentadas, observa-se que os mapas mentais são desenvolvidos nos indivíduos, segundo as etapas de desenvolvimento mental do homem. Quanto à interpretação dos mapas, sugerem considerar alguns critérios como, por exemplo, faixa etária, diferenças sociais, herança biológica, cultural e educação, pois estes elementos constroem diferentes percepções do espaço. 1.3-Caracterização dos Mapas Mentais O Mapa Mental é uma ferramenta poderosa de anotação de informações de forma não linear, ou seja, elaborado em forma de teia, onde a idéia principal é colocada no centro de uma folha de papel branco (sem pautas), usada na horizontal para proporcionar maior visibilidade, sendo que as idéias são descritas apenas com palavras chaves e ilustradas com imagens, ícones e com muitas cores. O Mapa Mental é um recurso gráfico que substitui o processo convencional de anotações sob a forma de listagem. Um bom Mapa Mental mostra a fotografia do assunto, evidencia a importância relativa das informações ou conceitos relacionados ao tema central e suas associações, (ARCHELA, et al.2004). Niemeyer (1994, p.6), salienta que os mapas mentais são produtos de mapeamentos cognitivos, tendo diversas formas como: desenhos e esboços de mapas ou listas mentais de lugares de referencia elaboradas antes de se fazer um percurso. De acordo com Tuan (1975, p.209), define mapa mental como sendo, a planta de ruas. Dentro desse contexto Oliveira (2002, p.192), argumenta que o mapa exerce a função de tornar visíveis pensamentos, atitudes, sentimentos, tanto sobre a realidade, quanto sobre o mundo da imaginação. Esses mapas são representações espaciais oriundas da mente humana, que precisou ser lida como mapeamentos e não como produtos estáticos.

Os mapas na percepção ambiental não devem ser vistos como produtos cartográficos, mas como formas de comunicar, interpretar e imaginar conhecimentos ambientais. Conforme Tuan (1975, apud Seemann, 2003), os mapas mentais tem as seguintes funções: - nos preparam para comunicar efetivamente informações espaciais; -tornam possível ensaiar comportamento espacial na mente; -são dispositivos mnemônicos: quando desejamos memorizar eventos, pessoas e coisas, eles ajudam a saber sua localização; -como mapas reais, os mapas mentais são meios de estruturas e armazenar conhecimento. -eles são mundos imaginários, porque permitem retratar lugares não acessíveis para as pessoas. Dentro desta perspectiva, é importante destacar que os mapas mentais estão relacionados às características do mundo real, ou seja, não são construções imaginárias, de lugares imaginários, mas são construídos por sujeitos históricos reais, reproduzindo lugares reais vividos, produzidos e construídos materialmente (kozel Teixeira e Nogueira, 1999) 2. Desta forma ao estudar os mapas mentais das pessoas, não podemos impor categorias acadêmicas e artísticas, mas devemos interpretá-los como uma forma de comunicação. 2- Os Mapas Mentais a partir da Percepção A percepção acontece de formas diferentes entre os indivíduos, isto é, cada pessoa apresenta determinada percepção com relação ao espaço, sua experiência de vida. Esse mundo percebido através da apreensão dos significados provoca a construção mental, na qual a razão não decodifica essas imagens. Essas imagens foram denominadas de princípios de mapas cognitivos, mapas conceituais e posteriormente mapas mentais. A partir da década de 60, em busca de novas perspectivas de comunicação, houve a preocupação de desvendar essa imagem. O arquiteto americano 2 KOZEL T. S. e NOGUEIRA. A. R. B. A. Geografia das Representações e sua aplicação pedagógica: contribuições de uma experiência vivida, In: Revista do Depº de Geografia de São Paulo. FFLCH- USP.1999(13)239-257).

Kevin Lynch 3, foi um dos pioneiros a associar a percepção do meio, ao comportamento e ação humana, a partir de mapas mentais. As pesquisas sobre percepção ambiental requerem uma abordagem bastante ampla, necessitando englobar várias ciências, entre elas a psicologia, a antropologia a sociologia, a geografia, etc. De acordo com Kozel (2001), o termo carta mental foi introduzido na geografia por Peter Gould 4, ao discutir o imaginário individual e coletivo relacionado à concepção de mundo. Para discutir a relação entre mapa e a percepção ambiental tornou-se necessário definir o termo mapa conforme o contexto da abordagem humanística e não cartográfica. De acordo com Andreuls 1996, apud Seeman (2003, p. 200-223), o mapa é uma imagem simbolizada da realidade geográfica, representando feitos ou características selecionadas, que resultam do esforço criativo da escolha do seu autor e que são desenhados para o uso em que relações espaciais são de relevância espacial. Ao discutir sobre os mapas da mente, os pesquisadores nem sempre distinguem entre mapas cognitivos e mapas mentais. Os mapas cognitivos são vistos como informações dentro da mente, sem serem desenroladas sobre um plano (AGUIRRE,1999 apud SEEMANN, 2003, P, 200-223). 3- A cognição, a Ação e o Espaço Percebido O homem comunica-se por um processo cognitivo, que é a construção do sentido em nossas mentes, cujo processo possui fases distintas: percepção (campo sensorial), seleção (campo da memória ) e atribuição de significados (campo do raciocínio), que leva `a ação e a memorização (BAILLY,1979, apud DEL RIO,1990, p.2). Nesta linha de pensamento, o autor refere-se à percepção como um processo mental de interação do individuo com o meio ambiente, que se dá através de mecanismos perceptivos e principalmente cognitivos e a partir do interesse e da necessidade, estruturamos e organizamos a interface entre realidade e mundo, 3 LYNCH, K. A imagem da cidade. São Paulo, Martins Fontes, 1980, apud KOZEL,2001,p.208. 4 GOULD. P. Na Mental Maps In Image and Invironment. R.M.& D.Stea Ed. Chicago. 1973, apud KOZEL, 2001.

selecionado as informações percebidas, armazenado-as e conferindo-lhes significados (KOZEL, 2001, p.146). De acordo com Kanashiro (2003, p.160), o mundo percebido pode ser imaginado a partir de estímulos exteriores, pois a filtragem de origem cultural ou até mesmo pessoal, pode evocar diferentes imagens do mundo real. Salienta ainda que essas imagens seriam tipos de estruturas ou de esquemas imaginativos que incorporam ideais e determinados conhecimentos, até como o mundo real funciona. Na visão de Merleau-Ponty (1999), o corpo é o intermediário obrigatório entre o mundo real e a percepção, pois para perceber as coisas é preciso que seja um acontecimento interior ao corpo e que resulte de sua ação sobre ele. Assim o mundo desdobra-se no mundo real tal qual está fora de meu corpo e o mundo tal qual é para mim, sendo necessário separar a causa exterior da percepção e o objeto interior que ela contempla. Dentro dessa corrente de pensamento, o conhecimento espacial adquirido pelos homens, consiste sobre tudo em imagens mentais, construídas na trajetória em sua vivência, a partir de sua percepção. Essas imagens levam a construir um espaço mental que, é percebido, concebido e representado pelos homens. Nesse processo de percepção do meio ambiente, a Fenomenologia fornece subsídios que permitem desvendar o mundo percebido e vivido do homem e mostrar que os seres humanos estão sempre compartilhando percepções comuns e mundo comum, pelo fato de possuírem órgãos similares. No entanto, para analisar as relações do homem com o meio, é necessário compreender, como está estruturado esse espaço percebido na mente das pessoas, ou seja, como ocorre a construção das imagens mentais. Desta forma no texto seguinte, será abordada a questão sobre os mapas mentais, como forma de compreender e interpretar o meio. 4- O conceito de Topofilia, Topofobia e a Categoria de Lugar e Espaço O mundo vivido discutido por Dardel (1952), apud Kozel (2001), mostra-o como sendo o mundo experienciado como cenário, tanto o natural como o construído pelo homem e com o ambiente que provê sustento e uma moldura para a existência. Nesta mesma perspectiva, no entendimento da relação dos homens com o ambiente físico, aparece o termo topofilia, inicialmente criado por Bachelard em 1969. Em 1979, Tuan ampliou o referido conceito, incluindo aí as experiências das

paisagens e dos lugares. A partir deste mundo vivido criamos uma aparente simpatia ou então vivenciamos experiências felizes nele (CERDEIRA, 1999). Topofilia pode ser descrita como qualquer coisa dos ambientes que nos faça sentí-los como estar nos relaxando ou estimulando, e tudo o que nas nossas atitudes e costumes nos capacite as experiências locais como dando nos prazer (RELPH, 1979, p.19) Segundo esta linha de pensamento, porém num sentido mais amplo Tuan (1980, p.106), descreve Topofilia como sendo a compreensão de todos os laços afetivos dos seres humanos com o meio ambiente material. Assim Topofilia, passa a ser vista como a relação existente entre o indivíduo e o espaço, analisando o seu sentimento e sua afeição para com o lugar, isto é, seu amor em relação ao lugar. Em contrapartida a Topofilia, surge outro tema, também criado por Tuan (1979), a Topofobia, que é o antônimo de Topofilia, introduzindo a idéia de paisagem do medo. Dentro dessa perspectiva, sabemos que a Geografia utiliza vários termos para referir-se ao espaço geográfico, como por exemplo: espaço, lugar, meio ambiente, paisagem, território terreno, região, etc. Entretanto a perspectiva humanística tem se esforçado para disciplinar o uso de pelo menos dois desses conceitos, que é espaço e lugar. A categoria de lugar sempre esteve ligada às abordagens geográficas, indicando aspectos localizacionais, classificatórios ou determinando a presença de fenômenos. A partir da década de 1970, é incorporada uma concepção diferenciada das anteriores, agregando assim valores subjetivos referenciados pelos significados, propiciando sentido aos lugares, não podendo ser entendido sob a perspectiva dos fatos, objetos ou eventos, salvo quando vinculado a compreensão de sentimentos, significados e valores a ele atribuídos. Os seres humanos é que lhe dão significados (KOZEL, 2001, p.152). De acordo com Tuan (1983.p.65), o espaço é qualquer porção da superfície terrestre que é amplo, desconhecido, temido e rejeitado. O lugar recortado afetivamente emerge da experiência e é um mundo ordenado e com significado. Os geógrafos humanistas insistem que o lugar é o lar, podendo ser a casa, a rua, o bairro, a cidade ou a nação. Enfim qualquer ponto de referência e identidade. Para o capitalista, o espaço é uma mercadoria destinada ao lucro, um meio de apropriação e controle. Para o homem comum, o espaço é transformado em lugar, nas experiências cotidianas e é carregado de valores simbólicos.

A figura 01 (anexo) mostra a representação entre lugar e espaço dentro da perspectiva da Geografia Humanística. O espaço para Tuan (1983, 61), é aberto, livre, amplo, vulnerável e provoca medo, ansiedade, desprezo, sendo desprovido de valores e de qualquer ligação afetiva. Já o lugar é fechado, intimo, humanizado. Desta forma, a ternura, a empatia e a permanência, interferiram na formação e cristalização desse espaço. Nessa perspectiva entende-se que espaço e lugar são distintos, cada qual tem suas individualidades e singularidades. Assim o espaço poder ser um lugar em questão de horas, por exemplo: durante a semana o centro da cidade pode ser um espaço ou um lugar, pois para muitos, o centro é apenas um espaço aonde vem casualmente resolver algo, enquanto para outros é o lugar de trabalho, de lazer, enfim é a extensão de seu lar, portanto é lugar, Tuan (1983), afirma que a passagem de lugar para espaço pode ocorrer por motivos de dor ou de vergonha. Assim, certos espaços só se tornam lugares após uma demorada experiência. O que inicialmente é feio sem vida ou até mesmo odiado (espaço), com o tempo passa a ser o lugar. Espaços se tornam lugares em razão do contato com outras pessoas e em trocas efetivas, econômicas etc. Neste contexto, a leitura dos espaços e dos lugares por meio das experiências, evidenciou a valorização do homem enquanto sujeito, buscando desta forma a relação do espaço e do comportamento humano no ambiente. Dessa maneira, desvenda-se um mundo verdadeiramente percebido, construído sob os fundamentos cognitivos, afetivos e simbólicos do lugar. 5- O Lugar na Geografia O termo lugar em seu sentido geral significa uma porção ou parte do espaço terrestre, uma vez que o espaço é constituído por diferentes lugares que formam a paisagem geográfica. Como parte do espaço, o lugar é ocupado por sociedades que ali habitam e estabelecem laços tanto no âmbito afetivo, como também nas relações de sobrevivência. O lugar é fundamental no estudo da Geografia. Até o início do século XX, o lugar era usado para definir a Geografia, em seu sentido locacional, como simples conceito de

localização espacial. Para La Blache, a Geografia é a ciência dos lugares e não dos homens, (RELPH, 1976, apud ARCHELA 2004). Nesse sentido, a definição de lugar consistia em analisar as integrações que variam de lugar para lugar, relacionando o conceito de lugar ao da própria Geografia. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), o lugar é um dos conceitos imprescindíveis para a compreensão da Geografia como forma de desvendar a natureza dos lugares e do mundo como habitat do homem. Partindo do imaginário e de sua representação através do mapa mental, é possível levar a criança a realizar novas descobertas e redimensionar a experiência com o seu próprio lugar e a redescobrir seus próprios lugares no mundo. É no lugar que estão às representações da vida cotidiana, os valores, as representações pessoais, as coisas, os lugares que unem e separam pessoas. As representações do imaginário permitem estabelecer relações entre o modo como cada um vê o seu lugar e como cada lugar compõe a paisagem. A discussão teórico-metodológica sobre lugar na ciência geográfica tem sido feita, atualmente, por geógrafos de abordagem humanista. Na Geografia Humanista, o conceito de lugar compartilha tanto a localização como o meio ambiente físico. [...] o lugar é o espaço que se torna familiar às pessoas, consiste no espaço vivido da experiência. Como um mero espaço se torna um lugar intensamente humano é uma tarefa para o geógrafo humanista, para tanto, ele apela a interesses distintamente humanísticos como a natureza da experiência, a qualidade de ligação emocional dos objetos físicos as funções dos conceitos e símbolos na criação de identidade do lugar (TUAN, 1982, apud HOLZER, 1999). Para esse autor, todos os lugares são pequenos mundos: o sentido de mundo, no entanto, pode ser encontrado explicitamente na arte mais do que na rede intangível de relações humanas. Lugares podem ser símbolos públicos ou campos de preocupação, mas o poder dos símbolos, para criar lugares, depende em última análise, das emoções. (TUAN, 1979, apud HOLZER, 1999). [...] ao propor o estudo da Geografia sob as duas óticas, o lugar como localização e como um artefato único, Tuan (1979) opta pela segunda forma de interpretação da ciência geográfica, justificando sua escolha pela afirmação de que o lugar engloba as experiências e as aspirações do ser humano, constituindo uma realidade que deve ser interpretada à luz da compreensão das pessoas que integram o universo de atuação do estudo geográfico. O autor reforça que o espaço não é uma

idéia, mas um conjunto complexo de idéias [...] o lugar é um espaço estruturado (TUAN, 1979, apud HOLZER, 1999). Em relação à importância do lugar para o estudo da Geografia, deve-se ainda considerar dois de seus componentes fundamentais: a identidade e a estabilidade. O primeiro refere-se ao espírito, ao sentimento do lugar, ou seja, à topofilia, ao lugar, [...] topofilia é o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico. Difuso como conceito, vivido e concreto como experiência pessoal (TUAN, 1980). Assim, deve-se enfatizar que existe uma relação entre as noções de lugar e distância, definida por Fremont (1982 apud HOLZER 1999) como a relação mais simples entre dois lugares ou entre dois homens. Para este autor existem cinco tipos de distância: distância métrica, distância tempo, distância afetiva, distância ecológica, distância estrutural. Segundo Holzer (1999), deve-se reforçar que o deslocamento entre diferentes lugares permite estabelecer melhor as noções de distância. Dessa forma, a experiência forja as diferentes escolas de apreciação do lugar. Existem também considerações aos lugares de memória, que caracterizam por um meio das noções da aceleração da história e ruptura do elo entre a memória e a história. Este autor afirma que o lugar deve ser: [...] um centro de significados e por extensão um forte elemento de comunicação de linguagem, mas que nunca seja reduzido a um símbolo despido de sua essência espacial, sem a qual se torna outra coisa, para a qual se torna outra coisa, para a qual a palavra lugar é, no mínimo, inadequada. (HOLZER, 1999). Dessa forma, pode-se compreender o lugar como algo inacabado e que está num processo de constante alteração, aberto e em movimento. Daí, a necessidade de ampliar o entendimento do vivido para o concebido. Tuan analisa as diferentes maneiras como as pessoas sentem e conhecem o espaço e o lugar, e salienta como o homem experiencía e entende o mundo. Para ele, lugar é segurança, é também a liberdade que se sente quando se apega ao lugar. (TUAN, 1983 apud OLIVEIRA1976). Para Nogueira (2002), o lugar é parte essencial da identidade, como sujeitos. [...] a Geografia poderia antes de trazer uma caracterização acabada do lugar, procurar investigar e interpretar o saber que cada um traz e que é adquirido na relação de vida com o lugar. Como bem salientou Eric Dardel para o homem, a realidade geográfica é primeiramente o lugar em que estão, os lugares de sua infância, o ambiente que lhe chama sua presença [...] Esse lugar está sendo compreendido por nós para além

de seus aspectos físicos e geométricos, aqui compreendido como lugar da vida (NOGUEIRA, 2002). Assim, considerando os diferentes pontos de vista apresentados até aqui pelos estudiosos do lugar na Geografia, o mapa mental pode ser o instrumento ideal a ser utilizado pelos profissionais de geografia, para a compreensão dos lugares, uma vez que, através dessas representações, pode-se compreender o lugar das experiências e das vivências. 6-Considerações Finais Dentro das perspectivas dos mapas mentais, como meio para interpretar e compreender o lugar acredita-se, ser necessário um trabalho mais intenso por parte dos órgãos responsáveis pela educação brasileira, principalmente no que tange à disciplina de Geografia, que é vista por uma grande maioria, como uma disciplina secundária, até mesmo por alguns geógrafos que, na sua falta de preparo e informação adequada, acaba por tornar a disciplina, apenas teórica e decorativa, onde os profissionais de outras disciplinas sem nenhuma formação geográfica se acham capacitados para trabalhá-la. Quando na verdade, os geógrafos sabem que o trabalho geográfico não é tão simples assim, que exige um trabalho consciente e consistente, que leve o indivíduo a compreender a sua existência enquanto ser vivo, atuante no planeta, que juntamente com os outros elementos da natureza são os responsáveis por toda transformação que ocorre ao longo dos anos. Os mapas mentais como metodologia utilizada nessa reflexão de compreensão do espaço e do meio vivido, fazem com que o professor tenha um diagnóstico mais preciso da vida social e cognitiva (intelectual) dos indivíduos. É através dos mapas mentais que os indivíduos demonstram o seu mundo vivido, a sua realidade, o conhecimento que tem de espaço, de orientação, os principais pontos de referências, enfim, através destes pode-se conhecer melhor a realidade dos indivíduos que estamos trabalhando. Assim, têm-se a possibilidade de compreendê-los melhor, analisando seu desempenho em sala de aula, seu comportamento, suas dificuldades, enfim é uma experiência muito válida. O professor educador tem muita preocupação com o desempenho dos alunos, questiona-se frequentemente sobre os problemas rotineiros de sala de aula. Desta forma, esta metodologia vai proporcionar ao educador uma melhor compreensão do ser humano

com o qual está trabalhando, podendo assim, atuar mais ativamente no processo como agente transformador. 7- Anexo Figura 01 Fonte: Mello, 1990. Adaptado por Oliveira N. 2006. 8- Referencias Bibliográficas: ARCHELA, S. Roseli, Gratão, H.B. Lúcia e Trostdorf, S Maria. O lugar dos mapas mentais na representação do lugar. Revista Eletrônica V.13, n.1, jan-jun e 2004. Londrina. Disponível no site http://www.geo.uel.br/revista CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998. CERDEIRA RIZZO, C. P. A percepção do lixo na perspectiva de diferentes atores sociais no ambiente urbano de Paranaguá: Curitiba, UFPR (Tese de Doutorado) 1999. DEL RIO, V. Introdução ao desenho urbano no processo de planejamento. Um. Ed. São Paulo: PINE, 1990.

DEL RIO, Vicente Del e OLIVEIRA, Lívia de. (org.) Percepção Ambiental: a experiência brasileira. São Paulo: Studio Nobel; Universidade Federal de São Carlos, 1996. HOLZER, W. A discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiente. Território, Rio de Janeiro: LAGET/UERJ, v.3, jul./dez.1997. HOLZER, Werther. O lugar na geografia humanista, In: Revista Território. LAGET, UFRJ, ano IV, nº. 7, jul./dez. Rio de Janeiro, 1999. KANASHIRO, M. As cidades e os sentidos: sentir a cidade. In: Desenvolvimento e Meio Ambiente: Diálogo de saberes e percepção ambiental. Revista semestral do curso de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR (Doutorado), Curitiba: UFPR. n. 7, 2003. KOZEL T. S. e NOGUEIRA. A. R. B. A. Geografia das Representações e sua aplicação pedagógica: contribuições de uma experiência vivida, In: Revista do Depº de Geografia de São Paulo. FFLCH-USP. (1999, (13)239-257). KOZEL, T. S. - Das imagens às linguagens do geográfico: Curitiba, a capital ecológica. São Paulo, 2001. Tese de Doutorado- Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.. As Representações no Geográfico. In: Kozel, S. & Mendonça, F. (Org.) Elementos da Epistemologia de Geografia Contemporânea. Curitiba: UFPR, 2002. MELLO, F. B. J. Geografia Humanística: a perspectiva da experiência vivida e uma crítica radical ao positivismo. Rio de Janeiro,1990. MERLEAU-PONTY, M. Sobre a fenomenologia da linguagem. In: OS PENSADORES, São Paulo, Victor Civita, p. 129-215, 1980. MERLEAU-PONTY M. Fenomenologia da percepção. 2ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1999. NIEMEYER, Ana Maria de. Desenhos e mapas na orientação espacial: pesquisa e ensino de antropologia. Textos Didáticos (Campinas-IFCH/UNICAMP, n.12, janeiro de 1994. NOGUEIRA, Amélia Regina Batista. Mapa mental: recurso didático para o estudo do lugar In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002. OLIVEIRA, Lívia de. Percepção da paisagem geográfica: Piaget, Gibson e Tuan. In Geografia editada pela Associação de Geografia Teórica, V.1. Rio Claro, SP: AGETEO, 1976. V.25.

OLIVEIRA, Lívia de. A percepção da qualidade ambiental. Cadernos de Geografia. Belo Horizonte: PUC Minas, v. 12, n. 18, 2002, p. 29-42. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Meio ambiente/saúde / secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 128p, 1997. PETCHENIK, Bárbara Bartz. Cognição e cartografia. Geocartografia. n.6, São Paulo: USP, 1995 PIAGET, Jean. Para onde vai a educação, Lisboa: Livros Horizonte, 1978. RELPH, Edward C. As bases fenomenológicas da Geografia. Geografia. v.4, n 7, 1-25, abril, 1979. SIMIELLI, Maria Elena..Cartografia no ensino fundamental e médio. In: A Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. SIMIELLI, Maria Helena. et al. Do Plano Tridimensional: A Maquete como Recurso Didático. In Boletim Paulista de Geografia, Nº. Semestre - São Paulo: AGB, AGB, 1991. SEEMANN, Jörn. Mapas e Percepção Ambiental: do Mental ao Material e viceversa. Vol. 3, nº1, p. 200-223, setembro de 2003. Rio Claro. TUAN, Yi-Fu. Ambigüidade nas atitudes para com o meio ambiente. Boletim geográfico, Rio de Janeiro, IBGE, 245 (33): 5-23, 1975. TUAN, YI-FU. Espaço e Lugar. São Paulo: Difel, 1983.. Topofilia. Um estudo da Percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Trad. de Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 288 p.1980.